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A época de doenças sazonais aliada ao cenário de pandemia reforça a necessidade de fortalecer o sistema imunológico, responsável pela defesa do corpo humano. De acordo com o médico nutrólogo Vitor Arruda, a alimentação equilibrada não é o único aspecto importante na busca por uma imunidade eficiente.

“Se a gente fosse pensar em fortalecer o sistema imunológico como um todo, seria através dos hábitos. Três aspectos são muito importantes, sendo a alimentação de qualidade, com os nutrientes bem distribuídos, um deles. Além de exercícios físicos e sono de qualidade, que ajuda o corpo a se recuperar e produzir as substâncias necessárias para que a imunidade atue da maneira correta”, explicou o médico.

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Segundo o especialista, não é possível apontar uma única dieta a ser seguida para evitar as chamadas infecções por vírus, e sim, uma rotina efetiva em busca de equilíbrio nutricional. “Os carboidratos, proteínas e lipídeos, conhecidos como macronutrientes, devem ser considerados tão importantes quanto os chamados micronutrientes, que são as vitaminas e minerais”, complementa Vitor Arruda.

Não existem alimentos milagrosos que atuem na prevenção ou combate à Covid-19, de acordo com o médico. “A maneira efetiva de prevenção da doença continua sendo o uso da máscara, distanciamento social, e higienização constante. Isso também vale para os chamados ‘shots’ que prometem imunidade instantânea”, enfatiza.

Nutrientes devem ser priorizados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de, no mínimo, 400 gramas de frutas, verduras e legumes diariamente. Segundo o nutrólogo Vitor Arruda, são nestes alimentos que serão encontrados alguns nutrientes essenciais para o fortalecimento do sistema imune, a exemplo da Vitamina C, Vitamina E, Zinco e Ácido Fólico. Saiba mais sobre cada um deles:

1. Vitamina C

Por não ser produzida pelo organismo, a vitamina C precisa ser ingerida através da alimentação. Além de um poderoso antioxidante, que ajuda a regenerar os tecidos, o nutriente também atua na prevenção de doenças, fortalecendo os linfócitos, que são responsáveis pela imunidade viral. Frutas como manga, acerola, laranja, goiaba e caju são ricas no nutriente.

2. Vitamina E

A substância tem ação anti-inflamatória e potencializa a atuação dos leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, que são as células responsáveis por defender o organismo contra infecções, doenças, alergias e resfriados. Para incluir a vitamina E na alimentação, é preciso investir em azeite de oliva, abacate, oleaginosas (castanhas, amêndoas e nozes), gema de ovo e grãos.

3. Ácido fólico

O ácido fólico é responsável por produzir e restaurar o DNA, o que impacta diretamente a  proteção da imunidade. Em consequência disso, os linfócitos são os mais prejudicados quando os níveis de ácido fólico estão baixos. A deficiência de folato diminui a resposta dos glóbulos brancos contra agentes estranhos no corpo e afeta a produção de anticorpos. Para adicionar o ácido fólico na dieta, recomenda-se o consumo de alimentos como vegetais verde escuros (agrião, couve e brócolis) e leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico e ervilha).

4. Zinco

O zinco é um nutriente mineral encontrado em todo o nosso corpo que tem um papel importante no sistema imunológico. Junto com o manganês, ele diminui a incidência de infecção. No entanto, ele não é armazenado pelo corpo, por isso é preciso manter os níveis adequados através da alimentação. Ele pode ser encontrado em frutos do mar como ostras, caranguejo e lagosta, carnes vermelhas e aves, grãos como lentilha e feijão, sementes, castanhas, leite e derivados.

O novo coronavírus pegou o mundo desprevenido e fez boa parte da população mundial mudar hábitos e se adaptar a essa nova realidade. Para tentar conter a proliferação do vírus, as orientações são diversas: lavar as mãos, evitar tocar nos olhos, boca e nariz sem higienizá-las, manter-se hidratado, evitar aglomerações, usar máscara de proteção, entre outras.

Além disso, uma boa noite de sono é uma aliada para manter a saúde. Segundo o médico do sono e neurologista da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Lúcio Huebra, dormir bem auxilia no fortalecimento do sistema imunológico, fundamental na prevenção da doença.

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“É durante o sono que boa parte das funções do corpo se recupera e isso também acontece com o sistema imune.  É preciso uma boa qualidade do sono para que as células de defesa sejam restauradas e, dessa forma, garantam a produção de anticorpos para as diversas infecções de maneira adequada”, diz o neurologista.

Há uma relação bidirecional entre a qualidade do sono e a imunidade. Um sono de má qualidade ou encurtado leva o organismo a uma situação de estresse, aumentando a liberação do cortisol, hormônio com efeito imunomodulador e que acaba reduzindo as defesas do corpo.

Um estudo brasileiro sobre o impacto do sono na eficácia da vacina contra a hepatite A mostrou que pessoas com privação de sono tiveram resposta reduzida pela metade ao serem vacinadas, em relação ao grupo que dormiu bem. Existe também evidência de que o sono curto, com menos de seis horas, está associado a um aumento da sintomatologia do resfriado comum. Ou seja, pesquisas comprovam que pessoas que dormem menos do que o necessário ficam mais suscetíveis a infecções respiratórias.

“É importante lembrar que cada pessoa precisa de uma quantidade mínima de horas de sono diferente. Os números são médias populacionais, então pode ser que certas pessoas precisem de mais ou menos tempo. O importante é estar sempre revigorado no dia seguinte”, enfatiza Lucio Huebra.

Além da imunidade

Além da queda da imunidade, o sono de má qualidade ou insuficiente traz outras repercussões negativas para o organismo. Quando a quantidade ideal de horas de sono não é respeitada, algumas consequências podem surgir, sejam elas agudas, que aparecem já no dia seguinte a uma noite mal dormida, ou crônicas, aquelas que podem surgir ao longo da vida, como consequência de diversos episódios de sono de má qualidade.

Fadiga, sonolência, irritabilidade, desatenção, dificuldade de memorização, dor de cabeça e tontura são alguns dos exemplos de impactos agudos da restrição do sono. A longo prazo podem surgir complicações metabólicas como obesidade, dislipidemia, maior risco de diabetes; complicações cardiovasculares como hipertensão, maior risco de infarto ou acidente vascular cerebral (AVC).

Além disso, várias noites mal dormidas consecutivas podem levar a um processo de declínio cognitivo, prejudicando a memória ou acelerando um processo de demência em pessoas que já tenham predisposição.

Juntamente com esses aspectos, a falta de sono adequado pode acarretar prejuízos em diferentes níveis da vida social como reduzir a produtividade, dificultar o aprendizado e aumentar o risco de acidentes, seja no trânsito ou no trabalho. O humor também fica alterado, deixando as pessoas mais irritadas e com menor tolerância à frustração, atrapalhando o trabalho em grupo e o convívio social.

Sono de qualidade

Para dormir há inúmeros conselhos que constituem a chamada higiene do sono. O processo é um conjunto de ações que buscam proporcionar um sono de qualidade todas as noites. Entre as recomendações estão:

Escolher um ambiente adequado para dormir: silencioso, confortável e escuro.

O local deve ser utilizado exclusivamente para a função, então só usá-lo quando realmente for dormir e se deitar na cama apenas quando estiver com sono. Evitar, ao longo do dia, permanecer na cama.

Todas as luzes artificiais são péssimos estímulos que interferem no sono, como celular, computador, televisão. Sendo assim, evitar usá-los próximos do horário de dormir. Durante o dia, se expor ao máximo à luz, especialmente deixando as janelas abertas, e se expondo à luz externa.

Garantir temperatura adequada, tanto do ambiente em si quanto do pijama, que precisam ser confortáveis e permitir boa mobilidade.

Ter uma boa rotina noturna, com horários regulares, fazer sempre as mesmas tarefas próximo à hora de se deitar para sinalizar ao cérebro que já é o momento de o sono vir.

O ideal é fazer refeições leves e não abusar da ingestão de líquidos. Além disso, precisa ser evitado qualquer tipo de estimulante (café, refrigerante, chocolate), tanto no fim do dia quanto durante a noite.

O neurologista lembra que o período é de grandes preocupações e ansiedade, o que também prejudica uma boa noite de sono. “Então, é importante reservar de 30 minutos a uma hora antes de dormir para se desligar de todas as notícias, buscando fazer algo que seja prazeroso e relaxante para que o sono possa vir com qualidade”.

Durante a pandemia, em que a ida a hospitais não é aconselhável, a opção por alimentos naturais e com baixo teor de gordura pode colaborar para o fortalecimento das defesas do nosso organismo. Um corpo resistente pode fazer com que toxinas infecciosas, como o novo coronavírus (Covid-19) e demais vírus e bactérias, não atuem como predadores. Mas o que fazer para manter o sistema imunológico potente?

A nutricionista e mestre em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) Aline Petrilli, desenvolveu um método para fortalecer o sistema imunológico e compartilha com os leitores do LeiaJá. Confira:

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Alimentos naturais e coloridos

De acordo com a especialista, vegetais como beterraba, tomate, cenoura, folhas verde-escuras (couve, agrião, escarola) e frutas vermelhas, são os mais recomendados para a manutenção das defesas do organismo. "Cada cor de alimento representa um composto bioativo potente. Todos carregam um tipo de pigmento que possui uma função antioxidante e anti-inflamatória no corpo", afirma Aline.

Gorduras saudáveis sim, outras não

Segundo a especialista, o consumo moderado de itens ricos em Ômega-3, como sementes (linhaça, chia, gergelim), e alimentos, como abacate, castanha e nozes, são gorduras benéficas para o corpo. Entretanto, as opções em que prevaleçam açúcares (doces, refrigerantes) carboidrato refinado, farinha branca (massas, produtos de panificação) e produtos industrializados em geral devem ser evitados ao máximo. "Todos os alimentos compostos por gordura trans e hidrogenada, como os congelados, aumentam a oxidação do corpo e debilitam o sistema imunológico", explica a nutricionista.

Cozimento e higienização

Outras recomendações da especialista estão relacionadas com o cuidado na higienização e no cozimento de alimentos, como verduras e legumes. Segundo Aline, é importante deixar de consumir produtos crus durante o período de iminente contágio por doenças como a Covid-19. "Por mais que não haja a confirmação de que o vírus pode ser transmitido por alimentos, o melhor é evitar. O cozimento a cerca de 70° é capaz de matar este e outros agentes infecciosos", declara.

Também é preciso aderir a uma melhor maneira de lavar os itens naturais e os que chegam do mercado. "Deixe legumes e verduras em um recipiente com um litro de água e 10 ml de hipoclorito de cloro por 15 a 20 minutos. Higienize também as embalagens de compras com álcool 70% ou lave com água e sabão antes de guardar na geladeira ou despensa", orienta.

A nutricionista Aline Petrilli | Foto: Divulgação

Água: hidratação, shot matinal e chá

A água é fundamental para que qualquer função do corpo ocorra com eficiência. Uma das opções é a de dar sabor ao líquido. "Faça águas saborizadas para variar com hortelã, gengibre, laranja ou alecrim, fica bem gostoso", diz Aline.

Pela manhã, um componente recomendado pela especialista requer avaliação de aceite individual de cada item, mas é um agente poderoso contra os inimigos do organismo para ser consumido em jejum. "O shot anti-inflamatório para imunidade é rico em nutrientes. Sugiro o suco de um limão espremido em 150 ml de água natural ou morna, uma colher de café de cúrcuma em pó, uma pitada de pimenta do reino, outra de gengibre ralado, cinco gramas de glutamina e 20 gotas de própolis. Não precisa colocar tudo, mas coloque tudo o que puder", lembra.

O chá, na parte da tarde ou antes de dormir, complementa o fortalecimento das defesas corporais por meio da água. "Prepare 300 ml de chá feito com duas rodelas de raiz de cúrcuma, três rodelas de gengibre, um dente de alho amassado. Coloque tudo na água fria, espere levantar fervura, desligue o fogo e abafe por 10 minutos", ensina Aline.

Flora intestinal

De acordo com a nutricionista, fica no intestino a primeira linha de defesa do corpo por abrigar bactérias benéficas. "Bebidas como Kombucha e Kefir são fontes de fibra e fermentados que ajudam a fortalecer a flora. Existem também os probióticos de farmácia em sachê ou cápsula como Simfort, Probiatop, 20bi e Now", realça.

Boas práticas cotidianas

Algumas iniciativas que contemplam hábitos saudáveis vão se juntar à opção nutricional sugerida. O sol, o sono e a atividade física são parceiros da alimentação saudável, como ressalta Aline. "A exposição solar diária até 10h e após às 16h por 15 minutos faz bem para o humor, produz vitamina D e a fixa o cálcio nos ossos", explicita. "O sono profundo de qualidade é fundamental para a reparação dos tecidos controle do estresse e fortalecimento do sistema imunológico. Além disso, é preciso manter-se ativo. Tente desenvolver uma rotina de atividades em casa", finaliza.

 

Selma Blair surpreendeu a todos ao revelar, em outubro de 2018, que sofre de esclerose múltipla. Desde então, a atriz tem sido um porta-voz da doença e não tem medo de dividir por meio das redes sociais seus relatos, medos e dificuldades que passa. Dessa vez, ela posou careca e explicou qual é a fase do tratamento que está passando agora:

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"Estou sendo dispensado dos cuidados de uma incrível equipe de enfermeiras e técnicos e um visionário médico que acredita na minha cura tanto quanto eu. Isso tem sido um processo. E vou continuar a ser um. Estou imunocomprometida pelos próximos três meses, pelo menos. Então, sem beijos, por favor."

Ela continua:

"Eu queria ter certeza de que quaisquer complicações que pudessem surgir aqui fossem dentro do meu espaço privado. E nós passamos por isso de forma brilhante. Eu agradeço a todos pelo amor e apoio. Eu vejo tudo mais claramente agora. Estou animada em dividir minha jornada quando eu estiver pronta. Por ora, tenho uma recuperação."

Além disso, ela postou a hashtag escrita novo sistema imunológico.

Um cientista dos Estados Unidos criou com êxito uma versão do vírus H1N1, também chamado de "gripe suína", que consegue escapar do sistema imunológico humano, confirmou o próprio especialista nesta quarta-feira (2).

A pesquisa sobre o vírus H1N1 - cuja pandemia foi amplamente coberta pela imprensa em 2009 - foi realizada em um laboratório de alta de segurança da Universidade de Wisconsin-Madison. Os resultados do trabalho ainda não foram publicados formalmente, mas o jornal Independent, de Londres, divulgou em 1º de julho alguns detalhes, em uma reportagem que descreve o virologista Yoshihiro Kawaoka como "polêmico" e diz que "alguns cientistas que sabem da experiência estão horrorizados".

Kawaoka confirmou à AFP que, de fato, conseguiu fazer algumas mudanças em uma proteína em particular, permitindo ao vírus H1N1, de 2009, escapar da proteção imunológica humana. Ou seja, as pessoas não teriam defesas para combatê-lo, embora isso não necessariamente signifique que seja letal.

"Conseguimos identificar regiões-chave que permitem ao vírus H1N1 de 2009 escapar do sistema imunológico", disse o cientista por e-mail, no qual descreveu o artigo do Independent como "sensacionalista".

"É lamentável que veículos de imprensa online manipulem a mensagem dessa forma para atrair leitores com títulos sensacionalistas, sobretudo no que diz respeito a assuntos científicos e de saúde pública", afirmou. Kawaoka explicou que sua pesquisa tem o objetivo de descobrir como o vírus poderia sofrer mutação no futuro, na natureza, para que os cientistas possam preparar vacinas a tempo.

Ele também disse que apresentou sua descoberta a um comitê da Organização Mundial da Saúde, "que a recebeu muito bem". A primeira polêmica sobre o assunto foi desencadeada em 2011 e 2012, quando uma equipe de cientistas holandeses e americanos conseguiu criar, através da engenharia genética, um vírus H5N1 (de gripe das aves) que poderia ser facilmente transmitido entre mamíferos.

Temia-se que existisse a possibilidade de causar uma pandemia similar à da gripe espanhola, que matou 50 milhões de pessoas entre 1918 e 1919. Outras preocupações importantes dos críticos é que bioterroristas consigam recriar e liberar um vírus deste gênero ou que ele escape acidentalmente do laboratório.

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