Tópicos | Tasso

O presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (CE), classificou a confusão entre ele e deputados do PSDB como "uma reação delirante" e "uma coisa meio atabalhoada". "Esse PSDB desses caras não é o meu PSDB", criticou após o episódio. Durante reunião da bancada tucana na Câmara, nesta terça-feira, 31, integrantes da ala governista do partido bateram boca com o senador cearense e chegaram a trocar ameaças de agressão com parlamentares do grupo oposicionista.

A reunião foi convocada pelo líder do PSDB na Casa, deputado Ricardo Tripoli (SP), para que o publicitário Moriael Paiva, da empresa Big Data, contratado por Tasso, fizesse uma exposição sobre o plano de reestruturação de comunicação do PSDB nas redes sociais. A contratação provocou reações negativas porque Moriael foi responsável pela campanha do governador Fernando Pimentel (PT) em 2014, que derrotou a candidatura de Pimenta da Veiga, apoiado por Aécio Neves, ao governo de Minas Gerais.

##RECOMENDA##

"Foi uma reação delirante de Minas e Goiás. Não entendi, uma coisa atabalhoada. Esse PSDB desses caras não é o meu PSDB. Mas enquanto eu for presidente interino vou continuar até o fim com o projeto de reestruturar o PSDB", comentou Tasso. Ele reafirmou que manterá a contratação do publicitário, que ele diz ter conhecido como assistente do ex-ministro falecido Sérgio Motta.

Motivado pelo resultado da votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), admitiu pela primeira vez que pode disputar a eleição para a presidência da sigla, em dezembro. Segundo o tucano, ele está consultando correligionários e familiares sobre o assunto antes de oficializar a candidatura.

"Depois de ontem, o presente está definido, vamos passar o ano que vem com um governo enfraquecido, com uma boa equipe econômica, mas atravessando a pinguela aos trancos e barrancos. O problema agora é pensar no futuro, e futuro não é só 2018, e sim o que vamos ser e o que queremos para o País", declarou.

##RECOMENDA##

Para Tasso, há dois projetos antagônicos no partido. Ontem, o PSDB deu 23 votos pela abertura do processo contra Temer e 20 pelo arquivamento. Embora o peemedebista tenha reunido maioria na Câmara para barrar a denúncia, o resultado foi visto como uma vitória de Tasso dentro do partido sobre o grupo do senador Aécio Neves (MG), que defende a permanência da legenda na base aliada.

Na primeira denúncia, o resultado foi de 22 senadores contrários à denúncia e 21 a favor do prosseguimento. "Algumas faltas na primeira votação fizeram com que fosse alardeado um falso resultado. O resultado de ontem foi uma demonstração clara do que a maioria quer", avaliou o senador cearense.

Com um discurso forte, Tasso reforçou hoje que o partido deve realizar uma autocrítica e romper com o governo do presidente Temer, mas manter o apoio à equipe econômica. "Renovar o partido sempre foi o meu sonho, desde o (último) programa partidário até as propostas que fizemos. Houve uma reação muito grande no partido e agora vamos ter uma decisão final (na eleição)", disse.

Em agosto deste ano, Tasso foi bastante criticado internamente por veicular um vídeo que chamava o atual governo de "presidencialismo de cooptação". Em outra peça, veiculada uma semana antes, a sigla também admitiu ter cometido "erros".

Tasso considera que, do ponto de vista numérico, o racha dentro do partido é "menor do que parece". "Do ponto de vista de poder é diferente. Porque um dos grupos (com visões diferentes dentro do PSDB) é apoiado pelo governo e aí, neste caso, pesam outros fatores", ponderou.

O tucano reforçou que o partido deve apoiar a equipe econômica independentemente do governo, mas não considera que será viável aprovar a reforma da Previdência este ano. "Se o projeto vier (da Câmara) bem feito, nós apoiaremos, mas matematicamente não vejo como seria possível." Por se tratar de uma Proposta de Emenda Constitucional, o texto precisa passar por dois turnos de votação na Câmara antes de seguir para o Senado.

Desde que assumiu a presidência interina do PSDB, Tasso vinha negando que fosse disputar a presidência. Há menos de uma semana ele chegou a dizer, quando questionado pela imprensa, que nunca teve objetivo de dirigir o partido. "Com certeza não faz parte dos grandes objetivos da vida ser presidente de nada. Estou muito bem como senador. Ser presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) já é muita coisa", rechaçou. Nos bastidores, porém, o grupo conhecido como "cabeças-pretas" sempre defendeu a candidatura do cearense como forma de renovar o partido.

As recentes investidas de Tasso contra Aécio também foram vistas por parlamentares mineiros como um sinal de que o senador cearense tinha interesse em disputar a Presidência da legenda. Desde que foi enquadrado pelo tucano, Aécio tem sido convencido por aliados a resistir no posto. A avaliação é de que a presença de Aécio impede que Tasso tenha plenos poderes na direção do partido.

Os tucanos próximos ao senador mineiro argumentam que, com Aécio na Executiva Nacional, Tasso teria dificuldade de usar a máquina partidária a favor de sua própria eleição. Seria uma forma de manter a disputa entre Tasso e Marconi Perillo, governador de Goiás, mais "equilibrada". Perillo já é oficialmente candidato à presidência da sigla, justamente com apoio de Aécio Neves.

"Marconi é um candidato importante, uma liderança importante, fez um trabalho conhecido. Ele representa uma corrente, um desses projetos dentro do PSDB e tem toda legitimidade para se candidatar", comentou Tasso sobre Perillo.

Depois de muito bate-boca e confusão, a ala do PSDB contrária à permanência do senador Tasso Jereissati (MG) como presidente interino do partido retomou as articulações para tentar substituí-lo. Com apoio do Planalto, o nome sugerido por grupo de tucanos paulistas foi o do ex-governador de São Paulo Alberto Goldman.

Um dos sete vice-presidentes do PSDB, Goldman estava nesta quarta-feira, 23, em Brasília, mas desconversou ao ser questionado sobre o assunto. A principal resistência ao seu nome está em São Paulo. O prefeito João Doria, que chegou a ser chamado por ele de "desgraça para o PSDB", e o governador Geraldo Alckmin preferem a manutenção de Tasso até a convenção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

##RECOMENDA##

O senador Tasso Jereissati (CE), presidente interino do PSDB, recebeu nessa quarta-feira, 23, o apoio de prefeitos do partido para permanecer no cargo pelo menos até dezembro, quando será realizada a convenção nacional da legenda.

O gesto acontece no momento que tucanos aliados ao senador Aécio Neves (MG) e afinados com o presidente Michel Temer pressionam o senador Tasso a deixar o comando interino do partido.

##RECOMENDA##

A crise se transformou em racha aberta após o senador cearense colocar na TV um programa partidário com críticas ao Governo Federal e uma "autocrítica" pelo fato do partido de feito parte do "presidencialismo de cooptação" praticado na administração Temer.

"Todo mundo deu apoio ao Tasso para que ele fique na presidência do PSDB até o final do mandato, em dezembro, e, se pleitear, também depois disso", disse à reportagem o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando.

O prefeito de São Paulo, João Doria, não foi ao encontro.

Entre outros prefeitos tucanos, estavam presentes Nelson Marchesan (Porto Alegre) e Duarte Nogueira (Ribeirão Preto). O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP) também esteve na reunião, que aconteceu no gabinete de Tasso no Senado.

A articulação do PSDB para lançar a candidatura do senador Tasso Jereissati (CE) à Presidência da República na hipótese de uma eleição indireta causou mal-estar com o DEM, irritou o PMDB e já é questionada até por tucanos.

Os aliados avaliam que Tasso, presidente interino da sigla, avançou o sinal ao promover na terça-feira passada, dia 23, em São Paulo, uma reunião com o governador Geraldo Alckmin, o prefeito João Doria e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - todos correligionários - para discutir o assunto.

##RECOMENDA##

No dia seguinte ao encontro, que ocorreu no apartamento do ex-presidente em São Paulo, Alckmin "lançou" Tasso ao dizer publicamente que ele e Fernando Henrique Cardoso "são os grandes nomes" em uma eleição indireta no caso de interrupção do mandato de Michel Temer. A iniciativa foi mal recebida no Congresso.

O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), telefonou ontem para Tasso e pediu para que eles fizessem um esforço conjunto para um entendimento entre os dois partidos. Ouviu como resposta de Tasso que ele não seria candidato. Ambos reafirmaram que atuarão juntos na crise e tentarão encontrar um nome de consenso da base aliada para a eventualidade de queda do presidente, seja por renúncia ou cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

PEC

Em outra frente, deputados do PMDB leais ao Palácio do Planalto ameaçam até adotar a bandeira das "diretas" na bancada se os tucanos não recuarem do movimento de lançar Tasso à Presidência.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que a escolha de um eventual sucessor de Temer ocorra por meio de eleições diretas é defendida pelos partidos de oposição.

Governistas avaliam que os tucanos articulam abertamente o pós-Temer, o que enfraquece a posição do presidente diante da opinião pública. "Não deixa de ser uma opção apoiar as diretas, mas prefiro acreditar que o PSDB não está fazendo articulação de nome para a eleição indireta. Eu e a velhinha de Taubaté acreditamos nisso", disse à reportagem o deputado Carlos Marun (PMDB-MS).

Ele também afirmou que outra hipótese é o PMDB lançar um candidato próprio se o PSDB insistir em se movimentar sozinho. Para Marun, que integra a tropa de choque de Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), "ganhou pontos" com a base em caso de eleição indireta por estar sendo leal ao presidente. "Maia tem mantido uma postura de absoluta lealdade. Além de ser muito discreto, tem promovido ações positivas."

Interno

O nome de Tasso como candidato ao "mandato-tampão", caso ocorra uma eleição indireta, também está sendo questionado dentro PSDB. Parte da bancada na Câmara e líderes regionais do partido insistem em defender a candidatura de Fernando Henrique Cardoso. O ex-presidente, porém, rejeita a ideia.

Outra ala tucana avalia que o partido não tem força para impor um nome ao Colégio Eleitoral, que é formado por deputados e senadores. "O PSDB tem 10% do Colégio Eleitoral. Ou seja: a chance é pequena. O mais aconselhável é liderar as reformas e se preparar para a eleição de 2018", disse o ex-governador Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB.

Reservadamente, deputados tucanos dizem que Tasso deve ser lançado à Presidência apenas para marcar posição. Eles lembram que na eleição direta os votos da Câmara, com 513 deputados, serão majoritários no Colégio Eleitoral. A bancada do PSDB na Câmara se reúne com Tasso nesta semana para discutir o assunto. Parte dos deputados ainda insiste que o partido entregue os cargos no governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pouco antes de participar de jantar com empresários, em São Paulo, o presidente Michel Temer se reuniu por cerca de duas horas com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na noite desta segunda-feira (29) no Hotel Hyatt. O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, também participaram do encontro.

"Foi uma conversa boa e proveitosa. Conversa boa e capaz de nos garantir, a eles e a nós, de que as reformas passarão", disse Moreira Franco. Segundo ele, a conversa tratou de "caminhos para o futuro".

##RECOMENDA##

O encontro aconteceu em meio à maior crise política enfrentada pelo presidente Temer. A cúpula do PSDB está sendo pressionada a abandonar o governo, mas o encontro deixou claro que, pelo menos por enquanto, o desembarque não acontecerá.

O partido deve esperar a decisão sobre a ação contra a chapa Dilma-Temer, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para definir se continua com o governo. O PSDB está sendo considerado o "fiel da balança" para o Planalto.

O esforço é total para não só manter o partido na base aliada, mas também para garantir apoio para a aprovação das medidas provisórias que estão vencendo no Congresso, esta semana, e para as reformas trabalhista e da Previdência.

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) anunciou sua desistência à candidatura ao Senado nesta quinta-feira, 26, mas seu partido fechou o palanque no Estado com o PMDB, o que pode prejudicar Dilma na região.

Após conversas com PSDB, PR e DEM, o líder nas pesquisas de intenção de votos para o governo do Ceará, o senador Eunício Oliveira (PMDB) fechou a chapa para disputar o Estado com a seguinte composição: Eunício, candidato ao governo; Roberto Pessoa (PR), vice; e o senado será ocupado por Luiz Pontes (PSDB), Moroni Torgan ou Chiquinho Feitosa, ambos do DEM.

##RECOMENDA##

Jereissati (PSDB) vai para a campanha de Aécio Neves à Presidência. Embora alguns descartem, ele ainda é cotado para vice de Aécio, cujo nome deverá ser divulgado na próxima segunda-feira, 30. As articulações cearenses visam garantir um palanque forte no Ceará para o candidato tucano à Presidência.

Fechada a chapa de Eunício Oliveira, é aguardado o anúncio dos nomes que terão o apoio do governador Cid Gomes (PROS), que já formalizou adesão à campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Nesta quinta-feira, 26, Cid cancelou a agenda externa e está em reuniões fechadas com seu grupo político.

Vinte e seis anos depois de derrotar a tríade de coronéis que por quase duas décadas dominou o Ceará, o ex-governador e ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) amarga o ostracismo político. Sem mandato, depois de perder as eleições para o Senado em 2010, o tucano acabou sufocado pelo clã dos Ferreira Gomes, seus antigos aliados e hoje a família mais poderosa da política cearense. No curto prazo, Tasso só vê chances de voltar a se engajar na política se vingar no partido a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República.

Com o revés político, o tucano de 63 anos diz dedicar mais atenção a suas empresas - entre elas a Coca-Cola local e o Shopping Iguatemi - do que às "picuinhas" das campanhas eleitorais. Apesar dos inúmeros pedidos, Tasso se recusou, este ano, a gravar mensagem pedindo votos para quem quer que fosse. Em mais de duas décadas, é a primeira eleição em que o ex-governador não tem papel preponderante.

##RECOMENDA##

Nem o candidato do PSDB em Fortaleza, Marcos Cals, pôde contar com seu apoio público. Filho do ex-ministro César Cals, um dos coronéis abalroados do poder por Tasso na década de 80, Marcos tem 3% das intenções de voto, segundo o Ibope.

A perda de força política de Tasso, que foi governador três vezes, é visível. No domingo (7), a estimativa é que o PSDB consiga eleger cerca de 15 prefeitos em 184 municípios cearenses. Enquanto isso, seus ex-apadrinhados Ciro e Cid Gomes - este, atual governador - , esperam conquistar de 70 a 80 prefeituras. Além da estrutura do PSB, eles contam com aliados como o PSD de Gilberto Kassab e o PRB do ministro Marcelo Crivella (Pesca). A bancada tucana na Assembleia tem hoje dois deputados. Nos anos 90, o PSDB chegou a ocupar 36 das 46 cadeiras.

Nas palavras de Heitor Férrer, candidato do PDT à prefeitura em Fortaleza, Tasso "é um menino frente aos coronéis de hoje". Considerados amigos fraternais por mais de duas décadas, Tasso e Ciro romperam em 2010, quando os Ferreira Gomes se uniram ao PT e derrotaram o tucano, candidato à reeleição no Senado. A história política de Tasso com os Ferreira Gomes, em particular com Ciro, repete a fábula da criatura que se volta contra o criador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando