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O preço do tomate recuou 40,2% no atacado e 43% ao produtor desde o pico de preços ocorrido na Semana Santa, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). Com a oferta em baixa e demanda em alta, na última semana de março o preço médio pago por varejistas a atacadistas na Ceagesp chegou a R$ 108,75 a caixa de 22 quilos, ou R$ 4,95 o quilo, e o produtor recebeu R$ 85,47 pela caixa na média das regiões que estão em colheita.

Segundo o Cepea/Esalq, logo após a Páscoa, os preços passaram a recuar: na primeira semana de abril, a média na caixa no Ceagesp foi de R$ 82,40 (R$ 3,75 o quilo), preço 24% menor que na Semana Santa. Ao produtor, a caixa recuou 18%, para R$ 70,81. Nesta semana, o preço médio no atacado foi de R$ 65,00 a caixa (R$ 2,95 o quilo) e ao produtor ficou em R$ 48,75 a caixa. Para a instituição de pesquisa, a redução dos preços nos últimos dias ocorre principalmente pela queda na demanda, com a substituição do tomate por outros produtos. A oferta, por sua vez, ainda segue baixa nas principais regiões que abastecem o Sul e Sudeste do Brasil.

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A menor oferta do tomate, segundo os pesquisadores do Cepea/Esalq, ocorreu pela diminuição da área cultivada nos dois últimos anos. Em 2012, a redução foi de 3%, mas a produtividade boa aumentou a oferta e derrubou os preços. Com isso, em 2013 a redução na área foi de 17,5% na média das regiões que colhem neste período e ainda não houve uma superprodução como no ano passado.

Com os preços em queda ao produtor e no atacado, pesquisadores do Cepea/Esalq avaliam que o tomate, apontado como um dos vilões recentes da inflação, fique mais barato também ao consumidor. A oferta deve ainda aumentar a partir de junho, quando as regiões que produzem na safra de inverno ampliem a colheita.

O preço recorde do quilo do tomate, que em algumas cidades do Paraná passou dos R$ 8 nesta semana, tem levado consumidores de Foz do Iguaçu a cruzar a fronteira para comprar o produto na Argentina. Nesta terça-feira, o tomate era vendido nos mercados de Puerto Iguazú por cerca de R$ 3 o quilo e, com o aumento repentino da procura, tornou-se mercadoria rara no comércio da cidade vizinha.

"Estamos vendendo o que temos e não é muito", contou o comerciante Antonio Garrido, que somente esta semana disse ter triplicado o estoque e já pensa em reforçar os pedidos aos fornecedores. "Se não conseguir, o jeito vai ser aumentar um pouco os preços porque o tomate está começando a faltar em algumas regiões. Segundo ele, em outros municípios argentinos que fazem fronteira com o Brasil a procura pelo produto também está bem acima do normal.

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Apesar de a estratégia de apelar para os países vizinhos em épocas de alta de preços ser bastante comum em regiões de fronteira, a prática neste caso é considerada contrabando, alertam as autoridades brasileiras.

Segundo o chefe do Ministério da Agricultura em Foz do Iguaçu, Antônio Garcez, quem comprar o tomate na Argentina pode perdê-lo, já que o certificado fitossanitário internacional exigido para este tipo de produto só é fornecido no processo de exportação convencional.

Os preços do tomate tendem a cair em maio, com a chegada ao mercado da safra de inverno. A previsão é do analista Fabrício Quinalia Zagati, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), que tem uma equipe dedicada ao acompanhamento diário do mercado brasileiro dos produtos hortifrutícolas. Com o pico de produção da safra de inverno do fruto entre maio e junho, o consumidor deve pagar menos pelo produto nos próximos meses, aliviando a pressão sobre a inflação.

Na opinião de Zagati, apontar o tomate como o "vilão da inflação" é uma injustiça com o agricultor, pois em abril do ano passado o preço do fruto na roça era de R$ 12 a caixa de 22 quilos. O valor era insuficiente para cobrir o custo de produção. Ele argumenta que o produtor neste ano chegou a receber R$ 100 pela caixa de tomate justamente por causa do desestímulo provocado pelos baixos preços do ano passado, que levaram a uma redução de 20% na área da safra de verão, que foi plantada no segundo semestre e colhida a partir de dezembro de 2012.

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O analista afirmou que nos contatos diários com as fontes de mercado o Cepea apurou que, mesmo com os altos preços do tomate nos primeiros quatro meses deste ano, a expansão da área não deve ser expressiva no plantio de inverno, por causa do temor de que o excesso de oferta mais uma vez pressione os preços e também devido à limitação de área disponível e à falta de mão de obra. A estimativa é de aumento de área entre 3,5% a 5% nas principais regiões produtoras. A colheita iniciou em março em Araguari (MG), Sul de Minas, Paty do Alferes (RJ) e norte do Paraná, as primeiras a ofertar o fruto de inverno. A partir deste mês começou entrar no mercado o produto de Mogi Guaçu e Sumaré (SP), Itaocara (RJ) e Pará de Minas (MG). Em maio começa a colheita em São José de Ubá (RJ).

Zagati não acredita que a isenção da tarifa de importação de 10% seja suficiente para resolver o problema de alta de preços do tomate com a vinda de produtos do exterior. Ele considera difícil a importação da China, por causa da questão de preços para colocar o produto no mercado brasileiro e também de qualidade, pois o tomate de mesa é um produto de "vida de prateleira curta". A tendência para os próximos meses é de queda de preços do tomate, mas os valores devem ser superiores aos da safra de inverno do ano passado, diz o analista.

Se os preços altos no supermercado indicam que a inflação está querendo voltar, não culpem o tomate. É o que defende o agricultor Lindomar David, de 33 anos, produtor rural em Ribeirão Branco, no sudoeste paulista, considerada a "capital do tomate" - o município responde sozinho por 20% da produção do Estado. Embora a leguminosa, que no ano passado não custava mais que R$ 3,00 o quilo, já esteja valendo até R$ 12 nos supermercados de São Paulo, ele acha que o preço é justo. "Ano passado vendi tomate a R$ 5 a caixa de 25 quilos para não ter que jogar fora e ninguém tomou minhas dores. Agora, é a nossa vez", disse.

Segundo o técnico agrícola Cléberson de Siqueira Gomes, da Secretaria Municipal de Agricultura, o tomate está caro porque as safras de outras regiões que abastecem São Paulo, principalmente a de Goiás e, em menor escala, do Paraná e Santa Catarina, tiveram grandes perdas em razão das chuvas. "Fora de São Paulo, muito tomate estragou no pé. Aqui, tivemos sorte, pois as chuvas foram mansas."

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Os 600 produtores locais vão colher 3,3 milhões de caixas, mesma produção do ano passado. A diferença é o preço: enquanto em 2012 teve produtor jogando tomate no lixo, este ano até o fruto pequeno ou manchado passou a ter valor comercial. Lindomar cultiva 15 mil pés e está na metade da colheita. A produção de quatro plantas, suficiente para encher uma caixa, valia ontem (4) R$ 100 na lavoura. Ele já sabe o que vai fazer com o dinheiro da super safra: "Investir na plantação, melhorar o sistema de irrigação, comprar um trator." Lindomar está há 15 anos na atividade e não se lembra de outra safra tão boa. O irmão dele, Leomar, começou a plantar há dois anos e já se deu bem. "O tomate escolhido chega a R$ 120 a caixa", disse.

O dinheiro do legume irriga a economia da cidade de 18.272 habitantes. "Você passa no comércio, vê o lojista feliz como faz tempo não via. Agora, se você vir alguém rindo sozinho, pode saber que é tomateiro", brinca Gomes.

Chega ao fim neste sábado (19), o Tamandaré Fest, que se despede com shows de Garota Safada, Gabriel Diniz, Thiaguinho e Tomate.  Durante cada dia do evento, cerca de 15 mil pessoas circularão pela festa. 

Os ingressos custam R$ 40 para acesso à pista e R$ 90 camarote, à venda nas lojas Nagem e na bilheteria do evento. O Tamandaré Fest acontece em arena armada na Praia de Tamandaré, litoral Sul de Pernambuco, a 104 km do Recife.

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Após a compra dos ingressos, deverá ser feita a troca dos bilhetes por camisas que darão acesso ao evento. A operação deve ser feita nesta sexta (18) e no sábado (19), no ginásio do Centro de Tamandaré. A produção do evento informou que não será realizada a troca de camisas no local dos shows.

SERVIÇO
Último fim de semana do Tamandaré Fest 2013 com Garota Safada, Gabriel Diniz, Thiaguinho e Tomate
Praia de Tamandaré (Litoral Sul de Pernambuco)
Sábado (19), às 17h
R$ 40 (pista) e R$ 90 (área vip)
Informações: 3441-9660



No mês de maio, a cesta básica no Recife teve o maior aumento entre as 15 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A alta foi de 7,12%, o que representa R$ 15,95 a mais no orçamento.

Para comprar os produtos da cesta básica em abril, o recifense pagou R$ 239,92. No acumulado dos últimos 12 meses, a situação também é ruim. Com um aumento de 15,54%, o Recife liderou o ranking nacional. A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (4) pelo Dieese.

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Em maio, nove dos 12 itens que compõem a cesta apresentaram aumento no Recife. Destaque para o tomate (49,12%), a banana (16,40%), a farinha (8,85%), o óleo de soja (8,19%) e o açúcar (6,12%). Segundo o Dieese, a alta no preço do tomate ocorreu em razão da queda na oferta do produto no mercado local, agravado pela seca no Nordeste. A junção da entressafra (março a agosto) com a seca também explica o forte aumento no preço da banana.

Segundo o Dieese, a expectativa é de manutenção ou até elevação dos preços para os próximos meses. O feijão também subiu em maio, com alta de 5,26. No acumulado dos últimos 12 meses, é o produto com maior aumento, com 73,60%.

Quanto mais natural for o consumo de frutas e legumes, mais benefícios são proporcionados à saúde. Esses alimentos são ricos em flavonoides, nutrientes anti-inflamatórios que evitam o surgimento de radicais livres que oxidam as células e causam doenças.

Veja quais são os alimentos naturais que impedem o surgimento dos radicais livres:

. Tomate Rico em licopeno, seu antioxidante reduz o risco de câncer de próstata e de mama.

. Ameixa vermelha Contém antocianinas, que diminuem a velocidade com que as células cancerígenas se espalham.

. Damasco É rica em betacaroteno que aumenta a imunidade.

. Repolho-roxo Rico em vitamina C, pode ajudar na queima de gordura.

. Mamão É rico em vitamina C e A e ajuda a combater infecções.

. Uva roxa Contém em sua fórmula antocianinas, que protegem contra o câncer e doenças cardíacas.

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