Tópicos | Tóquio 2021

O atleta do atletismo brasileiro Altobeli da Silva que vai disputar os 3.000m se revoltou e veio até as redes sociais neste sábado (24) reclamar do barulho de outros brasileiros no hotel que está hospedado, fora da vila olímpica e chegou a dizer que o Brasil era ‘uma barca furada’. 

“Estou com um estresse aqui, galera. Chego a estar tremendo de tanta raiva, de tão nervoso aqui no Japão. Estou cansado, ouço uma barulheira aqui na porta do quarto, som de funk de atletas que treinam meio período. Eu treino pra c*, treino dois, pegado. Tem atletas que vêm fazer só participação aqui nos Jogos Olímpicos, não vem com proposta, com objetivo. Eu vim com proposta, com objetivo, por isso que estou no meu quarto, dormindo, descansando, respeitando a privacidade”, desabafou o corredor brasileiro.

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No desabafo ele citou que outras reclamações já foram feitas, mas sem efeito: “Inclusive, escutei a voz de um atleta que eu achava que era mais disciplinado pelos resultados que tem, mas não”. 

Claramente contrariado, Altobeli chegou a dizer que o Brasil ‘era uma barca furada’ e pediu conscientização: “Eu percebo que o Brasil é barca furada tem hora. Eu tenho que falar isso aqui na rede social. Tem que ter consciência cara, nem fui jantar para priorizar meu descanso porque estou cansado para caramba. Agora fica de 'pararara', achando que é estrela? tem uns aí que tem que descer do salto alto”, pontuou.

Na postagem ele não citou nenhum nome e ressaltou que não chegou a sair para confrontar e que preferiu vir até a rede social fazer seu relato. Sua estreia nos jogos olímpicos acontece no dia 30. 

O Japão está "encurralado" com as Olimpíadas de Tóquio, programadas para daqui a sete semanas, estimou nesta sexta-feira (4) um membro do comitê olímpico local, considerando que o evento "não fazia mais sentido", mas que era tarde demais para cancelá-lo.

Os Jogos Olímpicos, adiados no ano passado por conta da pandemia, acontecerão de 23 de julho a 8 de agosto, insistem as autoridades olímpicas, os organizadores de Tóquio-2020 e o governo japonês, apesar da situação de saúde e da oposição da maioria dos japoneses.

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"Acho que perdemos a oportunidade de cancelá-los", considerou a ex-judoca e membro do comitê olímpico japonês Kaori Yamaguchi, em artigo publicado pela agência Kyodo.

"Estamos encurralados em uma situação em que não podemos fazer mais nada", considerou a medalhista de bronze nos Jogos de Seul em 1988. "Os Jogos não fazem mais sentido e são mantidos apenas por obrigação", acrescentou.

A ex-atleta critica a atitude do governo japonês, do comitê organizador Tóquio-2020 e do Comitê Olímpico Internacional (COI), que "parecem querer evitar o diálogo".

"Os Jogos não deveriam ser um festival de paz?", questionou.

"O oposto da paz é continuar em uma posição dura e teimosa que consiste em dizer 'as pessoas podem ser contra, mas mudarão de ideia quando os Jogos começarem'", insistiu Yamaguchi.

De acordo com várias pesquisas, a população japonesa é, em sua maioria, contra a realização dos Jogos, porque teme uma piora da situação da saúde.

Atualmente, 10 das 47 regiões do arquipélago encontram-se em estado de emergência.

O vice-presidente do COI, John Coates, declarou no mês passado que os Jogos aconteceriam mesmo se um estado de emergência prevalecesse em Tóquio.

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"O COI deve pensar que a opinião pública no Japão não é importante", acrescentou Yamaguchi.

A campanha de vacinação no Japão, iniciada em fevereiro, tem sido amplamente criticada por sua lentidão. Embora tenha acelerado nos últimos dias, apenas 3% da população recebeu a segunda dose.

O principal assessor médico do governo japonês, Shigeru Omi, declarou nesta sexta-feira que o país deve evitar a organização dos Jogos se o estado de emergência se estender além de 20 de junho.

"Devemos absolutamente evitar sediar os Jogos Olímpicos em estado de emergência", declarou ele, pedindo ao governo que aperte as restrições para que o estado de emergência termine o mais rápido possível.

Nesta sexta, o jornal Financial Times afirmou que "grandes patrocinadores japoneses" exigiram em privado um novo adiamento dos Jogos por vários meses para que os espectadores possam assistir.

Os torcedores estrangeiros estão proibidos de viajar ao Japão para participar do evento olímpico e a organização deve decidir este mês se permite o público local e qual capacidade.

A presidente de Tóquio-2020, Seiko Hashimoto, não respondeu a uma pergunta sobre as informações do Financial Times em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira.

A organização do evento olímpico exclui um novo adiamento do evento, que deveria ter sido realizado em 2020.

O Japão controlou a pandemia com relativo sucesso, em comparação com muitos outros países, com 13.000 mortes oficiais desde o início de 2020.

O Comitê Olímpico da China está oferecendo doses de vacina contra o novo coronavírus (covid-19) para os participantes da Olimpíada de Tóquio deste ano e para os Jogos de Inverno de Pequim de 2022, informou o Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta quinta-feira (11).

A Olimpíada de Tóquio foi adiada por causa da pandemia de covid-19, mas foi remarcada para o período de 23 de julho a 8 de agosto deste ano. Devido ao atraso, agora os Jogos de Pequim ocorrerão só seis meses depois de Tóquio.

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"O COI recebeu um tipo de oferta do Comitê Olímpico Chinês, anfitrião dos Jogos de Inverno de Pequim de 2022, de disponibilizar doses adicionais de vacina aos participantes das duas edições dos Jogos Olímpicos, Tóquio-2020 e Pequim-2022", disse o presidente do COI, Thomas Bach, em sessão virtual da entidade.

Ele não deu detalhes sobre o número de doses. A Olimpíada envolve mais de 10 mil atletas, ao mesmo tempo que, geralmente, dezenas de milhares de outras pessoas também estão envolvidas nos Jogos, como treinadores, imprensa, voluntários e autoridades.

Bach tratava da apresentação digital da nova chefe da Olimpíada de Tóquio, Seiko Hashimoto, sua primeira ao COI desde que tomou posse, mais de três semanas atrás.

"O Comitê Olímpico Chinês está pronto para, em cooperação com o COI, tornar essas doses adicionais disponíveis... seja via colaboração com parceiros internacionais ou diretamente nos países que têm acordos relacionados com vacinas chinesas", disse Bach.

Os Jogos de Tóquio serão realizados com medidas de saúde rígidas e a ausência provável de visitantes estrangeiros, e o COI exortou os Comitês Olímpicos nacionais a vacinarem os atletas.

"O COI vai pagar pelas doses adicionais de vacinas, não somente para as equipes olímpicas, mas também para as equipes paralímpicas", disse Bach.

O presidente executivo da Tóquio-2020, Toshiro Muto, disse estar ciente do que Bach havia dito, mas se recusou a fazer comentários, alegando aos repórteres que não estava "em posição de fazer um comentário sobre isso".

Quando indagado sobre como Tóquio-2020 responderia a uma oferta chinesa de doses de vacinas, Muto disse que "o processo de vacinação é gerenciado pelo governo japonês, então nós no comitê organizador Tóquio-2020 não estamos em posição de comentar".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está prestando consultoria de gerenciamento de risco ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e às autoridades japonesas em relação à realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio. No entanto, a principal prioridade é vacinar profissionais de saúde em todo o mundo contra o novo coronavírus, informou nesta segunda-feira (25) o OMS.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, está mantendo o compromisso de seu governo de sediar os Jogos este ano, e autoridades rejeitaram na semana passada uma reportagem do jornal britânico Times que dizia que Tóquio havia abandonado a esperança de realizar o evento em 2021.

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O chefe de emergências da OMS, Mike Ryan, questionado se os atletas deveriam ser vacinados como prioridade, disse em uma coletiva de imprensa: “Temos que encarar a realidade do que enfrentamos agora. Não há vacina suficiente no momento para atender aqueles que estão em maior risco". “Enfrentamos agora uma crise em escala global que exige que os profissionais de saúde da linha de frente, os idosos e os mais vulneráveis em nossas sociedades tenham acesso à vacina primeiro”, acrescentou.

O início dos Jogos está previsto para 23 de julho, após adiamento de um ano por causa da pandemia do novo coronavírus. A OMS trabalhará com o COI, a cidade de Tóquio e o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão como parte de sua força-tarefa para "oferecer conselhos de gestão de risco durante o processo", disse Ryan.

"A decisão final sobre as medidas de gerenciamento de risco para a Olimpíada, e a decisão final sobre a própria Olimpíada, é uma decisão do COI e das autoridades japonesas", afirmou ele.

Uma pesquisa publicada no último domingo (10) pela agência Kyodo News, do Japão, afirma que 80,1% dos participantes do estudo são contrários à realização da Olimpíada de Tóquio, programada para acontecer entre 23 de julho e 8 de agosto.

De acordo com o estudo, entre a maioria contrária à realização dos jogos, 44,8% são favoráveis a um novo adiamento, enquanto 35,3% preferem que o evento não aconteça. A pesquisa foi realizada no último fim de semana, quando o número de casos de coronavírus teve elevação em todo território japonês. No entanto, a organização da Tóquio 2021 confirma a realização das competições.

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Até o momento, o Japão registra 288 mil casos e quase 4 mil mortes pela Covid-19. Para tentar diminuir o aumento do contágio, o governo japonês decidiu suspender a recepção de estrangeiros até o último dia de janeiro. A medida foi tomada após o país confirmar quatro casos de uma nova cepa do coronavírus, considerada como uma mutação mais infecciosa do organismo viral que matou mais de 1,9 milhão de pessoas em todo o planeta. As pessoas detectadas com a linhagem de maior poderio de contágio pela Covid-19 no país asiático são brasileiras.

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