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A reunião do Pacto Pela Vida, nesta quinta-feira (7), teve a assinatura da Instrução Normativa que trata do uso das tornozeleiras eletrônicas. Na ocasião, o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Leopoldo Raposo, assinou o documento, na presença do governador Paulo Câmara.

De acordo com a autoridade responsável por dar o aval do documento, a instrução irá regulamentar o equipamento que trata-se de uma medida cautelar, aplicada pelo magistrado. Para ele, a utilização da ferramenta terá benefícios e, não apenas no sentido de inibir a superlotação das instituições carcerárias, mas sobretudo para proteger, para evitar a violência doméstica e familiar.

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No estado, há cinco anos foi implantada a utilização do equipamento. Ao todo, 60.313 fazem uso da tornozeleira em Pernambuco. Somente este ano a adesão foi de 7.553 pessoas.  

Os custos da tornozeleira, de acordo com informações recebidas pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, e repassado no discurso do magistrado, giram em torno de pouco mais de R$ 250. No entanto, o investimento que é manter uma pessoa no presídio, é bem superior, chegando a custar R$ 1 mil. 

Produção da Instrução Normativa

Dentre as autoridades envolvidas no desenvolvimento do documento a coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, desembargadora Daisy Andrade, fez parte da equipe. Além dela, também foram recebidas sugestões da Secretaria de Ressocialização, Secretaria de Mulher, Secretaria de Desenvolvimento Social, Polícia Militar, Defensoria Pública e Ministério Público. Ao todo, foram três meses de trabalho na elaboração da minuta.

O documento

De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), trata-se de uma normativa de monitoração eletrônica de pessoas submetidas à restrição de liberdade. O material possui normas a respeito da administração, da execução e do controle da ferramenta; dos casos de uso da medida, em decorrência de violência doméstica e familiar, medidas cautelares diversas da prisão e execução penal; da competência para concessão do benefício; dos requisitos para obtê-lo; do prazo de duração para uso da tornozeleira; além das obrigações de quem é monitorado, entre outros aspectos.

Participaram do evento representantes da Secretaria de Desenvolvimento Social, Secretaria de Ressocialização, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Corpo de Bombeiros, Poder Judiciário e Ministério Público e ex-presidente do TJPE, desembargador aposentado Fausto Freitas.

Um documento será assinado na próxima quinta-feira (7) dando instruções normativas quanto ao uso da tornozeleira eletrônica/pulseira em Pernambuco. A minuta foi criada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em discussões com a coordenação da Mulher em Situação de Violência Doméstica, Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), Secretaria de Mulher, Secretaria de Desenvolvimento Social, Polícia Militar, Defensoria Pública e Ministério Público. A assinatura da instrução normativa ocorrerá durante a reunião do Pacto Pela Vida, às 9h

A instrução pontuará questões como o afastamento do cônjuge agressor no caso de violência doméstica. Segundo o desembargador Leopoldo Raposo, que será responsável pela assinatura, casos como esses são delicados porque o juiz deve avaliar, por exemplo, se o acusado mora nas proximidades antes de delimitar a distância para a vítima. “O juiz também tem que colocar na decisão, nas medidas cautelares protetivas, da Lei Maria da Penha, a definição por quanto tempo a pessoa vai ficar com esse monitoramento eletrônico”, resume o desembargador.

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Outra questão que será tratada no documento diz respeito às questões levantadas sobre o monitoramento eletrônico nas varas de execução penal, por exemplo, como funcionará o monitoramento de saídas temporárias e saídas para o trabalho e até onde a pessoa pode ir em caso de prisão domiciliar. “Tudo isso será fixado na decisão de monitoramento eletrônico. Enfim, na normatização, um juiz terá um parâmetro de como usar a tornozeleira eletrônica, quando, como, em que circunstâncias. O objetivo é esse”, complementa Raposo.

A responsabilidade pela administração, execução e controle da monitoração eletrônica é responsabilidade da Seres, através do Centro de Monitoramento Eletrônico de Reeducandos (Cemer). O TJPE lembra que a utilização da tornozeleira no Estado foi implantada em agosto de 2011 com 60.313 monitoramentos. Este ano, até junho, 7553 pessoas são acompanhadas através do equipamento.  Informações colhidas com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça afirmam que o monitoramento eletrônico é usado em 18 estados, principalmente na fase de executação de pena ou como medida protetiva de urgência.

Com informações da assessoria

O empresário José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, e quatro executivos da empreiteira OAS, estão livres da tornozeleira eletrônica que carregavam desde 28 de abril, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) lhes concedeu o benefício do regime de prisão domiciliar.

Na ocasião, a Corte máxima impôs restrições aos réus da Lava Jato - que haviam sido presos em novembro de 2014 na Operação Juízo Final, etapa da Lava Jato que pegou o braço empresarial do esquema de propinas na Petrobras. Uma das imposições do STF foi o monitoramento eletrônico por meio da tornozeleira.

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No último dia 5 de agosto, o juiz federal Sérgio Moro condenou a cúpula da OAS por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Léo Pinheiro e Agenor Medeiros pegaram as penas mais altas: 16 anos e quatro meses de reclusão. Mateus Coutinho, ex-diretor financeiro, e José Ricardo Nogueira Breghirolli pegaram 11 anos de prisão. Fernando Stremel pegou quatro anos em regime aberto.

A legislação prevê que mesmo os condenados a penas tão severas podem recorrer em liberdade. Em sua decisão, Moro determinou que todas as medidas impostas pelo Supremo fossem mantidas, exceto o recolhimento domiciliar com tornozeleira.

Na quarta-feira da semana passada, 12, os empresários da OAS - uma das empreiteiras que teria participado do cartel na estatal petrolífera - se livraram das tornozeleiras. Agora, os advogados dos empresários, os criminalistas Roberto Telhada e Edward Rocha de Carvalho, vão entrar com recurso contra a condenação.

Telhada e Carvalho refutam com veemência o envolvimento dos empresários da OAS em corrupção. Primeiro, eles vão protocolar petição perante o juiz Moro e, depois, apresentam suas razões ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4).

Depois de 130 dias atrás das grades, o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, deixou nesta terça feira, 24, a Custódia da Polícia Federal em Curitiba (PR), base da Operação Lava Jato, e viajou para São Paulo, onde reside. Ele vai ficar no mínimo um ano em prisão domiciliar, sob monitoramento, usando uma tornozeleira eletrônica. É o primeiro empreiteiro que deixa a Custódia da PF. Outros executivos de gigantes da construção continuam presos.

Leite, réu em ação penal da Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, fez delação premiada e contou detalhes do esquema de cartel e propinas no âmbito da Petrobrás. Ele apontou o tesoureiro do PT João Vaccari Neto como beneficiário de pagamentos ilícitos.

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O vice da Camargo Corrêa foi preso no dia 14 de novembro pela Operação Juízo Final, sétima etapa da Lava Jato. Em fevereiro ele se dispôs a fazer delação premiada para se livrar da carceragem da PF.

O acordo prevê que Eduardo Leite pode até sair de casa, mas num raio máximo de 50 metros. Ele terá de comparecer a todos os atos processuais para depor, sempre que intimado.

O vice presidente da Camargo Corrêa declarou à força tarefa da Operação Lava Jato que o tesoureiro do PT o procurou "por volta de 2010" e pediu R$ 10 milhões. O relato de Eduardo Leite foi tomado no âmbito da delação premiada que ele firmou com os procuradores da República e os delegados da Polícia Federal que conduzem a grande investigação sobre cartel e fraudes na Petrobras.

O executivo da empreiteira afirmou que, naquele ano, Vaccari lhe disse que "tinha conhecimento, por meio da Área de Serviços da Petrobras, que a Camargo Corrêa estava atrasada no pagamento das propinas relativas a contratos (com a Petrobras".

O Ministério Público Federal manifestou-se favorável à concessão da prisão domiciliar para Eduardo Leite, diante da extensão da delação que fez.

O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Eduardo Leite, disse que o empreiteiro "está muito abatido". Experiente criminalista, Mariz de Oliveira é contra a delação premiada. "Não sou a favor da delação, mas entendo que ela era a única saída para a liberdade (de Eduardo Leite). Não me refiro especificamente às ordens de prisão decretadas pelo juiz Sérgio Moro (que conduz as ações da Lava Jato). Mas a delação poderá se tornar porta de entrada e porta de saída das prisões", alerta Mariz de Oliveira. "Prende-se para delatar e delata-se para sair da cadeia."

Pernambuco vai adotar o uso de tornozeleiras eletrônicas para monitorar o cumprimento das medidas protetivas de urgência por parte dos homens agressores de mulheres enquadrados na Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). Serão acompanhados, inicialmente, 50 casos. A ação será anunciada no próximo dia 23, pelo Governador Eduardo Campos, durante lançamento do Programa Justiça para Mulheres: Agora e Sempre, que prevê uma série de ações estratégicas para o enfrentamento da violência de gênero no Estado.

O dispositivo é semelhante a um relógio de pulso que fica preso à perna do agressor. O aparelho determina o campo de exclusão que, no caso de Pernambuco, é de 500 metros de distância, evitando aproximação da mulher, que carrega um outro dispositivo na bolsa. Caso ocorra uma aproximação indevida, os dois aparelhos emitem um sinal, também replicado na central de monitoramento que aciona a polícia. O tempo de uso do dispositivo vai depender da sanção a ser proferida pela justiça. Para a secretária Cristina Buarque é uma maneira de monitorar o cumprimento das medidas protetivas e salvar a vida de muitas mulheres.

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Se retirado pelo agressor, a tornozeleira emitirá um sinal para a central de monitoramento. Caso se aproxime do limite estabelecido de 500 metros, outro sinal era emitido e em ambos os casos a Polícia fará a intervenção.

O Ministério Público entrou com um pedido na Justiça para que Gil Rugai, de 29 anos, seja monitorado com tornozeleira eletrônica e compareça todo mês ao cartório. Segundo o promotor Rogério Zagallo, autor do pedido, há "risco de Rugai fugir, caso tenha de cumprir regime fechado". O rapaz foi condenado a 33 anos e 9 meses de prisão, pelo assassinato de seu pai e de sua madrasta, mas recorre em liberdade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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