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Após dois anos sem as tradicionais romarias do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, o ano de 2022 trouxe a alegria do segundo fim de semana de outubro para o coração dos paraenses. A Trasladação é o trajeto que a Imagem Peregrina da Virgem de Nazaré faz do Colégio Gentil Bittencourt até a Igreja da Sé. Cerca de 1,4 milhão de fiéis percorreram três quilômetros e 600 metros na procissão noturna, durante quase cinco horas.

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Lorena Almeida, empresária, acompanha a Trasladação desde o ventre da mãe. Lorena fez uma promessa e disse que vai doar água e refrigerante nas futuras trasladações. "É inexplicável, é uma fé inexplicável que move montanhas, eu não sei explicar. Só quem viveu sabe o que sentir", relatou a empresária sobre o sentimento de viver a Trasladação. 

A corda que puxa a berlinda da santa peregrina contou com as cinco estações e o Núcleo da Berlinda. A corda foi rompida em frente à Estação das Docas.

A Trasladação teve cerca de 15 homenagens de empresas com canções referentes ao Círio, chuva de papel e show de fogos de artifício. 

Por Alessandra Vinagre e Sergio Manoel (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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A Trasladação, procissão noturna do Círio de Nazaré, tem hora marcada para sair, neste sábado (8), em Belém. Às 17h30, segundo a Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), a berlinda com a Imagem Peregrina ganha as ruas da cidade para um percurso inverso ao da grande romaria do Círio, no domingo: sai do Colégio Gentil Bittencourt até a Catedral de Belém, depois da missa.

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A primeira Trasladação foi promovida pelo governador Francisco de Souza Coutinho, com o capelão do Palácio do Governo, padre José Roiz de Moura. Os dois levaram a Imagem de Nossa Senhora de Nazaré da Matriz até a capela do local.

Carla Daniela Araujo, 29 anos, supervisora de atendimento, participa com frequência da programação do Círio de Nazaré, em especial da Trasladação. Ela acompanha a procissão para demonstrar sua devoção à Nossa Senhora de Nazaré. "Fui na corda algumas vezes. Mas um momento marcante foi quando me perdi da minha mãe durante a procissão e tive que pedir um celular emprestado, porque o meu molhou e só funcionou dois dias depois", recorda.

A devota fala sobre a importância do evento este ano, após as mortes de muitas pessoas durante a pandemia. "Muitas vidas foram perdidas e a Trasladação é um momento principalmente de agradecer pela vida e pelas almas de todos que infelizmente não puderam mais viver esse momento", diz Carla. "A Trasladação, assim como Círio, é importante pela devoção e significado que ele carrega em si. Pela fé e várias outras demonstrações de empatia com o próximo."

Renan Almeida, 20 anos, estudante, segue a Trasladação desde criança. "Voltar às ruas esse ano será um momento muito mágico. Vai ser um momento de reencontro com a mãe. Passados os dois anos de pandemia, que a gente não podia ir para a rua, essa Trasladação vai entrar para a história", diz.

O estudante conta que faz promessas todos os anos para Nossa Snhora e que sempre a cumpre. A parte mais memorável que já viveu, diz, foi ver muitas pessoas pagando suas promessas, como vê-las dando água, ou indo na corda. "É um momento lindo", destaca.

"A importância da Trasladação para os paraenses é a fé na Virgem Maria e no seu filho Jesus, porque muitas pessoas têm fé e devoção nela. A gente simplesmente ama a virgem Maria. Para nós, paraenses, é um momento lindo e mágico. Um momento de fé e renovação", conclui.

Por Kátia Almeida, Giovanna Cunha e Ana Clara Soares (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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A devoção e a fé carregaram milhares de pessoas pelas ruas centrais de Belém na noite de sábado (11), durante a Trasladação, uma das maiores e mais importantes procissões do Círio de Nazaré. Conduzida pela força da imagem peregrina de Nossa Senhora, a multidão cumpriu um percurso de quase quatro quilômetros em pouco mais de cinco horas.

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Conhecida como procissão luminosa, a Trasladação faz o caminho inverso do Círio, na noite de sábado. A romaria saiu por volta de 17 horas do colégio Gentil Bittencourt, ao lado da Basílica Santuário, até a Catedral de Belém, na Cidade Velha. Durante a caminhada, promesseiros puxaram a mesma corda usada no Círio, a grande romaria do domingo. Esse é o Círio de número 227, a maior festa católica dos paraenses.

A Trasladação começou logo depois da missa celebrada pelo núncio apostólico do Brasil, dom Giovanni D’Aniello, no colégio Gentil Bittencourt. A caminhada seguiu pelas avenidas Nazaré e Presidente Vargas, boulevard Castilhos França, no Ver-o-Peso, até a Catedral Metropolitana de Belém, na Cidade Velha.

Varanda

Para mostrar cada vez mais a cultura paraense ao mundo, a cantora Fafá de Belém criou a Varanda de Nazaré, durante o Círio, há quase 10 anos. Na Trasladação, no sábado à noite, e no Círio, domingo de manhã, Fafá canta para os romeiros. A programação também tem sarau e um coral de idosas.

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"O nosso Círio passou a ser no sábado. Nós almoçamos e aguardamos ela passar às seis horas da tarde", diz Carmen Laura, ao imaginar a família vendo a Trasladação. A administradora aposentada, de 61 anos, mora em frente à Brasílica Santuário de Nazaré, entre 14 de Março e Generalíssimo Deodoro. É do edifício onde mora, com uma vista privilegiada, que ela vê a saída da procissão. "A minha mãe dizia: 'Nós não podemos deixar de fazer isso porque nós não vamos vê-la. Ela que vem até a nossa casa'. Então isso pra mim é uma grande bênção", relata Carmen.

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A Trasladação é a procissão anterior ao Círio. Sai todos os anos do Colégio Gentil Bittencourt, no sábado à tarde, depois de uma missa. A procissão tem origem em 1793, quando Dom Francisco de Souza Coutinho determinou que fosse conduzida a imagem da igreja onde estava a capela do Palácio do Governo, para sair o Círio no dia seguinte. A caminhada faz o trajeto inverso do Círio, levando a imagem de Nossa Senhora de Nazaré até à Catedral Metropolitana, de onde no outro dia sai a grande procissão.

Carmem acompanha a Trasladação da varanda do prédio. Já a estudante Jamille Amorim vive a emoção da procissão no meio do povo, e na corda. Para Jamille, o que a motivou a ir na caminhada segurando a corda foi a curiosidade. "Foi pela fé, pela devoção. Eu nunca fui na corda. E foi mais pela experiência, por ser algo novo. Até porque eu não conseguia estar lá e ver aquelas pessoas na corda e não fazer a mesma coisa", relata a estudante. "E desde o momento que consegui entrar e peguei de fato na corda, foi inexplicável", conta, emocionada.

Jamille mora longe do ponto de partida da Trasladação. Pela beleza da procissão, ela não esconde o encantamento. "O traslado tem a beleza da noite, das luzes da rua que iluminam e faz o percurso ficar mais bonito. Acho a berlinda muito mais iluminada e bonita de se ver à noite, fora os fogos que são bem emocionantes", explica. 

Há três anos Jamille não foi mais na corda, mas não deixa de ir na procissão. Em 2015 ela assistiu à Trasladação passar sem poder caminhar com a multidão. Para ela, foi um momento de tristeza por não acompanhar Nossa Senhora de Nazaré. "Nesse ano eu queria muito ter ido na corda. Foi muito triste pra mim porque eu só vi ela passar. Eu engravidei no ano seguinte e Nossa Senhora sabia por que eu estava só assistindo", relata.

Depois de ter o bebê, em 2017 Jamille voltou ansiosa para a caminhada de devoção. "Ano passado eu pude, graças a Deus, levar a minha filha. E quando Nossa Senhora passou foi a mais emocionante de todas as procissões da minha vida por ter levado a minha filha", explica.

Em 2018, perguntar se Jamille vai à Trasladação é receber um "sim" do tamanho da fé que ela tem por Maria. "Esse ano eu vou na corda pelo simples fato de agradecer por estar voltando para o meio do povo, segurar a corda pra puxar a berlinda e pra agradecer pela vida da minha filha", comenta, já se imaginando na caminhada. 

Alguns têm o privilégio de uma ampla visão da imagem de Nossa Senhora pelas ruas da capital paraense à noite. Outros querem ficar o mais perto possível dela, segurar a corda, deixar a multidão levar e ser movido pela fé. Muito mais alegria tem um guarda de Nazaré. São eles que ficam frente a frente com a berlinda. São eles que puxam a redoma florida no meio da procissão. Trabalhar no Círio e na Trasladação é algo explicável, mas tem um sentido maior quando se tem a família por perto. "Uma experiência marcante pra mim foi quando minhas filhas tiveram a iniciativa de participar da trasladação. Não só por incentivo meu, mas quando percebi que elas estavam se tornando devotas de Nossa Senhora de Nazaré", relata o guarda Alberto Neto.

A cada ano a Trasladação se renova. São novas histórias e vivências que motivam os promesseiros. Há quem  participe da procissão para pagar promessas e já cumprir a devoção, sem ir ao Círio. Para cada fiel basta a música que entoam com a alegria: "Fiéis, servir-te até morrer". Neste ano a caminhada será no dia 13 de outubro, às 17 horas, com saída do Colégio Gentil Bittencourt.

Por Caio Barreto, Gerson Rocha e Jhonata Chaves.

 

Começam no próximo dia 1º de setembro as vendas de ingressos para as arquibancadas da Trasladação e do Círio 2018, localizadas na avenida Presidente Vargas, em Belém. Este ano, algumas novidades foram anunciadas pela Diretoria da Festa de Nazaré para facilitar a compra pelo público interessado em assistir às duas maiores procissões da quadra Nazarena.

Uma das novidades é o site de vendas, desenvolvido com as mais modernas tecnologias de segurança, em uma interface que facilita o acesso e a compra dos ingressos. O pagamento poderá ser feito através de boleto bancário ou cartão de crédito. As vendas serão realizadas a partir de 8 horas do dia 1º de setembro, exclusivamente pelo site www.lojinhadocirio.com.br.

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 Cada pessoa interessada poderá adquirir até três ingressos por procissão, informando o seu CPF. Em cada ingresso, além da identificação do comprador, um QRCode impresso evitará as falsificações e garantirá um melhor controle de acesso do público às arquibancadas. Serão disponibilizados ao todo 4.000 lugares para cada procissão (Círio e Trasladação).

Ao público com direito à gratuidade, idosos, a partir de 65 anos, e portadores de necessidades especiais, serão disponibilizados 900 ingressos gratuitos, sendo 300 para o Círio e 600 para a Trasladação.

 O cadastro para se ter acesso à gratuidade deverá ser realizado no mesmo site de vendas, no período de 1 a 15 de setembro. Os ingressos serão entregues na Diretoria da Festa de Nazaré, localizada no Centro Social de Nazaré, nos dias 3 e 4 de outubro, mediante a comprovação da gratuidade e apresentação de documento com foto. Crianças de até dois anos de idade não pagam ingressos e também não precisam ser cadastradas no site.

ValoresPara a Trasladação, o ingresso poderá ser adquirido por R$ 40,00 e para as arquibancadas do Círio, o valor será R$ 80,00, mais a taxa de conveniência no valor de 15% do total do ingresso, para ambos os casos. Há dois anos os ingressos não sofriam reajustes e, de acordo com a Diretoria da Festa, o reajuste se deve principalmente ao aumento dos custos da montagem das estruturas das arquibancadas.

Para comprar o ingresso, é preciso, primeiramente, realizar um cadastro no site e em seguida escolher o evento: Círio ou Trasladação. “É importante observar que, este ano, o site traz mudanças que facilitarão o acesso, a compra e impressão do ingresso. O público poderá assistir a um vídeo tutorial com a explicação, passo a passo, de como realizar a compra pelo site e caso ocorra algum problema, poderá fazer contato direto com uma equipe de suporte”, observa o Diretor de Recursos Sócio-Econômicos Filantrópicos da Diretoria da Festa, Roberto Souza.

 Serviço

 Venda de ingressos para as arquibancadas da Avenida Presidente Vargas para a Trasladação e o Círio 2018.

 Data: a partir de 01 de setembro e enquanto durar o quantitativo dos lotes.

  Site para compra: www.lojinhadocirio.com.br

Da Assessoria de Comunicação da Festa de Nazaré.

 

É crescente o número de jovens que acompanham a Trasladação, quinta procissão oficial da festividade de Nazaré. A Trasladação é realizada no segundo sábado do mês de outubro. Essa devoção começa cada vez mais cedo, como é o caso de Pablo Ryan de 10 anos, estudante do quinto ano. Pablo acompanha a Trasladação há três anos, junto com a família. Aos 4 anos de idade, foi acometido por epilepsia e obteve a cura aos 5. Agradece essa graça obtida por Nossa Senhora de Nazaré entregando água na Trasladação, e pretende ir todos os anos daqui para frente. "Nossa Senhora fez um milagre", disse Pablo.

Ayla Thaina, 22 anos, trabalha no setor administrativo de uma ótica e participa pelo sexto ano consecutivo da corda da Trasladação. Prometeu ir na corda, junto com a família, enquanto tiver vida e saúde caso sua mãe, Andrea Moura, se recuperasse de uma grave enfermidade. Andrea teve câncer nos ossos e gastava muito dinheiro com medicamentos caros. "Como a saúde de minha mãe estava debilitada, ela também pegou tuberculose e quase morreu. Fiz a promessa a Nossa Senhora que se ela sobrevivesse eu viria na corda. Me Há quatro anos ela se curou", disse Ayla emocionada.

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Desde os 13 anos de idade, Lorival Neto, 33, conselheiro estadual e gestor operacional 2017 da Cruz Vermelha no Círio, trabalha como voluntário da Cruz Vermelha, que tem um departamento de juventude. "Graças ao Círio de Nazaré, eu pude, hoje, ser um profissional de saúde", disse Lorival, atualmente enfermeiro. Ele afirma que a Trasladação se transformou em um segundo Círio. "Mesmo com chuva, o romeiro jovem se faz presente na procissão", finalizou o socorrista.

"Para mim está sendo um momento muito significativo, porque, neste ano de 2017, eu concluo meu sétimo ano de formação para a vida sacerdotal", disse Mateus Barbosa, 23 anos, que será ordenado diácono em 12 de dezembro deste ano. Mateus percorreu na corda em agradecimento a Nossa Senhora de Nazaré, que o auxiliou nos sete anos de formação para o sacerdócio. "Na minha opinião, a Trasladação é a procissão mais bonita de todas, a que mais tem jovens, a que os jovens vem pagar promessa porque passam no vestibular e isso me encantou. Eu sou também jovem. Não é porque eu serei padre que eu tenho uma alma velha", disse o religioso.

A universitária Izabel Marques, 19 anos, no Círio do ano passado pediu a Nossa Senhora que passasse no vestibular para biomedicina. Izabel não tinha fé que iria passar. "Eu não acreditava nem um pouco que eu iria passar, até o último segundo, quando eu ouvi meu nome no listão. Quando caiu a ficha, eu agradeci, e fiz a promessa que, ou eu iria na corda, ou eu iria de joelho. Como na corda eu não consegui, porque não conseguia respirar, eu vim de joelho. Eu vi o quanto minha fé pode mover montanhas", disse Izabel, não conseguindo conter as lágrimas. Veja, abaixo, gaeria de fotos dos fiéis.

Por Carol Boralli.

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A Trasladação é uma das procissões que fazem parte das homenagens a Nossa Senhora de Nazaré em Belém do Pará (veja vídeo acima). A tradicional procissão sai do colégio Gentil Bittencourt, localizado na avenida Nazaré, até a Igreja da Sé. Com aproximadamente quatro quilômetros de percurso, a romaria saiu após o término da missa, às 17h30, celebrada no próprio colégio.

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O inicio da Trasladação deste ano foi marcada por chuva, porém mesmo assim jovens participantes de movimentos da Igreja Católica realizavam as missões de evangelização dos fiéis que participam da procissão.

A missão Sentinelas na Corda foi planejada desde julho. Segundo Hélio Aguiar, aluno do curso de Zootecnia na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e coordenador da missão, o projeto só foi realizado graças a uma união. “Desde julho estamos planejando este projeto que está sendo realizado pelo 2º ano, e claro, graças à união do Ministério Jovem (MJ) e o Ministério Universidades Renovadas (MUR)”, disse Hélio Aguiar. “Tivemos duas semanas de preparação e uma espiritualidade para estarmos aqui prontos para a missão”, afirma o universitário. Para ele o projeto é um desejo de Deus para os jovens. ”Esse projeto é algo surpreendente, realizá-lo é algo gratificante, pois fazemos a vontade do Pai, que é anunciar o amor de Jesus pela intercessão de Maria.”

O estudante de Arquitetura na Universidade Federal do Pará (UFPA) e coordenador do ART, Arte Renovada em Talentos, Vitor Castro, fala sobre como é maravilhoso receber a evangelização dos jovens durante o percurso. “Nem todos chegam até aqui por amor. Muitos chegam até aqui por pura empolgação e essas missões trazem uma visão diferente a cada uma dessas pessoas, até mesmo aquelas que já fazem parte de algum grupo de igreja”, falou o coordenador.

Já para a Elaine Leite, coordenadora do Ministério Jovem (MJ) da Arquidiocese de Belém, a evangelização na corda é sinal de Deus na festa nazarena. “Esta missão é um sinal da unidade de Deus no movimento, Renovação Carismática Católica (RCC), que o MJ faz parte”, afirma Elaine Leite.

Cada homenagem feita à Virgem de Nazaré traz uma carga de emoções, das quais só quem participa sabe. E é com esse sentimento que os grupos de evangelização reúnem esforços para fazer a cada ano uma festa melhor para os participantes dela.

Por Alisson Gouvêa.

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Iniciada após missa celebrada em frente ao ao colégio Gentil Bittencourt, a quinta romaria do Círio de Nazaré, a Trasladação, saiu por volta de 18 horas da tarde de sábado (7). O início do traslado foi marcado por uma breve chuva, que não abalou os devotos presentes que esperavam ansiosos pela berlinda com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, que foi conduzida até a Catedral da Sé, localizada no bairro da Cidade Velha.

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Com um capelo roxo na mão e os olhos cheios de lágrima, o recém-formado professor Igor Amorim se emocionou ao ver a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Igor conta que estava na procissão para agradecer pela sua recente formação. “Eu lutei muito pra conseguir me formar em Letras, é uma profissão que atualmente a gente tem muitas desavenças e não tem tanto prestígio, mas eu lutei por isso e era o que eu queria pro resto da minha vida, estou aqui agradecendo a Nossa Senhora de Nazaré por tudo”, conta o professor.

Com os olhos atentos às luzes da procissão, a pequena Lívia Raphaella, de apenas 11 meses, participou da sua primeira Trasladação. Ela acompanhou a procissão no colo do pai, ao lado da família. A mãe de Lívia, Joyce Carvalho, conta que fez uma promessa antes do nascimento da filha e estava pagando na Trasladação.  “Quando eu descobri que eu estava grávida, eu também descobri que eu estava com uma doença, que poderia dar algum tipo de má formação na bebê. Eu sempre me apeguei muito à época do Círio, eu nunca tinha feito uma promessa e ano passado eu decidi fazer uma promessa para a Santa que se ela nascesse bem ela viria comigo esse ano, mesmo antes dela fazer um ano pra ver a passagem”, conta Joyce.

Acompanhando o trajeto de braços dados, Jacilene Casseb e Adamirão Casseb, mãe e filha, renovam sua fé e tradição todos os anos durante a procissão noturna. “É uma tradição da família vir todos os anos, meu avô me pendurava em uma árvore lá em frente a Estação das Docas pra eu ver a Santa. É uma renovação de fé, o Círio é isso, a gente faz questão de todos os anos estar aqui”, revela Jacilene.

Perto da Catedral Metropolitana de Belém, a aposentada Maria do Socorro, de 70 anos, esperava ansiosa a passagem da imagem. Maria conta que durante muitos anos acompanhou as procissões do Círio, porém por conta da idade ela e sua família optaram por ver apenas a chegada da imagem na catedral. “A gente vem sempre ver a chegada dela aqui na igreja, sou idosa e já não tenho mais condição de vir acompanhando”, explica Maria do Socorro. “Para mim o Círio é uma prova incabível de fé, a gente vem pra pedir alguma coisa pra alcançar com fé, a fé é que faz esse pedido se torne realidade, por isso eu estou aqui”, completa.

A Trasladação é a mais tradicional procissão entre os eventos que antecedem o Círio de Nazaré, reunindo cerca de 1 milhão de pessoas em seu trajeto todos os anos. A primeira ocorreu em 1793, há 224 anos.

Por Ariela Motizuki.

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Em Belém, o mês de outubro é o mais aguardado pelos católicos. É tempo do Círio de Nossa Senhora de Nazaré e de histórias de amor e devoção pela Mãe de Jesus. Uma dessas histórias vem sendo escrita há 41 anos pela família Silva Bezerra, que acompanha todos os anos, na Trasladação, a passagem da Santa na frente do impostômetro, localizado na avenida Presidente Vargas.

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Albertina Silva Bezerra tem 75 anos, acompanha o Círio desde os seis anos e é devota de Nossa Senhora de Nazaré. Ela conta que a tradição de se reunir na noite da Trasladação começou quando seus filhos ainda eram pequenos. Na época, ela, a mãe, os filhos e o marido esperavam a passagem da Santa em um bar localizado na rua Gaspar Viana com a avenida Presidente Vargas. “São 41 anos naquele lugar. Lá foi a minha mãe, foram meus irmãos solteiros e agora, que estão casados, vão os filhos, fora os agregados que encostam lá com a gente”, diz Albertina. “Essa é a nossa tradição. Quando chega no sábado nos encontramos lá, esperamos meus netos, meus irmãos e meus sobrinhos que vão na corda até a Sé; e todo mundo só se dispersa depois que todo mundo se encontra”, conta a devota.

A professora Wellenice Silva Bezerra é a filha do meio de dona Albertina. Ela considera a tradição um encontro de fé ao recordar dos parentes falecidos. “A minha família tem essa fé mariana desde sempre. Eu recordo, quando a gente está lá, as pessoas que não estão mais lá, mas já estiveram. É como se ali tivesse capturado a energia da minha avó, que esteve lá por muitos anos, e do meu pai. Ao me reencontrar com a Santa, me reencontro também com eles. Isso é muito forte em mim, sempre foi desde que eles partiram”, lembra. “É o encontro palpável da fé. Quando a gente pega na mão do outro, quando a gente deseja 'Feliz Círio', quando a gente dá o abraço. Acho que ali a gente sai inteiro, é como se juntasse os pedaços do ano todo; a gente se reintegra, é como se o mosaico fosse todo reestruturado para que a gente siga e enfrente um ano novo”, afirma Wellenice.

O estudante de 19 anos Allec Bezerra é um dos netos de dona Albertina e promesseiro da corda de Nossa Senhora de Nazaré na noite da Trasladação. Ele conta que acompanha a procissão na corda desde 2015, quando pediu a interseção da Nazinha para passar no vestibular. Hoje, Allec cursa Tecnologia de alimentos em uma universidade pública e pede a Ela que consiga se formar. Para Allec, é indescritível o sentimento no dia da Trasladação. “Eu realmente não sei explicar. É uma sensação de conforto, passa uma paz pra gente. Quando eu a vejo chegando eu me sinto leve, parece que eu estou em outro lugar, os problemas todos se resolvem, a gente se sente fora de si.”

Outro promesseiro na corda da Trasladação é Aerlon Bezerra, neto mais velho de dona Albertina. Ele e o namorado, Yuri Magalhães, moram em São Paulo e vieram acompanhar a procissão na corda agradecendo a Santa pelas preces alcançadas. Aerlon conta que acompanha a procissão na corda desde 2007, quando ainda era uma criança, com pequenas promessas. Depois de ter alcançado todas as graças, a corda tem um outro significado. “Hoje eu não tenho nenhuma promessa específica, só tenho a agradecer. É um agradecimento infinito”, diz Aerlon.

Já Yuri ficou doente durante um mochilão pelo Brasil realizado em 2016. Ele conta que precisava terminar o mochilão em 20 dias, tendo que passar pelas regiões Norte e Centro-Oeste. Ao chegar em Belém, foi levado por Aerlon para se encontrar com a santinha na Basílica. “Eu conheci vários outros lugares, mas foi aqui que me conquistou, foi aqui que brilhou meus olhos, me senti mais confortável e acolhido. Foi aqui que eu disse ‘eu não consigo mais seguir acreditando só em mim, eu preciso acreditar em alguma coisa além disso, uma divindade espiritual. É aqui que eu vou pedir porque eu acho que vou ser bem atendido’”, diz Yuri. “Ali eu fiz a promessa. Se eu melhorasse com o problema de pele que eu tive e conseguisse terminar a viagem. Nas circunstâncias de não ter dinheiro, não ter estrutura, de estar cansado e doente, eu provavelmente não conseguiria. E eu consegui”, conta Yuri.

A família ainda se reúne na passagem da Santa pela Cidade Nova na romaria dos ciclistas, onde presta homenagem entregando 120 rosas e água aos romeiros. No sábado de manhã, todos participam da romaria fluvial. No domingo do Círio, há 30 anos vão no Carro dos Anjos. “Eu desejo de coração que Nossa Senhora cubra com seu manto todas as pessoas e que me dê força e resignação. E que possamos nos reunir todos em um só pensamento e em um só coração”, deseja Albertina a todos os devotos. Veja vídeo abaixo.

Por Irlaine Nóbrega e Jamyla Magno.

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Cerca de 1,4 milhão de devotos participaram da Trasladação, a quinta romaria nazarena, na noite deste sábado (8), em Belém. A procissão começou no final da tarde, após missa no Colégio Gentil Bittencourt e terminou por volta das 23 horas, com a chegada da berlinda com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré à Catedral da Sé, na Cidade Velha.

Centenas de devotos acompanharam a procissão na corda, no trajeto inverso à procissão do Círio. A romaria noturna foi marcada por diversas homenagens ao longo de 3,7 quilômetros, com destaque para a apresentação da cantora Fafá de Belém junto do padre Fábio de Melo, na Estação das Docas.

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A Trasladação começou em frente ao Colégio Gentil Bittencourt, na avenida Magalhães Barata, em Nazaré. Depois, a romaria seguiu pela avenida Nazaré, dobrando na Presidente Vargas, Boulevard Castilhos França, avenida Portugal, rua Padre Champagnat, chegando à praça Frei Caetano Brandão, onde fica a Catedral de Belém.

Amanhã, às 5 horas, o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira, celebrará a missa que precede a procissão principal do Círio, com destino à Basílica Santuário de Nazaré. Segundo a organização da Festa, mais de 2 milhões de pessoas devem participar do evento religioso, que começou há 316 anos.

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Solidariedade – Na romaria que antecede a grande procissão do Círio de Nazaré, a solidariedade é um dos pontos principais. Centenas de grupos de voluntários se prontificaram ao longo do percurso para auxiliar os romeiros, sobretudo aqueles que seguiram na corda.

Os promesseiros também receberam atendimento de primeiros socorros e puderam parar em pontos para beber água ou simplesmente descansar. O microempresário Irinaldo Almeida se reuniu com amigos para distribuir água mineral na Trasladação e afirma que a fé pode mudar o mundo: “Nada é melhor do que ajudar as pessoas a expressarem a sua devoção. Expressarem a paz e o amor”.  

A procissão foi marcada por muita tranquilidade, mas também pelo calor. Por volta das 20 horas, no período de maior concentração de pessoas, a temperatura em Belém chegou a 26 graus, com sensação térmica de quase 30 graus. 

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