Tópicos | Usain Bolt

Uma das maiores estrelas da Olimpíada no Rio vai torcer para o Brasil. Homem mais rápido do mundo, o jamaicano Usain Bolt diz que "ama ver Neymar jogar" e, apesar dos tropeços recentes da seleção, torce para que os brasileiros levem o primeiro ouro no futebol masculino. O ídolo do atletismo quer conhecer o mais famoso jogador brasileiro e, fora das pistas e estádios, diz estar preparado para um desafio contra o atacante no videogame.

Enquanto se prepara para o Rio de Janeiro, Bolt voltou às pistas esta semana na Diamond League - nesta sexta-feira (22), na última chance de se garantir nos 200 metros nos Jogos do Rio, ele venceu a prova com o tempo de 19s89. Antes de correr em Londres, o jamaicano e a direção da patrocinadora alemã Puma receberam um grupo de jornalistas na capital britânica. O jornal O Estado de S.Paulo foi o único veículo de comunicação do Brasil a conversar com o atleta.

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Bem humorado e confiante com as chances de medalhas no Rio, a estrela do atletismo diz que, se tiver uma brecha na agenda no Brasil, já tem dois esportes para tentar um lugar na arquibancada. "Natação é uma das coisas que quero ver no Rio. A outra é o futebol. Eu amo ver Neymar jogar", disse. "Esses caras (do futebol brasileiro) têm sido um pouco desordenados, mas tenho esperança de que eles possam jogar bem juntos na Olimpíada. Seria bom se eles ganhassem".

Apesar da torcida, Bolt reconhece que é longa a distância entre a admiração e o ouro do futebol. "Se o Brasil pode ganhar ouro no Rio? Eu prefiro não comentar", disse, rindo.

Bolt não conhece pessoalmente Neymar e acha que a Vila Olímpica pode ser um bom lugar para o encontro. "Não o conheço. Nós trocamos mensagens através das nossas equipes e sei que ele é um grande fã do meu trabalho e eu também sou um grande fã dele", disse. "Espero ter a oportunidade de encontrá-lo. Eu adoraria".

Ao ser informado pelo jornal O Estado de S.Paulo que o atacante do Barcelona é um grande fã de videogames, Bolt ficou ainda mais animado. "Se ele ama videogame, eu acho que posso mostrar umas coisas a ele", disse, ao arrancar gargalhadas dos jornalistas. Bolt já admitiu que não vai para cama sem uma partida de "Call of Duty", jogo de tiro em primeira pessoa. Semanas atrás, Neymar disse que esse também é seu título preferido.

Torcedor do Manchester United, Bolt gosta de falar de futebol. O jamaicano admite que aposta placares com os amigos, diz que gostaria de ver Cristiano Ronaldo de volta ao time inglês e não esconde a alegria com a contratação de outro português, o técnico José Mourinho. "Ele me dava muita dor de cabeça quando estava fora".

Bolt usa o futebol até para explicar o atletismo. Ao ser questionado sobre como era ter o título de homem mais rápido do mundo, usou o futebol como comparação. "É muito bom. Esse é o único título que você realmente pode alcançar. No futebol, há debate sobre quem é o melhor jogador do mundo, mas ninguém pode debater quem é o mais rápido".

TERROR E ZIKA - O velocista prefere não pensar em eventuais riscos como ameaças terroristas e zika. "Eu não posso me preocupar com isso. Se você começa a pensar muito nisso, você muda o foco para as coisas erradas. Eu preciso fazer o meu trabalho e é isso que vou fazer", disse, ao ser questionado sobre o aumento da preocupação com o terrorismo durante a Rio-2016.

Ele dá o mesmo tratamento ao zika, ameaça que já fez alguns atletas declararem que não irão ao Brasil. "Eu não me preocupo com isso. Até porque há zika na Jamaica", disse. "As pessoas querem me ver competindo e é isso que vou fazer".

Não há motivos para preocupação. Usain Bolt não só estará nos Jogos Olímpicos do Rio, como é candidato a, pela terceira edição seguida, ganhar três medalhas de ouro. As dúvidas com relação à forma física do astro jamaicano foram sanadas nesta sexta-feira, quando ele ganhou os 200m na etapa de Londres da Diamond League, na mesma pista em que brilhou há quatro anos.

É bem verdade, entretanto, que Bolt não fez nenhuma marca impressionante no cronômetro, nem mostrou a facilidade usual para completar a prova. Pelo contrário. O jamaicano, que costuma sempre deixar a impressão de que só não fez mais porque não quis, dessa vez não diminuiu o ritmo. Fez um tempo que o faria quarto colocado na Olimpíada de Londres.

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Bolt venceu com 19s89, resultado que o coloca em quinto no ranking mundial. À frente dele estão os três norte-americanos que se classificaram para correr essa prova no Rio: LaShawn Merritt (19s74), Justin Gatlin (19s75) e Ameer Webb (19s85 em Doha e 19s97 na seletiva americana). Há se considerar, entretanto, que os três participaram de uma prova muito mais forte e decisiva do que o "treino" de Bolt nesta sexta-feira.

Em Londres, Bolt foi seguido pelo panamenho Alonso Edward, que marcou 20s04, e pelo britânico Adam Gemli, que fez 20s07. O espanhol Bruno Hortelano bateu o recorde nacional, 20s18, ao completar em quarto. No ranking mundial, Bolt também aparece atrás de Miguel Francis, revelação de 21 anos de Antígua e Barbuda, que tem 19s88.

100M - Com Bolt escalado para os 200m, a prova mais rápida do atletismo teve uma escalação desfalcada em Londres. O francês Jimmy Vicaut venceu, mas sem conseguir correr abaixo de 10 segundos na final - fez 10s02. Ele havia sido o mais rápido das eliminatórias, com 9s96, ainda um pouco distante do seu melhor na temporada: 9s86.

Na final, o francês foi seguido pelo norte-americano Isiah Young, que não virá ao Rio, e fez 10s07. O jamaicano Julian Forte, entretanto, saiu do Estádio Olímpico com o segundo melhor resultado do dia: 10s04.

Acostumado a ser o centro das atenções, Usain Bolt viu o foco se voltar nesta quinta-feira para o atletismo russo, definitivamente excluído dos Jogos Olímpicos do Rio com a decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla inglês) de rejeitar recurso contra a punição. Assim, o astro foi mais um a repercutir a decisão e afirmou aprovar o banimento.

Bolt declarou que a exclusão da equipe de atletismo da Rússia dos Jogos Olímpicos envia uma mensagem poderosa que deve assustar os fraudadores. Esticando o braço esquerdo para mostrar o pequeno esparadrapo que cobre a marca deixada por seu mais recente teste, o astro jamaicano lamentou o "realmente ruim" problema de doping no esporte.

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"É uma boa mensagem para mostrar que se você enganar ou for contra as regras, então vão tomar medidas sérias", disse Bolt. "Isso (a suspensão do atletismo russo) vai assustar muita gente, ou enviar uma mensagem forte de que o esporte é sério, nós queremos um esporte limpo".

Dois relatórios da Agência Mundial Antidoping acusaram a Rússia de armar uma amplo esquema de uso de doping para seus competidores. Agora, o Comitê Olímpico Internacional tem de decidir se vai ainda mais longe do que a decisão da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) suspendendo toda a equipe da Rússia dos Jogos do Rio.

Bolt foi cauteloso ao realizar os seus comentários, tentando evitar entrar em polêmicas, mas acabou referendando a decisão da CAS de manter a punição imposta pela IAAF. "Se você tem a prova e você pega alguém, eu definitivamente sinto que você deve agir", disse o astro jamaicano. "E se você sentir que proibir toda a equipe é a ação correta, então eu aprovo", acrescentou.

Essas declarações foram dadas por Bolt na véspera do seu retorno às pistas. Nesta sexta-feira, o astro participa do seu último evento antes da Olimpíada do Rio, ao competir na prova dos 200 metros na etapa de Londres da Diamond League.

Esta também será a primeira competição de Bolt desde que ele abandonou precocemente a seletiva jamaicana para a Olimpíada por causa de uma lesão muscular. Mas ele garantiu estar bem para o evento e também para os Jogos.

"Estou bem, estou me sentindo bem, treinando bem agora", disse Bolt. "Eu fui ao médico e ele fez sua mágica como sempre", acrescentou, tentando afastar as dúvidas sobre as suas condições físicas para a Olimpíada.

Bicampeão olímpico 100m, 200m e do revezamento 4x100 metros, Bolt foi convocado para as três provas no Rio pela Associação Jamaicana de Atletismo mesmo após deixar a seletiva do seu país alegando estar lesionado. Nesta sexta-feira, no entanto, vai precisar mostrar que está em boas condições de defender os seus títulos olímpicos em agosto.

A Associação Jamaicana de Atletismo (JAAA) anunciou nesta segunda-feira a convocação dos 63 atletas que representarão o país no atletismo dos Jogos Olímpicos do Rio. Apesar de não ter participado das finais da seletiva nacional, Usain Bolt, como esperando, ganhou vaga nos 100m, nos 200 e no revezamento 4x100m. Ele ganhou as medalhas de ouro distribuídas em todas as três provas tanto em Pequim, em 2008, quanto em Londres, em 2012.

Na semana passada, o presidente do comitê olímpico jamaicano, Michael Fennell, já havia revelado ao Estadão.com que Bolt continuava fazendo parte da perspectiva do país para a Olimpíada.

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Bolt pediu dispensa da final dos 100 metros da seletiva jamaicana, há 10 dias, por problemas físicos, e deixou o futuro nas mãos da federação. O velocista sofreu uma lesão de grau um na coxa esquerda e fez a requisição de um atestado médico, sendo convocado, tanto nos 100m quanto nos 200m, pela vaga atribuída pela JAAA a partir de critérios técnicos. Os dois primeiros colocados - Yohan Blake e Nickel Ashmeade - tinham vaga assegurada.

Dono de seis medalhas olímpicas de ouro, Bolt tinha o segundo melhor tempo da temporada nos 100 metros quando a competição nacional teve início. Com o bom desempenho dos rivais Justin Gatlin e Trayvon Brommell na seletiva dos Estados Unidos, ele passou a ocupar o quarto lugar do ranking.

Considerando o período classificatório para obtenção de índice olímpico - 1º de maio de 2015 a 11 de julho de 2016 -, Bolt figura na segunda posição. A convocação dele deixa de fora Jevaughn Minzie, que terminou em terceiro lugar nos 100 metros da seletiva jamaicana e só vai correr o revezamento. Elaine Thompson, que também apresentou atestado médico depois de não participar da seletiva nos 200m, também foi convocada.

O jamaicano Usain Bolt faz do atletismo um espetáculo. Deixa o público boquiaberto com sua velocidade quase sobrenatural, característica que fez do raio a sua marca registrada, e ganha a empatia dos fãs com atitudes irreverentes. O astro de 29 anos interage com as câmeras, faz caras e bocas, dança, brinca e interpreta nas pistas, compartilhando com o mundo a essência do garoto que cresceu em Trelawny.

"Usain não mudou, ainda é um menino. Ele cresceu fisicamente, sim, e emocionalmente também. Mas ainda gosta de coisas de adolescentes, ama comer nuggets de frango e jogar videogame. Ele diz que pensa nos jogos de videogame quando está na linha de largada", contou Webster Thompson, professor sênior da escola William Knibb Memorial, onde Bolt estudou dos 12 aos 17 anos.

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O jeito brincalhão do velocista de 1,96 metros de altura também está vivo na memória de Lorna Jackson, que deu aulas de espanhol para o astro e atualmente ocupa o cargo de vice-diretora da escola. "Ele sempre foi alto e vinha por trás da gente e cutucava a nossa cabeça", relembrou. Dentro da sala de aula, ela admite que o menino Bolt não mostrava interesse pelo idioma estrangeiro.

Segundo a dupla, ele era um aluno dentro da média e não precisava de reforço fora do período escolar, das 8 horas às 14h30. E isso era uma condição intrínseca para que também pudesse se dedicar ao esporte. "Dizemos para todos os alunos que eles são estudantes primeiro e atletas posteriormente. Não temos dificuldade em tirá-los da equipe se o desempenho acadêmico não for bom o suficiente", explicou Thompson.

A rigidez vem da origem do sistema educacional inglês, em vigência na Jamaica. Brigas, drogas e desacato aos professores são motivos para detenções no país. Além disso, os alunos da escola William Knibb Memorial usam uniformes e não podem exibir tatuagens e joias.

A ajuda extra dos professores era oferecida apenas quando ele precisava dedicar algumas horas a mais aos treinos da equipe de atletismo. A competitividade sempre foi ferrenha entre os velocistas jamaicanos de todas as idades. Desde cedo já era sabido que Bolt tinha potencial, mas o limite de seu imenso talento ainda era desconhecido.

"Quando ele veio à William Knibb, fomos informados de que havia alguém com um talento especial. Mas nós não tínhamos ideia de quão vasto o seu talento se tornaria. Nem o próprio Usain sabia", disse Lorna.

O responsável por "lapidar o diamante bruto" que era Usain Bolt foi Pablo McNeil, ex-atleta olímpico. Mas a história do garoto com o atletismo começou ainda na escola primária, chamada Waldensia. Na época, a paixão pelo críquete falava mais alto. O estímulo para mudar de rumo veio aos 7 anos, a partir de uma aposta feita pelo reverendo Devere Nugent. Sempre atrás do colega Ricardo Geddes, Bolt ganharia um almoço de graça se pudesse vencê-lo. O incentivo deu resultado e ele deliciou-se com a refeição. Foi essa a origem de uma filosofia que o multicampeão olímpico e mundial sustenta até hoje: uma vez que eu te supere, você nunca mais me derrotará.

Na ocasião, ele ainda viu a possibilidade de ter retorno a partir do próprio esforço e aproveitar melhor a vida. Dessa forma, passou a investir mais energia no atletismo.

Bolt continua sendo estimulado por apostas com os colegas. Quem adivinhasse ou chegasse mais próximo do tempo que ele correria na prova dos 100 metros no Mundial de Berlim, em 2009, ganhava a brincadeira. O investimento foi de 100 euros para cada participante. Para desgosto do corredor, que cravou o recorde mundial (9s58), Daniel Bailey, da Antígua e Barbuda, levou a melhor.

LEGADO - A lenda do atletismo é um "talismã" para o colégio. Bolt é visto pelos alunos do William Knibb como um exemplo de que não há limite ao alcance de um sonho. É isso que o jamaicano tenta passar aos estudantes quando visita o local. Ele também ajuda com recursos materiais, como a doação de um ônibus escolar. Além disso, o contrato do velocista com sua fornecedora de material esportivo tem uma cláusula que exige a doação de uniformes para a equipe de atletismo da escola todo ano.

O mais novo projeto é a reforma do local de treinamento. Serão investidos 10 milhões de dólares jamaicanos (cerca de R$ 260 mil) na criação do clube Be a Bold Bolt Believer (seja um corajoso seguidor de Bolt, em tradução livre). A inauguração está prevista para setembro deste ano. "Bolt é um tesouro para a Jamaica. Nós o compartilhamos com o mundo e também devemos dividir a escola", exaltou Webster Thompson.

O jamaicano Yohan Blake aproveitou a ausência de Usain Bolt para fazer dobradinha na seletiva de atletismo no Estádio Nacional, em Kingston. Com o tempo 20s29, ele foi o mais rápido na final dos 200 metros rasos neste domingo à noite e confirmou sua classificação para os Jogos Olímpicos do Rio. Com o segundo lugar, Nickel Ashmeade também garantiu a vaga olímpica.

Terceiro colocado na seletiva dos 200 metros, Julian Forte tem uma situação mais delicada. Ele pode perder o lugar para Bolt e ficar fora da Olimpíada. "É claro que quero ir para o Brasil representar meu país, mas a decisão não cabe a mim, não é meu trabalho. Eu ficaria chateado (se perder seu lugar para o lugar para o homem mais rápido do mundo), é para isso que estou treinando", afirmou Forte.

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Bolt abandonou a competição antes da final dos 100 metros, na sexta-feira, após ter uma lesão na coxa esquerda diagnosticada. A decisão de quem vai ocupar a terceira vaga dos 100m e dos 200m ficará a cargo da Associação Jamaicana de Atletismo (JAAA) em uma reunião na próxima quinta-feira. Nesta temporada, o jamaicano ainda não havia competido nos 200 metros. A expectativa é a de que prove que está recuperado na etapa de Londres da Diamond League, no dia 22 de julho.

Medalha de prata nos Jogos de Londres, Blake havia vencido a sua bateria na semifinal e se classificado com o segundo melhor tempo geral (20s29), atrás apenas de Julian Forte (20s21). Na final, ele repetiu a atuação e se deu melhor que os oponentes. Nickel Ashmead, também garantido nos 100 metros, avançou da preliminar com 20s48. Na prova decisiva, baixou o tempo para 20s45. Já Warren Weir - bronze em Londres-2012 - terminou em quarto lugar e deu adeus ao sonho de disputar os 200 metros na Olimpíada.

No feminino, as fortes concorrentes Elaine Thompson e Shelly-Ann Fraser-Pryce desfalcaram a final dos 200 metros. A vitória ficou com Simone Facey depois de cravar 22s65, seguida de Veronica Campbell-Brown (22s80). Aos 33 anos, a veterana disputará a Olimpíada pela quinta vez na carreira. Em terceiro, veio Kali Davis-White (22s94).

A seletiva jamaicana de atletismo terminou neste domingo, no Estádio Nacional, em Kingston, com 59 vagas conquistadas pelo país para os Jogos Olímpicos. Foram 35 classificações em quatro dias de disputa e mais 24 postos para os revezamentos 4x100m e 4x400m (masculino e feminino). Mas a competição também acabou sem a certeza de que o astro Usain Bolt estará no Rio.

O multicampeão olímpico e mundial abandonou a competição após ser diagnosticado com uma lesão na coxa esquerda e é dúvida. A desistência de Bolt abriu espaço para Yohan Blake e Nickel Ashmeade virarem protagonistas nos 100m e nos 200m. Nas arquibancadas, os jamaicanos mostraram paixão pelo esporte e não apenas por um ídolo.

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A competição em Kingston também evidenciou a transição do atletismo na Jamaica. Aos 33 anos, Asafa Powell terá de se contentar com uma vaga no revezamento 4x100m. No feminino, Veronica Campbell-Brown vê a concorrência ficar mais forte. Elaine Thompson, de 24 anos, fez o melhor tempo do ano nos 100 metros - 10s70 - e igualou o recorde nacional de Shelly-Ann Fraser-Pryce.

O técnico Paul Francis, do clube MVP (que reúne grandes estrelas do atletismo jamaicano), ficou satisfeito com o que viu durante a competição. "Os resultados da seletiva são significativos e acredito que fomos muito bem."

Enquanto a disputa foi de alto nível nas provas de velocidade, apenas cinco atletas conseguiram índice na seletiva em provas de campo. O'Dayne Richards (arremesso de peso), Clive Pullen, Kimberly Williams e Shanieka Thomas (salto triplo) e Damar Forbes (salto em distância) estarão no Rio.

O astro Usain Bolt não esperou a sexta-feira (1º) acabar para começar o tratamento de uma contusão que o tirou da final dos 100 metros na seletiva jamaicana de atletismo para os Jogos Olímpicos, no Estádio Nacional, em Kingston. Aos 29 anos, ele sabe que não há tempo a perder para se recuperar a tempo de ir ao Rio de Janeiro, em agosto.

Para o público e para a organização, ficou o sentimento de frustração ao ver a raia dele vazia. "Muitas famílias trouxeram seus filhos ao estádio para ver Usain Bolt. O impacto foi o desapontamento. Até para os patrocinadores, que gostariam de entregar a medalha dos 100 metros para Usain Bolt", afirmou Ludlow Watts, que comandará a equipe jamaicana na Olimpíada.

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A ausência do recordista mundial na prova desta sexta pegou até mesmo os seus os adversários de surpresa. "Eu não sabia que ele não ia correr até a hora que eu estava indo para a pista", disse Asafa Powell, que viu a decisão do compatriota como precaução para evitar o agravamento da lesão.

Segundo o regulamento da federação, o atleta pode se ausentar da competição nacional desde que mostre provas que isso comprometeria seu desempenho no futuro. Se as evidências forem aceitas, o velocista entrará por indicação da Associação Jamaicana de Atletismo (JAAA) e assumirá o lugar de Jevaughn Minzie.

A participação de Bolt nos 200 metros nos Jogos do Rio não está confirmada. Fora da seletiva nacional, Bolt precisa estar recuperado para a etapa de Londres da Diamond League, no dia 22 de julho. "Tenho certeza que ele usará a oportunidade para fazer um bom tempo", disse Watts.

Segundo ele, a possibilidade de Usain Bolt usar uma marca obtida no período de 1 de maio de 2015 a 11 de julho de 2016 será debatida pelos jamaicanos. "O comitê de seleção vai se encontrar na terça-feira e tomar uma decisão."

Nas redes sociais, o multicampeão olímpico e mundial divulgou o diagnóstico de uma lesão de grau 1 na coxa. A primeira informação obtida no Estádio Nacional apontava um problema na perna direita, mas a foto publicada pelo atleta mostra que o tratamento está sendo feito na coxa esquerda.

O problema físico não é novidade para Bolt nesta temporada. Em maio, o velocista procurou o médico Hans-Wilhelm Müller-Wohlfahrt, em Munique, para evitar complicações no ano olímpico. Ele sentiu um incômodo durante o Cayman Invitational, mas logo estava pronto para competir no Meeting de Ostrava, na República Checa.

De acordo com o jornal local Jamaica Gleaner, ele vai novamente recorrer ao especialista, que acompanha a seleção alemã de futebol na Eurocopa. O encontro pode ocorrer na Alemanha ou em Paris dependendo do rumo da equipe na competição. Uma coisa é certa: para ir ao Rio, o homem mais rápido da história precisará provar sua total recuperação.

Uma contusão de última hora na coxa direita tirou o velocista Usain Bolt da final dos 100 metros na seletiva jamaicana de atletismo nesta sexta-feira, em Kingston, mas isso não significa que ele está fora dos Jogos Olímpicos do Rio, que serão em agosto. O astro poderá apresentar um atestado médico e, caso seja aceito, estará no Brasil para a disputa. O problema está nos 200 metros porque ele não competiu na seletiva ainda e não tem marca para estar na Olimpíada.

Mais cedo, Usain Bolt se garantiu na decisão com a vitória em sua bateria e o quarto melhor tempo no geral (10s04). No dia anterior, ele liderou a última bateria das quartas de final da seletiva. O tempo de 10s15, contudo, deixou o recordista mundial um pouco insatisfeito. E ele foi atrás do resultado.

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Treinado pelo técnico Glen Mills, o atleta é dono do recorde mundial dos 100 metros: 9s58. A marca histórica foi conquistada no Campeonato Mundial de Atletismo, em Berlim, na Alemanha, em 2009, e desde então é perseguida por todos os velocistas. Nesta temporada, foram apenas quatro provas disputadas até agora. Em 11 de junho, em Kingston, Usain Bolt registrou 9s88 no cronômetro e ficou com a segunda melhor marca do ano, atrás do francês Jimmy Vicault (9s86).

Para reverter a situação, Usain Bolt pode apresentar uma licença médica. Por possuir um dos três melhores tempos da temporada, deve ter a chance de buscar o tricampeonato no Rio de Janeiro após conquistar medalhas de ouro em Pequim, em 2008, e em Londres, em 2012.

Aos 29 anos, o astro já anunciou que o Rio-2016 será a sua última Olimpíada. O objetivo é claro: defender as suas conquistas e somar nove medalhas olímpicas no currículo.

O astro Usain Bolt deu o primeiro passo rumo aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira, o jamaicano avançou à semifinal dos 100 metros na seletiva de atletismo no Estádio Nacional, em Kingston. A próxima etapa será disputada na sexta-feira, às 21h12 (horário de Brasília). Quem se classificar para a final entra novamente na pista às 23h15. E os três melhores representarão a Jamaica na Olimpíada.

Segundo mais rápido das quatro baterias, o atleta - dono de seis medalhas olímpicas - não pareceu satisfeito com o tempo de 10s15. Em quatro provas disputadas no ano, Bolt possui a segunda melhor marca (9s88), atrás apenas do francês Jimmy Vicault. Em Kingston, deixou a pista sem falar com a imprensa, mas foi atencioso com os fãs que estavam na arquibancada. Depois de correr no gramado para reduzir a adrenalina, posou para fotos e mostrou simpatia.

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Nesta quinta-feira, nenhum atleta quebrou a barreira dos 10s. O mais veloz foi Nickel Ashmead, com 10s07. Os medalhões Asafa Powell e Yohan Blake também se garantiram na semifinal. A apreensão tomou conta do público depois de uma queima de largada na bateria de Powell, mas não passou de um susto. Kemar Bailey-Cole, que contraiu zika as vésperas da seletiva, fez o necessário para avançar. Os três mais bem colocados de cada bateria e os quatro melhores tempos restantes definiram os 16 atletas classificados à próxima fase.

Nos 100 metros feminino, as estrelas Shelly-Ann Fraser-Pryce e Veronica Campbell-Brown não precisaram mostrar todo o potencial para ir à semifinal. Bicampeã olímpica e tri mundial, Shelly-Ann liderou a terceira bateria com 11s38. Desempenho bem distante do seu melhor tempo da carreira: 10s70. Aos 34 anos, Veronica busca a classificação para a sua quinta Olimpíada da carreira. Na pista, cravou 11s39 e também garantiu a ponta em seu grupo.

O primeiro dia da seletiva jamaicana no Estádio Nacional, em Kingston, foi um aquecimento para a maioria dos atletas e para a torcida também. As arquibancadas quase vazias ganharam um pouco mais de volume à medida que a prova de Usain Bolt se aproximava, deixando a promessa de melhor público nos próximos dias. São esperados mais de 30 mil torcedores no Estádio Nacional, nas sessões de hoje até domingo.

Às vésperas da sua primeira prova em solo europeu na temporada de realização dos Jogos Olímpicos do Rio, Usain Bolt minimizou nesta quarta-feira (18) a lesão que teve no último fim de semana e o forçou a realizar um tratamento na Alemanha antes de seguir para o Meeting de Ostrava, na República Checa, onde vai participar da prova dos 100 metros. No último sábado (14), ele completou a distância em 10s05 nas Ilhas Cayman, na sua estreia na temporada. "Eu tive dores na coxa após a última corrida, mas fui ver um médico e ele resolveu o problema", disse Bolt. "Estou me sentindo muito bem agora. Eu estou sentindo muito melhor. Eu treinei ontem e tudo estava melhor".

Dono de seis medalhas de ouro olímpicas, Bolt vai correr pela oitava vez em Ostrava e revelou a sua meta para a próxima sexta-feira. "Eu vou estar muito feliz com, pelo menos, 9s8", disse Bolt, que, na Europa, só está programado para competir na etapa de Londres da Diamond League, em 22 de julho, duas semanas antes do início dos Jogos do Rio.

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O jamaicano, de 29 anos, não desistiu do objetivo de quebrar seu próprio recorde mundial dos 200 metros, de 19s19, obtido em 2009. "Definitivamente, para mim, é tudo possível", disse. "Se eu puder continuar no caminho certo até chegar aos Jogos Olímpicos, eu definitivamente acho que pode haver recordes mundiais. Eu realmente quero correr abaixo de 19s, isso é o meu foco no momento".

Bolt também reconheceu que sua carreira pode estar chegando ao fim, mas prometeu brilhar até o fim dela. "Estou definitivamente no trecho final, com certeza", disse. "Eu acho que estou chegando ao final da linha de chegada, mas eu não posso dizer o quão perto eu estou. Eu estou apenas tentando fechá-la da melhor forma possível".

DOPING - Para Bolt, o anúncio de que 31 atletas foram pegos no doping na reavaliação de exames dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, foi uma "notícia realmente ruim". "É difícil. É difícil para o esporte", afirmou o jamaicano. "Algo que tem manchado o esporte há anos".

Bolt fez o comentário um dia depois de o Comitê Olímpico Internacional anunciar os casos de doping. "Estão fazendo um bom trabalho de limpeza do esporte. Eles provaram que qualquer pessoa que trapaceou vai ser pega", disse, avaliando que a repressão contra o doping pode ser bem-sucedida. "Felizmente, nós podemos dar passos à frente no sentido de tornar o esporte melhor e nos próximos anos não teremos esses problemas", disse Bolt. "Mas, eu acho que é um processo, e eu acho que ao longo do tempo que vai ficar melhor", acrescentou.

O atletismo da Rússia está proibido de competir por causa de um relatório da Agência Mundial Antidoping apontando um esquema de uso de substâncias proibidas que contou com o apoio estatal. "Eu realmente não penso sobre isso", disse Bolt. "Para mim, regras são regras. Eu realmente não faço as regras, por isso, tudo que faço é seguir as regras. Eu realmente não posso fazer nada sobre isso".

Grande candidato a ser uma das principais estrelas a conquistarem feitos na Olimpíada de 2016, em agosto, no Rio, Usain Bolt teve a sua participação confirmada nesta terça-feira na prova dos 100 metros do Meeting de Ostrava, na República Checa, no próximo dia 20 de maio.

Ao oficializarem a participação do dono de seis medalhas de ouro olímpicas, os organizadores checos destacaram que a competição irá marcar a segunda participação do jamaicano em um evento na temporada, depois de o astro iniciá-la menos de uma semana antes, no dia 14 de maio, no Cayman Invitational, competição realizada em Georgetown, principal centro comercial do paraíso (fiscal e natural) que são as Ilhas Cayman.

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Esta será a oitava vez que Bolt irá disputar o Meeting de Ostrava, que faz parte do IAAF World Challenge. No ano passado, depois de superar uma série de lesões que atrapalharam o seu desempenho em 2014, o velocista abriu sua temporada europeia justamente na competição checa, na qual venceu a prova dos 200 metros com o tempo de 20s13.

Naquela ocasião, Bolt acabou optando por não participar da prova dos 100 metros em Ostrava, que acabou sendo vencida pelo também jamaicano Asafa Powell, com o tempo de 10s04.

Recordista mundial dos 100m e dos 200m, Bolt também tem prevista em sua agenda a participação na etapa de Londres da Diamond League, no dia 22 de julho, duas semanas antes da abertura dos Jogos Olímpicos do Rio, marcados para acontecer entre 5 e 21 de agosto.

Todos os flashes novamente voltados para Usain Bolt. Desta vez, além do fato de ter vencido os 200 metros no Mundial de atletismo, em Pequim, o homem mais rápido do mundo conseguiu ser derrubado, literalmente.

A vitória do jamaicano foi alvo de todas as câmeras, que queriam registrar a melhor imagem do homem que faz história correndo. Enquanto acenava para a plateia, na comemoração pela medalha de ouro, Bolt foi derrubado por um cinegrafista chinês, que não conseguiu frear o biciclo motorizado em que estava. Com muito bom humor, Usain riu da situação e continuou a comemorar. 

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Veja o momento da queda:

A medalha de ouro nos 100m deu fortes indícios de que Usain Bolt voltou a ser o maior velocista da atualidade. O tetracampeonato nos 200m, obtido nesta quinta-feira no Mundial de Pequim, deixou claro que não existe a menor dúvida disso. Não há e talvez nunca haverá um atleta como Bolt.

Justin Gatlin é um rival de respeito, pelo menos no cronômetro. O norte-americano, que tem seis anos de suspensões por doping no currículo, chegou ao Mundial como líder do ranking nos 100m e nos 200m e vai voltar de Pequim sem nenhuma medalha de ouro individual. Sua única esperança é vencer o revezamento 4x100m.

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Nos 200m, chegou a Pequim gabaritado pela quinta melhor marca da história - 19s57, que fez na etapa de Eugene da Diamond League. Bolt, por sua vez, fez temporada ruim, prejudicado por lesão. Em teoria, era zebra. Mas, na prática, é imbatível.

Na final desta quinta-feira, no Ninho do Pássaro, Bolt largou mal (como sempre) e entrou na reta pouquíssimo à frente de Gatlin. O norte-americano chegou a dar a impressão de que poderia passar, mas era o jamaicano que estava em aceleração maior. A cada passada a vantagem ficava maior.

Quando faltavam cerca de 20 metros para a linha de chegada, Bolt já relaxava. Antes de completar a prova, já batia no peito para comemorar o tetracampeonato, com o tempo de 19s55, melhor da temporada e o quinto melhor resultado dele na carreira nesta prova.

Gatlin completou em 19s74 - também quinta melhor marca da carreira -, atrás o suficiente para Bolt relaxar nos metros finais e, mais uma vez, deixar a impressão de que poderia fazer mais. Mas, como nunca, desta vez o jamaicano cansou a ponto de sentar em uma cadeira em meio à comemoração. Também o sul-africano Anaso Jobodwana fez festa, com bronze e recorde nacional: 19s87.

Aos 29 anos recém-completados, Bolt é tetracampeão mundial dos 200m (2009 a 2015), tri dos 100m (2009, 2013 e 2015) e do revezamento 4x100m (2009 a 2013). Também é bicampeão olímpico dessas três provas. Em grandes competições, só não venceu os 200m e o revezamento 4x100m no Mundial de Osaka, em 2007 (faturou a prata) e os 100m em Daegu, em 2011 - queimou a largada.

O tricampeão mundial Usain Bolt estava eufórico após sua vitória na final dos 100m no Mundial de Atletismo em Pequim, neste domingo (23). O jamaicano afirmou que a corrida final estava 'fora do tom' e que ele pode correr mais rápido do que os 9s79 da prova decisiva.

"Podemos dizer que a corrida esteve fora do tom. Posso correr mais rápido", reforçou Bolt após a final, na qual ficou apenas um centésimo na frente do norte-americano Justin Gatlin. Na semifinal, Bolt ressaltou que voltou a ter uma largada ruim e por isso venceu por pouca diferença. Esse fato o levou a conversar com seu treinador para tentar resolver o problema.

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"Ele me disse que estava muito preocupado, e tinha razão, porque sei exatamente o que tenho de fazer. E esta receita de confiança vai funcionar também nos 200 metros, que é minha prova favorita", explicou o atleta jamaicano.

Sobre o título de melhor do mundo, Bolt garantiu que quer ficar no topo pelo tempo que conseguir se manter lá. "Meu objetivo é ser o número 1 até que me retirem", desafiou o jamaicano, que fez questão de ressaltar que a vitória na final deste domingo significou muito, porque ele se recuperou de uma lesão pouco antes do Mundial de Atletismo.

TROPEÇO NO FINAL - Gatlin, por sua vez, afirmou que está satisfeito com seu desempenho, apesar de chegar em segundo e de estar bem próximo da vitória. "Nos últimos cinco metros tropecei um pouco e perdi meu ritmo", esclareceu o norte-americano para explicar sua queda de rendimento justamente no final da prova.

Sobre o futuro, Gatlin acredita que tem muito a conquistar ainda. "Todos querem correr e ganhar, mas eu estive aqui e quem me venceu na mesma prova foi um grande", disse em referência a Bolt. "Mas ainda me restam mais algumas boas corridas", concluiu.

Grande nome do atletismo nos últimos anos, e um dos maiores da história, Usain Bolt deu um susto e quase ficou de fora da final dos 100m no Mundial de Pequim. Na semifinal deste domingo pela manhã (horário de Brasília), o jamaicano não largou bem e só se recuperou no fim, garantindo uma vaga suada para a final que acontecerá nas próximas horas.

Bolt errou nas primeiras passadas, pareceu se desequilibrar e chegou a cair para a penúltima posição da primeira bateria. No entanto, com a velocidade que lhe é característica, o jamaicano se recuperou, ultrapassou seus concorrentes e terminou na primeira posição, praticamente empatado com o canadense Andre de Grasse, já que ambos cravaram 9,96s.

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A reação de Bolt, ao balançar a cabeça negativamente após a linha de chegada, dava conta da insatisfação do jamaicano com seu desempenho. Ele tenta acabar com as dúvidas sobre seu estado físico, depois de uma temporada para esquecer em 2014, justamente por conta de uma série de lesões, e de um início de ano apagado em 2015.

Mas se Bolt deixou dúvidas por seu desempenho, o norte-americano Justin Gatlin parece viver seu auge, mesmo aos 33 anos. Sem nenhuma dificuldade, o velocista passeou na pista na segunda bateria da semifinal e venceu com incríveis 9,77s, conseguindo o melhor tempo da competição até o momento.

A marca foi ainda mais significativa se levarmos em conta o fato de que Gatlin se poupou claramente nos últimos metros, já ciente de que estava classificado para a grande final. Foi o segundo melhor tempo do ano na prova, atrás dos 9,74 do próprio norte-americano em Doha, em maio.

Na terceira e última bateria de semifinal, nenhuma grande surpresa. O norte-americano Tyson Gay faturou a primeira colocação com o tempo de 9,96s, seguido de perto pelo jamaicano Asafa Powell, que ficou um centésimo atrás e também se classificou. Além de Bolt, Gatlin, Gay e Powell, De Grasse, Mike Rodgers, Jimmy Vacaut, Trayvon Bromell e Bingtian Su avançaram para a final.

Um dos maiores velocistas de todos os tempos, o jamaicano Usain Bolt confirmou os prognósticos e garantiu vaga nas semifinais dos 100m do Mundial de Pequim sem qualquer dificuldade. Ele venceu sua bateria, a última desta primeira fase eliminatória de sábado (22), com tranquilidade, com o tempo de 9,96s.

Bolt largou na raia seis, seguido de perto pelo norte-americano Mike Rodgers na raia sete. Na metade da prova, no entanto, a liderança do jamaicano já estava garantida e ele, então, passou a administrar. Com seu estilo de passadas largas e peito estufado, diminuiu o ritmo, mas ainda assim terminou na frente, um centésimo à frente de Rodgers.

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A marca de 9,96s garantiu o quinto melhor tempo do dia a Bolt, que buscava mostrar serviço depois de dúvidas levantadas sobre seu estado físico. O jamaicano vinha de uma temporada para esquecer em 2014, justamente por conta de uma série de lesões, e ainda não havia tido um grande desafio em 2015. Apesar de não ter sido o mais rápido, mostrou neste sábado estar em plena forma.

A boa marca de Bolt, no entanto, não foi páreo para desbancar o veterano Justin Gatlin. O norte-americano de 33 anos foi o mais rápido das eliminatórias ao cravar a marca de 9,83s na sexta e penúltima bateria. Gatlin é considerado um dos principais favoritos a desbancar o jamaicano na prova mais veloz do atletismo.

Outro que tenta bater Bolt é seu compatriota Asafa Powell, que também garantiu vaga nas semifinais ao vencer a primeira bateria com o tempo de 9,95s. O norte-americano Tyson Gay esteve longe de seu melhor tempo, mas fez o suficiente para ser o primeiro de sua bateria com a marca de 10,11s, também se garantindo na fase seguinte.

Para delírio da torcida, o chinês Bingtian Su avançou com a marca de 10,03s. Além dos já citados, outros cinco atletas se classificaram com marcas abaixo dos dez segundos: os norte-americanos Trayvon Bromell (9,91s) e Mike Rodgers (9,97s), o francês Jimmy Vicaut (9,92s), o canadense Andre de Grasse (9,99s) e o catariano Femi Ogunode (9,99s).

Quinto colocado no Campeonato Jamaicano, Rusheed Dwyer não conseguiu se classificar para o Mundial de Atletismo de Pequim (China). Foi relegado a disputar os Jogos Pan-Americanos, brilhou em Toronto com o segundo melhor tempo do mundo nos 200m e, como prêmio, acabou sendo convocado para defender a Jamaica no Mundial.

Com Dwyer, de acordo com a Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF), a Jamaica terá cinco representantes nos 200m, dois a mais do que o limite de inscrições por país por prova. Uma dessa vagas extras é garantida porque Usain Bolt é o atual campeão mundial e recebe convite. A IAAF não explicou, entretanto, as razões do outro convite.

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Bolt, aliás, vai tentar repetir o resultado do Mundial de Moscou, em 2013, quando ganhou os 100m, os 200m e o revezamento 4x100m - está inscrito nas três competições. Na competição por equipe, terá a companhia de Nickel Ashmeade, Kemar Bailey-Cole, Nesta Carter, Asafa Powell e Tyquendo Tracey.

A grande ausência da delegação jamaicana será Yohan Blake, segundo homem mais rápido da história nos 100m - empatado com o americano Justin Gatlin - e nos 200m. O velocista, de 26 anos, não fez índice.

No feminino, a equipe será liderada por Shelly-Ann Fraser-Pryce que, assim como Bolt, venceu os 100m, os 200m e o revezamento 4x100m em Moscou. Depois de ganhar nove medalhas no último Mundial (seis de ouro, três de prata, uma de bronze), a Jamaica quer ampliar sua área de atuação em Pequim, indo ao pódio não apenas nas provas de velocidade. Para tanto, confia em Fedrick Dacres e Jason Morgan, do disco. A delegação terá 53 atletas.

Desde que faturou o bicampeonato mundial em Moscou, em agosto de 2013, Usain Bolt só participou de quatro provas de 100 metros, sendo duas de exibição, no Rio. Nesta sexta-feira, o jamaicano mostrou que está de volta. Com chuva, vento contrário e voltando de lesão, fez 9s87 para vencer a segunda bateria eliminatória da etapa de Londres de Diamond League.

Nas últimas duas temporadas, Bolt tem sofrido com lesões. No ano passado, ajudou a Jamaica a ganhar o ouro no revezamento 4x100m nos Jogos da Commonwealth, bateu o (não oficial) recorde mundial indoor com 9s98, em Varsóvia, e não mais correu. Abortou a temporada para se preparar melhor para 2015.

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Neste ano, participou de um evento promocional no Rio e, por lesão, desistiu de alguns eventos nos quais estava inscrito. Voltou para vencer os 200m na etapa de Nova York da Diamond League, mas com o seu pior tempo em final desde a prata no Mundial de Osaka, quando se mostrou ao mundo pela primeira vez.

Bolt volta a correr nesta noite londrina, na final dos 100m. Terá como adversários o compatriota Nesta Carter e o americano Michael Rodgers. Confronto contra Justin Gatlin, líder do ranking mundial, só no Mundial.

O astro Usain Bolt sofreu mais um revés na sua difícil temporada. Nesta terça-feira, os organizadores das etapas de Paris e de Lausanne da Diamond League anunciaram que o velocista jamaicano desistiu de competir nas respectivas competições, que serão realizadas neste mês, aumentando a preocupação com a sua condição para o Mundial de Atletismo, que será realizado em agosto.

De acordo com os organizadores da etapa de Paris, que vai ser disputada no próximo sábado, Bolt "está sentindo um desconforto na perna esquerda desde a sua última competição, o que restringiu os seus treinamentos".

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Bolt competiu pela última vez na etapa de Nova York da Diamond, em 13 de junho, quando venceu com alguma dificuldade a prova dos 200 metros. E o próprio astro jamaicano também confirmou nesta terça-feira que ficará fora das competições em Paris e também da etapa de Lausanne, marcada para 9 de julho.

O médico de Bolt, Hans-Wilhelm Mueller-Wohlfahrt, diagnosticou uma inflamação na junta sacro-ilíaca, "que está restringindo o seu movimento e colocando pressão sobre o joelho e o tornozelo". Por causa disso, o jamaicano vai passar os próximos dias em Munique recebendo tratamento.

Na última semana, Bolt também ficou de fora do Campeonato Jamaicano, mas sem indicar qual era exatamente o seu problema, o que agora foi esclarecido. O jamaicano já tem vaga assegurada no Mundial, mas até agora tem marcas modestas em 2015, tendo 10s12 nos 100 metros e 20s13 nos 200 metros como suas melhores marcas.

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