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A lenda Usain Bolt teve um final de carreira humano, como qualquer mortal no planeta Terra. Neste sábado, na final do revezamento 4x100 metros do Mundial de Atletismo, no estádio Olímpico, em Londres, o velocista jamaicano recebeu o bastão para os últimos 100 metros na terceira colocação e logo no início de sua corrida sentiu uma lesão muscular e não conseguiu nem cruzar a linha de chegada. Se contorceu em dores e viu os adversários o ultrapassarem. Deixou a pista consolado pelos seus companheiros.

A surpreendente final teve um resultado inesperado. A Grã Bretanha cruzou a linha de chegada em primeiro com o tempo de 37s47 e bateu um dos favoritos, os Estados Unidos - prata com 37s52. Assim como nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, o Japão ficou com a medalha de bronze com a marca de 38s04.

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O sorriso fácil, a personalidade forte, o carisma e o talento ganharam a companhia da emoção de Usain Bolt, um dos maiores nomes do esporte mundial, entraram definitivamente para a história. Neste sábado, perto de completar 31 anos, o astro jamaicano saiu de cena após a disputa do revezamento 4x100 metros. Pouco importava a cor da medalha, ou mesmo se ela viria - o que todos queriam ver era a última vez em que o maior de todos os tempos pisava em uma pista de forma competitiva.

Omar McLeod, Julian Forte e Yohan Blake tiveram a honra de competir ao lado de Usain Bolt em sua despedida, no estádio Olímpico de Londres, palco de suas grandes conquistas na Olimpíada de 2012. Durante a apresentação dos atletas, os jamaicanos brincaram com o público e fizeram uma rápida coreografia. No aquecimento, Bolt acenava para todos.

A despedida das pistas deixou o herói emocionado. Logo após a disputa das eliminatórias para a final, ainda pela manhã, Usain Bolt disse que não conseguia externar os seus sentimentos. "Não há palavras para descrever como estou me sentindo. Recebo muito apoio do público e agradeço muito por isso", disse.

É verdade que esse término não será do jeito que se imaginava, já que o jamaicano ficou com a medalha de bronze na disputa dos 100 metros, no sábado passado, perdendo para os norte-americanos Justin Gatlin (ouro) e Christian Coleman (prata). Mesmo assim, Usain Bolt é o homem mais rápido da história. O jamaicano bateu três vezes o recorde mundial dos 100 metros e também é o recordista dos 200 metros. As duas melhores marcas foram conquistadas no Mundial de Atletismo de Berlim-2009 - o tempo dos 100 metros é o de 9s58 e dos 200 metros, de 19s19. Ambos ainda deverão durar por vários anos.

A recordação de seus êxitos é inesgotável. Nos 100 metros ele tem três títulos mundiais (Berlim-2009, Moscou-2013 e Pequim-2015) e três ouros em Jogos Olímpicos (Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016). Tem mais quatro títulos mundiais nos 200 metros (Berlim-2009, Daegu-2011, Moscou 2013 e Pequim-2015), além de uma prata (Osaka-2007). Por sinal, a prova dos 200 metros é a sua favorita, mas ele decidiu não participar para guardar energia para os 100 metros e para o revezamento 4x100m - o revezamento, inclusive, traz a única lembrança amarga para Usain Bolt em Olimpíadas. Nos Jogos de Pequim-2008, o time da Jamaica perdeu a medalha de ouro após Nesta Carter testar positivo para doping.

Fenômeno raro no esporte, Usain Bolt sai de cena para se juntar à lendas como Muhammad Ali, Ayrton Senna, Pelé, Maradona, Michael Jordan, Roger Federer, entre outros. A partir de agora, o jamaicano deverá seguir para a Alemanha, onde quer fazer testes no Borussia Dortmund - tem o sonho de se tornar jogador de futebol profissional. É melhor ninguém duvidar de um dos maiores atletas de todos os tempos.

Usain Bolt não decepcionou em sua estreia no Mundial de Londres. Nesta sexta-feira (4), o velocista jamaicano venceu com facilidade sua bateria na prova dos 100 metros e garantiu a vaga na semifinal. O atleta de 30 anos busca a medalha de ouro na prova mais tradicional do atletismo em sua despedida das pistas.

Bolt foi o mais rápido da última bateria das eliminatórias. Ele cruzou a linha de chegada com o tempo de 10s07. Como de costume, o jamaicano fez uma largada lenta, mas se recuperou rapidamente e superou todos os seus rivais nos metros finais mesmo reduzindo claramente o ritmo. O britânico James Dasaolu chegou em segundo, com 10s13, e o francês Jimmy Vicaut, em terceiro, com 10s15.

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No geral, Bolt entrou na semifinal com o oitavo melhor tempo das eliminatórias. O mais veloz foi Julian Forte, compatriota de Bolt. Único a correr abaixo da marca de 10 segundos, ele anotou 9s99. O norte-americano Christian Coleman foi o segundo mais rápido, com 10s01. E o marfinense Ben Youssef Meité foi o terceiro, com 10s02.

Medalha de prata na prova nos Jogos do Rio-2016, atrás somente de Bolt, o norte-americano Justin Gastlin foi mais veloz que o rival nesta sexta. Registrou 10s05 e ficou em sexto, empatado com o japonês Abdul Hakim Sani Brown. Compatriota e rival de Bolt, Yohan Blake anotou o 12º tempo, com 10s13.

A semifinal e a final serão disputadas neste sábado. Bolt busca o quarto título mundial nos 100m neste fim de semana. Recordista mundial e olímpico da prova, ele é o dono da melhor marca da história: 9s58. As chances de repetir ou superar esta marca, contudo, são pequenas. Neste ano ele não passou de 9s95.

O Mundial de Londres é a última competição da carreira do jamaicano. Ele competirá ainda no revezamento 4x100m, sem entrar nos 200m, prova que considerou sua especialidade por muito tempo.

Usain Bolt não chegou a brilhar nesta sexta-feira (21). Ainda assim, o velocista jamaicano fez uma prova relativamente tranquila, correu os 100 metros abaixo dos 10 segundos pela primeira vez no ano e venceu a etapa de Mônaco da Diamond League.

Para obter mais uma medalha de ouro em sua histórica e vitoriosa carreira, Usain Bolt fechou a prova com o tempo de 9s95, deixando para trás o norte-americano Isiah Young, com 9s98. O sul-africano Akani Simbine completou o pódio ao marcar 10s02.

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Como de costume, o jamaicano não teve nesta sexta-feira uma grande largada, mas se recuperou no arranque e assumiu a liderança ainda no início. Ainda deu tempo para, no terço final da prova, diminuir o ritmo e vencer com certa segurança.

Mesmo com a "travada" nos últimos metros, Usain Bolt fechou com um tempo abaixo dos 10 segundos e fez a sua melhor marca do ano nos 100 metros - a melhor anterior era de 10s03. Esta foi a última prova do atleta jamaicano antes do Mundial de Atletismo, que ocorrerá entre 5 e 13 de agosto, em Londres, e será a competição derradeira de sua carreira. Lá, ele disputará os 100 metros e o revezamento 4x100 metros - anunciou nesta semana que não disputará os 200 metros, a sua prova preferida.

Detentor do recorde mundial dos 100 metros e dos 200 metros, Usain Bolt conquistou na pista nove medalhas de ouro olímpicas, mas uma delas - do revezamento 4x100 metros em Pequim-2008 - foi cassada devido ao doping de seu compatriota Nesta Carter. O jamaicano ainda tem outras 11 douradas em Mundiais.

O velocista Usain Bolt, recordista mundial dos 100 metros e dos 200 metros e tricampeão olímpico nas duas provas, confirmou nesta terça-feira que participará de alguns treinamentos da equipe do Borussia Dortmund, na Alemanha. O jamaicano acredita até que pode ter uma oportunidade para conquistar um lugar no time, um dos principais do futebol alemão.

"Está apalavrado, vou treinar com eles", declarou o jamaicano em entrevista coletiva na cidade de Ostrava, na República Checa, onde disputará nesta quarta-feira a Golden Spike, uma etapa da IAAF World Challenge Tour. Será o início de uma excursão pela Europa que terminará no Mundial de Atletismo de Londres, na Inglaterra, a última competição da carreira do velocista, que vai ser disputado entre os dias 5 de 13 agosto.

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"Vamos ver como tudo vai acontecer. Se eu me der bem, então lhes direi para seguirmos adiante e que tentarei jogar com eles. Se não der certo, então vou me calar", acrescentou Usain Bolt na entrevista coletiva desta terça-feira.

O dono de oito medalhas de ouro olímpicas em três edições dos Jogos (Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016) não detalhou quando começariam as atividades com o time de Dortmund, terceiro colocado no último Campeonato Alemão, posição que lhe garantiu uma vaga direta na fase de grupos da próxima edição da Liga dos Campeões da Europa.

APOSENTADORIA - Usain Bolt planeja se aposentar após o Mundial de Londres e os treinamentos sob o comando do técnico Peter Bosz deverão ser realizados depois da competição na capital britânica. O "Raio" garantiu que não há possibilidade de desistir de pendurar as sapatilhas. "Para mim, foi uma trajetória excelente. Vivi sucessos e decepções e me aconteceu de tudo. Agora acaba e estou resignado. Quero poder assistir às corridas da tribuna, ver a nova geração de velocistas que está chegando", afirmou o jamaicano de 30 anos.

Tricampeão olímpico, Usain Bolt confirmou nesta terça-feira (6) a participação na prova dos 100 metros na 56ª edição do Golden Spike, competição realizada em Ostrava, na República Checa, em 28 de junho, e que é válida pela IAAF World Challenge. O evento serve como preparação ao Mundial de Atletismo, que será em agosto, em Londres.

Bolt reforçou, ainda, que esta deverá ser a sua última participação no evento. "O Golden Spike Meeting, em Ostrava, é sempre uma das primeiras provas que coloco no calendário a cada ano e estou feliz de anunciar que estarei lá competindo pela nona - e última vez - em 28 de junho deste ano. Esse foi o primeiro torneio profissional que me convidou no início de minha carreira, e é justo que volte lá na minha última temporada", revelou o campeão mundial nos 100 e 200 metros e no revezamento 4x100m.

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Essa será a quinta vez que o atleta de 30 anos disputará os 100 metros no Golden Spike - ele também correu três vezes nos 200 metros e uma nos 300 metros (esta uma prova não olímpica), vencendo em cada uma das disputas. Também será a sua nona aparição em Ostrava, tornando-se o evento em que ele mais esteve presente em sua carreira.

O chefe da organização do evento, Miroslav Cernosek, celebrou a lembrança de Bolt sobre sua participação ainda precoce na competição - quando era um desconhecido - e comemorou o retorno do supercampeão à República Checa.

"Estávamos discutindo a nona aparição em Ostrava do atleta mais procurado do planeta desde o seu último triunfo nos Jogos Olímpicos no Rio e, neste final de semana, ele finalmente confirmou que está pronto para correr e quer vir à sua favorita Ostrava", disse Cernosek.

Usain Bolt é o oitavo campeão olímpico no Rio-2016 confirmado para o meeting deste ano na República Checa. Também já foram anunciados os nomes do britânico Mo Farah (ganhador das provas de 5.000 e 10.000 metros), do sul-africano Wayde van Niekerk (400 metros), do norte-americano Christian Taylor (salto triplo), do alemão Thomas Rohlero (lançamento de dardo), da polonesa Anita Wlodarczyk (martelo) e dos quenianos David Rudisha (800 metros) e Conseslus Kipruto (3.000 metros).

Um vídeo está circulando todo o mundo por mostrar um ícone do esporte enfrentando o luto pela perda de um grande amigo. Há duas semanas, o ex-atleta britânico do salto em altura, Germaine Mason, faleceu em um acidente automobilístico diante dos olhos de seu amigo, Usain Bolt.

Nas imagens gravadas e compartilhadas nas redes sociais, o velocista aparece em Portland, Jamaica, cavando a sepulta para o companheiro que será enterrado no dia 21 desse mês. A cena já foi visualizada por milhões de pessoas, causando muita comoção.

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Mason e Bolt eram amigos desde 2002 e o jamaicano já havia expressado seus sentimentos em uma publicação pelas redes sociais, na qual mostra uma fotografia do britânico e uma figura representando orações. Segundo o jornal inglês The Sun, Germaine estava pilotando sua moto em Kingston e, ao tentar desviar de um carro, perdeu o controle. Usain estava acompanhando de carro e foi a primeira pessoa a chegar perto do saltador, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim, 2008.

Bolt postou homenagem ao amigo falecido no dia 20 de abril (Reprodução/Instagram)

Com o enterro do britânico marcado para o dia 21 de maio, Usain Bolt esteve ajudando a cavar a sepultura do amigo. Confira o vídeo divulgado em vários noticiários em todo o planeta neste domingo (14):

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Com mais um desempenho decisivo de Usain Bolt, a equipe "Bolt All-Stars" levou a melhor na noite deste sábado (manhã, no horário de Brasília) e venceu o Nitro Athletics, meeting de caráter de preparação deste início de temporada, em Melbourne, na Austrália. Bolt liderou sua equipe em mais uma prova de revezamento e também venceu disputa individual de 150 metros.

Como acontecera no segundo dos três dias de disputa do evento, na quinta, Bolt liderou a equipe formada também por seu compatriota Asafa Powell e pelas norte-americanas Jenna Prandini e Natasha Morrison. Eles venceram a prova do 4x100 metros misto, deixando para trás times da Austrália, Inglaterra, Japão, Nova Zelândia e China.

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Bolt também disputou a prova dos 150 metros, sua primeira individual do ano. E não teve problemas para chegar na frente, com o tempo de 15s28 - a distância não faz parte do programa olímpico e nem dos Mundiais de atletismo. "Estou feliz, foi ótimo. Eu disse que iríamos forçar e foi o que fizemos", comemorou o jamaicano, recordista mundial dos 100 e 200 metros.

Com as performances de Bolt, a equipe "All-Stars" venceu o Nitro Athletics, com 3.040 pontos, 77 à frente do time australiano. O evento realizado em Melbourne é o primeiro do tipo, misturando revezamentos mistos, provas de distância incomum e corridas eliminatórias. O sucesso de público foi comprovado pela lotação do Lakeside Stadium.

Mesmo contando com um caráter mais informal, o evento contou com a presença do presidente da IAAF, Sebastian Coe. "Eu vi muita participação [da torcida], eu vi diversão e muitas risadas e é isso que estava faltando ao esporte há muito tempo", comentou o dirigente. "Foi uma ótima largada deste evento. A não ser que inovemos, vamos nos tornando cada vez menos relevantes e não podemos fazer isso."

Maior estrela do atletismo mundial da atualidade, Bolt também exaltou o evento. "Foi brilhante, empolgante. Acho que todos os atletas de pista e gramado no atletismo adorou isso. Eu sabia que era disso que o atletismo precisava", comentou o jamaicano, que recebeu cachê de sete dígitos para competir em Melbourne.

Esta foi a primeira competição disputada por Bolt desde que ele perdeu a medalha de ouro olímpica dos Jogos de Pequim, em 2008, justamente na prova do revezamento 4x100m. Quase nove anos após a conquista na China, a equipe jamaicana teve o título retirado no mês passado por causa do doping de Nesta Carter, um dos responsáveis por aquela vitória, mas que foi reprovado em reanálise de teste antidoping entre os muitos que estão sendo feitos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) com o objetivo de flagrar possíveis trapaças não detectadas anteriormente. Bolt disputa neste ano sua última temporada antes da aposentadoria.

O jamaicano Usain Bolt desembarcou nesta quarta-feira (1º) em Melbourne, na Austrália, onde chegou para a disputa de um meeting no qual irá liderar uma equipe denominada "All Stars", que contará com a presença dos seus compatriotas Asafa Powell e Michael Frater, além de Jenna Prandini, Ryan Wilson e Kerron Clement, três competidores norte-americanos, neste final de semana.

E já em seu desembarque no Aeroporto de Melbourne, o homem mais rápido do mundo não escapou de comentar o fato de que competirá logo após perder o ouro olímpico que conquistou nos Jogos de Pequim, em 2008, na prova dos 4x100 metros. Ele teve a sua medalha cassada por causa do caso de doping envolvendo Nesta Carter, que na final daquela prova abriu o revezamento para a equipe jamaicana, vencedora com o tempo de 37s10, então o recorde mundial.

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O velocista testou positivo para a substância metilhexanamina, um estimulante proibido, na reanálise do seu exame antidoping, em mais um dos muitos casos que apareceram depois que o Comitê Olímpico Internacional (COI) começou a reanalisar centenas de amostras dos Jogos de Pequim-2008 e Londres-2012, na esteira de uma série de escândalos de doping, envolvendo principalmente a Rússia.

Ao falar sobre o assunto nesta quarta, Bolt reconheceu: "Inicialmente, eu fiquei decepcionado, é claro". Em seguida, porém, o astro evitou ficar lamentando o caso. "Mas na vida, coisas acontecem. Não estou triste, estou apenas esperando para ver o que vai acontecer", completou, admitindo também que desistiu desta medalha de ouro, que foi uma das nove que ganhou ao total nos Jogos de Pequim, Londres e Rio-2016.

Também presente em Melbourne desde esta quarta-feira e outro integrante da equipe jamaicana naquela final dos 4x100 metros em Pequim, Asafa Powell reconheceu que a perda da medalha por motivo de doping de um companheiro de equipe foi "muito lamentável", mas evitou ficar julgando Nesta Carter, até pelo fato de que já cumpriu seis meses de suspensão, em 2013, por também ter sido reprovado em um teste antidoping.

Powell também se recusou a falar se acha que Carter deveria receber uma punição, ressaltando que junto com seus compatriotas conquistou vários feitos no atletismo e que "precisa ser positivo sobre tudo agora". "Não estou em uma posição para dizer que deveria ou não deveria ser feito", afirmou.

No meeting na Austrália, chamado de Nitro Athletics, Bolt irá competir com sua equipe contra outros quatro times de atletas que representarão Inglaterra, China, Nova Zelândia e Japão, respectivamente.

Além de Bolt, Powell e Carter, a equipe dos 4x100 metros da Jamaica contou também com Michael Frater na final na qual conquistou o ouro olímpico na pista em Pequim-2008. Por causa do doping envolvendo Carter deflagrado apenas agora, o Brasil herdou a medalha de bronze daquela prova após terminar em quarto lugar com a equipe formada por Vicente Lenílson, Sandro Viana, Bruno Lins e José Carlos Moreira, o Codó.

O astro Usain Bolt perdeu uma das nove medalhas de ouro olímpicas conquistadas na sua histórica carreira. Nesta quarta-feira (25), o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou que a equipe de revezamento 4x100 metros da Jamaica perdeu o ouro assegurado nos Jogos de Pequim, em 2008, em razão do doping de Nesta Carter.

Carter testou positivo para metilhexanamina, um estimulante proibido, na renálise das amostras dos exames antidoping realizados pelos atletas na Olimpíada de 2008 pelo COI. Naquela oportunidade, em Pequim, ele abriu o revezamento para a equipe jamaicana, que então venceu a prova com o tempo de 37s10, então o recorde mundial do 4x100 metros.

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Além de Carter e Bolt, a equipe da Jamaica também foi composta na final por Asafa Powell e Michael Frater. "A equipe da Jamaica está desclassificada", anunciou o COI. "As medalhas, pins e diplomas foram retirados e serão devolvidos", acrescentou a entidade, através da sua comissão disciplinar.

Carter foi ouvido pela comissão disciplinar do COI em uma videoconferência realizada em 17 de outubro. O jamaicano pode recorrer à Corte Arbitral do Esporte contra a decisão. Já o próximo passo do COI será realizar a redistribuição das medalhas da disputa do 4x100 metros nos Jogos de Pequim.

E o Brasil será beneficiado, pois terminou a prova naquela oportunidade na quarta colocação. Na Olimpíada de 2008, o quarteto do País foi composto por Vicente Lenílson, Sandro Viana, Bruno Lins e José Carlos Moreira, o Codó, que completaram a distância em 38s24. Assim, agora eles herdarão o bronze.

Embora o COI ainda não tenha formalizado essa mudança, a equipe de Trinidad Tobago, então formada por Keston Bledman, Marc Burns, Emmanuel Callender e Richard Thompson, subirá um degrau no pódio, ficando com a medalha de ouro. Já a prata será entregue para o time japonês.

Carter foi apenas um entre as dezenas de atletas que foram flagrados em reanálises dos exames antidoping guardados pelo COI dos Jogos de Pequim e de Londres. E além de anunciar o caso do jamaicano, o comitê também confirmou que a russa Tatiana Lebedeba perdeu a sua medalha de prata da disputa do salto triplo, também na Olimpíada de Pequim.

Aos 30 anos, Usain Bolt está em sua última pré-temporada. No ano que vem, o astro, dono de nove medalhas olímpicas, vai se aposentar das pistas. A despedida, conforme já foi anunciado e reiterado diversas vezes, será no Mundial de Atletismo de Londres, em agosto.

Até lá, o foco será na preparação para a prova de 100m, sempre visando aproveitar ao máximo seus últimos momentos como velocista. "Essa é minha última temporada e eu tenho apenas que ir lá e aproveitar. Fizemos a maior parte do trabalho ao longo dos últimos dois anos e agora é minha última temporada. O foco é nos 100m e eu quer tentar aproveitar a temporada, sem muito stress", disse o astro ao jornal jamaicano The Gleaner.

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De acordo com Bolt, em sua última temporada ele tentará participar do maior número possível de eventos, de forma a interagir bastante com os torcedores antes da aposentadoria. "É tudo pelos meus fãs. Eu acho que eles sempre me mostraram muito amor e eu apenas tenho que ir lá por eles e fazer o meu melhor."

Como de costume, Bolt vai revelando detalhes de sua programação aos poucos. Em outubro, contou qual será sua última prova na Jamaica: o Racers Grand Prix, um competição anual no Estádio Nacional de Kingston, capital jamaicana, disputada sempre em junho, em um dia só.

O recordista mundial dos 100m e dos 200m não precisa participar do Campeonato Jamaicano do ano que vem porque já está automaticamente classificado para o Mundial do ano que vem, onde vai defender seus títulos. A competição no estádio olímpico de Londres vai de 5 a 13 de agosto.

Ele deve abrir a temporada na edição inaugural do Nitro Summer Series, competição que acontece em fevereiro, na Austrália. Ele nunca disputou provas no país e deve receber cerca US$ 1 milhão para isso.

O documentário I am Bolt, que será lançado em DVD no Brasil na próxima quarta-feira (7), pela Universal Pictures, retrata o homem Usain Bolt por trás do multicampeão olímpico - dono de nove medalhas de ouro. O filme mostra os exaustivos treinamentos do jamaicano, os desafios enfrentados ao longo da carreira, assim como seus momentos de lazer ao lado dos amigos e da família.

Em uma das cenas, o velocista fala em nervosismo no início de cada temporada. "Sou o tipo de pessoa que fica nervosa antes da primeira corrida. Todo ano, na primeira corrida, me pergunto se ainda sou rápido", conta. Segundo ele, a confiança vai aumentando ao longo das competições.

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O documentário dá acesso à vida de Bolt a partir de entrevistas com o pai Wellesley e a mãe Jennifer, o treinador Glen Mills, seu agente e outros nomes do atletismo, além de contar com depoimentos do próprio atleta. O Campeonato Mundial de Pequim e os Jogos Olímpicos de Londres-2012 e do Rio-2016 fazem parte do cenário desse retrato íntimo. Também foram adicionadas imagens de arquivo pessoal da juventude do homem mais rápido do mundo.

Bolt passou pelo tapete vermelho no dia 28 de novembro, em Londres, para a estreia mundial de I am Bolt. "Meu objetivo com esse filme é mostrar às pessoas como minha vida é de fato… Tudo pelo que passei para chegar onde estou hoje, os altos e baixos, e uma visão do que penso e sinto. Sei que muita gente ao redor do mundo pensa que já me conhece, mas estou empolgado com a ideia de que todos vão ver como sou de verdade", afirmou.

O Borussia Dortmund confirmou uma notícia inusitada neste domingo. O fenômeno das pistas de atletismo, Usain Bolt, nove vezes campeão olímpico, treinará junto com o time alemão - ainda não há confirmação da data do início da parceria.

O presidente do clube, Hans-Joachim Watzke, informou que não se trata de uma brincadeira nem de uma ação de marketing. O dirigente revelou que a ideia partiu de Bolt, que tinha vontade de treinar com um time de futebol.

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A ação foi facilitada pela patrocinadora em comum, a Puma. Representantes da empresa entraram em contato com Watzke sobre a possibilidade de Bolt participar dos trabalhos no clube e houve o acerto.

O técnico da equipe, Thomas Tuchel, também foi consultado e autorizou a parceria. Questionado se Bolt teria futuro no Dortmund, Watzke respondeu: "Nós não precisamos falar sobre isso".

Bolt é torcedor do Manchester United e já havia declarado em outras oportunidades que tinha o interesse de jogar futebol pelo clube inglês. No entanto, não houve convite pelo técnico José Mourinho nem de qualquer dirigente do time.

Estas são as frases mais destacadas de Usain Bolt durante os Jogos Olímpicos do Rio-2016, onde conquistou o terceiro tricampeonato consecutivo nas provas de velocidade (100, 200 e revezamento 4x100 metros), depois de ter conquistado em Pequim-2008 e Londres-2012:

13 de agosto, um dia antes de disputar sua primeira final, de 100 metros, em referência a uma possível aposentadoria após o Mundial de Londres-2017:

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"Se o esporte precisa de mim e eu puder me motivar por mais um ano, por que não continuar um pouco mais?"

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14 de agosto, após ganhar o ouro nos 100 metros, o primeiro de seu tricampeonato no Rio-2016:

"Alguém disse no ano passado que, se eu conseguisse um novo tricampeonato no Rio-2016, me tornaria imortal. Mais duas medalhas e aí está, serei imortal".

"É o público que me dá energia. Os espectadores devem entender que fazem parte da competição. Temos que fazer com que participem".

18 de agosto, após ganhar a final dos 200 metros, seu segundo ouro no Rio:

"Não estou feliz com a marca realizada. Meu corpo não respondeu na última reta. Estou ficando velho e meu corpo também. Acredito que é minha última corrida de 200 metros, mas meu técnico talvez pense diferente".

"Já não preciso provar mais nada. O que mais posso provar? Sou o maior da história do atletismo. Estou tentando ser um dos maiores (da história do esporte). Quero estar entre Muhammad Ali e Pelé. Espero que após estes jogos esteja nesse grupo".

19 de agosto após conquistar o tricampeonato de velocidade, depois de ganhar a final do revezamento 4x100 metros:

"Provei que sou o maior deste esporte e cumpri a missão a qual me propus. Espero ter colocado a marca alto o suficiente para que ninguém possa voltar a fazer novamente"

"As pessoas sempre me perguntam se sou imbatível. Quando chega um grande campeonato, creio que sou".

O superastro jamaicano Usain Bolt deu mais um passo para se tornar uma lenda do esporte ao conquistar a terceira medalha de ouro seguida nos 200 m, em uma quinta-feira (18) também marcada pelos títulos do Brasil na vela e no vôlei de praia, e pelo escândalo envolvendo quatro nadadores americanos.

O 'Raio' venceu sua prova predileta em 19.78, seu melhor tempo do ano, 14 centésimos à frente do canadense Andre De Grasse (20.02), que já havia levado o bronze nos 100 m. O francês Christophe Lemaitre, primeiro atleta branco da história a correr 100 m abaixo de 10 segundos levou o bronze (20.12), repetindo o resultado do Mundial de Daegu-2011.

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Bolt agora tem oito medalhas de ouro em Olimpíadas: 100 m e 200 m em Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016, além do revezamento 4x100 m nas últimas duas edições dos Jogos. Para completar o triplo-tricampeonato, o jamaicano de 29 anos precisa vencer o revezamento 4x100 m com a equipe da Jamaica, grande favorita para ganhar a final de sexta-feira (19).

Dia dourado para Brasil

Com as vitórias de Alison e Bruno no Vôlei de Praia, e de Martine Grael e Kahena Kunze na vela, o Brasil conquistou nessa quinta mais dois ouros e pulou para a 13ª posição no quadro de medalhas. A dupla Martine e Kahena ganhou na categoria 49ER FX, depois de conseguir se impor na regata da medalha, na baía de Guanabara.

Martine - filha de Torben Grael - e Kahena, são as primeiras mulheres a conquistar um título olímpico nesta modalidade. As neozelandesas Alex Maloney e Molly Meech ficaram com a prata e as dinamarquesas Jena Hansen e Katja Steen Salskov-Iversen, com o bronze.

Na praia de Copacabana, Alison e Bruno levaram o ouro ao derrotar os italianos Paolo Nicolai e Daniele Lupo por dois sets, parciais de 21-19 e 21-17. No duelo pelo terceiro lugar, disputado mais cedo, os holandeses Alexander Brouwer e Robert Meeuwsen levaram a melhor sobre os russos Viacheslav Krasilnikov e Konstantin Semenov em dois sets (23-21, 22-20), e ficaram com o bronze.

Escândalos também competem

Na categoria "escândalo", depois de várias versões e declarações contraditórias, a polícia do Rio descobriu que os nadadores americanos que denunciaram ser vítimas de um roubos por policiais, na realidade criaram confusão em um posto de gasolina. Este escândalo veio à tona algumas horas depois da prisão do dirigente olímpico europeu, Patrick Hickey, por revenda ilegal de ingressos.

E nesta quinta-feira ocorreu o primeiro caso de um medalhista que testou positivo em um exame antidoping. O halterofilista do Quirguistão, Izzat Artykov, bronze na categoria até 67 kg, foi desclassificado e excluído dos Jogos. Horas depois o ciclista de estrada brasileiro Kléber da Silva Ramos e a nadadora chinesa Xinji Chen também foram desclassificados por darem positivo no antidoping.

Kléber da Silva Ramos testou positivo para o EPO e anunciou que não apelaria, aceitando sua suspensão provisória. Chen testou positivo para o diurético hidroclorotiazida, e também aceitou voluntariamente sua suspensão, mas pediu uma revisão que ocorrerá em 17 de agosto.

Agressão no posto de gasolina

O mistério sobre o que aconteceu com os quatro nadadores americanos foi revelado. Os atletas olímpicos, na realidade, não foram assaltados, mas participaram de uma confusão em um posto de gasolina, disse nessa quinta-feira o chefe da polícia Fernando Veloso. "Não houve roubo praticado contra os atletas", disse Veloso diante de dezenas de jornalistas brasileiros e estrangeiros. "As imagens não mostram nenhum tipo de violência contra eles", acrescentou.

O nadador americano Ryan Lochte e três de seus colegas denunciaram um roubo à mão armada na noite de domingo (14) quando retornavam em um táxi para a Vila Olímpica após uma festa na Casa da França. Mas Veloso desconsiderou essa versão e sustentou que "em teoria, (os nadadores) poderiam terminar respondendo por falsa comunicação de crime e dano ao patrimônio".

A polícia interrogou nesta quinta-feira Jack Conger e Gunnar Bentz, outros dois nadadores americanos, e Veloso afirmou que segundo os atletas, "Ryan (Lochte) era o mais exaltado por estar sob o efeito de bebidas" alcoólicas. Lochte é o único dos quatro nadadores que já se encontra nos Estados Unidos.

O Comitê Olímpico dos EUA emitiu um comunicado afirmando que "o comportamento dos atletas foi inaceitável" e que o caso será analisado nos Estados Unidos, com consequências para os envolvidos. "Em nome do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, pedimos desculpas aos nossos anfitriões no Rio e ao povo do Brasil".

México não está para tequila

Em um feito espantoso, o México só conseguiu aparecer no quadro de medalhas catorze dias depois do início dos Jogos. Um verdadeiro fracasso para uma das potências esportivas da América Latina. Paola Espinosa, que chegou à final do saltos ornamentais e ganhou a prata em Londres-2012 e o bronze em Pequim-2008 na plataforma de dez metros, ficou sem um lugar no pódio.

Por enquanto, somente o boxeador Misael Rodríguez pôde inaugurar a contagem mexicana. E provavelmente não haverá muito mais. Rodríguez beijou o chão do ringue depois de vencer a medalha de bronze. O lutador teve que pedir dinheiro nas ruas para conseguir pagar sua viagem. "As medalhas conquistadas com o dinheiro das ruas sabem mais", assegurou o mexicano. "E essa tem um sabor melhor por todas as críticas que recebemos".

A glória do Brasil

A seleção olímpica brasileira disputará a grande final do futebol no Maracanã, com o objetivo de conquistar a medalha de ouro, o único prêmio ausente em sua sala de troféus. No sábado, os brasileiros irão enfrentar a seleção alemã fortalecidos pela goleada por 6-0 contra Honduras, ainda que o fantasma do 7-1 da Copa do Mundo de 2014 insista em aparecer.

Os atletas mais mencionados no Twitter no mundo todo durante toda a terça-feira (16) foram a ginasta Simone Biles, o corredor Usain Bolt, a atleta americana Sydney McLaughlin, a atacante Marta e o velejador Santiago Lange - que levou a medalha de ouro na prova de na vela olímpica.

O maior pico de conversas no Twitter foi às 15h50, quando Lisa Dahlkvist defendeu o pênalti decisivo no jogo entre Brasil e Suécia, garantindo uma vaga para o time europeu na final de futebol feminino. A rede social também ficou em polvorosa quando a atacante Marta marcou o primeiro gol na decisão por penalidade máxima da mesma partida.

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Mais tarde, às 19h37, a rede social registrou o terceiro maior pico de conversas, quando Robson Conceição conquistou medalha de ouro no boxe e se tornou o primeiro brasileiro campeão olímpico na modalidade. Outro momento de destaque foi quando o ator Zac Efron compartilhou no Twitter sua foto com a ginasta Simone Biles, gerando mais 48 mil retuites e 157 mil curtidas.

Ellen DeGeneres aproveitou a foto (que por si só já é um meme) do homem mais veloz do mundo dando um sorrisão para emplacar outra piada. A apresentadora compartilhou em sua conta do Twitter uma imagem acima, na qual podemos ver a loira nas costas de Usain Bolt, o corredor jamaicano. No tuíte, Ellen escreveu: É assim que vou para os meus compromissos a partir de agora.

A brincadeira, no entanto, não foi vista com bons olhos, o que fez com que Ellen fosse acusada de racismo. Alguns seguidores disseram que a atitude da apresentadora não foi legal por ela estar montada em um homem negro, mas até Bolt retuitou a mensagem, mostrando que também gostou da brincadeira.

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Após toda a confusão, Ellen DeGeneres pediu desculpas, mas preferiu manter a postagem no ar. Eu sei bem que o racismo existe em nosso país. E isso é a coisa mais distante da que eu sou.

O trânsito ficou paralisado, as pessoas desceram de seus carros e começaram a se concentrar em algumas ruas inundadas pela forte chuva, mas isto pouco importava para os jamaicanos: Bolt acabava de ganhar seu terceiro ouro olímpico nos 100 m, nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

O tempo fresco e úmido não impediu as comemorações de alguns torcedores entusiasmados com o triunfo de um ídolo que colocou a Jamaica no centro do atletismo mundial há oito anos. Milhares de pessoas, vestidas de amarelo e verde, as cores da bandeira, batiam latas de metal e sopravam apitos para fazer barulho durante as comemorações.

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Concentrações de massa espontâneas se formavam no centro de Kingston, Montego Bay e Falmouth, a poucos quilômetros de onde Bolt, em 2002, tornou-se o mais jovem campeão mundial júnior da história do atletismo. O fluxo de carros parou na Sam Sharpe Square, em Montego Bay, onde as pessoas se reuniram para acompanhar a corrida no telão instalado na praça. "O maior", garantia um torcedor chamado Charlie. "É o melhor, não pode parar de correr agora, tem que continuar".

Lágrimas escorriam pelo rosto de Sonia Brown, ainda vestido com o uniforme do hotel onde trabalha, enquanto cantava o nome de seu ídolo: "Usain, Usain, Usain!".

Desconhecidos se abraçavam como se fossem íntimos... e nem uma voz sequer expressou a menor dúvida sobre o fato de que o rei do sprints seria capaz de cumprir a sua missão no Rio de Janeiro: tornar-se o primeiro ser humano a conquistar o triple-triple, ou seja, três medalhas de ouro consecutivas nos 100m, 200m e 4x100m.

O país da velocidade

A respiração do povo jamaicano se conteve brevemente quando Bolt demorou para lançar seu grande corpo (1,96) após o tiro de largada. Mas a partir dos 40m, o Raio lançou suas enorme passada e talento para alcançar seu rival, o americano Justin Gatlin, e logo depois ultrapassá-lo com uma facilidade surpreendente.

E os gritos de felicidade se apoderaram rapidamente dos jamaicanos e as festividades começaram. "A Jamaica é o país da velocidade, temos o homem e a mulher mais rápidos do mundo", exclamou Shiela Paulo, referindo-se a Elaine Thompson, campeã feminina dos 100m. "Também vamos ganhar os 200m e o revezamento (4x100m)", arriscou.

Apesar da vitória, alguns queriam mais. Joel Clarke, que garante que concorreu contra Bolt na faculdade, lamentou o cronômetro final, um honroso mas não revolucionário 9.81. "Eu acredito que ele poderia ter corrido mais rápido, sua saída foi ruim e diminuiu o ritmo no final, mas o ouro é ouro", diz ele.

Clarke acrescentou que a vitória nos 200m será ainda mais fácil para Bolt, um atleta que é quase imbatível em alta velocidade e que se beneficia de uma distância mais longa. "Essa é a sua corrida, ele é muito forte, não será (um fim) apertado".

Outros lamentam que Yohan Blake, quarto, deixou escapar o bronze para o canadense Andre De Grasse.

Mas todos concordam em assegurar que o americano Justin Gatlin não merecia a prata em razão de seu passado de doping. "Gatlin deveria parar imediatamente, ele não pode vencer Bolt, não tem mais o que falar", aponta Sydney Clarke. "Bolt vai ganhar sempre, seja qual for a corrida".

O primeiro passo do jamaicano Usain Bolt em direção ao tricampeonato olímpico nos 100 metros rasos foi dado neste sábado. Na fase classificatória, o astro cravou 10s07 e avançou com a quarta melhor marca para a semifinal dos Jogos Olímpicos. Mas ele não venceu o duelo particular com Justin Gatlin, dos Estados Unidos. Ainda assim, superou a desconfiança sobre sua condição física tranquilamente e voltará a correr neste domingo, às 21 horas.

Recebido com empolgação pelo público, Bolt entrou fazendo sinal para a torcida. Na raia 6, fez ajustes no bloco de saída e manteve a concentração até largar em disparada. Passou as mãos na cabeça e no rosto, só então abriu um sorriso. "Bolt, Bolt, Bolt", gritavam os torcedores. Após pedir silêncio, abaixou-se para a largada e fez o sinal da cruz. Não teve dificuldade, ficou nítido que se poupou no fim, chegou até a olhar para o lado na hora de cruzar a linha de chegada.

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O norte-americano Justin Gatlin foi o primeiro astro da prova mais nobre do atletismo a se apresentar e sobrou diante dos rivais, garantindo-se na semifinal com o tempo 10s01, o melhor tempo da fase preliminar. Yohan Blake, da Jamaica, não fez um bom tempo (10s11), mas foi o suficiente para conseguir a liderança de sua bateria. Após a prova, abaixou-se na pista e rezou.

Já o francês Jimmy Vicaut, que chegou a deter o melhor tempo da temporada e tinha a 3ª melhor marca do ano, decepcionou e acabou avançando apenas com 10s19 depois de terminar em 4º lugar em sua vez. As surpresas ficaram por conta de Ben Youssef Meité, da Costa do Marfim, com 10s03, e de Andre de Grasse, do Canadá, com 10s04, que avançaram em segundo e terceiro, respectivamente.

O jamaicano Nickel Ashmeade ficou com a segunda vaga direta da sua bateria (10s13), atrás do chinês Zhenye Xie (10s08). E a Jamaica, celeiro de velocistas, tem mais um representante nas semifinais. Naturalizado pelo Bahrein, Kemerley Brown também avançou para a próxima fase ao registrar 10s13 no cronômetro.

Detentor de seis medalhas olímpicas de ouro, Bolt não chegou à Olimpíada como o homem mais rápido da temporada e sua condição física preocupava. No papel, via os norte-americanos Justin Gatlin e Trayvon Bromell e o francês Jimmy Vicaut à frente. Sua preparação para os Jogos Olímpicos foi atrapalhada por uma contusão na coxa esquerda sofrida na seletiva jamaicana de atletismo, mas isso parece ter ficado no passado.

O rugido do estádio de Londres na tarde de 22 de julho de 2016, no exato momento em que Usain Bolt cruzou em primeiro a linha de chegada da prova dos 200m, foi o suspiro de alívio de milhões de torcedores, dos dirigentes da Iaaf e dos Jogos do Rio-2016.

A lenda do atletismo estava de volta. Bolt acabava de ganhar os 200 m da London Diamond League com um tempo de 19.89 segundos, provando estar em plena forma após uma lesão na coxa que o tirou das seletivas olímpicas da Jamaica. Tal é a importância do velocista de 29 anos, um dos rostos mais reconhecíveis do planeta e que carregará novamente nas costas a pressão pelo ouro olímpico.

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Todos esperam que 'O Raio' conquiste outras três medalhas de ouro nos 100, 200 e 4x100 m, como fez nos Jogos de Pequim-2008 e Londres-2012. Com outra performance indiscutível, passará de lenda a mito, algo que pouco atletas conseguiram fazer.

- De intimidado a intimidante

A pressão não parece intimidar Bolt, que desde os 14 anos compete internacionalmente. Ainda adolescente, Usain se tornou o campeão mais jovem da Iaaf ao vencer os 200 m no Campeonato Mundial Juvenil de Atletismo em 2002, sediado em Kingston, na Jamaica. Seis meses antes estava chorando em casa, porque, devido à timidez, não queria participar da competição. Com 14 anos e mais de 1,90 m de altura, acabou trazendo o ouro para casa nos 200 m com um tempo de 20.61 segundos.

Foi, porém, seu primeiro recorde mundial nos 100 m (9.72) em Nova York, em junho de 2008, que mudou a vida do jovem tímido, que deixou a zona rural da Jamaica carregando sapatilhas velhas e vestindo uma calça pequena demais para suas longas extremidades. Hoje, convertido em um dos maiores ícones de um esporte que clama por exemplos positivos e boas notícias, se prepara para disputar os Jogos Olímpicos pela quarta vez.

- 'O Raio' Bolt

Muitos o viam como um especialista dos 200 m e acreditavam que, por sua estatura e força física, Bolt faria a transição para a prova dos 400 m. Mas sua velocidade sustentada, técnica e espírito competitivo o mantiveram no mais alto do ranking mundial nos 100 e 200 m nos últimos oito anos, um recorde de longevidade numa modalidade na qual a idade e as lesões costumam encurtar a vida útil do atleta.

Bolt é, por méritos próprios, o maior velocista da história, com os recordes mundiais nos 100 m (9.58) e 200 m (19.19) ambos de 2009, assim como no revezamento 4x100 m. Também engrossam sua lenda as seis medalhas de ouro olímpicas, as 11 de ouro em Campeonatos Mundiais e uma longa lista de feitos no mundo inteiro.

Apesar de ser considerado por muitos um extraterrestre, Bolt mostrou ser feito de carne e osso, dando sinais de fragilidade, produto de anos colocando o corpo no limite, o que o obriga a visitar periodicamente a renomada clínica do especialista alemão em medicina esportiva Hans-Wilhelm Müller-Wohlfahrt. O preço a pagar por seu corpo após anos disparando pelas pistas poderia ser a aposentadoria após o Mundial de 2017.

Mesmo não conseguindo quebrar nenhum dos próprios recordes desde 2009, Bolt afirmou diversas vezes que dedicará mais tempo e treinamento a seu primeiro amor, os 200 m, e colocou como meta superar o próprio recorde mundial no Rio.

De volta às pistas depois da lesão muscular que o tirou das seletivas jamaicanas para os Jogos Olímpicos do Rio, Usain Bolt venceu na sexta-feira (22) a prova dos 200 m da etapa de Londres da Liga de Diamante com o quinto melhor tempo do ano.

Correndo com vento contra de três metros por segundo, o "Raio" completou a distância em 19 segundos e 89 centésimos, sete décimos acima de seu recorde mundial (19.19). Foi apenas a primeira prova de 200 m de Bolt nesta temporada.

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A prova, que gerou muita expectativa para ver o condicionamento físico do homem mais rápido do mundo, aconteceu em clima tenso, por causa de duas largadas em falso: a primeira, queimada pelo americano Sean McLean, e a segunda, adiada porque outro atleta não estava pronto.

Sem impressionar, Bolt venceu a prova com facilidade, na frente do panamenho Alonso Edward (20.06) e do britânico Adam Gemili (20.07), mostrando que tem tudo para lutar pelo tricampeonato no Rio. "Ainda não estou totalmente em forma, preciso trabalhar mais, mas vou ficar bem. Não fui perfeito na hora da curva, mas pelo menos não senti dores. Isso é o mais importante", reagiu o jamaicano. "Estou preparado para defender meus títulos olímpicos", resumiu.

Recorde do 100 m barreiras quebrado

Mais cedo, o francês Jérémy Vicaut venceu os 100 m em 10.02. Na prova dos 100 m com barreiras, a americana Kendra Harrison bateu um recorde mundial de 18 anos ao vencer em 12.20. A marca anterior pertencia à búlgara Yordanka Donkova, que correu em 12.21 no dia 20 de agosto de 1988.

Por incrível que pareça, Harrison não poderá lutar pelo ouro olímpico no Rio, por ter terminado apenas em sexto lugar nas seletivas americanas da modalidade. "Eu tinha muita raiva dentro de mim para tentar vencer de novo depois da decepção das seletivas. Já fiquei feliz com a vitória, mas quando vi o tempo, foi uma sensação muito forte. Sou muito abençoada e quero agradecer a Deus", vibrou a americana. "É óbvio que esse recorde deixa o fato de não ir ao Rio ainda mais difícil para mim, mas vou torcer pelas meninas que conseguiram a vaga e vou assistir às competições na TV, com minha família", completou.

Atual campeão olímpico do salto com vara, o francês Renaud Lavillenie, recordista mundial indoor da modalidade (6,16 m), venceu a prova com salto de 5,90 m.A equipe brasileira de revezamento 4x400 m feminino ficou em segundo lugar, com tempo de 42.59, ficando atrás somente das anfitriãs britânicas (41.81).

A etapa de Londres continua no sábado (23), com a participação de Fabiana Murer, principal chance de medalha do Brasil no atletismo, no salto com vara feminino.

- Principais resultados dessa sexta-feira (22) na etapa de Londres da Liga de Diamante:

MASCULINO

100 m (vento: +0,4 m/s)

1. Jimmy Vicaut (FRA) 10.02

2. Isiah Young (EUA) 10.07

3. Churandy Martina (HOL) 10.10

4. Marvin Bracy (EUA) 10.11

5. Julian Forte (JAM) 10.11

6. Chijindu Ujah (GBR) 10.16

7. Richard Kilty (GBR) 10.16

8. Mike Rodgers (EUA) 10.19

9. Kim Collins (SKN) 12.08

100 m

. Série 2 (vento: +0,3 m/s)

1. Jimmy Vicaut (FRA) 9.96

200 m:

1. Usain Bolt (JAM) 19.89

2. Alonso Edward (PAN) 20.04

3. Adam Gemili (GBR) 20.07

4. Bruno Hortelano (ESP) 20.18

5. Christophe Lemaitre (FRA) 20.27

6. Brendon Rodney (CAN) 20.37

7. Daniel Talbot (GBR) 20.38

8. Nickel Ashmeade (JAM) 20.51

800 m:

1. Pierre-Ambroise Bosse (FRA) 1:43.88

2. Brandon McBride (CAN) 1:43.95

3. Ferguson Rotich Cheruiyot (QUE) 1:44.38

4. Nijel Amos (BOT) 1:44.66

5. Jeffrey Riseley (AUS) 1:45.13

6. Thijmen Kupers (HOL) 1:45.23

7. Erik Sowinski (EUA) 1:45.35

8. Mark English (IRL) 1:45.36

Milha:

1. Silas Kiplagat (QUE) 3:53.04

2. Timothy Cheruiyot (QUE) 3:53.17

3. Vincent Kibet (ITA) 3:53.19

Salto triplo:

1. Christian Taylor (EUA) 17,78 m

2. Chris Carter (EUA) 16,89

3. Dong Bin (CHN) 16,85

4. Chris Benard (EUA) 16,73

5. Alexis Copello (CUB) 16,63

6. Harold Correa (FRA) 16,56

Salto com vara:

1. Renaud Lavillenie (FRA) 5,90 m

2. Sam Kendricks (EUA) 5,83

3. Kévin Ménaldo (FRA) 5,75

4. Tobias Scherbarth (ALE) 5,65

5. Robert Renner (SLO) 5,65

6. Pawel Wojciechowski (POL) 5,65

7. Robert Sobera (POL) 5,40

FEMININO

400 m:

1. Shaunae Miller (BAH) 49.55 (MPM)

2. Stephenie Ann McPherson (JAM) 50.40

3. Natasha Hastings (EUA) 50.49

4. Francena McCorory (EUA) 50.73

5. Christine Ohuruogu (GBR) 51.05

6. Floria Guei (FRA) 51.39

1500 m:

1. Laura Muir (GBR) 3:57.49

2. Sifan Hassan (HOL) 4:00.87

3. Merat Bahta Ogbagaber (ERI) 4:02.62

4. Laura Weightman (GBR) 4:02.66

5. Axumawit Embaye (ETH) 4:03.05

6. Amanda Eccleston (EUA) 4:03.25

7. Eilish McColgan (GBR) 4:03.74

8. Linden Hall (AUS) 4:03.81

100 m com barreiras:

1. Kendra Harrison (EUA) 12.20 (recorde mundial)

2. Brianna Rollins (EUA) 12.57

3. Kristi Castlin (EUA) 12.59

4. Nia Ali (EUA) 12.63

5. Alina Talay (BLR) 12.66

6. Tiffany Porter (GBR) 12.70

7. Anne Zagre (BEL) 12.94

8. Jessica Ennis-Hill (GBR) 13.04

400 m com barreiras:

1. Dalilah Muhammad (EUA) 53.90

2. Sara Petersen (DIN) 54.33

3. Wenda Theron Nel (AFS) 54.47

4. Eilidh Child (GBR) 54.70

5. Jaide Stepter (EUA) 54.96

Revezamento 4x100 m:

1. Grã-Bretanha 41.81

2. Brasil 42.59

3. França 42.84

4. Grã-Bretanha 43.16

5. Suíça 43.43

6. Polônia 44.14

Salto em altura:

1. Ruth Beitia (ESP) 1,98 m

2. Mirela Demireva (BUL) 1,95

3. Katarina Johnson-Thompson (GBR) 1,95

4. Kamila Licwinko (POL) 1,95

5. Levern Spencer (LCA) 1,92

6. Eleanor Patterson (AUS) 1,92

7. Alyxandria Treasure (CAN) 1,92

. Morgan Lake (GBR) 1,92

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