Tópicos | vacinação infantil

Uma publicação em que o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, chamava a vacinação de crianças contra a covid-19 de "infanticídio", foi removida pelo Twitter nessa segunda-feira (10). Além dela, outras 10 publicações em tom negacionista foram removidas pela rede.  

Ao entrar no perfil do "conselheiro" bolsonarista, é possível ver uma sequência de publicações sinalizadas por irem contra a política de uso do Twitter. A punição foi considerada branda por muitos usuários, que subiram a hashtag "#DerrubaMalafaia", pedindo o banimento da conta do pastor. 

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A postagem de Malafaia alegava não haver motivo para vacinar crianças contra a covid. "Vacinar crianças é um verdadeiro infanticídio. Os números provam que não há necessidade de fazer isso", escreveu o pastor. No último dia 16, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação do imunizante da Pfizer para a faixa etária entre cinco e 11 anos. Desde então, o pastor, que é alinhado com o presidente Jair Bolsonaro (PL), também é contra a vacinação infantil, adotou o discurso antivax.

Captura de tela do tuíte feito por Malafaia, agora deletado. Foto: Reprodução/Twitter

Além da comprovação da Anvisa, órgãos fiscalizadores de outros países, como Alemanha, Estados Unidos e Dinamarca, já liberaram o uso de imunizantes contra a covid-19 em crianças. Alguns estados brasileiros já devem começar a vacinar esse público entre os dias 17 e 19 deste mês. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), em nota, reforçou que mais de 300 crianças já morreram por Covid-19 no Brasil e que o número de infectados aumenta diariamente, reforçando a necessidade da vacinação. 

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) expediu, neste domingo (19), um ofício em que solicita proteção policial a seus servidores, bem como a apuração por parte da Polícia Federal, Procuradoria-Geral da República e governo federal a respeito das ameaças virtuais que vem recebendo, sobretudo nas últimas 24 horas. Os ataques teriam aumentado após a autorização da vacina contra Covid-19 para crianças de cinco a 11 anos.

No documento, a direção da Anvisa explica que após o comunicado público feito informando sobre a liberação e subsequente  aviso do presidente à imprensa sobre o pedido extraoficial com o nome das pessoas responsáveis por tal aprovação, diretores e servidores do órgão foram “surpreendidos” por ameaças em suas redes sociais. Os fatos foram encaminhados ao ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, ministro da Justiça, procurador-Geral da República, diretor- Geral da Polícia Federal e superintendente Regional da Polícia Federal no Distrito Federal.

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A agência diz temer que os servidores sejam "alvo de ações covardes e criminosas" e afirma que mesmo diante de "eventual e futuro acolhimento dos pleitos" manifesta uma grande preocupação". A solicitação expedida neste domingo (19) seria um reforço a uma anterior emitida no último mês de novembro, quando o órgão recebeu os primeiros ataques. 

A turminha do Mundo Bita resolveu engrossar o coro pela importância da vacinação infantil. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Pfizer, o personagem ‘bigodudo’ e seus amigos lançam, nesta sexta (4), a música É hora de tomar a vacina. A canção chega acompanhada por um clipe animado, já disponível no canal do YouTube do grupo. 

Na música, de caráter informativo e muito lúdico, a turma do Bita assegura que as vacinas são sinônimo de proteção e cuidado e encoraja os pequenos a encararem a “agulhinha”. “Uma picadinha só, tem pro vovô, tem pra vovó. Todo mundo está contente, nada de ficar doente, é sempre tempo de cuidar de quem a gente ama”, diz a canção. 

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A nova música do Mundo Bita chega em um momento em que a população se divide entre esperar pela vacina contra o coronavírus e driblar as fake news acerca da importância da vacinação. Segundo pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência, a pedido da Pfizer, no Brasil, 60% dos pais não sabem ou acham que é falsa a afirmação de que a vacinação contra gripe e doenças pneumocócicas ajuda no diagnóstico da Covid-19, ao permitir descartar estas doenças.

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