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Termina nesta quinta-feira (22) o prazo para a solicitação da segunda via impressa do título de eleitor. Para obter o documento, o eleitor  precisa estar em situação regular com a Justiça Eleitoral e comparecer ao cartório eleitoral com um documento oficial de identificação, além do comprovante de residência dos três últimos meses. O documento é impresso na hora. No caso de pessoas do sexo masculino, também é necessário comprovar a quitação com o Serviço Militar Obrigatório.

Quem perder o prazo não precisa se preocupar, já que também pode acessar a versão digital do título pelo aplicativo e-título. O app pode ser baixado para smartphone ou tablet , nas plataformas iOS ou Android. Após baixá-lo, basta inserir os dados pessoais. Para o eleitor que ainda não fez o cadastro biométrico, é necessário apresentar documento oficial com foto sempre que for utilizar o título digital.

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Caso o eleitor não saiba o número do título, pode consultar o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio do nome, CPF e data de nascimento. Entre as vantagens do e-título, está o acesso às informações na Justiça Eleitoral, como situação eleitoral, local de votação, consulta de débitos, emissão de guias para pagamentos e cadastro como mesário voluntário. Diferentemente da via tradicional, a versão eletrônica tem a foto do eleitor, além de dados sobre o cadastramento biométrico e um QR Code para validação na zona eleitoral.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 terá duas modalidades, a impressa e a digital. Este é o segundo ano de aplicação da modalidade digital do exame. Nesta edição, as duas versões serão nas mesmas datas – 21 e 28 de novembro – e os itens das provas e o tema da redação, iguais.

A versão impressa ainda concentra a maior parte dos candidatos. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 3.109.762 estão inscritos no Enem 2021. Destes, 3.040.871 farão a prova impressa e 68.891, a digital.

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O Enem digital foi aplicado pela primeira vez no início deste ano, na edição de 2020. Naquela  edição, porém, tanto as provas quanto as datas de realização foram diferentes das do Enem impresso. Em meio à pandemia, cerca de 70% dos inscritos não compareceram ao exame. A intenção é que, ano a ano, mais candidatos façam a prova no computador e que, até 2026, o Enem se torne totalmente digital.

Da mesma forma que os candidatos do Enem impresso, os inscritos para o formato digital devem ir até o local de prova, onde terão um computador disponível para fazer o exame. As máquinas terão acesso apenas à prova. Os candidatos também devem levar caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, pois a redação, no primeiro dia do exame, é feita em papel. No segundo dia de prova, os estudantes receberão folhas de rascunho para fazer, à mão, caso desejem, os cálculos das provas de matemática e ciências da natureza.

O sistema apresenta algumas facilidades: a marcação das questões é feita em tela, não é preciso, portanto, preencher o cartão de respostas ao final da prova; é possível navegar entre as questões e marcar aquelas que ainda não estão preenchidas e fazer anotações em tela. O Inep disponibilizou um tutorial no Youtube.

O coordenador de ensino médio do CEL Intercultural School, Rômulo Braga, que fez o Enem digital 2020, diz que gostou do modelo. “Eu sou muito habituado a mexer em tela, então, para mim, foi a mesma experiência, não senti dificuldade nenhuma.”

Braga destaca que o Enem digital é exatamente igual ao impresso. “Só muda do papel para a tela do computador, e fica uma questão por tela, mas há possibilidade de ir entre as questões, de rascunhar em cima. A diferença pedagógica é praticamente nenhuma. A grande questão é que vai fazer em frente ao computador.”

Já o professor de história do Colégio Mopi, Rafael Duarte, recomenda que os alunos façam a inscrição na modalidade impressa. “A prova [digital] ainda tem caráter experimental, e a gente tem preparado os alunos para a versão impressa.” A recomendação é que os estudantes anotem as questões em que tiveram mais dificuldade para depois voltarem mais facilmente a elas e também que reservem um tempo para preencher o cartão de respostas.

Dicas

Na reta final, o preparo para o exame, em ambas as versões, é semelhante, afirmam os professores. “O ideal agora é focar em exercícios, simulados e em provas antigas. Dentro do limite do tempo e da disponibilidade que cada estudante tem, ele deve procurar as provas do primeiro dia de exame para ter modelos de questões -- provas de linguagens, ciências humanas e redação –  e cronometrar o tempo para fazer as provas. Pensar em estratégias de prova, entender como lidar com questões difíceis”, recomenda Duarte.

Na página do Inep, estão disponíveis as provas e os gabaritos de anos anteriores. 

Um dia antes do exame, a dica é descansar e ficar atento a recomendações como não comer nada pesado, dormir bem à noite, não estudar na manhã do dia da prova, para evitar estresse e conservar a saúde mental antes da prova, diz Braga.

Rafael Duarte lembra que, na semana passada, o clima foi de apreensão e insegurança entre os estudantes, por causa de demissões ocorridas no Inep. “O ideal é agora focar na preparação, esquecer esse ambiente conturbado e tentar não se influenciar pela atmosfera de incerteza”, diz. “É bom o aluno focar na prova e continuar a preparação dele para o Enem porque essa preocupação não vai trazer um resultado positivo.”

Enem 2021

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o presidente do Inep, Danilo Dupas Ribeiro, descartou a possibilidade de riscos quanto à realização do Enem. “Reforço que as aplicações [do Enem] estão garantidas, pois as fases preparatórias já foram concluídas, restando a distribuição das provas para a sua aplicação", disse. “As provas estão prontas, e as equipes já foram capacitadas. Está tudo certo, não se preocupem”.

O Enem classifica estudantes para vagas em instituições  públicas de ensino superior pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para entrada em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep. 

O exame será aplicado nos dias 21 e 28 de novembro. No primeiro dia, os estudantes farão as provas de linguagens, ciências humanas e redação. No segundo, matemática e ciências da natureza. Os locais de prova estão disponíveis no Cartão de Confirmação de Inscrição na Página do Participante

Neste domingo (24), será realizado o segundo dia da versão impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em que os candidatos farão provas de Ciências da Natureza e matemática. Com o objetivo de auxiliar os feras, o curso preparatório NCN Educacional realizará neste sábado (23), às 16h, uma revisão para o exame, com professores de biologia e matemática. A transmissão será realizada pelo canal do NCN no YouTube, neste link.

A revisão contará com a participação dos professores de biologia Eric Gustavo e Maxuel Barreto, de matemática Arthur Alves e das docentes de química Gabriela Sá e de física Michelle Paiva. A aula conterá dicas, previsão das questões e possíveis questões. Em caso de dúvidas, o estudante pode enviá-las durante a transmissão pelo chat do YouTube e após pelo perfil do Instragram do NCN.

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A versão impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 foi realizada neste domingo (17). Para comentar sobre as questões de sociologia e filosofia, o LeiaJá, em parceria com o projeto multimídia Vai Cair No Enem realizou uma live com os professores Hilton Rosa e Salviano Feitosa, de sociologia, e Pedro Botelho,  Cristiane Pantoja e Carla Ribeiro, de filosofia.

Vale pontuar que no primeiro dia da provas do Enem, os participantes responderam a 45 questões de Ciências Humanas, 45 questões de Linguagens, além da redação. 

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Segundo o  professor Hilton Rosa, o Enem trouxe questões interdisciplinares e, com isso, pode tanto abranger no âmbito da história ou da filosofia. Ele ainda diz que “as questões de sociologia não fogem da relação do que o Enem vinha tratando nas últimas edições. Os eixos tradicionais começaram a ser trabalhados”, comentou.

Durante a live, o professor escolheu a questão 59 da prova branca para resolver e explicar. Confira:

Questão 59 da prova branca do Enem 2020

É difícil imaginar que nos anos 1990, num país com setores da população na pobreza absoluta e sem uma rede  de benefícios sociais em que se apoiar, um governo possa abandonar o papel de promotor de programas de geração de emprego, de assistência social, de desenvolvimento da infraestrutura e de promoção de regiões excluídas, na expectativa de que o mercado venha algum dia a dar uma resposta adequada a tudo isso. 

Nesse contexto, a criticada postura dos governos frente à situação social do país coincidiu com a priorização de que medidas?

A) Expansão dos investimentos nas empresas públicas e nos bancos estatais. 

B) Democratização do crédito habitacional e da aquisição de moradias populares. 

C) Enxugamento da carga fiscal individual e da contribuição tributária empresarial. 

D) Reformulação do acesso ao ensino superior e do financiamento científico nacional. 

E) Reforma das políticas macroeconômicas e dos mecanismos de controle inflacionário.

Gabarito: E 

“Essa questão vem trazendo o Brasil em relação a essas questões das disparidades econômicas e sociais dentro de sua estrutura social, onde uma camada mais pobre fica demarcada pelo processo de exclusão. Esse processo de exclusão fica bastante notório, e aí ele vai justamente exigir essas questões de como isso foi priorizado”, explica o professor Hilton Rosa. 

Ele ainda acrescenta que “na década de 90, a partir de 1º de julho de 1994, a implantação do plano real eliminou o fantasma da inflação que era aquela que causava o aumento de preços”, disse. 

O professor ainda explica que a resposta é a letra E porque a reforma de políticas macroeconômicas favorece a questão de importação e desenvolvimento da indústria nacional para exportação e consumo interno; além dos mecanismos de controle inflacionário que através desse plano econômico conseguiu estabilizar a questão da moeda.

O professor Salviano Feitosa optou por comentar a questão de número 75, também da prova branca. Segundo ele, o quesito traz no seu enunciado uma abordagem dos movimentos sociais, porém, antes de identificar esses movimentos sociais, o texto apresenta algumas reflexões válidas. Confira:

Questão 75 da prova branca do Enem 2020

A propriedade compreende, em seu conteúdo e alcance, além do tradicional direito de uso, gozo e disposição por parte do titular, a obrigatoriedade do atendimento de sua função social, cuja definição é inseparável do requisito obrigatório do uso racional da propriedade e dos recursos ambientais que lhe são integrantes. O proprietário, como membro integrante da comunidade, se sujeita a obrigações crescentes que, ultrapassando os limites do direito de vizinhança, no âmbito do direito privado, abrangem o campo dos direitos da coletividade, visando o bem-estar geral, no âmbito do direito público.

Os movimentos em prol da reforma agrária, que atuam com base no conceito de direito à propriedade apresentado no texto, propõem-se a: 

A) Reverter o processo de privatização fundiária. 

B) Ressaltar a inviabilidade da produção latifundiária.

C) Defender a desapropriação dos espaços improdutivos. 

D) Impedir a produção exportadora nas terras agricultáveis. 

E) Coibir o funcionamento de empresas agroindustriais no campo. 

Gabarito: C

“A questão apresenta algo que é inerente ao que se refere a cidadania e direitos que é a perspectiva de que geralmente se tem direitos que são conflitantes. O direito à propriedade muitas vezes vai entrar em conflito com o direito à moradia e direito à dignidade. Porém, a questão não é sobre o direito a dignidade, moradia ou propriedade, mas sim ao que é reivindicado por movimentos sociais em prol da reforma agrária", explica Salviano.

Para o professor Pedro Botelho, a prova do Enem foi muito parecida com a do ano passado, mas as questões de filosofia deixaram a desejar. “Senti falta de algumas questões de filosofia. Mas de todo modo, foram questões fáceis, que não exigiu muito do aluno”, disse. 

Durante a live do Vai Cair no Enem, Pedro escolheu comentar sobre a questão 65 da prova branca. “Quando falamos do pensamento Aristotélico em relação à política, relações humanas e sociais, a gente sempre encontra o conceito de filia (justiça), eudaimonia, que é a questão da felicidade, do bem supremo; que é a finalidade de todas as ações humanas”, comentou. 

Confira a questão abaixo:

Questão 65 da prova branca do Enem 2020

Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhe parece um bem; se todas as comunidades visam algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens. 

No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que associa dois elementos essenciais à discussão sobre a vida em comunidade, a saber: 

A) Ética e política, pois conduzem à eudaimonia. 

B) Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos na ágora. 

C) Metafísica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira. 

D) Democracia e sociedade, pois se referem a relações sociais. 

E) Geração e corrupção, pois abarcam o campo da physis.

Gabarito: A 

O professor comenta que “o Aristóteles sempre esteve muito envolvido com a questão da descoberta da finalidade das coisas. Qual é a finalidade do veneno? É matar; perguntando isso para os homens, qual é a finalidade da vida humana? o Aristóteles diz: a eudaimonia”, disse.

Já para a Professora Carla Ribeiro, a prova foi bastante interessante, construída, uma prova bem feita. Segundo ela, “alguns conteúdos que acreditávamos que por ventura não pudessem aparecer, estavam lá. Confesso que senti falta da parte mais conteudista que tem sido uma tendência da prova de filosofia do Enem”, disse. 

"Se compararmos a prova da edição de 2019 que cobrou efetivamente o olhar de cada pensador, por exemplo, tivemos muitas questões sobre a filosofia contemporânea; e nessa edição de 2020 ela passeou bastante no contexto da modernidade”, completou.

 Questão 61 da prova branca do Enem 2020

Adão, ainda que supuséssemos que suas faculdades racionais fossem inteiramente perfeitas desde o início, não poderia ter inferido da fluidez e transparência da água que ela o sufocaria, nem da luminosidade e calor do fogo que este poderia consumi-lo. Nenhum objeto jamais revela, pelas qualidades que aparecem aos sentidos, nem as causas que o produziram, nem os efeitos que dele provirão; e tampouco nossa razão é capaz de extrair, sem auxílio da experiência, qualquer conclusão referente à existência efetiva de coisas ou questões de fato.

Segundo o autor, qual é a origem do conhecimento humano? 

A) A potência inata da mente.

B) A revelação da inspiração divina.

C) O estudo das tradições familiares.

D) A vivência dos fenômenos do mundo

E) O desenvolvimento do raciocínio abstrato

Gabarito: D

“Essa é uma questão fácil porque é uma pergunta direta: Segundo o autor, qual a origem do conhecimento humano?”, comentou a professora. “O conhecimento para os empiristas se origina na experiência, é preciso experienciar para coletar através dos sentidos as informações que a experiência fornece”, expliocou Carla.

A professora Cristiane Pantoja também escolheu uma questão de filosofia da prova do Enem para comentar e resolver juntos com os feras.

Questão 84 da prova branca do Enem 2020

Em “ A Morte de Ivan Ilitch”, Tolstoi descreve com detalhes repulsivos o terror de encarar a morte iminente. Ilitch adoece depois de um pequeno acidente e logo compreende que se encaminha para o fim de modo impossivel de parar. “Nas profundezas de seu coração, ele sabia estar morrendo, mas em vez de se acostumar com a ideia, simplesmente não o fazia e não conseguia compreendê-la”.

O texto descreve a experiência do personagem de Tolstoi diante de um aspecto incontornável de nossas vidas. Esse aspecto foi um tema central na tradição filosófica 

A) Marxista, no contexto do materialismo histórico.

B) Logicista, no propósito de entendimento dos fatos. 

C) Utilitarista, no sentido da racionalidade das ações. 

D) Pós-modernista, na discussão da fluidez das relações.

E) Existencialista, na questão do reconhecimento de si. 

Gabarito: E

“A gente fala de um livro do Tolstoi, um existencialista literário. O Ivan é um funcionário público do século XIX e adoece, então ele vai começar a perceber o que é a vida dele mediante a morte. Engraçado que ele é um homem bem sucedido, privilegiado, por ser um funcionário público no século XIX. Ele se vê questionando a vida, inclusive a vida dele é pautada muito no outro. Muito mais da visão do que o outro define ele e não exatamente o que ele quer”, esclareceu a professora. 

“A questão correta é a letra E porque trata o reconhecimento de si, o reconhecimento de uma vida. Quando falamos do existencialismo em si, a gente pensa em anos depois da 2º Guerra Mundial, onde vai se reafirmar valores do indivíduo, aqueles valores da liberdade”, explicou Pantoja.

“Essa é uma questão prática, direta e fácil. Qualquer aluno que bater o nome  Tolstoi, bateu no existencialismo”, acrescentou a professora.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixera (Inep) informou, nesta quarta-feira (6), que mais de 2,2 milhões  de candidatos acessaram o cartão de confirmação de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. 

"Mais de 2,2 milhões de inscritos na versão impressa Enem 2020 acessaram o Cartão de Confirmação de Inscrição até as 9h desta quarta-feira, 6 de janeiro. A quantidade de acessos equivale a 38,5% dos 5.687.271 inscritos no exame impresso, nas primeiras 24 horas de disponibilização do documento", disse o Inep. 

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As provas do Enem 2020 serão realizadas nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa) e em 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 (versão digital). Considerando as duas versões, o Inep confirmou 5.783.357 inscrições para o exame. O cartão de confirmação de inscrição dos participantes da versão digital estará disponível em 15 de janeiro. 

O documento também contém número de inscrição, data, hora e local de prova, além de registrar que o participante deve contar com determinado atendimento especializado, assim como tratamento pelo nome social, caso essas solicitações tenham sido feitas e aprovadas. Apesar de não ser obrigatório, o Inep recomenda que o inscrito leve o cartão nos dias de aplicação. 

O documento pode ser acessado na Página do Participante. É importante lembrar que o inscrito deve, obrigatoriamente, cadastrar-se no portal do Governo Federal. O login e a senha únicos são necessários para acessar o cartão.

O Diário Oficial da União (DOU) deixará de ter sua versão impressa e terá apenas a versão digital, a partir do dia 1º de dezembro. Com a mudança, as leis portarias e decretos publicados diariamente pela Imprensa Nacional poderão ser acessados apenas pelos computadores, tablets e celulares.

A comercialização de assinaturas e vendas avulsas da publicação impressa será finalizada no dia 30 de novembro. A publicação já teve 90 mil exemplares impressos por dia e chegou este ano com cerca de 6 mil cópias impressas distribuídas em todas as unidades do país.

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No aniversário de 209 anos da Imprensa Nacional, em maio deste ano, diretor-geral do órgão, Pedro Antônio Bertone, disse que ainda em 2017 o DOU deixaria de ser distribuído fisicamente, atendendo a demandas que vão desde a facilidade do uso de dispositivos eletrônicos a questões de sustentabilidade. 

Um grupo de artistas, produtores culturais e leitores está recolhendo assinaturas para demandar da Prefeitura do Recife a volta da impressão da Agenda Cultural do Recife, revista mensal com os eventos culturais da cidade que completa 22 anos de existência no próximo mês de agosto. Desde outubro de 2015, o conteúdo da Agenda só pode ser acessado pela internet. A publicação tem também um blog, no qual publica outros conteúdos.

A Agenda Cultural chegou a ter uma tiragem mensal de 30 mil exemplares, distribuídos gratuitamente. Desde 2014, vinha saindo com 10 mil exemplares mensais. Nos últimos oito meses, apenas a edição de Carnaval foi impressa. "Em 2 dias, as 10 mil voaram. A procura é muito grande, as pessoas já estão habituadas a buscar a Agenda", disse, ao Portal LeiaJá, o editor da revista, Manoel Constantino.

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O jornalista, que edita a Agenda Cultura desde a primeira edição, há mais de duas décadas, afirma que a prefeitura alega falta de recursos, e que a gestão teria prometido que a situação é temporária. Para ele, "O abaixo-assinado indica que as pessoas estão ligadas na Agenda". "Recebemos muitos telefonemas das pessoas perguntando se a agenda saiu", conta.

O jornalista, ator e pesquisador de teatro Leidson Ferraz se mostra indignado com a interrupção da impressão do periódico: "Eu não entendo como uma gestão consegue destruir o único veículo de fato que ela tem para se comunicar com o cidadão e o turista". O uso da Agenda pelas pessoas que visitam o Recife (cuja cultura é o principal atrativo turístico) é ressaltado por Leidson. "Quem vem de fora a usa para se programar culturalmente", resume.

O abaixo-assinado usa como principal argumento o cumprimento do Plano Municipal de Cultura, instituído pela Lei nº 17.576 de 2009, que determina a disponibilização do informativo tanto em versão digital quanto impressa. Confira o documento que está recolhendo assinaturas.

Dentre os que já assinaram o documento, alguns deixaram comentários e justificativas. "É de grande importância para a cultura do Recife o retorno imediato da Agenda Cultural do Recife impressa", escreveu Oséas Borba Neto, autor de teatro. A fotógrafa Gláucia Bruce afirma que a publicação dá "visibilidade a artistas locais de forma gratuita e democrática". "É de grande importância a Agenda Cultural para divulgação da programação cultural do Recife", resumiu a produtora Karina Hoover.

Procurados por meio da assessoria, os representantes da Fundação de Cultura Cidade do Recife, órgão responsável pela publicação da Agenda Cultural do Recife, não se posicionaram sobre a interrupção e uma possível volta da impressão da revista.

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