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A atriz Paolla Oliveira, famosa pelo teu talento nas telinhas e seu corpo escultural, publicou uma mensagem desejando um feliz ano novo para os seus seguidores. Nela, Paola falou sobre recomeço, além de comentar o que leva de aprendizado do ano de 2023 para 2024.

"Esse foi ano foi como um mar lindo e revolto. Aprendi que tirar cascas faz a gente encontrar coragem. Que tem coisa que a gente precisa enfrentar de frente e que pra todas as outras é assimilar que não comandamos mesmo muita coisa nessa vida", diz um dos trechos da postagem.

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Rapidamente, o carrossel de fotos de Paolla rendeu vários comentários de famosos e desconhecidos. "Linda, feliz tudo", disse a também atriz Fernanda Paes Leme. "Essa mulher tem algum defeito? Pelo amor de Deus, nunca vi uma pessoa assim", emendou uma fã.

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A filosofia do longo prazo, principal ideologia do Vale do Silício, centraliza os debates sobre o papel da Inteligência Artificial (IA) na extinção da humanidade. No entanto, seus críticos alertam que ela não abrange os problemas associados a esta nova tecnologia, como os roubos de dados e o enviesamento dos algoritmos.

O bilionário Elon Musk e o diretor-executivo da OpenAI, Sam Altman, surpreenderam quando alertaram em uma carta aberta que a IA representava um risco de extinção para a humanidade.

Seus críticos consideraram, entretanto, que os empresários fizeram o pronunciamento com a intenção de afirmar que somente seus projetos poderiam apresentar uma salvação.

As ideologias associadas à filosofia do longo prazo, como o transumanismo - a crença de que os seres humanos podem ser transformados com a tecnologia - ou o altruísmo eficaz (criar o máximo de bem-estar possível) já exercem uma influência considerável nas universidades anglo-saxônicas e no setor tecnológico.

Peter Thiel e Marc Andreessen são dois dos grandes investidores que começaram a financiar empresas que procuram prolongar a vida humana.

Simultaneamente, cresce o número de críticos destas correntes, que, em termos gerais, se concentram na melhoria do bem-estar da humanidade a longo prazo, em vez de focar nos indivíduos de hoje. Para estes opositores, a ameaça é clara: ela exerce muita influência nos debates públicos e pode ser perigosa.

- Alertas -

O escritor e historiador Emile Torres abraçou esta corrente ideológica no passado, mas agora é um de seus maiores críticos.

Em uma entrevista à AFP, alertou que a filosofia do longo prazo tem como base os mesmos princípios que justificaram assassinatos em massa e genocídios no passado.

Os defensores desta ideologia se projetam em um futuro distante em que milhões de pessoas viajarão ao espaço para colonizar novos planetas. Também acreditam que se deve ter o mesmo dever com cada um destes futuros humanos, assim como com qualquer um dos que vivem hoje. E como são tantos, eles têm muito mais peso que a humanidade atual.

Para Torres, este raciocínio torna o longo prazo "verdadeiramente perigoso".

"Quando você tem uma visão utópica do futuro" e "as combina com uma moral utilitarista que diz que o fim pode justificar os meios, é perigoso", explica o autor do livro "Human Extinction: A History of the Science and Ethics of Annihilation" (Extinção humana: História da Ciência e a Ética da Aniquilação, em tradução livre).

Assim como outros especialistas, Torres busca redirecionar o debate para os problemas reais causados pela IA, como os direitos autorais, os preconceitos cognitivos ou a concentração de riqueza por um grupo de empresas.

Mas esse discurso, no entanto, esbarra nas opiniões cada vez mais alarmantes sobre o futuro, diz o autor.

"Falar sobre a extinção da humanidade, de um acontecimento verdadeiramente apocalíptico em que todos morrem, é muito mais emocionante do que falar sobre trabalhadores quenianos que recebem US$ 1,32 (cerca de R$ 7, na cotação atual) por hora" para moderar o conteúdo do IA, ressalta o historiador.

- Eugenia? -

A filosofia do longo prazo surgiu do trabalho do filósofo sueco Nick Bostrom sobre o risco existencial e o transumanismo nas décadas de 1990 e 2000.

De acordo com a pesquisadora Timnit Gebru, ex-membro da equipe de pesquisa sobre ética e IA do Google – que foi demitida – o transumanismo tem sido vinculado à eugenia (tentativa de "melhorar" a humanidade por meio da seleção genética) desde o seu início.

O biólogo britânico Julian Huxley, que assinou o termo, também era um teórico da eugenia. Bostrom também foi, por muito tempo, acusado de apoiar este movimento.

O filósofo, que atualmente é presidente do Instituto para o Futuro da Humanidade da Universidade de Oxford, pediu desculpas em janeiro após admitir ter escrito publicações racistas na internet na década de 1990.

"Sou a favor da eugenia? Não, não no sentido em que o termo é geralmente entendido", disse ele na época.

Um grupo de estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) prestou uma denúncia de assédio na tarde desta terça-feira (28). Segundo os alunos, um homem que estava presente em um evento do curso de filosofia no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) filmou e tirou fotos de uma mãe amamentando seu bebê. O suspeito foi levado pela polícia e presta depoimento.

Yasmin Gomes, estudante de filosofia da universidade, detalhou os relatos que recebeu do aluno que presenciou tudo. De acordo com a testemunha, o homem esteve presente primeiro no Centro de Educação (CE) da UFPE, onde fez comentários violentos em relação ao assédio de mulheres.

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“O assediador foi em encontro a três pessoas, duas alunas e um aluno. Ao se aproximar, questionou se podia fazer algumas perguntas. Uma delas foi ‘por que as mulheres podem assediar os homens e os homens não podem assediar as mulheres?’ O assediador acrescentou com ‘as mulheres sempre estão em poses eróticas e ainda querem que eu ainda reprima os meus desejos’,” conta Yasmin.

Após a primeira situação, o homem seguiu para o CFCH, onde foi acusado de gravar e tirar fotos de uma mãe que estava amamentando seu filho. Após a denúncia, os estudantes ficaram observando o caso do lado de fora da recepção do CFCH. Ingrid de Lima, discente da UFPE, contou que a situação foi uma medida de segurança do próprio corpo estudantil.

“Assim que os estudantes começaram a apontar o homem como assediador, os seguranças da universidade agiram para protegê-lo de alguma agressão física, porque a galera estava com os ânimos bem exaltados. E como esses seguranças andam armados, houve essa divisão do pessoal do lado de fora como uma tentativa de proteger os próprios estudantes”, explica Ingrid.

A aluna, junto com relatos de outros amigos, afirma que a situação não é incomum e que gera medo nos estudantes. “Esse não é o primeiro caso que acontece. Toda semana tem estudantes relatando assédio no CFCH. Essa foi a única vez que pegaram o cara, mas sempre tem“, afirma a universitária.

A presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Débora Karolayne, diz que as denúncias oficializadas são muito poucas. “Existem boatos sobre recorrência [de casos de assédio] sempre, no entanto como nunca é denunciado nas ouvidorias, não fica registrado. Nós enquanto movimento estudantil é quem nos aproximamos para tanto assegurar a vítima, quanto para fazer a denúncia em nome do DCE”, relata.

Débora contou ao LeiaJá que a segurança da UFPE acompanhou as vítimas para depor na delegacia. Em nota, a universidade confirmou que recebeu a denúncia e que sua Superintendência de Segurança Institucional (SSI) esteve em contato com as vítimas. Leia a nota na íntegra:

“A Universidade Federal de Pernambuco foi acionada, através de seus canais institucionais, sobre ocorrência no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), no início da tarde de hoje (28.03). 

A Superintendência de Segurança Institucional - SSI atuou no sentido de conter o suspeito e informar a Polícia Militar que, por sua vez, encaminhou o mesmo para a Delegacia da Mulher com a finalidade de apurar o caso. A SSI ofereceu suporte às vítimas no acompanhamento até a unidade policial.

A Administração Central está acompanhando a situação e permanece à disposição para colaborar com o que for solicitado. A UFPE repudia todo e qualquer caso de violência contra a mulher, em seus espaços institucionais e fora dele; e trabalha para construção de uma sociedade inclusiva, livre de preconceitos, discriminações e violências.”

É isso mesmo, você não leu errado. Apesar dos estereótipos que costumam marginalizar e minimizar o funk nacional, o estilo pode ser usado como ferramenta de reflexão, conscientização e aprendizado. Vários artistas do gênero se debruçam sobre questões profundas da vida humana em seu trabalho, em busca de conhecimento e crescimento pessoal - tal qual fazem os filósofos diplomados - porém, valendo-se de letras construídas com linguagem acessível e beats que convidam a elaborar até a mais íntima das problemáticas do ser. 

A relação do som com a filosofia foi objeto de estudo de vários dos mais importantes pensadores da humanidade. Para Platão (Atenas 427-347 a.C), a música seria um “meio poderoso” capaz de enriquecer a alma e iluminar aquele que busca por uma “verdadeira educação.” Já Aristóteles (Estagira 384-322 a.C) acreditava que o suporte seria capaz de formar personalidades, enquanto Pitágoras (c. 570 s.C - 493 a.C), filósofo grego considerado o primeiro teórico a versar sobre o tema, acreditava que sons e melodias revelavam a harmonia fundamental do universo.

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Assim sendo, nada melhor do que muita música para  celebrar o Dia Mundial da Filosofia - ramo do saber que busca a essência de tudo que existe no mundo. E por que não um bom ‘pancadão’ para embalar os pensamentos de uma forma bastante brasileira e acessível. Para tanto, o LeiaJá preparou uma playlist com funks que podem ser estímulo à reflexão sobre aqueles problemas que, de tão humanos, podem ser encontrados em qualquer espaço habitado, independente de classe social, gênero, raça ou credo.  

É para abrir os ouvidos, mas sobretudo, a mente e, como se diz pelas quebradas em que o funk ecoa livremente, ‘castelar’. Dá o play e reflita. 

Rap da Felicidade - Cidinho & Doca 

Um clássico do funk nacional, o Rap da Felicidade fez grande sucesso em meados dos anos 1990. A música, da dupla Cidinho & Doca, fala sobre a dicotomia entre a tristeza e a felicidade entre os moradores de favela e aborda, ainda, questões sociais, como a violência e como elas implicam na existência do ser humano. 

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Novo Império - WK Chefe

Refletindo sobre presente, futuro e passado, WK Chefe canta sobre como a passagem do tempo pode influenciar o seu modo de existir no mundo. 

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Fazer média pra pobre na televisão - MC Dandara 

Aqui, a lenda viva do funk nacional MC Dandara, dá uma verdadeira aula de consciência moral e social. 

Eu amo minha quebrada - MC Daleste

Eternizado como uma das maiores vozes do funk consciente no Brasil, o MC Daleste - falecido em 2013 -, versa sobre pertencimento e identificação em ‘Eu amo minha quebrada’. Além disso, a canção fala sobre laços afetivos, autoestima e territorialidade. 

Quero ser feliz - Vilão da Norte

Tendo como referência o clássico de Cidinho e Doca, já citado nessa lista, Vilão da Norte canta sobre um dos sentimentos que costumam nortear a humanidade: a felicidade. 

Abre o Olho - Matheus Perverso

Em 'Abre o Olho’, o artista pernambucano rima sobre inspiração, superação e força de vontade, questões inerentes ao ser humano. 

Desabafo - MC Louco

Erros e acertos fazem parte da construção da personalidade do ser e é sobre isso que canta o pernambucano MC Louco no funk ‘Desabafo’.

Tenho fé  - MC Daniel

Em uma elaboração filosófica, a fé pode ser veículo para se chegar à razão e vice e versa. O tema é bastante presente nas letras de funk e também tem sido cantado por uma das revelações do segmento, o MC Daniel. 

Friedrich Nietzsche (1844-1900) tornou-se um dos principais filósofos da filosofia moderna. Sua obra influenciou diversos filósofos e, atualmente, é possível enxergar a forte influência de suas obras em diversas produções. A obra de Nietzsche foi adaptada para diversas mídias, como o cinema, livros, séries e outros.

Na matéria de hoje, conheça cinco obras que se inspiraram na vida e obra de Friedrich Nietzsche, apresentando os conceitos chave de sua filosofia como, por exemplo, o conceito do eterno retorno, da potência/vontade de poder, do "ubermensch", entre outros.

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Confira:

Dias de Nietzsche em Turim - (2011)

Um ensaio cinematográfico, sem diálogos, sobre os meses que o filósofo alemão Friedrich Nietzsche passou em Turim, na Itália, com narração citada por seus escritos originais.

Quando Nietzsche Chorou - (2007)

Friedrich Nietzsche, o maior filósofo da Europa, está no limite de um desespero suicida, incapaz de encontrar cura para as insuportáveis enxaquecas que o afligem. O filme apresenta os diálogos fictícios entre Josef Brauer, Nietzsche e Sigmund Freud.

O Cavalo de Turim - (2011)

O filme é uma recriação do que teria ocorrido com um cavalo após ter sido salvo da tortura pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche durante uma viagem a Turim, na Itália. O animal de um fazendeiro se recusava a comer e a andar e por isso seria alvo de crueldade.

Humano, Demasiado Humano: Nietzsche (2019)

O filósofo deseja que o leitor conheça o autêntico valor da vida. Para isso, ele o ensinará a pensar "de forma diferente do que se espera dele''. Isso significa até negar sua origem, seu meio, sua posição e ofício, além dos pontos de vista dominantes de sua época.

 

 

Jean-Paul Sartre (1905-1980) foi um filósofo, escritor e dramaturgo francês. Sartre é autor de dezenas de livros, tendo em sua obra clássicos da filosofia contemporânea como “O ser e o nada”. Sartre foi fortemente influenciado por pensamentos filosóficos que derivaram da escola alemã de Nietzsche e Heidegger, além da influência da fenomenologia do filósofo matemático alemão Edmund Hasserl.

Sartre é considerado um dos maiores pensadores da filosofia existencialista. A leitura de clássicos desde a juventude despertou-lhe um espírito criativo. A ausência de uma figura paterna repressiva, alinhada a uma presença mais branda (de seu avô) proporcionaram a Sartre, como o autor costumava dizer, um espírito mais livre.

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Suas primeiras produções literárias começaram em 1921, quando Sartre entra para o Liceu Louis-le-Grand. Lá Sartre inicia uma amizade com o filósofo Henri Bergson. Em 1924, entrou para o curso de Filosofia da Escola Normal Superior de Paris, onde conheceu outro intelectual que viria a marcar o século XX, o filósofo e cientista político Raymond Aron.

De todos os intelectuais com que Sartre teve contato em seus primeiros anos de estudos acadêmicos, a então estudante de filosofia Simone de Beauvoir foi quem mais o marcou. Simone viria, mais tarde, tornar-se uma referência em estudos sobre filosofia existencialista, questões de gênero e também sobre feminismo.

Conheça a seguir três obras para iniciar o contato com a obra de Sartre:

Jean-Paul Sartre | Documentário Humano, demasiado humano – BBC

Direção: Alain de Botton | Ano: 1999 | Duração: 47min.

Jean-Paul Sartre (1905 – 1980) estudou na Escola Normal de Paris e em Berlim, onde recebeu a influência de Husserl e Heidegger. Desenvolveu uma filosofia existencialista em obras como O ser e o nada (1943) e O existencialismo é um humanismo (1946). Nela, aprofunda temas como a liberdade humana, a angústia e as paixões. Em 1945, fundou, com Merleau-Ponty, a revista Les Temps Modernes. Entre sua produção literária, estão A náusea (1938) e a trilogia “Os caminhos da liberdade“, composta de A idade da razão (1945), Sursis (1947) e Com a morte na alma (1949), assim como suas obras de teatro Mortos sem sepultura (1946) e Entre quatro paredes (1945).

Compreender Sartre - Gary Cox

Jean-Paul Sartre é um dos filósofos mais lidos do século XX e hoje é considerado por muitos leitores, como "cult", um ícone cujas idéias continuam fazendo efetivamente parte do presente. Compreender Sartre é uma obra que vai além do conceito de existencialismo e das obras que o revelam, é um livro para todas as pessoas que querem se aprofundar e entender Sartre como filósofo, não como celebridade, sobretudo é um texto voltado para aqueles que vêem a filosofia como uma fonte de crescimento pessoal.

A náusea - Jean Paul Sartre

A náusea é o primeiro romance de Jean-Paul Sartre, considerado pela crítica e pelo próprio autor o mais perfeito de sua sempre inquieta e inovadora carreira. O protagonista desta história é o intelectual pequeno-burguês Antoine Roquentin, símbolo de uma geração que descobre, horrorizada, a ausência de sentido da vida.

Em um diário, o personagem passa, então, a catalogar impiedosamente todos os seus sentimentos, que culminam em uma sensação penetrante e avassaladora: a náusea. Publicado pela primeira vez em 1938, o livro foi um marco na ficção existencialista e é até hoje um dos textos mais famosos da literatura francesa do século XX. Esta edição conta com prefácio inédito de Caio Liudvik, pós-doutor em Filosofia e autor de Sartre e o pensamento mítico.

 

Nesta quinta-feira (18) é celebrado o Dia Mundial da Filosofia. A data foi instituída em 2005 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e, desde então, passou a ser comemorada na terceira quinta-feira do mês de novembro. Vale lembrar que a data celebra o pensamento filosófico como componente essencial na cultura, e também visa manter a memória de grandes nomes da história como Sócrates, Platão e Aristóteles.

De acordo com Jelson Oliveira, filósofo, professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a filosofia pode ser compreendida como um reservatório da cultura humana. “Por tratar dos problemas centrais da vida humana ao longo dos tempos, ela guarda um conjunto de questões e de tentativas de respostas que ajudaram a humanidade a compreender o mundo, os outros seres e o próprio lugar do ser humano no universo”. Oliveira ressalta dizendo que esta lógica acontece há séculos e perdura até os dias de hoje, ajudando a humanidade a encontrar respostas por meio do pensamento lógico.

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A partir disso, a filosofia pode ser entendida como um horizonte da liberdade, e segundo o especialista, ela serve como atitude de vida, e como opção pelo pensamento. “Embora todos possamos pensar, nem todos escolhem o pensamento. É nisso que a Filosofia pode nos ajudar e com ela teremos encontrado os caminhos para uma vida mais plena”. Neste sentido, a filosofia mostrou ter papel fundamental em vários períodos da história, seja para entender a origem da natureza, a importância da vida humana na sociedade, os questionamentos acerca de Deus, além da relação entre igreja e estado.

Desta forma, é possível mapear como a filosofia é um dos tripés para o mundo seguir em evolução. Segundo Oliveira, um mundo sem filosofia, é um mundo sem cultura, sem capacidade de pensamento, sem seres humanos plenamente realizados. “É um mundo entregue unicamente aos instintos naturais, aos comandos da necessidade, é um mundo sem liberdade e sem nenhum horizonte de sentido. Um mundo sem Filosofia seria um mundo habitado por seres que jamais teriam alcançado o progresso cultural e que estaria desprovido de qualquer capacidade de avaliação sobre os rumos de suas vidas”, explica.

Por conta disso, o especialista destaca que a filosofia não possui idade certa para ser aplicada, já que todos os seres humanos precisam ter pensamento crítico. “Alguém já escreveu que cedo ou tarde, a vida há de transformar a todos em filósofos, porque a vida exige de nós essa reflexão profunda que a filosofia oferece. Nem que seja na velhice, quando a gente olha para trás e avalia o que fizemos com o nosso tempo. Já disseram também que o tempo é o principal tema da Filosofia e que aprender a filosofar não é mais do que aprender a morrer”, reflete.

A importância de uma data

Para o especialista, ter uma data comemorativa como o Dia Mundial da Filosofia ajuda a relembrar temas e sentimentos que acabam sendo esquecidos na correria do cotidiano. “Um Dia Mundial da Filosofia só faz sentido se ele nos ajudar a refletir sobre os problemas da Filosofia e, quem sabe, nos inspirar a pensar um pouco mais sobre nós mesmos, sobre o que estamos fazendo com o tempo de vida que nos cabe viver”, finaliza.

 

 

A Universidade Federal de Pernambuco anunciou a realização de seleção para o Programa de Pós-graduação em Filosofia (PPGFilosofia) para o ano letivo 2022. O edital do processo seletivo foi divulgado, na última quinta-feira (14), por meio do Boletim Oficial da UFPE. As inscrições têm início no dia 25 de outubro e seguem até 5 de novembro mediante o pagamento da taxa no valor de R$ 50.

A seletiva para o curso de mestrado em filosofia conta com 16 vagas e três etapas: avaliação dos projetos de dissertação, defesa do projeto e análise do currículo Lattes. Para este processo seletivo, as linhas de pesquisa são ontologia e linguagem, ética e política e fenomenologia e hermenêutica. 

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Os aprovados serão divulgados em 22 de dezembro. Já o período de matrícula será de acordo com o calendário do SIGAA/PROPG-UFPE. Mais informações sobre a seleção podem ser obtidas através do e-mail selecao.posfilosofia@ufpe.br

Com apoio do Núcleo do Mestrado Profissional em Filosofia (Prof-Filo) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Coordenação Geral da Prof-Filo da, Universidade Federal do Paraná (UFPR), está com inscrições abertas para seleção de Mestrado Profissional em Filosofia. São ofertadas, no total, 199 vagas em 16 universidades públicas de todas as regiões do Brasil, entre elas, a UFPE. As candidaturas se encerram no dia 27 deste mês, devendo ser feitas por meio do preenchimento de formulário on-line

A UFPE disponibilizará 20 oportunidades para o processo seletivo de professores de filosofia que estão em exercício na educação básica, especialmente os que atuam em escolas das redes públicas de educação. Entre as instituições contempladas, além da UFPE e da UFPR, estão: Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) e Universidade Federal do Piauí (UFPI), entre outras.

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O processo seletivo do núcleo do Prof-Filo da UFPE será realizado de 6 de outubro a 6 de dezembro. Mais detalhes sobre a seleção podem ser encontradas no portal da UFPR. Para obter mais informações, o interessado pode entrar em contato pelo e-mail prof.filosofia@ufpr.br.

O Dia do Filósofo comemorado hoje (16), visa homenagear o profissional responsável por se aprofundar e pesquisar sobre a vida humana, política, religião, valores, moral e ética. Na história da humanidade, muitos foram os filósofos que contribuíram com a sociedade, entre eles, Platão, Aristóteles e Sócrates, que além de apresentar ao mundo suas ideias, serviram de inspiração para futuros aprendizes.

De acordo com o professor, educador popular na União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (Uneafro) e mestre em Filosofia pela Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH-Unifesp), Diogo Dias, a filosofia se destaca nos momentos em que a humanidade se encontra em crise, uma vez que são as contradições que fortalecem os debates e permitem novas descobertas. “A crise se torna uma grande fonte de reflexão para a filosofia. Estamos em uma época em que se agravaram as contradições do sistema de reprodução capitalista, o que ele traz em relação à exploração da natureza e dos homens pelos homens”, aponta.

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Segundo o professor, todos os debates que abrangem o campo da esfera pública, se utilizam das questões filosóficas como plano de fundo. “A filosofia possibilita a nós, fazer uma reflexão mais rigorosa sobre o que vivenciamos. Acredito que essa é a grande contribuição que ela pode nos oferecer, em tempos em que todas as ideias parecem estar em risco”, esclarece Dias, que  ressalta ainda que também é preciso analisar quais ideias serão mantidas e quais devem ser substituídas.

Atualmente, Dias pontua que o debate filosófico contribui com a sociedade no momento em que eleva a consciência das pessoas, sobre a situação as quais vivem e suas reais possibilidades. A principal crítica da filosofia gira em torno da mensagem que cerca algumas propagandas ou publicidades. "Às vezes também aparece em algumas culturas empresariais, que não consideram algumas questões, para que as pessoas saibam fazer suas próprias avaliações e escolherem o melhor caminho, de acordo com suas próprias condições”, afirma.

Campos Profissionais

No Brasil, a docência é a principal área de atuação da filosofia, tanto nos níveis básicos como superiores. Dias explica que muitos cursos de humanas ou de artes, também inserem disciplinas de filosofia em suas grades curriculares. Além disso, o profissional também pode atuar em campos atrelados à arte e cultura; seguir o caminho da pós-graduação, orientação de mestrados e doutorados; ou se tornar um pesquisador. “Infelizmente no Brasil, sofremos um abandono nos investimentos do campo da pesquisa, que também impacta a filosofia”, lamenta.

Para aqueles que desejam seguir uma carreira na filosofia, o professor orienta a se abrir ao processo de formação e transformação que o estudo do conhecimento pode oferecer. De acordo com Dias, esse processo dependerá da experiência individual de cada um. “Ao mesmo tempo, várias ideias que temos serão abaladas. Muitas vezes, como um mecanismo de defesa, as pessoas se fecham para as ideias que a filosofia traz”, exemplifica.

Dias aconselha a buscar por leituras, independente de suas vertentes, sejam de direita, esquerda ou conservador; absorver esses conteúdos; pensar por si próprio e conversar com os colegas da graduação para compartilhar as ideias. “Também deve-se manter o senso crítico, de não aceitar nada como uma verdade absoluta, antes de haver uma mediação ou questionamento. Além claro, de desenvolver o gosto pela leitura e pela escrita, que junto ao desenvolvimento das ideias, são grandes materiais de trabalho para os filósofos”, finaliza.

O ‘Sons da Aprovação’, podcast do projeto Vai Cair No Enem, chega neste domingo (2) a mais uma edição. Nesta semana, o professor Salviano Feitoza explica os pensamentos de Heráclito e Parmênides, em uma aula de filosofia antiga.

Durante a aula, o professor aborda as mudanças pelas quais passamos ao longo da nossa vida. Feitoza destaca a ideia de que estamos em constantes alterações que marcam momentos importantes da trajetória de cada indivíduo. Ouça agora:

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Produzido por Elaine Guimarães e editado por James William, o ‘Sons da Aprovação’ é apresentado por Marcele Guimarães. O podcast está disponível no Spotify e no youtube.com/vaicairnoenem.

Em maio, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) abrirá inscrições para 79 oportunidades em cursos de mestrado e doutorado, nas áreas de arquitetura e urbanismo, enfermagem, filosofia e física. As candidaturas serão realizadas por meio do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa) da instituição, durante o período indicado pelos editais de cada processo seletivo.

Atualmente, a instituição recebe inscrições para 82 vagas nos cursos de engenharia elétrica e engenharia mecânica.

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Nos editais, há a possibilidade de conferir o número de vagas para cada curso, para ampla concorrência e cotas; se há ou não taxa de inscrição, e caso haja, o período para solicitar a isenção do pagamento; documentação exigida; e áreas de concentração e linhas de pesquisa às quais os projetos devem atender; assim como também constam detalhes sobre as etapas das seleções; critérios para aprovação e classificação; prazos para recursos; datas de divulgação dos resultados e de matrícula; entre outras informações.

É possível acessar aos editais clicando no nome de cada programa de especialização a seguir.

Vagas que serão abertas:

Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo

Cursos: mestrado e doutorado

Número de vagas: 24

Período de inscrições: 10/05 a 21/05;

 

Programa de Pós-graduação em Filosofia

Cursos: mestrado

Número de vagas: 25

Período de inscrições: 14/05 a 13/06;

 

Programa de Pós-graduação em Física

Cursos: mestrado e doutorado

Número de vagas: 18

Período de inscrições: 04/05 a 21/05;

 

 

Programa de Pós-graduação em Enfermagem

Cursos: doutorado

Número de vagas: 12

Período de inscrições: 03/05 a 07/05.

 

 

Vagas abertas atualmente:

Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica

Cursos: mestrado

Número de vagas: 24

Período de inscrições: até 31 de maio;

 

 

Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica

Cursos: mestrado e doutorado

Número de vagas: 58

Período de inscrições: até 30 de setembro.

Com informações da página oficial da UFPB.

 

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O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital, realizado neste domingo (31), teve provas de Linguagens e Ciências Humanas, além da redação. Para o professor Marcos Otoch, as questões que abordavam tanto filosofia quanto sociologia estavam fáceis.

"Prova tranquila para o fera que se preparou. As temáticas abordadas são temáticas recorrentes", disse. "Foram questões fáceis, muitas vezes com textos de apoio que contêm a resposta", completou.

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Entre os assuntos abordados, o professor destaca filosofia medieval, sofistas e democracia. "São conteúdos que todos os anos se fazem presentes na parte de filosofia e sociologia ", afirmou Otoch.

Em entrevista ao LeiaJá, o professor Athur Lira também fez uma análise da prova. Ouça o comentário do docente no áudio a seguir:

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A versão impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 foi realizada neste domingo (17). Para comentar sobre as questões de sociologia e filosofia, o LeiaJá, em parceria com o projeto multimídia Vai Cair No Enem realizou uma live com os professores Hilton Rosa e Salviano Feitosa, de sociologia, e Pedro Botelho,  Cristiane Pantoja e Carla Ribeiro, de filosofia.

Vale pontuar que no primeiro dia da provas do Enem, os participantes responderam a 45 questões de Ciências Humanas, 45 questões de Linguagens, além da redação. 

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Segundo o  professor Hilton Rosa, o Enem trouxe questões interdisciplinares e, com isso, pode tanto abranger no âmbito da história ou da filosofia. Ele ainda diz que “as questões de sociologia não fogem da relação do que o Enem vinha tratando nas últimas edições. Os eixos tradicionais começaram a ser trabalhados”, comentou.

Durante a live, o professor escolheu a questão 59 da prova branca para resolver e explicar. Confira:

Questão 59 da prova branca do Enem 2020

É difícil imaginar que nos anos 1990, num país com setores da população na pobreza absoluta e sem uma rede  de benefícios sociais em que se apoiar, um governo possa abandonar o papel de promotor de programas de geração de emprego, de assistência social, de desenvolvimento da infraestrutura e de promoção de regiões excluídas, na expectativa de que o mercado venha algum dia a dar uma resposta adequada a tudo isso. 

Nesse contexto, a criticada postura dos governos frente à situação social do país coincidiu com a priorização de que medidas?

A) Expansão dos investimentos nas empresas públicas e nos bancos estatais. 

B) Democratização do crédito habitacional e da aquisição de moradias populares. 

C) Enxugamento da carga fiscal individual e da contribuição tributária empresarial. 

D) Reformulação do acesso ao ensino superior e do financiamento científico nacional. 

E) Reforma das políticas macroeconômicas e dos mecanismos de controle inflacionário.

Gabarito: E 

“Essa questão vem trazendo o Brasil em relação a essas questões das disparidades econômicas e sociais dentro de sua estrutura social, onde uma camada mais pobre fica demarcada pelo processo de exclusão. Esse processo de exclusão fica bastante notório, e aí ele vai justamente exigir essas questões de como isso foi priorizado”, explica o professor Hilton Rosa. 

Ele ainda acrescenta que “na década de 90, a partir de 1º de julho de 1994, a implantação do plano real eliminou o fantasma da inflação que era aquela que causava o aumento de preços”, disse. 

O professor ainda explica que a resposta é a letra E porque a reforma de políticas macroeconômicas favorece a questão de importação e desenvolvimento da indústria nacional para exportação e consumo interno; além dos mecanismos de controle inflacionário que através desse plano econômico conseguiu estabilizar a questão da moeda.

O professor Salviano Feitosa optou por comentar a questão de número 75, também da prova branca. Segundo ele, o quesito traz no seu enunciado uma abordagem dos movimentos sociais, porém, antes de identificar esses movimentos sociais, o texto apresenta algumas reflexões válidas. Confira:

Questão 75 da prova branca do Enem 2020

A propriedade compreende, em seu conteúdo e alcance, além do tradicional direito de uso, gozo e disposição por parte do titular, a obrigatoriedade do atendimento de sua função social, cuja definição é inseparável do requisito obrigatório do uso racional da propriedade e dos recursos ambientais que lhe são integrantes. O proprietário, como membro integrante da comunidade, se sujeita a obrigações crescentes que, ultrapassando os limites do direito de vizinhança, no âmbito do direito privado, abrangem o campo dos direitos da coletividade, visando o bem-estar geral, no âmbito do direito público.

Os movimentos em prol da reforma agrária, que atuam com base no conceito de direito à propriedade apresentado no texto, propõem-se a: 

A) Reverter o processo de privatização fundiária. 

B) Ressaltar a inviabilidade da produção latifundiária.

C) Defender a desapropriação dos espaços improdutivos. 

D) Impedir a produção exportadora nas terras agricultáveis. 

E) Coibir o funcionamento de empresas agroindustriais no campo. 

Gabarito: C

“A questão apresenta algo que é inerente ao que se refere a cidadania e direitos que é a perspectiva de que geralmente se tem direitos que são conflitantes. O direito à propriedade muitas vezes vai entrar em conflito com o direito à moradia e direito à dignidade. Porém, a questão não é sobre o direito a dignidade, moradia ou propriedade, mas sim ao que é reivindicado por movimentos sociais em prol da reforma agrária", explica Salviano.

Para o professor Pedro Botelho, a prova do Enem foi muito parecida com a do ano passado, mas as questões de filosofia deixaram a desejar. “Senti falta de algumas questões de filosofia. Mas de todo modo, foram questões fáceis, que não exigiu muito do aluno”, disse. 

Durante a live do Vai Cair no Enem, Pedro escolheu comentar sobre a questão 65 da prova branca. “Quando falamos do pensamento Aristotélico em relação à política, relações humanas e sociais, a gente sempre encontra o conceito de filia (justiça), eudaimonia, que é a questão da felicidade, do bem supremo; que é a finalidade de todas as ações humanas”, comentou. 

Confira a questão abaixo:

Questão 65 da prova branca do Enem 2020

Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhe parece um bem; se todas as comunidades visam algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens. 

No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que associa dois elementos essenciais à discussão sobre a vida em comunidade, a saber: 

A) Ética e política, pois conduzem à eudaimonia. 

B) Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos na ágora. 

C) Metafísica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira. 

D) Democracia e sociedade, pois se referem a relações sociais. 

E) Geração e corrupção, pois abarcam o campo da physis.

Gabarito: A 

O professor comenta que “o Aristóteles sempre esteve muito envolvido com a questão da descoberta da finalidade das coisas. Qual é a finalidade do veneno? É matar; perguntando isso para os homens, qual é a finalidade da vida humana? o Aristóteles diz: a eudaimonia”, disse.

Já para a Professora Carla Ribeiro, a prova foi bastante interessante, construída, uma prova bem feita. Segundo ela, “alguns conteúdos que acreditávamos que por ventura não pudessem aparecer, estavam lá. Confesso que senti falta da parte mais conteudista que tem sido uma tendência da prova de filosofia do Enem”, disse. 

"Se compararmos a prova da edição de 2019 que cobrou efetivamente o olhar de cada pensador, por exemplo, tivemos muitas questões sobre a filosofia contemporânea; e nessa edição de 2020 ela passeou bastante no contexto da modernidade”, completou.

 Questão 61 da prova branca do Enem 2020

Adão, ainda que supuséssemos que suas faculdades racionais fossem inteiramente perfeitas desde o início, não poderia ter inferido da fluidez e transparência da água que ela o sufocaria, nem da luminosidade e calor do fogo que este poderia consumi-lo. Nenhum objeto jamais revela, pelas qualidades que aparecem aos sentidos, nem as causas que o produziram, nem os efeitos que dele provirão; e tampouco nossa razão é capaz de extrair, sem auxílio da experiência, qualquer conclusão referente à existência efetiva de coisas ou questões de fato.

Segundo o autor, qual é a origem do conhecimento humano? 

A) A potência inata da mente.

B) A revelação da inspiração divina.

C) O estudo das tradições familiares.

D) A vivência dos fenômenos do mundo

E) O desenvolvimento do raciocínio abstrato

Gabarito: D

“Essa é uma questão fácil porque é uma pergunta direta: Segundo o autor, qual a origem do conhecimento humano?”, comentou a professora. “O conhecimento para os empiristas se origina na experiência, é preciso experienciar para coletar através dos sentidos as informações que a experiência fornece”, expliocou Carla.

A professora Cristiane Pantoja também escolheu uma questão de filosofia da prova do Enem para comentar e resolver juntos com os feras.

Questão 84 da prova branca do Enem 2020

Em “ A Morte de Ivan Ilitch”, Tolstoi descreve com detalhes repulsivos o terror de encarar a morte iminente. Ilitch adoece depois de um pequeno acidente e logo compreende que se encaminha para o fim de modo impossivel de parar. “Nas profundezas de seu coração, ele sabia estar morrendo, mas em vez de se acostumar com a ideia, simplesmente não o fazia e não conseguia compreendê-la”.

O texto descreve a experiência do personagem de Tolstoi diante de um aspecto incontornável de nossas vidas. Esse aspecto foi um tema central na tradição filosófica 

A) Marxista, no contexto do materialismo histórico.

B) Logicista, no propósito de entendimento dos fatos. 

C) Utilitarista, no sentido da racionalidade das ações. 

D) Pós-modernista, na discussão da fluidez das relações.

E) Existencialista, na questão do reconhecimento de si. 

Gabarito: E

“A gente fala de um livro do Tolstoi, um existencialista literário. O Ivan é um funcionário público do século XIX e adoece, então ele vai começar a perceber o que é a vida dele mediante a morte. Engraçado que ele é um homem bem sucedido, privilegiado, por ser um funcionário público no século XIX. Ele se vê questionando a vida, inclusive a vida dele é pautada muito no outro. Muito mais da visão do que o outro define ele e não exatamente o que ele quer”, esclareceu a professora. 

“A questão correta é a letra E porque trata o reconhecimento de si, o reconhecimento de uma vida. Quando falamos do existencialismo em si, a gente pensa em anos depois da 2º Guerra Mundial, onde vai se reafirmar valores do indivíduo, aqueles valores da liberdade”, explicou Pantoja.

“Essa é uma questão prática, direta e fácil. Qualquer aluno que bater o nome  Tolstoi, bateu no existencialismo”, acrescentou a professora.

No domingo (17), primeiro dia da edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), versão impressa, os candidatos serão submetidos a questões de Ciências Humanas. Sociologia e filosofia estão no grupo de disciplinas da área, reunindo temáticas que levam os estudantes a refletirem e desenvolverem uma análise crítica.

De acordo com a ‘Coletânea Enem’, levantamento estatístico feito e divulgado pelo Sistema de Ensino Poliedro, o tema “sociologia contemporânea”, com percentual de 34,4%, é o mais cobrado nas últimas edições da prova de sociologia. Já em filosofia, conforme o mesmo estudo, o assunto mais corriqueiro é racionalismo moderno, com 24,3%. Confira, a seguir, os dados:

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Fonte: Coletânea Enem, do Sistema Poliedro de Ensino

Na análise da professora de sociologia, filosofia e história Thais Almeida, o Enem 2020 deverá manter o padrão de questões cobrado nas últimas edições. “A abordagem do Enem, há um tempo, vem de forma mais consolidada. Acredito que a prova terá a mesma estrutura dos últimos anos, com o mesmo tipo de abordagem dos outros exames. A tendência que a gente vem observando são textos mais analíticos, mais curtos, não é mais uma tendência trazer textos enormes. São textos curtos, mas que privilegiam uma visão analítica, crítica, problematizadora e, principalmente, interdisciplinar, com um diálogo muito grande entre as humanidades”, explica a docente. “Por isso, o aluno deve fazer questões que tragam uma perspectiva mais analítica dos assuntos, o que gosto de chamar de exercício de aplicação”, acrescenta.

A professora ainda destrincha, em entrevista ao LeiaJá, assuntos que, para ela, têm fortes chances de caírem no Enem. “De sociologia, com toda certeza, vão cair mundos do trabalho. Os aspectos relacionados a trabalho vêm caindo muito, não apenas em sociologia, mas também nos outros conteúdos de Humanas. Democracias estão sempre entre os assuntos que caem mais, os tipos, como funcionam e quais ganhos o Brasil teve, principalmente quando a gente considerada a Constituição de 1988 para cá”, comenta Thais Almeida.

Em filosofia, a docente traz os seguintes palpites: “Com toda certeza, os clássicos Sócrates, Platão e Aristóteles, com a questão da ética e moral, a discussão sobre a teoria do conhecimento e a discussão sobre as estruturas políticas. Os contratualistas são bem importantes, Thomas Hobbes, Jean-Jacques Rousseau. E ainda em filosofia, aposto sempre no debate sobre a filosofia moderna que traz a discussão epistemológica entre empiristas e racionalistas”.

Para ilustrar, com mais detalhes, uma abordagem característica do Enem, Thais Almeida respondeu uma questão no quadro ‘Vai Cair No Enem Resolve’, do projeto Vai Cair No Enem. Assista:

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O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se pais podem deixar de vacinar seus filhos menores de idade tendo como fundamento convicções filosóficas, religiosas, morais e existenciais. Por unanimidade, o Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral (Tema 1103) no Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1267879, que trata da matéria.

Convicções filosóficas

O recurso tem origem em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra os pais de uma criança, atualmente com cinco anos, a fim de obrigá-los a regularizar a vacinação do seu filho. Por serem adeptos da filosofia vegana e contrários a intervenções médicas invasivas, eles deixaram de cumprir o calendário de vacinação determinado pelas autoridades sanitárias.

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Interesse da criança

A ação foi julgada improcedente na primeira instância, com fundamento na liberdade dos pais de guiarem a educação e preservarem a saúde dos filhos (artigos 227 e 229 da Constituição Federal). O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), contudo, reformou a sentença e determinou, em caso de descumprimento da decisão, a busca e apreensão da criança para a regularização das vacinas obrigatórias. De acordo com o tribunal estadual, prevalecem, às convicções familiares, os interesses da criança e de sua saúde e os da coletividade.

Escolha informada

No RE, os pais argumentam que, embora não seja vacinada, a criança tem boas condições de saúde. Segundo eles, a escolha pela não vacinação é ideológica e informada e não deve ser considerada como negligência, mas excesso de zelo em relação aos supostos riscos envolvidos na vacinação infantil. Defendem que a obrigatoriedade da vacinação de crianças, prevista no artigo 14, parágrafo 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e em normas infralegais, deve ser sopesada com a liberdade de consciência, convicção filosófica e intimidade, garantidas na Constituição.

Estado x família

Ao se manifestar pela existência de repercussão geral da matéria, o relator do recurso, ministro Luís Roberto Barroso, observou que a controvérsia constitucional envolve a definição dos contornos da relação entre Estado e família na garantia da saúde das crianças e adolescentes, bem como os limites da autonomia privada contra imposições estatais. “De um lado, tem-se o direito dos pais de dirigirem a criação dos seus filhos e a liberdade de defenderem as bandeiras ideológicas, políticas e religiosas de sua escolha. De outro lado, encontra-se o dever do Estado de proteger a saúde das crianças e da coletividade, por meio de políticas sanitárias preventivas de doenças infecciosas, como é o caso da vacinação infantil”, explicou.

Para Barroso, o tema tem relevância social, em razão da natureza do direito requerido e da importância das políticas de vacinação infantil determinadas pelo Ministério da Saúde. A relevância política diz respeito ao crescimento e à visibilidade do movimento antivacina no Brasil, especialmente após a pandemia da Covid-19. Do ponto de vista jurídico, o caso está relacionado à interpretação e ao alcance das normas constitucionais que garantem o direito à saúde das crianças e da coletividade e a liberdade de consciência e de crença.

Da assessoria do STF

O Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFilosofia) do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), divulgou o edital de seleção para o curso de mestrado com ingresso em 2021. Interessados poderão se inscrever a partir do dia 21 de setembro através do envio da ficha de inscrição e da documentação presente no edital para o e-mail selecao.posfilosofia@ufpe.br.

A oportunidade está ofertando 15 vagas para o curso de mestrado nas seguintes linhas de pesquisa: “Ontologia e Linguagem”, “Ética e Política” e “Fenomenologia e Hermenêutica”. Para participar da seleção, os candidatos ainda devem custear uma taxa no valor de R$ 50.

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A seleção será composta por avaliação e defesa do projeto de dissertação, bem como avaliação curricular. O resultado final da seleção está previsto para o dia 9 de novembro.

O Campus Recife da UFPE fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária. Confira mais detalhes do programa através do edital.

Do despertar para a vocação até a licença para conduzir celebrações e liderar uma paróquia, o percurso é longo. A trajetória dos padres da Igreja Católica Apostólica Romana requer anos de estudo e dedicação aos mais necessitados. Além do conhecimento acadêmico e da fé, é a missão pastoral dos sacerdotes que os habilita a seguir um caminho próprio, que lhes permite a capacidade de guiar os adeptos do catolicismo na trilha do Evangelho.

Aos 71 anos, sendo 40 destes como sacerdote, o padre Dervile Alonço explica que teve parte dos estudos abreviados por ter concluído o curso superior em Biologia, antes de descobrir que seguiria o caminho pastoral. "O passo normal seria cursar três anos de Filosofia e depois mais quatro anos de Teologia. No meu caso, fiz apenas a Teologia com algumas matérias da Filosofia, então tive uma formação acadêmica um pouco diferente dos outros", conta.

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Para Alonço, a convivência com os presidiários do Pavilhão 5 na extinta Casa de Detenção, em São Paulo, enquanto cursava a segunda faculdade, deixou claro que sua trilha seria de dedicação aos que vivem à margem da sociedade. "Durante três anos, tínhamos um grupo de estudantes da Pontifícia Universidade Católica [PUC] que se ofereceu para dar aulas no sistema Paulo Freire para os presos. Foi uma experiência muito interessante para a minha formação", conta.

O padre Dervile Alonço | Foto: Arquivo Pessoal

Formado por meio da Teologia da Libertação, Alonço acredita que todo homem possa se tornar padre. "Isso desde que tenha uma amorosidade, uma convivência com os mais pobres. Não é ser padre para fazer uma carreira eclesiástica, e sim para um serviço àqueles que mais necessitam da nossa assistência", alerta. "Com o passar do tempo, vejo que a maior preocupação de muitos dos nossos seminaristas é com vestes, com a condição da paróquia que vão assumir e se vão ser respeitados enquanto autoridade. Nós não somos autoridades, somos servidores dos excluídos da sociedade", complementa.

Juventude no seminário

Foi em 2017 que o seminarista Lucas Martins, 20 anos, decidiu que seu caminho seria trilhado a partir do altar. A influência da família católica sempre o fez admirar a figura sacerdotal, mas jamais havia pensado em seguir dedicando-se ministério religioso. "Sempre participei da vida da minha comunidade, mas até os 17 anos nunca tinha me visto como padre. Foi nessa idade que comecei a sentir o desejo de seguir o caminho do sacerdócio", recorda.

A escolha exigiu discernimento para prosseguir na missão. "No início foi difícil, mas sendo acompanhado, pude perceber que Deus estava me chamando ao seminário para fazer um maior aprofundamento vocacional", conta Martins, que é seminarista da Diocese de Governador Valadares (MG).

O seminarista Lucas Martins | Foto: Arquivo Pessoal

O cotidiano do seminário apresenta algumas novidades para Martins, como a convivência com pessoas que mostram realidades diferentes da que ele vivera até então. "A primeira dificuldade é desgarrar da família, depois o convívio com pessoas diferentes, uma rotina de estudo muito mais exigente. Porém, todas as dificuldades valem a pena quando percebo que elas te fazem uma pessoa bem melhor", comenta.

Apesar de muito jovem, o seminarista não teme a mudança rápida e constante do mundo atual. "Isso vai exigir muito de mim, mas creio que chegará um dia que tantas mudanças serão uma provação. O maior de todos os desafios é não esmorecer, não deixar a chama da vocação se apagar", diz Martins que quer ser exemplo para os jovens. "Entre tantos sonhos, tenho o de ser uma referência para os jovens, em especial para aqueles que desejam seguir essa vocação também", complementa.

Visão da Teologia

Para o padre e teólogo Antonio Manzatto, um dos maiores desafios para os sacerdotes da atualidade é a manutenção da fidelidade ao que Jesus Cristo apregoou. "Ter fama, riqueza, privilégios, continuam sendo propostas da sociedade que não se coadunam com a perspectiva de serviço, com a afirmação da igualdade e com a solidariedade, que são exigidos de quem quer ser seguidor do Evangelho, mais ainda como agente de igreja", considera. Segundo ele, ser sacerdote é uma aptidão. "Todos podem viver a solidariedade com os pobres, é claro, mas na sua radicalidade, isso é uma vocação. Não é um dom que se acrescenta de fora pra dentro, mas uma perspectiva de vida que afirma que o sentido da existência não está em outro lugar que não no serviço aos mais pobres", explica Manzatto.

De acordo com o teólogo, as normas da Igreja Católica devem ser cumpridas à risca. Entretanto, não há motivo para que o regimento em voga seja similar às praticadas na Idade Média. "Quem vai ser padre, vai sê-lo no mundo contemporâneo, mas não adianta colocar regras medievais para quem vai ser formado hoje. Há normas, porque ninguém vai ser padre à sua maneira e será membro da Igreja, mas as condições de vida presbiteral hoje em dia estão em sintonia com a sociedade onde vivemos", finaliza Manzatto.

Números

Segundo o Vaticano, até o ano de 2017, era 414,5 mil o número de padres em todo o planeta. No Brasil, o último levantamento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2019 mostra 27,3 mil sacerdotes no país.

Audino Vilão, pseudônimo de Marcelo Marques, 18 anos, morador de Paulínia (SP) e estudante de História, tem tomado a internet com vídeos onde, de maneira simples e com linguagem da periferia, tem desmistificado representantes da Filosofia clássica, como Platão, Sócrates e René Descartes.

Com títulos criativos, como "Nietzsche: o famoso roba brisa" e "Traduzindo Karl Marx para gírias paulistas", ambos com mais de 140 mil visualizações, o estudante apresenta conteúdos complexos de maneira despretensiosa e didática.

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 "Eu sempre fui muito de ajudar o pessoal na escola", contou Audino (cujo nome vêm de um dos personagens do anime "Pokémon") em entrevista ao Hypeness, e completou, citando o pedagogo Paulo Freire (1921-1997): "Quando você tem uma docência horizontal, onde o aluno e o docente estão no mesmo patamar, dá certo, porque o aluno vai se sentir valorizado".

O estudante do quinto semestre foca em pensamentos e conteúdos filosóficos que são mais abordados nos vestibulares, além de disponibilizar os conteúdos de seus vídeos em escrito, para auxiliar na assimilação dos vestibulandos.

 

A cantora Shakira é mais um dos nomes que estão movimentando a mente durante o isolamento social. Em quarentena, a colombiana dividiu com os fãs a alegria de receber o seu certificado de filosofia. Compartilhando o documento da conclusão do curso on-line, Shakira participou das aulas proporcionadas pela Universidade da Pensilvânia, dos Estados Unidos. 

“Acabei de me formar no meu curso de quatro semanas de Filosofia Antiga na Universidade da Pensilvânia. Eu sei ... meus hobbies são práticos, mas ele levou muitas horas depois que as crianças estavam dormindo. Obrigado Platão e antecessores por toda a ‘diversão’ do mês passado!", escreveu a artista. Aproveitando esse tempo de combate ao coronavírus em sua casa, em Barcelona, com o marido Gerard Piqué e os filhos, Shakira recebeu os parabéns de internautas e famosos como Clarissa Molina. 

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