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Está na pauta de votação da Câmara Municipal do Recife, desta quarta-feira (5), o projeto de decreto legislativo que concede o título de cidadão recifense ao vice-presidente da República eleito, general Hamilton Mourão (PRTB). Para a concessão da honraria ser aprovada, serão necessários os votos de 24 dos 39 vereadores.

Na Casa José Mariano, a apreciação da proposta enfrentará a resistência de nomes de partidos de esquerda como o vereador Ivan Moraes (PSOL). O psolista já chegou a afirmar que conceder o título de recifense ao militar da reserva é uma “vergonha desnecessária”. “Óbvio que votarei e farei campanha contra. Essa é uma vergonha desnecessária”, declarou.

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Na linha de frente da defesa da entrega da honraria está o vereador Marco Aurélio (PRTB), autor do decreto. Para justificar a comenda ao correligionário, Aurélio lembrou que o general Mourão serviu no Recife por quase três anos na década de 80 e, além disso, os filhos dele, Renato e Antônio, nasceram na capital pernambucana.

"O general me disse que não esquece o Recife e que sempre vem aqui. Por isso, com a entrega do título, quem ganha é a nossa cidade”, afirmou o vereador.

Apesar da defesa, o histórico recente de declarações polêmicas ditas pelo general Hamilton Mourão pode pesar na hora da votação. O vice-presidente eleito na chapa de Jair Bolsonaro já defendeu a extinção do 13º salário, ligou o índio à 'indolência' e o negro à 'malandragem' e já chegou a dizer que pessoas criadas em casa apenas com mãe e avó, sem homens, são propensas a entrar no mundo do crime.

Cogitada para ser vice na chapa encabeçada pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) na disputa presidencial, a advogada Janaína Paschoal (PSL) afirmou, neste sábado (21), que está analisando a possibilidade em "absoluto silêncio". Em publicação no Twitter, a autora processo que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ponderou que deseja ajudar Bolsonaro a conquistar o comando do Palácio do Planalto, mas ainda não sabe se ocupando o cargo.

"Acredito que algumas decisões precisam ser tomadas em absoluto silêncio. Quero ajudar Bolsonaro a enfrentar todos esses ajustes que vêm sendo feitos às claras e também subrepticiamente. Resta saber se cargos são necessários", declarou Janaína.

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A expectativa, segundo informações de bastidores, é que ela e Bolsonaro tenham um encontro ainda neste sábado para definir se estará na chapa ou não, caso seja confirmada, o anúncio deve acontecer já neste domingo (22), quando acontecerá a convenção nacional do PSL. 

Antes de salientar que ainda estava analisando o convite, Janaína criticou o fato de o PRP ter negado o apoio a Bolsonaro e a possibilidade do general da reserva, Augusto Heleno, ser o vice dele. Augusto Heleno, segundo ela, gostaria de ser o vice, mas foi impedido pela legenda. "Duas pessoas têm empatia, querem trabalhar juntas, mas siglas as impossibilitam. É uma violência!", alfinetou.

Com isso, a magistrada reforçou sua defesa à candidaturas avulsas, ou seja, sem que o postulante esteja filiado a um partido. 

Janaína pediu aos seguidores para abstraírem a possibilidade de ela ser candidata a vice e criticou as estruturas partidárias atuais. Para ela, a cláusula de barreira, aprovada na última reforma eleitoral, não corrige "absurdos" e ainda fortalece grandes partidos.

Ela diz ainda que o sistema político "aniquila" a liberdade. "Seres humanos não podem ser negociados. Um sistema político partidário que aniquila a liberdade não tem como dar certo. No lugar de se discutir ideias, fazem-se negociatas. E todos parecem achar isso normal. Eu fico indignada", disparou.

*Com a Agência Estado

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