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Os brasileiros poderão fazer transferências via DOC até às 22 horas da próxima segunda-feira, 15 de janeiro, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A data marcará o encerramento da oferta da operação, existente há quase quatro décadas, e que se tornou obsoleta com a chegada ao mercado do Pix, o sistema de transferências instantâneas criado pelo Banco Central.

O encerramento foi comunicado pelos bancos no ano passado. Após o prazo final, não será mais possível fazer novos DOCs.

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Até lá, será possível agendar transações através desse meio de pagamento para liquidação até o dia 29 de fevereiro, que também será o último dia para que os bancos processem DOCs enviados pelos clientes.

O DOC foi criado pelo Banco Central em 1985. Através dele, os clientes fazem transferências para outras contas bancárias, mas a operação só é efetivada no dia útil seguinte em operações feitas até às 21h59 daquele dia. Se o DOC é feito a partir das 22 horas, só cai na conta do beneficiário no segundo dia útil seguinte.

Além do DOC, será extinta a TEC, criada pelo BC para que empresas pagassem salários e benefícios aos funcionários, mas que também caiu em desuso.

"Tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes e sua utilização vem caindo continuamente nos últimos anos", diz em nota o diretor adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria. "Os clientes têm dado preferência ao Pix, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado."

Mesmo antes do Pix, o DOC enfrentava a concorrência de um meio de transferência mais rápido: a TED, que foi criada em 2002 e que permite que o envio de dinheiro seja efetivado no mesmo dia caso a operação aconteça até às 17 horas.

A TED continuará existindo, e é um meio de pagamento popular para transferências de grandes valores.

A utilização do DOC vem caindo. No primeiro semestre do ano passado, o instrumento somou 18,3 milhões de operações, ou 0,05% das operações de pagamento feitas no País.

O Pix, com 17,6 bilhões de operações, os cartões de crédito e débito, com 8,4 bilhões casa, e a própria TED, com 448 milhões, ficaram à frente, de acordo com levantamento da Febraban.

Em novembro do ano passado, de acordo com o BC, as transferências via DOC movimentaram R$ 1,522 bilhão.

O Pix teve uma movimentação muito maior: R$ 1,741 trilhão.

A TED, por sua vez, movimentou R$ 3,135 trilhões.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, reafirmou, nesta tarde, em entrevista à GloboNews, que compete à Organização das Nações Unidas (ONU) a definição do Hamas como grupo terrorista. Segundo ele, o Brasil não pretende classificar o Hamas desta forma, e o governo vai continuar condenando qualquer ato de violência contra civis.

"O Brasil sempre acompanhou a posição do Conselho de Segurança da ONU. Nós não vamos mudar essa compreensão", disse, classificando o recente conflito como uma "situação específica" que não justifica classificar o Hamas como um grupo terrorista. "Nossa preocupação hoje é ajudar a promover a paz", afirmou Pimenta.

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Pela manhã, o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, secretário da África e do Oriente Médio, disse que uma possível classificação do Hamas como "grupo terrorista" pelo Brasil será debatida no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Condenamos desde o primeiro momento todo ato de violência contra civis", pontuou, dizendo que a posição do Brasil, acompanhando a ONU, ajuda a promover a paz. Segundo ele, a prioridade do governo é "garantir a vida e o repatriamento de cidadãos brasileiros na Cisjordânia e na Faixa de Gaza".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem sendo criticado por falta de uma posição e condenação enfática do governo federal contra o grupo terrorista.

O recesso parlamentar no Congresso não paralisou as discussões de bastidores sobre o destino da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro no segundo semestre deste ano. Os parlamentares debatem a possibilidade de retomar os trabalhos, em agosto, com o depoimento do ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha, que comandava o órgão no dia em que ocorreram os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes.

A convocação de Cunha foi mobilizada pela oposição, numa tentativa de fortalecer a tese de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria sido omisso durante o processo de preparação do esquema de segurança para o dia 8 de janeiro. A Abin elaborou relatórios e alertas que foram enviados aos órgãos públicos sobre os riscos envolvidos nas manifestações convocadas para aquele dia.

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Cunha foi nomeado diretor-adjunto da Abin no primeiro dia de mandato de Lula e acabou exonerado do cargo em março. Em abril, ele foi escolhido para chefiar a assessoria especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), onde permaneceu por apenas dois meses.

Além de Cunha, há a expectativa de que os ex-ministros Anderson Torres, do governo Jair Bolsonaro (PL), e Gonçalves Dias, da gestão Lula, sejam ouvidos ainda em agosto. A ordem dos depoimentos será debatida na primeira reunião deliberativa do grupo após o recesso. Os dois ministros mobilizam os diferentes lados da CPMI por causa do alto potencial de desgaste de seus ex-chefes.

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), ainda pretende realizar acareações no segundo semestre - ou seja, colocar em confronto as versões de dois ou mais investigados para identificar inconsistências e contradições nos depoimentos. A parlamentar também quer usar a segunda etapa da investigação para focar nos financiadores dos atos golpistas. Ela quer identificar, por exemplo, se os empresários que financiaram os acampamentos em frente aos quartéis do Exército tinham contratos com o governo Bolsonaro.

Prazo

O segundo semestre de trabalho da CPMI também deve ser de embate entre os parlamentares sobre o tempo de duração das investigações. A comissão instalada no final de maio deste ano está autorizada a funcionar por 180 dias, portanto até meados de novembro. O regramento do Congresso prevê a renovação do prazo por tempo igual, mas a relatora e os parlamentares governistas estão empenhados em liquidar a apuração ainda neste ano.

Eliziane tem dito a interlocutores que o prazo atual de 180 dias é suficiente para a finalização do relatório. A oposição, em contrapartida, busca levar o trabalho da CPMI para 2024, numa tentativa de desgastar o Palácio do Planalto em ano de eleições municipais. Os parlamentares desse campo argumentam ser insuficiente o prazo estabelecido para chegar a conclusões satisfatórias sobre o que ocorreu no dia 8 de janeiro.

Os oposicionistas cobram da mesa diretora da CPMI a autorização para colher depoimentos de todas as pessoas presas no dia 8 de janeiro. Esse trabalho seria uma das justificativas para ampliar o prazo de funcionamento do colegiado, já que mais de 200 pessoas continuam detidas nos presídios da Papuda e da Colmeia.

O presidente da CPMI, Arthur Maia (União Brasil-BA), não decidiu qual lado apoiará caso sejam apresentados requerimentos de ampliação do prazo de funcionamento do colegiado. Para que os trabalhos sejam prorrogados, é necessário que a oposição apresente requerimento e reúna as assinaturas de 27 senadores e 171 deputados. Ainda é necessário que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leia em plenário o pedido de ampliação do prazo, após a fase de coleta de apoio.

O posicionamento dos membros da comissão tende a influenciar os votos dos demais parlamentares sobre o destino CPMI. A oposição, portanto, precisará reeditar em cenário adverso o feito de instalação da comissão, quando conseguiu reunir as assinaturas de 246 deputados e 40 senadores. De lá para cá, o governo Lula estreitou laços com partidos do Centrão, como PP e Republicanos, para consolidar sua base de sustentação e evitar novas derrotas no Congresso, a exemplo da CPMI.

O Google alterou o significado da palavra “madrasta” no resultado principal de sua pesquisa. Anteriormente, o resultado principal mostrava, como definição em sentido figurado da palavra, a descrição “aquilo de que provêm vexames e dissabores em vez de proteção e carinho”. Além disso, outro significado atribuído ao termo, “mulher má, incapaz de sentimentos afetuosos e amigáveis”, deixou de aparecer imediatamente. 

Ainda é possível ver essas descrições buscando por outras definições e traduções do termo, mas trata-se de uma etapa secundária, com mais resultados on-line. A alteração aconteceu após uma campanha virtual, organizada pelo movimento “Somos Madrastas”, que defende que dicionários acompanhem mudanças sociais e façam alterações de acordo com as exigências contemporâneas. 

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A ativista Mariana Camardelli, autora do livro “Madrasta também educa?”, criadora do perfil @somos.madrastas no Instagram, e do podcast com mesmo nome, foi pioneira na luta para que a Oxford Languages (parceira do Google Brasil para dicionários) e a Melhoramentos (editora do dicionário Michaelis) mudem as definições de madrastas em seus dicionários. O grupo organizou um abaixo assinado com mais de 70 mil apoiadores nas redes sociais.  

A partir de agora, aparecerá uma designação semelhante à da palavra padrasto: “mulher em relação aos filhos anteriores da pessoa com quem passa a constituir sociedade conjugal”. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste sábado (24), que ainda acredita em um comum acordo com a União Europeia na parceria com o Mercosul. Ele disse que a resposta dos países do Sul sobre a carta adicional dos países europeus deve ser respondida até o final deste ano. Para o brasileiro, o protecionismo tem dificultado a aprovação do acordo. Lula cumpriu agenda na Itália e na França nesta semana e falou com a imprensa em Paris neste sábado, antes de embarcar de volta para o Brasil. 

“O fato de ter dois pontos nervosos e dois pontos considerados essenciais para os dois lados, a gente não pode fazer acordo com esses, mas vamos melhorar outras coisas. Precisamos fazer o acordo com a União Europeia e a União Europeia precisa do Mercosul, com a América do Sul e com a América Latina. Ficamos de responder a carta adicional da União Europeia e penso que até o final do ano a gente tem uma decisão sobre o assunto”, declarou à imprensa.

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Lula disse ainda que o presidente da França, Emmanuel Macron, tem dificuldades no Congresso francês, e que é normal o país defender a sua agricultura. “Ele [Macron] tem dificuldades no Congresso, mas se a gente puder conversar com nossos amigos mais à esquerda para poder ajudar, para que seja aprovado o acordo no Mercosul, nós vamos conversar com todos os amigos da França para convencer da importância, porque não é o protecionismo que vai ajudar”.  Macron sofre pressão do Parlamento francês que é contra o tratado por razões de protecionismo, principalmente agrícola.

Lula criticou o protecionismo dos países ricos. “Dos anos 80 para cá, tudo o que as pessoas falavam é de que quanto mais abertura melhor, quanto mais livre comércio melhor, mas quando chega às vezes dos países em desenvolvimento de competir em igualdade de condições, os mais ricos viram protecionistas”. 

Na capital francesa, Lula teve reunião bilateral com o presidente francês e tratou da aprovação, na semana passada, pela Assembleia Nacional da França, de uma resolução contra a ratificação do acordo Mercosul-União Europeia (UE). Lula é contra a flexibilização das regras sobre compras governamentais previstas no acordo.

Segundo o presidente, o assunto é importante também para o encontro da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac). “O assunto é importante para União Europeia e Mercosul, mas também para estabelecermos uma nova rodada de conversação para ver se a gente aproxima de acordo também na Celac”. A UE e a Celac farão uma cúpula em Bruxelas, capital da Bélgica, entre os dias 17 e 18 de julho.

O conselho de administração da Petrobras decidiu nesta quarta (29) que as vendas de ativos com contratos já assinados e à espera do fechamento (closing) serão respeitadas e mantidas, apurou o Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). A decisão vai em linha com o que o presidente da estatal, Jean Paul Prates, já havia dito na semana passada.

O colegiado considerou cada um dos processos de venda desses ativos como "ato jurídico perfeito", que não precisariam ser revisitados pela nova diretoria executiva - que assumiu seus cargos ontem.

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Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enviou ofícios para a diretoria executiva da Petrobras e para o conselho solicitando que todas as vendas de ativos, inclusive as assinadas, fossem reavaliadas pela nova diretoria e o assunto devolvido ao conselho para apreciação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador Paulo Câmara (PSB) assinou, nesta segunda-feira (31), o ato que nomeia a Comissão de Transição Governamental para repassar as informações oficiais à equipe da governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB). A tucana foi eleita com 58,70% dos votos válidos, nesse domingo (30), em uma disputa contra Marília Arraes (SD) que conquistou 41,30% do eleitorado pernambucano.

A comissão será coordenada pelo secretário da Casa Civil, José Neto, e contará ainda com os secretários Alexandre Rebelo (Planejamento), Décio Padilha (Fazenda), Marília Lins (Administração) e Ernani Médicis (Procuradoria Geral do Estado).

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"Nosso governo está à disposição para assegurar uma transição transparente e profissional à equipe de Raquel Lyra", afirmou o governador Paulo Câmara.

Fim da hegemonia

O PSB geriu o Estado nos últimos 16 anos e o candidato da legenda nesta disputa, Danilo Cabral, ficou em quarto lugar no primeiro turno com 18,06% dos votos válidos, ou seja o apoio de 885.994 pernambucanos.

Ainda na noite desse domingo (31), Paulo Câmara falou por telefone com a governadora eleita. Ele parabenizou Raquel e desejou sucesso na nova missão.

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Ministério da Educação fixou os valor semestral mínimo e máximo de financiamento para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o curso de medicina e para os demais cursos a serem financiados. A inscrição do Fies deverão ser feitas no site do ministério, de 9 a 12 de agosto.

De acordo com a Resolução nº 50, publicada no Diário Oficial da União de hoje (22), no caso do curso de medicina, o valor semestral máximo será de R$ 52.805,66. Para os demais cursos, o valor máximo por semestre será de R$ 42.983,70. Já o valor mínimo de financiamento para todos os cursos será de R$ 300.

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São disponibilizadas cerca de 100 mil vagas por ano para este fundo, que tem por objetivo conceder financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, com juros zero e uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato.

Para participar, o candidato precisa ter renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos, além da nota igual ou superior a 450 no Enem e não ter zerado a prova de redação.

Segundo a resolução, os valores máximos e mínimos "aplicam-se também aos aditamentos de renovação semestral contratados a partir do 2º semestre de 2022, referentes aos contratos de financiamento que se encontrem na fase de utilização".

A bancada feminina na Câmara dos Deputados abriu seus trabalhos em 2022 ouvindo demandas das parlamentares que integram o grupo. A expectativa da coordenadora da bancada, deputada Celina Leão (PP-DF), é encaminhar essas propostas em um ano que será marcado pelas eleições gerais.

“As deputadas ficaram de encaminhar seus projetos prioritários, para que a gente possa consensuar a votação deles. Este ano é atípico, ano eleitoral, as deputadas estarão mais nas suas bases”, afirmou Celina, após participar de reunião da bancada. “A ideia é dar prioridade a esses projetos e aumentar o número de deputadas aqui também [em 2023], o que é uma decisão que envolve outros segmentos como a Justiça Eleitoral e os partidos políticos.”

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A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que também participou da reunião, destacou três projetos importantes para a mulher brasileira, em sua avaliação.

“Um deles é a pauta do trabalho igual, salário igual, que ficou inconcluída na Câmara dos Deputados. O segundo é a questão da pobreza menstrual (PL 4968/19), que o governo vetou e nós precisamos derrubar esse veto de qualquer maneira. O terceiro, que é um projeto que eu tenho, é a aposentadoria das mães (PL 2691/21), que nós não conseguimos avançar nisso. A Argentina avançou e nós precisamos avançar”, elencou Jandira.

Balanço
Celina Leão destacou, por outro lado, a votação de 69 proposições voltadas às mulheres pela Câmara em 2021, das quais 21 viraram leis.

Ela também disse que deve se reunir com a bancada feminina no Senado Federal para acordar a votação de temas que já passaram pela Câmara, como a classificação do feminicídio como tipo específico de crime e não mais como agravante (PL 1568/19). “Precisamos avançar nas conquistas que entendemos como urgentes”, afirmou Celina.

A coordenadora da bancada feminina ressaltou ainda a preocupação permanente com a execução do orçamento da mulher no País. “Além de definirmos prioridades, temos que fiscalizar a execução desse orçamento, verificar se as políticas públicas estão sendo executadas na ponta.”

*Da Agência Câmara de Notícias

A atualização dos critérios para definição de pobreza que vão definir quem terá direito ao Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, não afastou as dúvidas sobre a capacidade de o novo programa de transferência de renda reduzir a desigualdade no País e acabar com as filas de pedidos para receber os benefícios.

Para especialistas, as faixas de renda ainda ficaram aquém do necessário, e deveriam ter subido, no mínimo, para cerca de R$ 107 (extrema pobreza) e R$ 215 (pobreza), considerando a inflação acumulada desde a última correção.

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O Bolsa Família considerava como famílias em situação de extrema pobreza aquelas com renda mensal de até R$ 89 por pessoa. Esse valor foi reajustado para R$ 100, de acordo com o decreto publicado na noite de sexta-feira pelo governo.

Já a situação de pobreza, definida antes por renda de até R$ 178 por pessoa, subirá para R$ 200. É uma ampliação que nem sequer atualiza as linhas pela inflação, afirma a socióloga Leticia Bartholo, pesquisadora referência no tema no Brasil, ex-gestora do Bolsa Família e que atua hoje como assessora parlamentar.

"Não resolve nem a fila existente. Qual será o impacto sobre a pobreza? O governo não apresentou", critica. Segundo ela, a nota do governo já deixa claro que o reajuste de agora e o auxílio de novembro não contemplam a fila de espera, dependendo ainda da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios - aprovada em primeiro turno na Câmara com folga de apenas 4 votos. A PEC posterga o pagamento das dívidas judiciais e flexibiliza as regras do teto de gastos, o que garantiria receita tanto para o pagamento do Auxílio Brasil como para mais emendas parlamentares.

Em sua última grande votação como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o decano Marco Aurélio Mello confirmou a fama de 'soldado que marcha em sentido contrário à tropa' e ficou vencido no julgamento que declarou a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro no processo do tríplex do Guarujá - que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prisão em 2018. O placar terminou em 7 a 4 para referendar a suspeição.

A analogia militar costuma ser usada pelo próprio ministro para resumir a frequência com que discorda de seus colegas de plenário. Com aposentadoria marcada para 9 de julho, Marco Aurélio Mello se despede do tribunal confirmando outra pecha: a de defensor do legado da Operação Lava Jato. No julgamento encerrado nesta quarta-feira, 23, o decano chamou Moro de 'herói nacional' e disse que se caminha 'para execração de magistrado que honrou o Judiciário, que adotou postura de imensa coragem ao enfrentar a corrupção'.

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"O juiz Sérgio Moro surgiu como verdadeiro herói nacional e então, do dia para a noite, ou melhor, passado algum tempo, é tomado como suspeito. E aí caminha-se para dar o dito pelo não dito em retroação incompatível com os interesses maiores da sociedade, os interesses maiores do Brasil", disse.

Em seu voto, Marco Aurélio refez a linha do tempo que levou à anulação das condenações de Lula e, na sequência, à declaração de parcialidade do ex-juiz da Lava Jato.

"Existe uma máxima, um ditado: de que algo que começa errado tende a complicar-se em passo seguinte", comentou ao repetir que ficou 'perplexo' com a decisão individual do colega Edson Fachin que declarou o juízo de Curitiba incompetente para processar as ações da Lava Jato envolvendo Lula e anulou as condenações do ex-presidente. Como mostrou o Estadão, Fachin agiu para tentar reduzir danos diante de derrotas iminentes que podem colocar em risco o legado da operação.

Para o decano do STF, a decisão fez com que o habeas corpus levado pelo petista ao tribunal ganhasse um alcance 'inimaginável', na contramão do princípio da segurança jurídica e no caminho para comprometer a credibilidade do Judiciário.

"Eis que, em verdadeiro passe de mágica, é aberta a possibilidade de revisão dos títulos condenatórios mediante habeas corpus", alfinetou. "Em primeiro lugar, a competência territorial é relativa, passível de prorrogação. Em segundo, não se tem um quadramento da matéria como apta a ser examinada mediante revisão criminal."

Marco Aurélio lembrou que a condenação de Lula no processo do tríplex foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre, e pelo Superior Tribunal de Justiça. O ex-presidente, na avaliação do ministro, foi 'ressuscitado politicamente' - já que, com a anulação das condenações, o petista está apto a disputar um novo mandato em 2022.

"Os processos-crime, ao todo cinco, tramitaram, como já consignado, regularmente, percorrendo patamares do Judiciário. Ocorreu fenômeno, repito, inimaginável", criticou.

O ministro também fez referência aos diálogos obtidos na Operação Spoofing, que investigou o grupo de hackers processado pelo ataque cibernético que roubou mensagens de procuradores da Lava Jato e do próprio Moro. Alguns colegas usaram trechos das conversas como 'reforço argumentativo' em seus votos para declarar o ex-juiz parcial.

"Dizer-se que a suspeição está revelada em gravações espúrias, é admitir que ato ilícito produza efeitos, valendo notar que a autenticidade das gravações não foi elucidada. De qualquer forma, estaria a envolver diálogos normais, considerados os artífices do Judiciário", comentou o ministro.

Em outra crítica aos colegas, o decano colocou sob suspeita o momento em que o julgamento sobre a conduta de Moro, que havia sido suspenso no final de 2018, foi retomado. O caso foi pautado por Gilmar Mendes na Segunda Turma logo após Fachin declarar a perda de objeto da discussão, já que as condenações de Lula haviam sido anuladas quando ele declarou a incompetência do juízo de Curitiba - o que pouparia o ex-juiz de passar pelo escrutínio do STF. Marco Aurélio afirmou que o caso ficou engavetado por mais de dois anos por um 'perdido de vista' de Gilmar.

"O colegiado, apreciando impetração cujo processo fora arquivado pelo ministro Luís Edson Fachin na decisão citada, acabou - sem recurso de quem quer que seja - por cassar essa mesma decisão. A cassação ocorreu com 'Ç' e não com SS, no que maltratado o devido processo legal, a organicidade do Direito, especialmente no instrumental", afirmou. "Inexiste utilidade e necessidade em apreciar se um juiz mostrou-se ou não imparcial na condução dos trabalhos atinentes aos referidos processos e que desaguou em decisões condenatórias", completou o decano.

O governador de São Paulo, João Doria, minimizou o revés sofrido na definição do modelo de prévias do PSDB para a escolha do candidato tucano ao Palácio do Planalto em 2022. "Não fui eleito com o voto da máquina, mas do povo", afirmou o governador ao Estadão.

Apesar da derrota na disputa interna pelo modelo das prévias, Doria disse estar confiante e reforçou a disposição de se candidatar à Presidência no ano que vem. "Vamos disputar para sermos candidato à Presidência. Se tem uma coisa que me estimula é quando há dificuldade para se alcançar um resultado. As prévias não dividem, mas estimulam a militância e consolidam a candidatura. Respeito a máquina, mas não é ela que elege um presidente", afirmou Doria, que em março havia admitido a possibilidade de abrir mão do plano presidencial por novo mandato no Estado.

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A leitura de tucanos ouvidos pela reportagem após a reunião da Executiva é que o placar da votação simboliza as dificuldades do governador paulista na burocracia partidária e nas bancadas. O preferido nestas duas frentes, que representam a maioria do colégio eleitoral, é o senador Tasso Jereissati. O problema, dizem integrantes da cúpula do PSDB, é que Tasso não tem feito movimentos claros de que deseja realmente concorrer.

Nesse cenário, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, é visto como um "plano B". Os "doristas", por sua vez, apostam na vacinação como o maior trunfo do governador paulista e acreditam que ele vai crescer nas próximas pesquisas.

Para compensar a desvantagem na máquina partidária, Doria vai fazer uma ofensiva junto aos líderes políticos do PSDB nos Estados: vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, deputados estaduais, governadores e vices.

O Ministério da Saúde anunciou, nesta sexta-feira (28), a ordem de prioridade na vacinação contra a Covid-19 de profissionais da Educação. Trabalhadores de creches e pré-escolas terão prioridade, seguidos pelos profissionais do ensino fundamental, do ensino médio, do ensino profissionalizante e EJA (Educação de Jovens e Adultos) e, por fim, do ensino superior.

"A motivação da priorização dos profissionais da educação se deve aos impactos sociais ocasionados pela Covid-19 com a necessidade de volta às aulas presenciais", disse o ministério em nota.

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A pasta também informou que a população em geral, entre 18 e 59 anos de idade, poderá começar a ser imunizada paralelamente aos demais grupos prioritários. A vacinação seguirá o critério de idade, por ordem descrescente de faixa etária. A logística continuará sendo definida pelos governos locais.

Segundo o governo federal, isso ocorre porque Estados e municípios relataram demanda diminuída dos grupos elencados no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).

Algumas cidades, como Salvador, já estavam vacinando sua população somente pelo critério da idade. Na cidade, pessoas com 56 anos ou mais podem ser vacinar mesmo sem fazer parte de nenhum grupo prioritário.

As recomendações foram pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada na quinta-feira (27), com representantes do Ministério da Saúde, estados e municípios. As orientações também estão em uma nota técnica do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O presidente Jair Bolsonaro comemorou a eleição de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) nesta segunda-feira, 1º, como novo presidente do Senado. Ao citar a vitória de Pacheco em suas redes sociais, Bolsonaro mencionou que a eleição ocorreu em "cédula de papel". Pacheco derrotou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) por 57 votos a 21. O democrata foi indicado pelo então presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e recebeu o apoio do Planalto.

"Em cédula de papel, o Senado Federal elegeu o Senador Rodrigo Pacheco (57 votos de 81 possíveis) para presidir a Casa no biênio 2021/22", escreveu. O regimento da Casa determina a votação secreta e por cédulas para um mandato de dois anos. A votação sobre o novo comando da Casa nesta tarde foi acompanhada por Bolsonaro e o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, que é responsável pela articulação com o Congresso.

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Em suas redes sociais, o ministro também parabenizou Rodrigo Pacheco e publicou foto ao lado do presidente enquanto assistiam à votação. "Ao lado do Presidente Bolsonaro, acompanhei o desenrolar de um processo legítimo e democrático na tarde de hoje. É com base nesses princípios que seguiremos articulando em busca do desenvolvimento do nosso país!", escreveu Ramos em sua página oficial no Twitter.

A eleição de Pacheco já era dada como certa pelo governo, que espera destravar pautas de interesse do Executivo com as mudanças no comando das Casas legislativas - a eleição para o comando da Câmara também será realizada hoje, com sessão aberta há pouco. O governo quer avançar, em especial, na pauta econômica. Assim como Bolsonaro e Ramos, logo após a confirmação da eleição de Pacheco, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, parabenizou o senador. "Nós, do Governo, estamos confiantes em sua atuação na pauta liberal e nas reformas necessárias ao País", afirmou Faria em suas redes sociais.

Para garantir a eleição de Pacheco e de Arthur Lira (PP-AL), que concorre à presidência da Câmara, o Planalto atuou diretamente para bancar a vitória de seus candidatos. Conforme o Estadão mostrou, o governo destinou R$ 3 bilhões para 250 deputados e 35 senadores aplicarem em obras em seus redutos eleitorais. Os recursos saíram do Ministério do Desenvolvimento Regional e foram negociados por Ramos. Em outra frente, o governo também fez uma liberação recorde de emendas parlamentares em janeiro deste ano, como também mostrou o Broadcast.

Em seu primeiro discurso após assumir a presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a votação de reformas econômicas que dividem opiniões, como a tributária e a administrativa, deverão ser "enfrentadas com urgência, mas sem atropelos". O senador foi eleito nesta segunda-feira, 1, novo presidente da Casa por um período de dois anos. Ele recebeu 57 votos contra 21 de sua principal adversária, a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

Durante seu discurso, ele se comprometeu a reunir líderes semanalmente para construção da pauta de votações, com vaga destinada à bancada feminina. Segundo ele, o ritmo das reformas importantes será sempre definido em conjunto com os líderes e com o plenário da Casa. "Por mais que eu me empenhe pessoalmente, os objetivos a que me comprometi só serão alcançados se puder contar com o apoio de vossas excelências, meus colegas, que fazem o Senado", disse.

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Em seu discurso, Pacheco também fez um aceno aos partidos de oposição e prometeu pautar o projeto que cria liderança desses partidos no Senado, para "equilibrar forças do Plenário". Apesar de ser o candidato do presidente Jair Bolsonaro, Pacheco contou com apoio do PT, da Rede Sustentabilidade e PDT, partidos que têm sido os responsáveis pelas principais ações que levaram o Supremo Tribunal Federal a impor derrotas e enquadrar o governo do presidente da República.

Ele também falou em avançar na pauta de combate à corrupção e de temas ligados à segurança pública, como propostas que dão mais capacidade ao Estado para enfrentar a criminalidade. Ainda disse que é necessário elaborar soluções para modernizar a indústria, o agronegócio e o setor de serviços. Ele destacou que para isso é necessário viabilizar uma infraestrutura nacional abrangente e que cabe ao Senado oferecer propostas para geração de empregos.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que, caso o Ministério da Saúde não defina até a semana que vem se exercerá ou não a opção de compra de 54 milhões de doses adicionais da Coronavac, vacina contra o novo coronavírus, o Instituto Butantan e o Governo de São Paulo vão oferecer o imunizante a governadores e prefeitos brasileiros.

No momento, o Butantan tem um contrato de fornecimento de 46 milhões de doses ao Ministério da Saúde com a possibilidade de expansão para até 100 milhões de doses. O Ministério da Saúde tem dito que está dentro do prazo contratual para se manifestar. Na quinta-feira (28), o secretário executivo da pasta, Élcio Franco, em entrevista à rádio CBN, reafirmou que o ministério tem até o dia 30 de maio para decidir sobre a compra de doses adicionais.

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"É um absurdo. Nós estamos diante de uma pandemia que leva vidas de mais de 1,2 mil brasileiros todos os dias e o Ministério da Saúde vai pensar se compra vacinas? O mundo todo comprando vacinas e aqui o Ministério da Saúde vai avaliar e vai decidir daqui a dois meses se compra ou não vacinas", disse o governador nesta sexta-feira (29) em entrevista à rádio Jovem Pan

Inicialmente, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, havia cogitado a possibilidade de exportação dessas doses, se a União não se decidisse, a fim de honrar compromissos feitos com outros países da América Latina como Argentina, Uruguai, Peru e Bolívia.

Segunda dose

De acordo com Doria, há uma predominância entre cientistas de que é melhor vacinar mais pessoas com a primeira dose da vacina até que haja mais vacinas para a segunda dose. "Não é uma decisão só do Governo do Estado de São Paulo, é uma decisão que, predominantemente, vai acontecer em todos os Estados brasileiros", afirmou o governador.

O MDB decidiu lançar a senadora Simone Tebet (MS) na disputa pela presidência do Senado. Ela terá como principal adversário o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

A decisão foi tomada em uma reunião da bancada, nesta terça-feira, 12. Além de Simone Tebet, outros três nomes disputavam a indicação do MDB: Eduardo Braga (AM), Eduardo Gomes (TO) e Fernando Bezerra Coelho (PE), que recuaram da candidatura.

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Tebet foi aclamada como candidata na reunião

O partido também filiou dois novos senadores, aumentando de 13 para 15 integrantes. A legenda oficializou a filiação de Veneziano Vital do Rêgo (PB), que deixou o PSB, e Rose de Freitas (ES), que saiu do Podemos.

O MDB tem a maior bancada do Senado e tenta voltar ao comando do Legislativo após ser derrotado por Alcolumbre em 2019.

O MDB decidiu lançar a candidata após ver Rodrigo Pacheco largar na frente. O candidato do DEM fechou apoio com PSD, PT, PROS, Republicanos, PL, PSC e deve receber o apoio do Progressistas até esta quarta-feira, somando 38 senadores na data da eleição.

O MDB, por sua vez, tentará atrair Podemos, PSDB, Cidadania, PSL e PSB, o que formaria um bloco de 37 senadores. Esses partidos, porém, ainda não se decidiram.

O aceno do presidente Jair Bolsonaro à candidatura de Pacheco pavimentou a escolha por Simone Tebet, de acordo com emedebistas. Ela tentará atrair votos da bancada lavajatista e de ex-aliados de Davi Alcolumbre. Além disso, terá o discurso de independência em relação ao Palácio do Planalto para contrapor o candidato de Alcolumbre.

A disputa pelo Senado está marcada para o 1º de fevereiro. A escolha definirá quem comandará a Casa, e consequentemente o Congresso Nacional, pelos próximos dois anos.

O chefe do Legislativo tem o poder de pautar projetos de lei e vetos do presidente Jair Bolsonaro.

O ocupante do cargo também terá um papel chave na eleição presidencial, em 2022, pois comandará as pautas do Legislativo no período.

Além disso, a presidência da Câmara e do Senado aumentam o cacife eleitoral do partido que comanda as casas legislativas.

O Ministério da Educação (MEC), enfim, se posicionou a respeito da edição 2021 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Na noite desta sexta-feira (11), a pasta informou que o Sisu está previsto para ser realizado em abril do próximo ano, e que exigirá dos candidatos a nota da edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

As provas impressas do Enem serão realizadas nos dias 17 e 24 de janeiro. Também nesta sexta-feira, o MEC confirmou que a edição 2021 do primeiro semestre do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) usará notas anteriores à edição 2020 do Enem.

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Confira, a seguir, a nota na íntegra divulgada pelo Ministério da Educação:

Em razão do adiamento da aplicação das provas do Enem de 2020, cujo resultado será divulgado em março de 2021, os processos seletivos do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), edições do 1º semestre de 2021, exigirão dos candidatos notas de edições do Enem anteriores à edição de 2020. Já o processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), previsto para ocorrer em abril, exigirá dos candidatos a nota do Enem de 2020, cujas provas ocorrerão em janeiro de 2021.

Considerando que o início das aulas nas instituições de ensino superior privadas está previsto para ocorrer a partir de fevereiro, e para evitar maiores prejuízos aos candidatos que já possuem notas de Enem em edições anteriores, os processos seletivos do Prouni e Fies, excepcionalmente, utilizarão as notas das últimas edições do Enem, sendo a nota do Enem de 2019 a que será exigida, apenas na 1ª edição de 2021 do Prouni. Já para o Fies, a exigência continua sendo para utilização das notas das edições mais recentes do Enem, desde 2010.

Para atender a todos os estudantes que concluirão o ensino médio este ano, o Ministério da Educação prevê a abertura dos processos seletivos do Prouni e Fies, 2ª edição 2021, logo na sequência da realização do Sisu, ou seja, após a divulgação do resultado do Enem. Para essas seleções serão exigidas as notas do Enem de 2020, a ser realizado em janeiro de 2021. No caso do Fies, poderão disputar as vagas os candidatos que tenham notas das edições mais recentes do Enem, desde 2010.

Tendo em vista que nas instituições de ensino superior privadas não houve atraso no ano letivo de 2020, o início das aulas de 2021 não sofrerá alterações, os editais com todas as regras para o 1º processo seletivo do Prouni de 2021, será publicado até a próxima terça-feira, 15. A previsão para publicação do edital do Fies é até 18 de dezembro.

Já o edital para o processo seletivo do Sisu, também referente ao 1º semestre de 2021, será publicado após a divulgação do resultado do Enem, em março, coincidindo com a conclusão do semestre letivo de 2020 de grande parte das instituições ensino superior públicas.

Em constante diálogo com as entidades representativas das instituições de ensino superior públicas e privadas, o MEC definiu os cronogramas e as exigências quanto às notas do Enem, garantindo a execução de todos os processos seletivos previstos e, ainda, oferecendo mais oportunidades para quem deseja cursar uma graduação. É sabido que o adiamento do Enem ocorreu por uma demanda da sociedade, motivada pela pandemia de Covid-19.

Por meio de consulta pública, o MEC estabeleceu as datas de realização do Enem 2020 e, a partir disso, foi necessário adequar os cronogramas das seleções que utilizam a nota do Enem para o ingresso na educação superior.

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) define, nesta sexta-feira (11), os três candidatos mais votados para ser o novo procurador-geral de Justiça. Responsável direto pela investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), já denunciado pela Promotoria, o novo chefe será escolhido em janeiro pelo governador em exercício, Cláudio Castro (PSC), que é próximo à família do presidente Jair Bolsonaro.

Diferente do que ocorre no caso da Procuradoria-Geral da República (PGR), a Constituição Estadual do Rio obriga o governador a optar por um dos três nomes selecionados pelos 907 integrantes do MP aptos a votar na eleição interna. Há, entre os cinco candidatos, um bolsonarista assumido: Marcelo Rocha Monteiro, que tem fotos com camiseta do presidente da República nas redes sociais. No entanto, ele dificilmente estará na lista tríplice, segundo estimativas internas.

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Três nomes são associados ao grupo do atual comandante do órgão, Eduardo Gussem: seu chefe de gabinete, Virgílio Stavridis, o promotor Luciano Mattos e o procurador Ertulei Laureano Matos. Completa a lista de candidatos a procuradora Leila Costa. A votação ocorre entre 10h e 17h, de modo eletrônico.

Além de herdar o caso de Flávio, denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no processo das "rachadinhas", o novo chefe do MP terá de lidar com outras investigações sensíveis. Uma delas, sob a alçada do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), também envolve a família presidencial: apura supostas irregularidades no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos).

Até aqui, a investigação jogou luz sobre possível desvio de dinheiro público na Câmara Municipal por meio de funcionários "fantasmas". Mas, assim como ocorreu com Flávio, é possível que a Promotoria se debruce sobre possíveis atos de lavagem de dinheiro.

Em setembro, o Estadão mostrou que Carlos pagou R$ 150 mil em dinheiro vivo por um imóvel na zona norte do Rio em 2003, quando tinha 20 anos. A prática é semelhante a transações imobiliárias apontadas na denúncia contra Flávio.

Outra investigação complexa é a que busca desvendar o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 14 de março de 2018. Desde setembro daquele ano, a apuração está a cargo do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O grupo também investiga as milícias no Rio. Partiu do Gaeco a denúncia contra Adriano Magalhães da Nóbrega, o capitão Adriano, apontado como chefe do Escritório do Crime. Morto em fevereiro, ele é citado nas investigações contra Flávio por ter a mãe e a ex-mulher empregadas no antigo gabinete dele na Assembleia Legislativa.

Cláudio Castro, que assumiu o governo após o afastamento de Wilson Witzel (PSC), também tem seus problemas com o MP. Um vídeo em que o então vice-governador se encontra com um empresário foi usado pelo delator Bruno Campos Selem para alegar que ele estava recebendo propina de R$ 100 mil no âmbito de contratos da Fundação Leão XIII, voltada para assistência social no Estado. O governador nega.

Perfil

Apesar de ter perfil discreto, Gussem comandou o MP num período em que o órgão teve protagonismo no Estado. A Promotoria costumava ser criticada pela suposta omissão nos anos de governo de Sérgio Cabral (MDB), hoje preso e condenado a mais de 300 anos de prisão por investigações do Ministério Público Federal (MPF).

Um ex-procurador-geral nos tempos de Cabral, Cláudio Lopes, chegou a ser preso acusado de receber mesada de R$ 150 mil nos esquemas do ex-governador. Lopes nega.

Nesta terça-feira (17), o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Benedito Guimarães Aguiar Neto, resolveu estabelecer o calendário de atividades do Processo de Avaliação do Sistema Nacional de Pós-Graduação para 2021.

Segundo o cronograma, que deve ser seguido pela Diretoria de Avaliação (DAV) da Capes, as atividades começam em janeiro e vai até dezembro de 2021. A resolução salienta que atividades relacionadas à Avaliação Quadrienal, detalhada no cronograma, correspondem ao período de 2017 a 2020. Este calendário entra em vigor no dia 1º de dezembro deste ano. Confira, abaixo, a periodicidade das atividades da Capes:

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