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O Palácio do Planalto destacou neste sábado, 20, o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, realizado nesta sexta-feira, 19. Na ocasião, o petista reafirmou a posição brasileira de reconhecimento da existência de "uma só China" - uma referência ao princípio do Brasil contra a independência de Taiwan.

De acordo com o governo, a viagem do chanceler chinês é preparatória para uma visita de estado do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil. A princípio, Xi Jinping virá ao País em data próxima à da reunião de líderes do G20, no Rio, em novembro.

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O encontro entre Lula e o representante chinês ocorreu na Base Aérea de Fortaleza (CE), onde o presidente teve agendas durante o dia. O Planalto citou em nota divulgada nesta tarde que, durante a reunião, Lula e Wang Yi também conversaram sobre os investimentos no Brasil da fabricante de automóveis elétricos chinesa BYD, que está se instalando na Bahia.

"O ministro trouxe os cumprimentos do presidente Xi Jinping e a reunião expressou o desejo mútuo de manutenção e desenvolvimento da forte relação e amizade entre Brasil e China. Na ocasião, Lula reafirmou a posição brasileira de reconhecimento da existência de 'uma só China'", afirmou o Planalto.

O presidente brasileiro e o chanceler chinês falaram ainda sobre a atual conjuntura internacional e trataram da "crescente parceria entre Brasil e China no setor de energias renováveis", além de discutirem projetos e ações conjuntas na África. "Wang Yi ressaltou que o Brasil é uma prioridade da diplomacia chinesa", concluiu o governo.

Como mostrou ontem o Broadcast, em discurso no Palácio do Itamaraty, Wang Yi sugeriu que os governos do Brasil e da China devem trabalhar em conjunto para aproximar os objetivos "entre a iniciativa Cinturão e Rota e o PAC do Brasil".

O assessor de Segurança Nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, reuniu-se neste fim de semana com o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, em Malta, em um contexto de tensão persistente entre as duas grandes potências.

Uma funcionária do alto escalão do governo americano, que não quis ser identificada, informou que as reuniões de ontem e hoje duraram 12 horas no total, e lembrou que a reunião bilateral anterior deste nível havia acontecido em maio.

Durante o encontro com o ministro chinês, Sullivan “enfatizou que os Estados Unidos e a China competem, mas que Washington não busca um conflito ou confronto", acrescentou a funcionária. "Wang Yi ressaltou que a questão de Taiwan é a primeira linha vermelha que não deveria ser ultrapassada nas relações sino-americanas", informou Pequim.

Segundo a funcionária americana, o assessor da Casa Branca reiterou que os Estados Unidos não apoiam a independência da ilha, mas que rejeitam "uma mudança unilateral no status quo”, tanto por parte dos taiwaneses quanto dos chineses.

- Comunicações militares -

Ambos os países comprometeram-se em Malta "a manter consultas” em certos âmbitos, principalmente em relação "à evolução da política e segurança na região Ásia-Pacífico”, segundo a fonte da Casa Branca. As comunicações militares entre os dois países, cortadas por Pequim em 2022, no entanto, não foram retomadas.

Estados Unidos e China renovaram o diálogo nos últimos meses, com uma sucessão de visitas de funcionários do alto escalão americano a Pequim. As diferenças comerciais, a questão de Taiwan e a presença chinesa no Mar da China Meridional, que Washington descreve como expansionista, são algumas das questões que confrontam os dois países.

O embaixador da China nos Estados Unidos, Qin Gang, visto como um diplomata que não esconde suas palavras contra o Ocidente, foi nomeado ministro das Relações Exteriores nesta sexta-feira (30), noticiou a televisão estatal.

Ele substituiu Wang Yi, a face da diplomacia chinesa desde 2013.

Qin Gang, de 56 anos, ocupava um cargo em Washington desde 2021, com a ambição de recolocar nos trilhos as relações bilaterais com os Estados Unidos.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que tem programada uma visita oficial ao gigante asiático para o início de 2023, “espera seguir mantendo uma relação produtiva e construtiva com o ministro das Relações Exteriores Qin em seu novo papel”, indicou um porta-voz do Departamento de Estado.

Natural da cidade chinesa de Tianjin, Qin Gang construiu uma reputação de "lobo guerreiro", apelido dado a diplomatas chineses que respondem com veemência a um Ocidente percebido como sistematicamente hostil a Pequim.

O diplomata, que gosta de vestir jaquetas em tipo Mao, foi durante vários anos um dos porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores chinês.

Trabalhou ao lado do presidente Xi Jinping como chefe de protocolo antes de 2018. E atuou como vice-ministro das Relações Exteriores de 2018 a 2021.

Lá era encarregado da Europa e da informação, defendendo sua visão de uma China que não teria lições a aprender com o Ocidente, do qual foi vítima durante as guerras do ópio do século 19, segundo ele.

O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que o país mantém uma posição sobre a guerra na Ucrânia "justa, objetiva e compatível com os interesses da maioria das nações", e alertou que Pequim não vai aceitar qualquer pressão externa. Os comentários vieram após conversa entre o presidente chinês, Xi Jinping, e sua contraparte americana, Joe Biden, na última sexta-feira (18).

"A China continuará a fazer julgamentos de forma independente e autônoma, de acordo com os méritos da própria questão, e de forma objetiva e imparcial. Nunca aceitaremos qualquer coerção e pressão externa e nos oporemos a quaisquer acusações e suspeitas infundadas contra a China", declarou o premiê a repórteres na noite de ontem, segundo comunicado do ministério.

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"A China sempre foi uma força para salvaguardar a paz mundial. sempre defendemos a manutenção da paz e nos opomos à guerra. Isso está enraizado não apenas nas tradições históricas e culturais da China, mas também na sua política externa consistente", acrescentou Yi.

Segundo o ministro, Xi Jinping sugeriu a Biden uma solução para a guerra que consiste em "promover o diálogo entre as partes, cessar-fogo e acabar com a guerra o mais rápido possível". No longo prazo, o presidente chinês recomendou "abandonar a mentalidade de Guerra Fria, abster-se da confrontação entre blocos, e formar uma arquitetura de segurança regional equilibrada, efetiva e sustentável", de forma a atingir paz e estabilidade no continente europeu.

A vacina desenvolvida pela China será bem público de acesso universal. A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, após uma videoconferência realizada nessa quarta-feira (22).

A reunião envolveu Ministros das Relações Exteriores da China, América Latina e Caribe e tinha como tema principal a luta contra o novo coronavírus. Logo após o fim do debate, o posicionamento sobre a vacina foi compartilhado pela Embaixada da China no Brasil através do Twitter.

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No mesmo dia, foi anunciado que os Estados Unidos fecharam um acordo para pagar US$ 1,95 bilhão para garantir 100 milhões de doses de uma potencial vacina contra o coronavírus que está sendo desenvolvida pelo laboratório americano Pfizer e alemão Biontech.

Um dia antes, o governo britânico anunciou por sua vez um acordo para preservar 30 milhões de doses desta vacina.

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