Uma entrevista concedida pelo deputado federal Marco Feliciano (PSC) causou bastante repercussão após o pastor defender o presidente Michel Temer (PMDB). Feliciano chegou a dizer, nessa terça (3), que o peemedebista foi vítima de uma sórdida armação e que o Brasil melhorou “consideravelmente” após a saída de Dilma Rousseff do comando do país. O deputado federal Wladimir Costa (SD) também decidiu, nessa quarta-feira (4), sair em defesa do presidente.
Em uma live realizada no Palácio do Planalto, após uma reunião com o presidente, ele falou que seria muito fácil “renunciar” agora em referência a não apoiar mais Temer. “Eu também tenho cargos, eu assumo, mas eu continuo sendo Temer, mas seria muito fácil renunciar agora. Está chegando essa nova denúncia contra o presidente Temer, poderia fazer essa live e dizer Fora Temer, que agora eu odeio Temer, seria muito legal, mas eu não vim para cá para ser juiz, meus amigos. Eu não vim ser promotor”, frisou.
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“Sou paraense, tenho sangue de Índio e caboclo. Agora imagine o que já não me ofereceram pra trair o Jatene [governador do Pará] e o Temer? Eu não me vendo, não me rendo. Se eu for teu companheiro na batalha, nós vamos morrer juntos, como homens, e jamais como covardes”, afirmou.
Wladimir não parou por aí também declarando que não sabe “mudar de lado”. “Se eu sou remo, eu sou remo. Se for Paysandu, eu sou Paysandu, seu eu sou você, eu sou você. Não adianta porque eu não vou destruir o meu emocional por causa de ego ou para aparecer na mídia como bonzão ou como salvador da pátria. Podem até dizer que sou um péssimo deputado, mas me chamar de covarde e traidor, isso eu não aceito e não vou levar para o meu caixão não. Seria muito fácil dizer fora Temer, golpista, e demonstrar que sou politicamente correto. Eu não. Eu vim aqui para Brasília foi para representar um estado, uma nação”.
O parlamentar falou também que, independentemente da Câmara aprovar ou não um processo contra o Temer, ele será processado. “Eu vejo até como um tramite sem sentido porque aprovando ou não aprovando ele será processado da mesma forma porque daqui a um ano ele não será presidente e o Supremo Tribunal Federal (STF), junto com a Procuradoria, vão sim botar para tramitar o processo”, argumentou.
O deputado ressaltou que poderia ganhar seu salário de R$ 33 mil reais para ficar no plenário falando mal do presidente. “Eu poderia ser mais um. Poderia ficar ganhando 33 mil por mês, não levar nada para o meu estado, não contribuir, não levar projetos, não fazer nada e ganhar R$33 mil, mas eu não vou me comportar assim”.