A noite desta sexta-feira, em uma das festas mais requisitadas da cidade do Recife - o Baile Perfumado - começou no famoso “esquenta” com remix de músicas nacionais do Dj 440, que animou o público ansioso para ver o maranhense Zeca Baleiro. Pontualmente, às 23h45, e com a seguinte frase: “acabe o mundo ou não, esta turnê vai durar até o final de 2012”, o cantor maranhense subiu ao palco para delírio dos fãs.
O novo repertório misturou-se aos antigos sucessos e, independente de ser música nova ou não, o público não deixou de acompanhar em coro o músico. A mistura de iluminação e imagens no telão foi um espetáculo à parte. Isso também vale para o figurino de Zeca, que era composto por um paletó xadrez, um colete vermelho, uma blusa de bolinhas e uma calça com desenhos geométricos - a personalidade forte sempre foi uma característica do cantor e a escolha dos figurinos representa bem esse lado "ousado".
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Quem também marcou presença na festa foi a prata da casa Otto, que vai lançar seu novo CD no próximo dia 15, na mesma casa de show, e o cineasta Lírio Ferreira, que dirigiu o filme “Baile Perfumado”, que originou o nome da casa de shows. “É uma homenagem ótima! Acho que música e cinema sempre andam juntos. É um prazer fazer parte disso”, comentou Lírio.
No palco, Baleiro criou uma espécie de momento “lual” e aproveitou para apresentar a sua banda. Para dar o ar de praia, a imagem no telão era de uma praia à noite, com a lua cheia. Todos os músicas, incluindo Zeca, estavam sentados e com instrumentos característicos como bandolim, gaita e cavaquinho. Ainda aproveitando o momento, o cantor fez uma versão da música “Price tag”, da cantora inglesa Jessie J, sob a aprovação do público.
Depois desse momento de descontração, o bandolim deu lugar à guitarra e o pop rock voltou a comandar a noite. Como forma de agradecer a hospitalidade dos recifenses, Zeca cantou músicas da terra e, em tom de brincadeira, pediu desculpas antecipadas, caso errasse algum acorde.
Ao som de “Salão de beleza”, Zeca saiu do banquinho e fez todo mundo dançar. Para quem pensa que ele não tem música coreografada, muito se engana. Depois de chamar todos os músicos para frente do palco, Baleiro comentou “não é só o Michel Teló que tem dancinha não. Eu também fiz a minha coreografia”. Com versos como “bota a mão nas cadeiras, dança com malemolência. Bota a mão nas cadeiras, bota a mão na consciência” e “o mundo tá atoladinho”, os músicos dançaram em estrofes animadas e "ácidas" em suas críticas.
Já partindo para o final do show, o cantor maranhense fez uma declaração sobre a casa de shows: “Que ela tenha vida longa e que traga muitos artistas aqui. Recife tava precisando de um lugar assim”, pontuou. Após dizer isso, a música “Telegrama” foi cantada e o público acompanhou junto ao cantor. “Não vão embora quando o show acabar. Fiquem para ver a Orquestra Toca PE, eles têm um trabalho muito bonito”, declarou. Recado dado, foi a vez de “Mamãe oxum” ser cantada. O show encerrou com o clipe da música que dá nome ao novo CD, “O disco do ano”.
Depois de Zeca Baleiro, foi a vez da Orquestra Toca PE subir ao palco. Em resposta às músicas, o povo atendeu aos pedidos de Zeca e permaneceu na apresentação, que entrou madrugada a dentro. Depois, o Dj 440 continuou no comando da festa. O próximo show da casa será no dia 17 de agosto, com O Teatro Mágico.
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