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Na noite da última segunda-feira, dia 11, o especial de Natal Amigos 20 Anos emocionou os telespectadores com as homenagens feitas a Leandro, irmão de Leonardo que morreu em 1998 aos 36 anos de idade.

O especial, que também contou com a presença de Zezé Di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó, foi exibido pela TV Globo com a presença de diversos hits que marcaram a carreira dos artistas. Algumas das músicas cantadas por eles foram No Dia em que Eu Saí de Casa, É o Amor, Não Aprendi a Dizer Adeus e Evidências.

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No entanto, foi no momento que eles se juntaram para cantar Mano que todos foram tomados de emoção. Enquanto as duplas entoavam a canção juntas, Leonardo cantou sozinho enquanto fotos do irmão eram exibidas ao fundo. Nas redes sociais, internautas expressaram os sentimentos de ter acompanhado o momento na televisão.

Quase chorando vendo o Leonardo chorando, olhando para o céu e cantando Mano em homenagem ao Leandro, escreveu uma pessoa.

As homenagens ao Leandro nesse Especial Amigos... Que falta ele faz na música brasileira, gente, disse outra.

Engraçado como eu estou velha, era adolescente no auge deles, mas muito da galera que tá ali nem chegou conhecer Leandro Amigos e só quem viveu sabe como foi triste quando ele morreu, lamentou uma terceira.

Bom dia só para quem chorou com o especial Amigos 20 Anos ontem, expressou mais uma.

O Napoli divulgou nesta quinta-feira (5) o uniforme especial de halloween, fazendo uma homenagem ao Cimitero delle Fontanelle. O vídeo de divulgação do novo uniforme foi publicado nas redes sociais, com o roteiro apresentando uma história assombrada.

O cemitério Fontenelle é um ossário subterrâneo em Nápoles e conta com várias cavernas em seu interior. Os moradores acreditavam que as almas que não tinham redenção podiam conceder desejos.

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O cemitério é aberto para visitação, atraindo vários turistas.

A nova camisa do Napoli tem estampas de caveiras, como uma forma de homenagem à história da cidade.

O  clube já é conhecido por fazer camisas especiais. No Dia dos Namorados deste ano, comemorado em 14 de fevereiro na Europa, o time napolitano fez uma camisa especial para todos os românticos.

Além disso, o Napoli já fez uma camisa especial para Maradona após um ano do seu falecimento. O uniforme tinha uma grande imagem do rosto do argentino em impressão digital e foi utilizado durante o mês em que Maradona faleceu.

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Com quase 15 mil empresas e cerca de 200 mil trabalhadores, o setor industrial é uma das peças fundamentais da engrenagem econômica de Pernambuco. No cenário de pós-pandemia da Covid-19, o segmento precisa vencer uma série de desafios em um processo árduo de retomada da economia.

Sob esse contexto, o LeiaJá publica, nesta quarta-feira (27), o podcast jornalístico "Indústria da Resistência". Conduzido pelo jornalista Nathan Santos e com edição técnica de Caio Lima, o trabalho mostra como empresas e trabalhadores do setor resistiram aos efeitos pandêmicos e quais são as estratégias adotadas, atualmente, para resgatar números positivos para Pernambuco.

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Economistas, empresários e trabalhadores da indústria são alguns dos personagens ouvidos no podcast. Entre as abordagens, estão os planos estratégicos que poderão recolocar o Estado em uma posição de destaque. Ouça agora:

O LeiaJá foi o grande vencedor do 19º Prêmio Urbana de Jornalismo, promovido pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), com apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope). O especial "Calçadas: caminho para a cidadania", assinado por Marília Parente, conquistou as categorias Grande Prêmio e Reportagem em Texto, nessa terça (22).

Em cinco reportagens, o trabalho conta histórias de pessoas e iniciativas que ajudam a construir cidades mais particip(ativas), em que o pedestre - ente mais frágil da mobilidade urbana - seja protagonista. "Calçadas: caminho para a cidadania" conta com edição de vídeo de James William, artes de Felipe Santana, além de imagens de Júlio Gomes e Chico Peixoto, que também fez o webdesign do hotsite.

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A cerimônia reuniu profissionais da imprensa, nessa terça (22), no Armazém Blu’nelle, no bairro de Santo Amaro, na área Central do Recife. As categorias Audiovisual e Fotografia também foram premiadas.

A Capcom lançou na última segunda-feira (12) um site especial para comemorar os 40 anos da desenvolvedora. O Capcom Town organiza conteúdos de vários títulos e franquias da empresa em um mapa interativo cheio de personagens icônicos dos games.

Entre as atrações do Capcom Town, estão artes e documentos relacionados ao desenvolvimento de vários jogos da Capcom, notícias, avatares especiais para download e até uma coleção de clássicos para experimentar. No caso do último mencionado, pode ser preciso conectar algum controle no PC ou dispositivo que estiver usando para acessar o site.

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Outro detalhe importante é que os participantes dos eventos dentro do Capcom Town receberão “recompensas especiais”.

Na segunda-feira (12), a Capcom também transmitiu um Showcase como parte da Summer Game Fest 2023. Entre os destaques, estiveram o adiamento de Pragmata, Kunitsu-Gami: Path of the Goddess, Dragon’s Dogma II e Megaman X Dive Offline.

Ela habla mesmo! Após ser deixada de fora do especial de 60 anos do Programa Silvio Santos, Lívia Andrade se manifestou nas redes sociais e soltou comentários sobre a gestão de Patricia Abravanel no SBT. A apresentadora, que atualmente trabalha para a TV Globo, explicou que não foi a única que contribuiu por anos ao programa e não foi convidada.

Segundo informações do Em Off, a artista disparou que não fazia sentido Carlinhos Aguiar não estar presente no especial:

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- Está tudo tranquilo. Realmente, não fui convidada. Nem estava ligada nesse assunto, vocês que fizeram muitas perguntas. Eu sou só mais uma ali. Tem muito mais gente que faz parte dessa história. Vou citar um exemplo: o Carlinhos Aguiar nem está em outra emissora, não tem nem a desculpa de falar que está em outra emissora, de contrato que não pode, e que tem conflito. Ele, além de tomar muito choque na bunda, naqueles Pontinhos, tomou muito tapa na cara na rua fazendo pegadinhas. Vocês lembram? Quando a pegadinha ainda era de verdade? Ele tomou muito tapa na cara, na rua! Ele veio antes do Programa Silvio Santos. Ele veio de Topa Tudo por Dinheiro, ele está em todas as pegadinhas e estava lá nos Pontinhos. E tipo, nem uma cartinha. Então, por mim, gente, de boa.

Lívia ainda relembrou a época em que estava logo no início de sua carreira no programa e tentava ganhar dinheiro com publicidade de roupas, mas Patrícia barrou a prática e ainda cortou outro benefício.

- Quando ela chegou no Jogo dos Pontinhos, éramos tudo pobrinho, todo mundo começando em início de carreira. A gente era brega, mas tava com o dinheiro no bolso, porque as marcas pagavam para a gente usar a roupa. A gente metia o outdoor da marca da roupa e ia fazer os Pontinhos. Até que um dia ela perguntou das roupas, o Carlinhos Aguiar, tadinho, desenrolou a língua e, na outra semana, ela tesourou nossa renda extra. O carro do SBT ia buscar a gente na porta, fazia sucesso na quebrada, mas ela tesourou também.

E a famosa contou que desafetos podem influenciar as decisões da filha de Silvio Santos.

- Mas, de novo, eu repito, é Programa da Patrícia e não é do Silvio. Por isso que não teve! Então, gente, vamos aceitar. Ela é filha, ela é que está mandando na zorra toda e está tudo certo. E se você fosse filha do Silvio Santos? Você não faria? Talvez, se eu não gostasse das pessoas, estivesse lá, fosse filha do dono, e estou fazendo meu negócio falava: ‘Ah, não. Não quero essa pessoa aqui. Já saiu! Não quero mais ela aqui, não. Já não gostava mesmo e por que agora que saiu vou ter que aceitar?

Para finalizar, explicou que conversou com colegas de trabalho:

- A vida é assim! Ninguém tem que gostar de ninguém e amar ninguém também. Vocês pensam que todo mundo ama todo mundo? Vai nessa, viu? Vai caindo nessas. As pessoas se respeitam. Se respeitar, está ótimo! Não precisa amar e é trabalho gente, é profissão. Claro que quando a gente se ama, quando existe uma amizade e parceria, um sentimento legal melhor ainda. Mas senão, respeita, faz o seu, ganha o seu dinheiro e vai embora para casa. Eu falei para os meus colegas de trabalho: Gente, relaxa! Não é, esquece. Não é Programa Silvio Santos, é Programa da Patrícia e ela bota quem ela quer. Segue a vida! Vocês sabem quem vocês são e sabem o que vocês fizeram.

A série Lost completa 20 anos em 2024. Para celebrar a data, a produção será tema de um documentário que vai contar a história da criação e dos bastidores de suas seis temporadas.

O filme documental vai se chamar Getting LOST (Se Perder, em tradução livre) e vai acompanhar não apenas o processo criativo da série, como seu impacto na história da televisão norte-americana. Um dos assuntos abordados será o polêmico final da produção.

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O projeto terá direção de Taylor Morden, conhecido por documentários como The Last Blockbuster (2020) e Pick It Up! – Ska in the ’90s (2019). Em comunicado à imprensa, o cineasta diz que quis “fazer um filme que celebra o impacto que a série teve na cultura pop, examinar suas derrapadas e talvez revelar o verdadeiro significado de Lost”.

O documentário Getting LOST não tem data de estreia definida. As seis temporadas da série estão disponíveis para streaming no Star+.

O LeiaJá publicou, nesta quarta-feira (26), o especial Fome à Brasileira que aborda a problemática nacional. São 33 milhões de pessoas passando fome no Brasil, convivendo com o mais grave grau de insegurança alimentar. É importante lembrar que por trás de cada número existem pessoas que dormem e acordam sem saber o que irão comer e dar para os seus.

As cinco reportagens deste especial abordam o drama vivido por famílias da comunidade do Coque, além de temas como desnutrição infantil, desperdício de alimentos e insegurança alimentar, na tentativa de explicar ao leitor como o desmonte das políticas públicas, a piora da crise econômica que provocou o aumento das desigualdades sociais e a pandemia da Covid-19 impactaram e resultaram na fome, que está cada vez mais presente nos lares das famílias brasileiras.

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As reportagens são de Jameson Ramos, Alice Albuquerque e Victor Gouveia; as imagens de Rafael Bandeira, Júlio Gomes e Chico Peixoto; a arte gráfica é de Felipe Santana e a supervisão de conteúdo de Victor Hugo. O webdesign é de Chico Peixoto e a edição de Giselly Santos e Damares Romão.

Quando terminou o tratamento de um câncer de mama, há quatro anos, a servidora pública Marília Biscuola ouviu a frase: "Esquece o câncer, vai lá viver sua vida e ser feliz". Não foi tão simples assim. O fim do tratamento abre novas possibilidades, mas também impõe desafios na vida social, no trabalho e até no lazer de quem passou pelo tratamento. Em muitos casos, a doença reorienta a vida dos pacientes, que se veem diante de uma questão incômoda, mas necessária: "Superei o câncer. E agora?".

Esse é o tema de uma série de perfis que o Estadão publica a partir desta quinta-feira (1º), um por semana, sobre os novos rumos dos pacientes após a fase mais aguda do tratamento. As histórias, ainda em construção, captam dificuldades para voltar ao trabalho por causa do preconceito ou da própria dinâmica do mercado, conquistas pessoais, como filhos e novos hobbies, e, sobretudo, sonhos que mudaram de cara ou deram lugar a outros que permanecem ali, à espreita.

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Marília Biscuola descobriu que tinha câncer de mama quando fazia exames para engravidar aos 31 anos. Parecia uma sentença de morte quando mais pensava na vida, em suas palavras. Sua mãe, Lairce, chorava escondida. O chão só foi se formando de novo sob os pés da servidora pública depois da cirurgia de retirada da parte da mama, do tratamento bem-sucedido e de muita terapia. Foram quatro anos para que voltasse a fazer planos e alguns já ganharam vida. Literalmente. É o caso dessa menina de 8 meses que está agora no tapete da sala, tentando engatinhar e exibindo cinco dentinhos. Nicole.

Foi assim mesmo: Marília conseguiu engravidar depois da doença, sem a necessidade de tratamento. Foi natural. O barrigão era um peteleco naquela sentença, mas foi difícil superar a barreira emocional. "Aquele fantasma do câncer fica te assombrando e a gente fica com medo de ter de novo. Não queria deixar uma criança órfã. Trabalhei muito minha parte emocional."

Do ponto de vista físico, não há restrições para que pacientes oncológicas se tornem mães na maioria dos casos. Existem situações, no entanto, em que a quimioterapia reduz a reserva de óvulos. "As pessoas estão começando a pensar em filhos mais tarde. A chance de engravidar vai diminuindo, independentemente de ter câncer de mama ou não", diz a oncologista Daniela Rosa, professora da Faculdade de Medicina da UFRGS e coordenadora do Comitê de Tumores Mamários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

A grande questão, como observa Débora Gagliato, oncologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, é depois de quanto tempo a mulher pode engravidar após o fim do tratamento. "Ainda há controvérsias na comunidade médica."

E Marília foi além ao conseguir amamentar. São quatro vezes por dia ou de acordo com o apetite da menina risonha que não tira os olhos grandes do flash da câmera fotográfica. Marília utiliza sempre a mesma mama. A outra, submetida à cirurgia conservadora, a retirada de uma parte do órgão, não produz o líquido.

Nicole está naquela fase gostosa (para os pais) em que a criança não faz as travessuras, apenas as imagina. Dá para entender porque ela é o centro das atenções na casa de Pirituba, zona norte da capital paulista. Ela simboliza a superação de uma doença que preocupa as mulheres.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, logo depois dos tumores de pele. A oncologista Débora Gagliato traz os números para mais perto da nossa realidade: uma em cada oito mulheres será diagnosticada com câncer de mama.

Dar à luz e amamentar foram a virada num placar que parecia perdido, mas o jogo não acabou. Marília enfrentou obstáculos para voltar a trabalhar. Ela teve uma nomeação revogada para um cargo público por causa do histórico de saúde e precisou entrar na Justiça para se sentar na cadeira. Deu certo. E ela está no mesmo emprego até hoje.

Depois da repercussão do caso, publicado pelo Estadão em 2020, ela passou a receber mensagens de pessoas que tiveram problemas semelhantes. Foi aí que ela percebeu a dimensão coletiva de seu drama individual. A partir do seu trabalho voluntário no Instituto de Quimioterapia e Beleza, ela elaborou o Manual de Orientações do Paciente Oncológico, um bê-á-bá com as principais dúvidas sobre os direitos dos pacientes.

Marília é articulada, mas evita olhar direto para a câmera na gravação. Mesmo com a voz meio tremida em alguns momentos, ela não cede ao choro. A gente só percebe o dedo indicador socorrendo a pálpebra inferior para uma lágrima solitária não transbordar. A maquiagem permanece intacta.

Tive câncer de mama, mas quero ter filhos. O que fazer?

Veja perguntas e respostas

Câncer de mama tem cura?

O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra e do tipo do tumor. Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

Tive câncer de mama, mas quero ter filhos. O que fazer?

É preciso conversar com os médicos sobre estratégias para preservar a fertilidade. Uma delas é o uso de um medicamento, ministrado junto com a quimioterapia, para proteger os óvulos. É a chamada proteção ovariana.

É possível congelar os óvulos?

Essa é a estratégia mais segura na opinião da médica Débora Gagliato, oncologista da BP. É preciso alinhar com os médicos antes de começar o tratamento.

É possível fazer o congelamento de óvulos pelo plano de saúde? E pelo SUS?

A preservação de fertilidade não está no rol de cobertura da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mas há julgamentos que determinam que os planos custeiem o tratamento durante o tratamento oncológico. Ou seja: é preciso entrar na Justiça. Há locais que fazem a preservação de fertilidade, por meio do congelamento de óvulos, de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde, como o Hospital Pérola Byington, em São Paulo, por exemplo.

Como prevenir o câncer de mama?

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis. Entre eles está a diminuição da quantidade de álcool ingerida. "É preciso falar mais sobre isso. A ingestão de álcool é uma prática social e cultural, mas é importante falar que o uso de álcool em excesso é um fator de risco para câncer de mama", diz Daniela Rosa, professora da Faculdade de Medicina da UFRGS.

Veja outras recomendações de especialistas

- Evitar terapias de reposição hormonal na menopausa, como implantes de estrógeno e progesterona.

- Evitar sobrepeso e obesidade é fundamental na redução de risco. Ter um índice de massa corporal normal faz muita diferença.

- Praticar atividade física regular ou mais exatamente 150 minutos por semana de atividade aeróbica moderada, como caminhar, andar de bicicleta ou nadar.

- Conhecer a história familiar em relação às enfermidades

Quando tenho de fazer a mamografia?

O exame de mamografia é a principal tecnologia a serviço das mulheres para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o que significa maiores chances de superar a doença. Segundo orientação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), mulheres acima dos 40 anos devem fazer o exame anualmente. Sim, o exame incomoda um pouco. O mamógrafo comprime os seios para espalhar o tecido mamário a fim de que possa ser visto de forma mais nítida na imagem. A mamografia está disponível pelo SUS, preferencialmente, para mulheres entre 50 e 69 anos de idade.

Como fazer o autoexame?

Ainda de acordo com a SBM, o autoexame das mamas deve ser feito de frente a um espelho, de preferência no período após a menstruação. Você deve erguer um dos braços e analisar uma das mamas com a mão e depois repetir o processo do outro lado. A ideia é procurar pequenos caroços ou algum tipo de deformação. Mas não se desespere se encontrar algo estranho: nem todo caroço é câncer. E fale sempre com seu médico ou ginecologista.

O autoexame pode substituir a mamografia?

Não. São coisas diferentes. O autoexame é muito importante para você identificar qualquer anormalidade, mas, obviamente, não substitui a mamografia. Esse exame identifica nódulos imperceptíveis ao toque.

Onde procurar ajuda em caso de câncer de mama?

- Instituto Vencer o Câncer - https://vencerocancer.org.br/

- Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) - https://femama.org.br/site/

- Instituto Oncoguia - http://www.oncoguia.org.br/

- Sociedade Brasileira de Mastologia - https://sbmastologia.com.br/

A autora J.K. Rowling finalmente falou sobre sua ausência no especial Harry Potter: De Volta a Hogwarts, que reuniu todo o elenco de Harry Potter em comemoração ao lançamento do primeiro filme da Saga.

Segundo a revista People, a autora falou sobre o assunto em sua aparição no Virgin Radio, no último sábado (27). Contrariando a informação de que não teria sido convidada para a produção, J.K admitiu que não quis fazer parte do especial.

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"Fui convidada a participar disso e decidi que não queria fazer isso", admitiu a autora para o apresentador do programa.

Mas J.K. Rowling justificou sua decisão, que chamou bastante atenção no dia da estreia do especial.

"Eu pensei que era mais sobre os filmes do que os livros, com toda a razão. Era disso que se tratava o aniversário. Ninguém disse para não fazer... Me pediram para fazer e decidi não fazer".

Vale ressaltar que J.K se envolveu em algumas polêmicas em 2020, quando publicou opiniões transfóbicas em sua conta no Twitter. Depois das declarações controversas, o trio principal da franquia de Harry Potter, Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, se manifestou contra a autora.

O estúdio de animação MAPPA anunciou na noite do domingo (21) que o anime Jujutsu Kaisen receberá um especial de TV no dia 18 de setembro, que contará com diversas novidades da segunda temporada. Ainda não foram divulgados detalhes sobre o conteúdo do especial, que será transmitido primeiro na televisão japonesa.

Além disso, o estúdio também revelou em seu site oficial um pôster inédito da produção do especial, destacando os personagens principais: Itadori, Nobara e Fushiguro. Este é o segundo especial desde o lançamento de Jujutsu Kaisen 0, filme do universo do mangá.

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Jujutsu Kaisen é um mangá japonês, escrito e ilustrado por Gege Akutami. A adaptação para o formato do anime é assinada pela Weekly Shonen Jump desde 5 de março de 2016.

Na história, acompanhamos Yuji Itadori que, certo dia, para salvar seus amigos que estavam sendo atacados por maldição, consome a parte do corpo de um poderoso demônio conhecido como Sukuna, absorvendo parte de seus poderes.

A primeira parte de Jujutsu Kaisen está disponível em serviços de streaming como o Crunchyroll. O anime retorna com novos episódios em 2023. 

Confira o pôster no site oficial do estúdio: https://jujutsukaisen.jp/#index

No Brasil, 99% das empresas são pequenos negócios. Esses empreendimentos são responsáveis por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, assim como geraram, em 2021, 70% de todos os empregos.

Os dados divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) destacam a força e a relevância dos pequenos negócios brasileiros para a economia do País. São empreendimentos liderados por trabalhadores aguerridos, que ao longo da história, mesmo diante de sérias crises, batalharam para conduzir as suas empresas, garantindo o sustento de suas famílias e da economia nacional.

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A partir desse mote, o LeiaJá publica, nesta quarta-feira (29), um novo projeto especial, o podcast “Pequenos negócios, grande história”, comandado pelos jornalistas Nathan Santos e Camilla de Assis; a edição técnica é de Caio Lima.

Em seis episódios, o podcast aborda a evolução histórica dos pequenos negócios brasileiros, partindo do período colonial ao contexto de pós-pandemia da Covid-19. Os conteúdos jornalísticos explicam como eles tornaram-se os pilares econômicos da nação. Ouça a seguir:

A história dos pequenos negócios: dos primórdios ao atual cenário, entenda como tornaram-se pilares da economia

Na fuga à crise, empreender por necessidade é a saída de milhões de brasileiros

Covid-19, crise e resiliência empreendedora

Empreender por oportunidade: o cenário ideal para o universo empreendedor

Sebrae: 5 décadas de bons negócios

Pós-pandemia e o futuro dos pequenos negócios no Brasil

Na última quarta-feira (1º) foi ao ar na TV Globo o Especial Chitãozinho e Xororó, em comemoração aos 50 anos de trajetória da dupla. Apresentado por Pedro Bial, o especial contou com um show dos sertanejos e também mostrou um pouco da história por trás dos dois, tanto em relação a vida pessoal, quanto em relação as canções.

A produção foi muito bem recebida pelo público, e repercutiu positivamente nas redes sociais.

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"São tantas as EVIDÊNCIAS que farei algumas CONFIDÊNCIAS:Estou com o CORAÇÃO QUEBRADO por PURA EMOÇÃO... Especial Chitãozinho & Xororó 50 anos... Que programão!", escreveu um internauta.

Outro internauta escreveu: "Chitãozinho & Xororó é a melhor e maior dupla do país, falo com tranquilidade".

A atriz Regiane Alves também elogiou a dupla, os chamando de gênios: "Gente eu descobri que sei todas as músicas do Chitãozinho e Xororó. Bateu saudade da minha infância, a minha família cantava todas as músicas! São gênios".

Em suas redes sociais, Chitãozinho e Xororó agradeceram aos que acompanharam o momento importante: "Que especial lindo!! Ficamos emocionados de gravar e viver tudo isso! Obrigado a todos que assistiram e acompanharam esse momento tão importante da nossa carreira!Esperamos que vocês tenham sentido a emoção que nós estamos sentindo até agora!E mais uma vez obrigado TV Globo e Pedro Bial".

Nesta quarta (22), o público fiel de Roberto Carlos poderá matar a saudade de celebrar o Natal junto ao ídolo. Após um ano sem acontecer, por conta das restrições da pandemia do coronavírus, o tradicional especial de fim de ano do artista, exibido pela TV Globo, estará de volta à telinha. O programa, intitulado ‘Reencontro’, vai ao ar após a novela ‘Um Lugar ao Sol’, com vários convidados especiais. 

Em 2020, o programa que traz o rei cantando um repertório diferenciado, além de seus clássicos, junto aos amigos artistas, não aconteceu por conta dos riscos do coronavírus. Em seu lugar, a Globo optou por reprisar um show feito por Roberto Carlos em Jerusalém. Já este ano, com o relaxamento das restrições e um cenário epidemiológico um pouco menos preocupante, o especial terá uma edição inédita e promete muita emoção.

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O próprio Roberto parece bastante feliz e ansioso com a produção. Na vinheta que anuncia o programa, o cantor diz: “Esperei o ano inteiro por este reencontro”. No palco, cantam com o rei os artistas Ivete Sangalo, Sandy, Fafá de Belém, Zeca Pagodinho, Wanderléa, Erasmo Carlos, Jota Quest, Zezé di Camargo e Luciano, entre outros.

A famosa franquia “Harry Potter” receberá um especial na plataforma de streaming HBO Max, que reunirá os atores Daniel Radcliffe (Harry Potter), Rupert Grint (Rony Weasley) e Emma Watson (Hermione Granger), junto ao diretor Chris Columbus, para comentar curiosidades sobre os filmes. A novidade foi anunciada ontem (17) pela Warner Bros.

O episódio intitulado “Harry Potter 20 anos: De Volta a Hogwarts”, está com estreia prevista para 1º de janeiro de 2022 e celebrará o vigésimo aniversário do primeiro filme da franquia “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (2001).

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Além do trio principal, a Warner divulgou que o especial contará com participações especiais de outros atores, que também marcaram presença ao longo dos oito filmes, como Matthew Lewis (Neville Longbottom), Tom Felton (Draco Malfoy) e Imelda Staunton (Dolores Umbridge).

Os fãs também podem esperar por homenagem aos intérpretes de Severus Snape, Alan Rickman (1946-2016); e Albus Dumbledore, Richard Harris (1930-2002).

“Harry Potter 20 anos: De Volta a Hogwarts” seguirá um modelo muito parecido com “Friends: The Reunion” (2021) e “Um Maluco No Pedaço - A Reunião” (2021), que também estão disponíveis no HBO Max. Este formato se caracteriza por reunir os atores em uma conversa descontraída, em que eles relembram os tempos de gravações e revelam curiosidades da época.

Em um vídeo publicado nas redes sociais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na última terça (21), um comandante sugere que agentes deem tratamento especial à região administrativa do Lago Sul, área nobre de Brasília. O oficial argumenta que, nesse local, a proteção ao patrimônio e à pessoa é “extremamente importante”, por se tratar de uma localidade, em suas palavras, “de grande renda per capita”.

“Hoje os senhores estarão reforçando o policiamento de uma das áreas mais importantes de nossa cidade. Os senhores estarão reforçando o policiamento de uma área onde nós temos autoridades, embaixadores e grandes empresários. Uma área com grande renda per capita, na qual a proteção à pessoa e ao patrimônio é extremamente importante”, orienta o oficial.

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O comandante afirma ainda que os policiais tomem cuidado com as abordagens. “Conversem com a comunidade, interajam com a sociedade, peguem informações e passem para o policiamento normal da área”, completa.

Os agentes que aparecem nas imagens atuarão nos policiamentos diplomático e turístico. Em treinamento, estes policiais ainda precisarão aguardar cerca de 30 dias para que estejam definitivamente integrados ao Departamento de Operações em uma das unidades da PMDF.

Nesta quarta-feira (19), a HBO Max disponibilizou nas redes sociais o trailer oficial do especial Friends: A Reunião. As imagens mostram os atores Jennifer Aniston (Rachel), Courtney Cox (Monica), David Schwimmer (Ross), Lisa Kudrow (Phoebe), Matthew Perry (Chandler) e Matt LeBlanc (Joe) relembrando alguns momentos marcantes da série.

"Nossos amigos favoritos estão de volta ao set que começou tudo", descreveu a HBO na postagem. O especial será lançado no catálogo da plataforma de streaming no próximo dia 27, e aqui no Brasil só em junho. Os fãs brasileiros ficarão sabendo da data em breve. No seu perfil do Instagram, David, intérprete de Ross, disparou: "Como faz bem finalmente dar um grande abraço naquele amigo que você não vê há anos?".

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"Qualquer coisa me bota no paredão". Acho que não! Durante o especial BBB Dia 101, que foi exibido neste sábado (8), Lucas Penteado e Karol Conká mostraram que todas as tretas são águas do passado.

"Você não cometeu crime nenhum, não. Errar é humano. Tem gente muito pior lá fora e ninguém fala nada. Tu entrou como diva do pop e saiu como ser humano", disse o ator.

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"Não foi crime, mas foi atrocidade. Eu errei feio", respondeu Conká.

Durante o reality, a dupla protagonizou diversos conflitos que fizeram com que o ex-brother desistisse do Big dos Bigs. Em determinado momento do jogo, a cantora chamou Lucas de abusador, pedindo para que ele se retirasse da mesa durante a refeição. Nas redes sociais, as atitudes não pegaram muito bem e Karol saiu com a maior rejeição da história, tendo 99,17% dos votos.

Mais tarde, Tiago Leifert reuniu os brothers pela última vez na sala, e a rapper comentou que não conseguia se reconhecer nas cenas agressivas.

 

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No dia 22 de abril, o prefeito de Tamandaré, cidade do Litoral Sul de Pernambuco, Sérgio Hacker (PSB), gravou um vídeo dizendo que havia sido diagnosticado com Covid-19. "Eu me isolei em casa e segui todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde, como do Governo Federal e do Governo do Estado, de fazer o isolamento, e vou fazer assim pelo prazo determinado pelas autoridades", disse ele na gravação. É possível perceber o som de pratos no vídeo. Era a empregada doméstica Mirtes Renata de Souza Santana, que também havia descoberto que estava com a doença naquele dia.

Até então, Mirtes não era uma pessoa nacionalmente conhecida. Tornou-se após a trágica morte do seu filho, Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos, que despencou do prédio de luxo Píer Maurício de Nassau, no bairro de São José, área central do Recife - mesmo edifício em que o prefeito gravou aquele vídeo sobre o seu diagnóstico meses antes -. Na tarde de 2 de junho de 2020, Mirtes havia levado Mel, a cadela de Sari Mariana Costa Gaspar Corte Real, primeira-dama de Tamandaré, para passear, deixando o filho aos cuidados da patroa. O menino, que queria encontrar a mãe, foi deixado sozinho dentro do elevador por Sari. Miguel saiu no 9º andar, de onde caiu de uma altura de 35 metros.

--> Reportagem integra série do LeiaJá que mostra o impacto da pandemia da Covid-19 na rotina das domésticas brasileiras. Confira, ao fim do texto, as demais matérias.

Apesar de o serviço doméstico não ser considerado essencial na pandemia do novo coronavírus, Mirtes e Marta Maria Santana Alves, avó de Miguel, seguiram trabalhando para Sérgio Hacker e Sari Corte Real. Elas contam que não foram obrigadas a continuar trabalhando, mas sentiram que os patrões não ofereceram uma segunda opção. “Ela [Sari] disse ‘Vou para Tamandaré. Vamos?’, você vai dizer o quê? Você precisa do seu emprego”, conta Marta, de 60 anos e, portanto, integrante do grupo de risco da Covid-19. Mãe e filha dizem ter se infectado com a Covid-19.

Durante a pandemia, mãe e filha continuaram trabalhando e se infectaram com a Covid-19. (Rafael Bandeira/LeiaJáImagens)

Marta trabalhava para o casal Hacker desde 2014. Inicialmente, ia dois dias da semana para passar as roupas e foi ficando. “Quando eu cheguei a primeira vez, eu me assombrei com a quantidade”, ela lembra. “Quando eu terminava um montante, que eu dava às costas, já tinha outro. E não era uma simples blusinha, eram blusas delicadas que meu salário não pagaria”. A avó de Miguel diz que quase todo o seu expediente era ocupado com o ferro de passar.

O apartamento no Píer Maurício de Nassau era grande. Sari precisava de alguém para fazer faxina, mas as pessoas costumavam desistir quando viam o tamanho do local. Mirtes estava em situação financeira crítica. Ela, que nunca havia trabalhado como empregada doméstica, decidiu aceitar a missão.

A mãe de Miguel deixava o garoto em uma escola próxima de onde mora e em seguida pegava um ônibus, um metrô e outro ônibus para chegar às 8h nas imponentes Torres Gêmeas, nome dado aos dois edifícios de luxo que transformam drasticamente a silhueta recifense do bairro de São José. Ela não tirava hora de almoço, pois assim conseguia largar às 16h e buscar o filho a tempo.

A principal tarefa dela no apartamento era cozinhar. A mãe ajudava com os serviços de limpeza, mas logo depois tinha que voltar sua atenção para a quantidade de roupa. As duas também cuidavam dos dois filhos de Sérgio e Sari. “Sari nunca teve paciência para as crianças”, afirma Marta.

Além do cuidado com as roupas delicadas, Mirtes e Marta precisavam ter um cuidado redobrado com a sala principal do apartamento. Sari não permitia que ninguém ficasse lá, nem as crianças, marido, visitas ou ela própria. Havia objetos de cristal, itens delicados e caros. Havia TV e havia sofá, mas ninguém podia assistir a algum programa ou sentar ali. "Ela recebia as visitas na cozinha. A sala era de enfeite, como um mostruário", lembra Marta. Mirtes ficou com o coração apertado quando quebrou a escultura de um elefante. "Eu disse que pagava, mas ela disse 'não se preocupe, daqui da sala você quebrou o mais barato'".

Durante todos esses anos trabalhando para Sari e Sérgio, Mirtes e Marta recebiam o salário pela Prefeitura de Tamandaré. O Portal da Transparência da cidade mostrava Marta como gerente de divisões na Secretaria de Educação, enquanto Mirtes constava como gerente de divisões na Manutenção das Atividades de Administração. Na realidade, elas não trabalharam para a gestão municipal nem um dia sequer. "No começo fiquei com pé atrás, mas é porque a gente não tinha outra opção. E tem outros funcionários da família deles que recebem pela Prefeitura", diz a avó de Miguel. Ela também teve que mudar o endereço eleitoral para Tamandaré, tornando-se mais uma eleitora do então prefeito. Continuava morando na mesma casa modesta no Recife, apesar do documento constar que ela morava na mansão dos Hacker. Mirtes também foi orientada a mudar o título, mas se recusou. 

Apesar dessas situações, elas sentiam que a convivência com os patrões era muito melhor do que as histórias que ouviam de outras empregadas domésticas do mesmo prédio: muitas só podiam comer depois que a patroa almoçasse e tinham pratos e copos separados. Ela e Mirtes viviam uma experiência diferente, não havia distinção de comida, bebiam nos mesmos copos e comiam nos mesmos pratos que os patrões. O tratamento que elas tinham parecia especial diante dos relatos das outras. "Eu pensava 'sou tratada como se fosse da familia'", lembra a avó de Miguel. 

Mirtes recorda também que elas eram convidadas a participar das festas dos filhos dos patrões. E quando visitavam a família dos Hacker, Sari alertava Marta que ela não era obrigada a ir à cozinha dos outros. "Os familiares de Sérgio são acostumados a tratar muito mal os funcionários. Ela não admitia que tratassem mal mainha", diz a mãe de Miguel.

 Antes da tragédia com o neto, Marta diz que acreditou ser tratada como se fosse da família dos patrões. (Rafael Bandeira/LeiaJáImagens)

No período da pandemia, entretanto, mãe e filha continuaram trabalhando mesmo não exercendo um serviço considerado essencial. Com as aulas presenciais suspensas por causa da Covid-19, a família Hacker foi para Tamandaré. Mirtes, Marta e Miguel acompanharam. O expediente continuou iniciando às 8h, já o horário de largar não era mais bem estabelecido. Elas ouviram dos patrões que um dos motivos da ida era manter o isolamento - o que não se cumpriu -. "Sempre tinha gente de fora na casa", lembra a avó de Miguel. 

Mirtes, Marta e Miguel tiveram a Covid-19, elas contam. Marta diz que teve a doença, mas que na época achou ser qualquer outra coisa. Teve sintomas brandos, como febre, dor de cabeça, tosse e moleza. Continuou trabalhando. Na mesma época, Miguel apresentou febre, tosse e diarreia. Avó e neto só confirmaram que tiveram a doença dias antes da tragédia de junho, quando um sobrinho de Sérgio Hacker apresentou diagnóstico positivo. Preocupado com a saúde da filha, o prefeito de Tamandaré testou todos da casa. 

O quadro mais grave foi de Mirtes, que apresentou sintomas cerca de uma semana antes da mãe e do filho. Ela sentiu febre, tontura, tosse, dor no corpo, perdeu o olfato e o paladar. Ligava todo dia antes de dormir para Miguel, que estava em Tamandaré com a avó. Teve medo de morrer. Mesmo com a saúde comprometida, ela continuou trabalhando, mas reduziu a intensidade. "Eu fazia uma coisa ou outra e deitava. Em menos de uma semana perdi seis quilos", se recorda Mirtes. 

Era ela quem ia buscar as encomendas que chegavam para o apartamento. De manhã e de tarde saía com a cachorra. Foi alertada de que moradores do prédio estavam incomodados com ela circulando pelo local mesmo doente. "O pessoal me olhava com olhar de reprovação. Eu tentava descer em um horário que não tivesse movimento".

Miguel voltou de Tamandaré na segunda-feira, 1º de julho. Estava animadíssimo. A mãe lembra que ele foi brincar na rua à noite, para matar a saudade dos amigos. No dia seguinte, ela levou o filho ao trabalho. Era o último dia de Mirtes como empregada doméstica, o último dia de Miguel vivo.

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Refletindo agora sobre os momentos nos quais elas se sentiram como parte da família, mãe e filha chegam a uma conclusão diferente. Não mais acreditam que eram vistas como iguais. "Eu vim entender que ela tratava a gente assim porque a gente priorizava as vontades dela, dava tudo no agrado dela", pondera Marta. "Ela apagou tudo que fez por mim lá atrás. Não adianta me abraçar e não abraçar meu filho". Mirtes complementa a mãe: "A bondade que ela fazia não dava o direito de fazer o que fez com meu filho. Tudo que ela fez antes foi anulado no dia que ocorreu aquilo".

"É mais fácil eu ir para o sinal vender água do que trabalhar na casa de outra pessoa", diz Mirtes. (Rafael Bandeira/LeiaJáImagens)

"Não volto mais a trabalhar de empregada doméstica. Apesar que um patrão não é igual a outro, mas eu não quero mais ter essa experiência. É mais fácil eu ir para o sinal vender água do que trabalhar na casa de outra pessoa", afirma Mirtes. Após o ocorrido, ela passou a viver de doações. Em novembro, a ex-empregada doméstica anunciou que vai fazer o curso de direito em 2021 e que pretende ajudar pessoas que sofrem com a "morosidade da Justiça". "Missão que Miguel me deu", disse. 

No dia da morte de Miguel, Sari chegou a ser presa em flagrante, mas pagou fiança de R$ 20 mil e pôde responder ao processo em liberdade. Posteriormente, após análise das câmeras de segurança, a Polícia Civil indiciou a primeira-dama por abandono de incapaz que resultou em morte. As gravações mostravam que o menino entrou várias vezes no elevador querendo encontrar a mãe, sendo retirado por Sari. Na última vez, a primeira-dama apertou o botão da cobertura e deixou ele sozinho, voltando para o apartamento, onde fazia as unhas com uma manicure. Miguel apertou em alguns botões e saiu no nono andar, de onde caiu. O Ministério Público de Pernambuco a denunciou com agravamento da pena, pelo crime ter sido contra criança e em meio à conjuntura de calamidade pública.

Em 3 de dezembro, no Recife, ocorreu a primeira audiência de instrução e julgamento do caso. Na ocasião, foram ouvidas oito testemunhas de acusação, entre elas, Mirtes, Marta e o pai de Miguel, Paulo Inocêncio da Silva. Sari estava presente, mas não foi interrogada. Uma nova audiência será marcada para, então, o juiz proferir a sentença.

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