Paulo Alcantara

Paulo Alcantara

Juventude, Educação & Trabalho

Perfil:Especialista em Direito do Trabalho, Especialista e Mestre em Educação, professor universitário e desembargador do TRT da 6a Região

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Quer aprender, então durma

Paulo Alcântara, | qui, 19/05/2016 - 09:53
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"O sono é o cofre das recordações." Jules Renard, Novelista

O título e a citação com as quais iniciamos a nossa coluna deixam claro o que pretendemos abordar.

Inicialmente queremos incentivá-lo a dormir, para aprender, pois, é fundamental para o armazenamento das memórias no cérebro o repouso. Podemos usando uma metáfora, dizer que o sono é realmente o cofre das recordações ou memórias, com citou Renard.

Nos dias de hoje em que somos bombardeados com muitas informações e o universo de atividades diferentes, temos dificuldade de escolher e principalmente de termos concentração naquilo que pretendemos dar ênfase. Entretanto, não basta você ler, estudar horas e horas a fio, se não houver um sono que facilite a aprendizagem. É certo dizer que não sou um especialista em sono, mas, como educador, me interessa e muito sobre as condições em que a aprendizagem pode ser favorecida e nesse diapasão, não posso deixar de lado a influência do – sono – na aprendizagem.

Vou novamente valer-me de um infográfico para continuar mostrando como o sono pode ajudá-lo a estudar e aprender. O artigo publicado não é novo ou recente, mas, mostra que essa minha preocupação não é de hoje, ou por causa da coluna. Vamos a ele:

Parece estranho falar em dormir para aprender, mas essa é uma situação e real e a cada dia mais importante para que os jovens tenham a consciência disso, bem como os pais e responsáveis possam conversar e orientá-los.

Recentemente li um texto e gostaria de compartilhar com vocês:

Os cientistas estão cada vez mais convictos da importância do sono para a aprendizagem. Mas a maioria dos pais insistem em não colocar limites no uso da tecnologia pelos filhos. Ou seja, muitas são as crianças e adolescentes que passam horas e horas, no período da noite, no facebook ( de modo especial) ou navegando na internet, entretidos com jogos. Deixando de fazer o que é mais importante para o aprendizado, depois da sala de aula e dos estudos em casa: o sono, o repouso. (https://cremp.wordpress.com/tag/sono-e-aprendizagem/)

Não pretendo dizer ou insinuar que sou contra o uso das tecnologias, facebook, jogos, etc, ao contrário, minha intenção é contribuir para um melhor desempenho nos estudos e, até, mesmo na vida, posto que o sono contribua para que o cérebro trace estratégias de sobrevivência.

Por favor, releia o infográfico e reflita sobre isso.

Na próxima coluna vamos misturar sono e música. Curta o vídeo abaixo, dance e espere a próxima coluna.

Até mais.

 

O Sono é um bom professor, experimente.

"Nós gostamos de ficar acordados, somos viciados em nosso verão sem fim" Thomas Wehr, Psicobiólogo

| ter, 03/05/2016 - 09:14
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Há alguns anos tive um diálogo com um aluno que veio conversar comigo e vou reproduzir a conversa: 

— Professor, eu estava pensando;

Foi, que bom, doeu?

— Não professor, estou falando sério;

Sim, me conte o que andou pensando?

— É o seguinte: as pessoas dormem 08 horas por dia, não é isso?

Vamos dizer que sim;

— Ora, se eu dormir 08 horas por dia, significa que vou dormir um 1/3 de minha vida;

Continue;

— Quando eu viver 75 anos, terei dormido 25 anos, ou seja, terei dormido os melhores anos de minha vida.

Ora, a preocupação dele, é muito mais comum do que se pensa e parando para pensar, vamos ver que tem sentido. Há algumas semanas, enumeramos um pool de coisas que podemos fazer e se formos nos dedicar a elas, não teremos como dar conta de tantos afazeres e muito menos, de fazer outras coisas, como por exemplo estudar.

Estava lendo um texto, que abordava a questão do sono, no sentido de que, nunca se dormiu tão pouco e nunca foi tão importante dormir bem. É um fato de que nos mamíferos, o repouso é essencial ao fortalecimento do sistema imunológico para o combate as infecções, para que o cérebro trace estratégias de sobrevivência e armazene memórias.

É nesse último aspecto que pretendo me deter um pouco.

Para nós, a expressão “vá para os braços de Morfeu”, pode sugerir dormir bem, entretanto, os gregos temiam Morfeu, conhecido como o deus dos sonhos (afirma-se que o deus do sono é seu pai Hipnos ) porque acreditavam que ao adormecer a divindade poderia atormentá-los com pesadelos aterrorizantes. Seja como for, um fato é o de que, a maioria de nós dorme pouco e às vezes, mal.

Esse assunto, para nós é da maior importância, uma vez que precisamos dormir bem para que as condições possam ser favoráveis na fixação da memória permanente e na aprendizagem.

O infográfico abaixo mostra a relação do sono com a  aprendizagem, pois, permanece em vá ilusão quem pensa que bastam as horas de estudo e desprezam um bom período de descanso. O estudo e o sono são como faces da mesma moeda.

O que nos interessa ao estudarmos é o aprendizado consolidado, o qual tem um processo e o sono não pode ser dissociado dele.

O sono é fundamental para a vida de qualquer pessoa. E não devemos pensar no sono apenas como um repouso para o cérebro, mesmo porque ele continua ativo enquanto dormimos - muito mais ativo do que imaginamos - principalmente no que diz respeito à memorização e, por conseguinte, à aprendizagem. Podemos dizer, numa linguajem que gosto muito que funciona como num quebra-cabeça, quando durante o sono o cérebro revisa o aprendizado do dia e vai encaixando essas informações nos lugares mais adequados. Esse processo de encaixe resulta na forma de memória.

E quantas horas dormir?

E o que fazer para dormir bem?

Bem, vamos pensar sobre isso, dormir bem e continuar na próxima coluna. 

Até mais.

*https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfeu

Não sei bem o tamanho da crise, mas, um caminho é, trabalhar

Paulo Alcantara, | sex, 15/04/2016 - 17:35
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“Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".

Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia.

Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la”.

Albert Einstein

http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1752195/jewish/Albert-E...

 

Venho confessar um segredo para vocês, sou um grande admirador de Albert Einstein e resolvi começar e terminar a nossa coluna quinzenal, sob a sua orientação e dedicar a coluna o tema — TRABALHAR — começando com um texto que fala sobre o que fazer em momentos de crise.

É certo que, sob o meu olhar, esse texto cabe como uma luva, para a situação caótica em que a nossa sociedade ou País se encontra.

Sim, trabalhar é o tema de nossa coluna, pois, nos vemos numa situação, como País, bastante delicada. É certo que na próxima quinzena, não podemos dizer como estará o País, sob o ponto de vista institucional, político e quem está no comando presidencial, entretanto, é certo dizer que a receita, ou, o caminho será com o trabalho de cada uma de nós para superar tão grave momento. Cada um na sua atividade e visão social tem o dever de trabalhar. Será inocência alguém acreditar que está sozinho e basta cuidar de sua vida. Até concordo com a segunda parte, no que se refere a cuidar de sua vida e o nome disso é ser autossuficiente, uma derivação de trabalhar.

Mas, para atingir essa autossuficiência será necessária uma preparação, dedicação, estudo, desenvolver uma profissão e muito trabalho, durante todas essas etapas e, por toda a vida. Como iniciamos a coluna, não ocorrerá mudanças, se fazemos sempre a mesma coisa e não são minhas palavras. O trabalho sempre esteve na arquitetura da civilização e, ao que parece, nunca em outra época da história da humanidade, ele se fez tão presente e necessário.

Pulando de autor, lembro-me de uma frase de Adam Smith quando afirmou que “não foi com o ouro nem com a prata, mas com o trabalho, que toda a riqueza do mundo foi inicialmente comprada”.[i] É certa a afirmação e hodiernamente o trabalho ocupa posição de destaque.

Alguns amigos dizem que sou otimista ou visionário demais. Pode até ser, mas não tenho alternativa. Sou Pai de três Amados filhos e tenho esperança de ser avô. O que estou fazendo, para deixar pessoas melhores, em um mundo melhor? O nosso modo de vida, informa o mundo que queremos e essa ideia me impulsiona para frente e avante.

As dificuldades e obstáculos não devem, até podem, superar nossa capacidade de superação e o próprio Einstein dá outra dica — dificuldades e obstáculos são fontes valiosas de saúde e força para qualquer sociedade — isso deve nos fazer refletir sobre esse momento e mais do que refletir, arregaçar as mangas e tomar a atitude de escrever a história de cada um de nós. Somos o artífice na construção e lapidação da pessoa que sou ou quero ser. Acredito na força que a juventude tem e que dentro de nossas veias corre muito mais do que sangue, corre energia. Sim, uma energia que tem muitas faces.

Uma hora, essa energia nos impulsiona para frente e nos faz avançar, trabalhar, construir, mudar uma realidade por outra.

Noutro momento, essa energia nos conforta e nos repara por dentro, nos dando alento com uma paz interior.

Em outra ocasião, mostra a nossa saúde interna e é o instrumento de nossa cura de doenças, pois, a saúde vem de dentro para fora e não de fora para dentro, pelo menos acredito nisso.

Enfim, essa energia no presente momento, deve nos orientar para trabalhar e sermos o artífice de nossa própria existência.

Como disse anteriormente, acredito na força da Juventude e com Educação & Trabalho, poderemos construir alguém melhor, em nós mesmos e ajudar a edificar uma família, um bairro, uma cidade, um Estado e um País melhor.

Por fim, quero deixar esse outro pensamento de Einstein, “lembre-se que as pessoas podem tirar tudo de você, menos o seu conhecimento.”

Sinta-se desafiado e venha jogar conosco, o jogo da sua vida.

Até mais.

 



[i] Hunt, E. K. História do pensamento econômico; Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 504p.

ESTUDAR x F. O. C. [1]

O jogo da sua vida, decidindo o conhecimento

Paulo Alcantara, | sex, 01/04/2016 - 11:49
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“Na antiguidade aprender era uma coisa natural, instintiva, tão instintiva como a sucção do leite, na simbiose com a mãe.

Aprender era uma pulsão de vida, apoiada por famílias e clãs.  Aprender se fazia por contar e recontar histórias e lendas, ao aconchego do fogo; por ouvir os visitantes de outros clãs; por observar o céu, o sol, a chuva, a neve e a água.

Aprender se fazia por observar a caça e o caçar, por fazer a ferramenta para caçar, por esperar a caça, por caçar apenas o necessário para o alimentar-se e alimentar seu povo.

Aprender se fazia para toda a vida”.

(O Caminho do Conhecimento - Elisabeth Johanna Egarter

 http://extensao.fecap.br/artigoteca/Art_014.pdf)

 

Algumas pessoas me perguntaram, porquê “Vibe” e o que significa mesmo esse vocábulo? Respondi que não sei ao certo o que significa, o que sei é que compreendo nesse termo, o significado de – energia – e ao iniciar a coluna semanal, pretendi que ela resultasse em uma boa energia, mas, como, somente o tempo poderá dizer, resolvi usar essa expressão. Por fim, dentro da proposta da coluna, quero falar de um modo que os Jovens (de todas as idades), possam compreender bem, sem necessitar de usar muitas palavras. Tem uma expressão em latim, intelligenti pauca[2] que explica bem o uso desse vocábulo.

Fiquei contente com a receptividade do artigo de apresentação e pelos votos de sucesso para a coluna.

É pessoal, não é fácil esse jogo, quer dizer, para o lado do time Estudar.

Pretendemos tecer alguns comentários sobre os jogadores do time Estudar:

1.    força de vontade – o nosso goleiro tem um papel fundamental. Sem ele fica quase impossível ter um resultado favorável na partida e não sei onde você pode buscar essa força. Como se diz no filme-série Star Wars – que a força (de vontade) esteja com você;

2.    sacrifício – essa palavra tem dois significados. O primeiro vem do  latim sacrificium, composto de sacer e ficium, significando o ato de fazer o que é sagrado". Contudo é no sentido da língua portuguesa que emprego o vocábulo, no sentido de "privação voluntária". Você não estará esperando uma dádiva e sim, voluntariamente compreendendo que terá um sentido a privação que tiver de passar;

3.    investimento – existe um fator de peso ao investir tempo e recursos no seu aprimoramento. Vai valer a pena todo o investimento que fizer em si mesmo;

4.    entusiasmo – podemos dizer que entusiasmo é um grande interesse e é mesmo. Não é razoável pensar que alguém quer estudar, desinteressadamente;

5.    isolamento -  no filme HANNAH ARENDT – IDEIAS QUE CHOCARAM O MUNDO, tem um trecho em que a Filósofa e Cientista Política, ainda estudante, estava conversando com o Profº e Filósofo Martin Heidegger dizendo que queria estudar e pensar com ele, ao que ele respondendo disse: “pensar é uma atividade solitária”. Vá treinando, você pode estudar em grupo, discutir com os colegas, mas, vai ter que se isolar para pensar e refletir sobre o que estudou e/ou discutiu em grupo ou na sala de aula;

6.    organização – é o jogador metódico ou técnico. Para ele criar um sistema que organize a sua atividade, será fundamental para o seu desempenho;

7.    dedicação – esses irmãos são parecidos, não é à toa que são irmãos. O ato de entregar-se ao estudo irá abrir portas para uma melhor compreensão. Acredite, esse 7 é um artilheiro;

8.    determinação – permanecer firme, mesmo sem saber como ou por quê é fundamental para manter um ritmo de estudo;

9.    superação – ou recuperação, fazer uma mudança de uma situação ruim para uma situação mais favorável;

10.concentração – o craque do time. Sempre imaginei que o 5 e o 10 quanto entrosados irão surpreender. Tenho conversado com muitos Jovens que dizem da dificuldade de concentrar-se, pois, facilmente se distraem. Quando olho para o time adversário, reconheço que não é fácil concentrar-se;

11.resignação – as vezes não deu certo, não se sabe (talvez) o motivo. É hora de levantar a cabeça e dar a volta, para o início.

Quase todas as vezes que vejo a escalação e o perfil desses jogadores e olho para o outro lado do campo, vejo que é um jogo duríssimo e não nos damos conta deles.

Considero desnecessário comentar sobre o time F. O. C., contudo quero relembrar o seu elenco: praia; cinema; festas; churrasco; balada; família; futebol e os estrangeiros já abrasileirados: Instagram; Facebook e Game of Thrones. Além deles, o Treinador você, sim, você é o treinador dos dois times que não se misturam como você gostaria. Vou dizer numa linguagem livre da psicologia, que em você existe duas personalidades. Uma delas cuida do time ESTUDAR e a outras dirige (esse termo não foi bom, reconheço) o poderoso F. O. C.

Os reservas que estão sempre prontos a entrar em campo: TV a cabo; Netflix; Twitter; YouTube; novelas; namorar e seu irmão “ficar”, entre outros.

Sim, quero anunciar que esta semana o time F. O. C. contratou WhatsApp, a dupla festa de aniversário e confraternização e o, as vezes despudorado e muito querido, Snapchat.

Se as coisas estavam difíceis, imaginem agora.

Acho melhor vermos um vídeo para espairecer e depois continuamos a conversa ou melhor, comentário esportivo.

Espero que tenha gostado do vídeo e aproveite dele as seguintes sugestões:

·      Desfrute do poder e da beleza de sua juventude – use bem essa fome de aprender, de querer conhecer e de progredir;

·      Não se preocupe com o futuro – mas lembre-se que o que você faz hoje, poderá ter uma grande influência no futuro que poderá vir;

·      Todos os dias, faça alguma coisa que seja assustadora – imagino que isso quer dizer “aproveite o dia”, saiba usar o tempo precioso que você tem. Você descobrirá como, vamos nessa!

·      Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável – como fazer isso? Simples, ofereça o que quer receber;

·      Relaxe (gostou, hein) – não perca tempo com inveja, quer seja saindo de você ou em sua direção;

·      Guarde suas cartas de amor e jogue fora seus velhos extratos bancários – saiba escolher o que realmente vale a pena guardar para recordar;

·      O que quer que faça, não se orgulhe nem se critique demais – é isso hora você ganha, uma hora você perde. Faz parte;

·      Dance, aprecie seu corpo e cuide dele – nada preciso dizer;

·      Saiba entender seus Pais e curta a companhia de seus Irmãos;

·      Alguns Amigos serão tão preciosos, que você os chamará de irmãos – identifique-os e cuide bem dessa amizade;

·      Viaje – um mundo cheio de lugares e pessoas esperam que você as conheça;

·      Respeite as pessoas mais velhas – lembre-se que todo velho foi jovem, mas, nem todos os jovens, terão essa oportunidade. Se você leu o texto O Caminho do Conhecimento, entenderá bem o que digo;

·      Aprenda a contar consigo mesmo - Estude e trabalhe para ser o autossuficiente;

·      Cuidado com os conselhos que lhe dão – quanto melhor você estudar e refletir, melhor interpretará os conselhos que receberá; e

·      Use filtro solar

Por fim, quero deixar esse pensamento de HUBBARD,“Para quê levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos”.[3]

 

Até mais.

 


[1] Continuação da coluna anterior

[2] Ao que compreende, poucas palavras. Corresponde a: Para bom entendedor meia palavra basta. (http://www.dicionariodelatim.com.br/intelligenti-pauca/)

[3] Why take life too seriously, if life is a whirlwind adventure which never will come out alive. Mil e um epigramas, selecionados a partir dos escritos de Elbert Hubbard. Elbert Hubbard HUBBARD, E. A Thousand & One Epigrams Selected from the Writings of Elbert Hubbard. New York: The Roycrofters, 1911.

ESTUDAR x F. O. C. - O jogo da sua vida

Paulo Alcantara, | sex, 18/03/2016 - 14:10
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“O planeta não precisa de mais “pessoas de sucesso”. O planeta precisa desesperadamente de mais pacificadores, curadores, restauradores, contadores de histórias e amantes de todo tipo.

Precisa de pessoas que vivam bem nos seus lugares.

Precisa de pessoas com coragem moral dispostas a aderir à luta para tornar o mundo habitável e humano, e essas qualidades têm pouco a ver com o sucesso tal como a nossa cultura o tem definido. ”

Gyawa Rinpoche Dalai Lama*[1]

 

Talvez, alguém imagine que estamos falando aqui, sobre o lugar das maravilhas de Alice, desconectado com a efervescência das questões políticas, econômicas e sociais. Realmente, estamos atravessando um momento ímpar e oxalá, possamos atravessá-lo da maneira menos onerosa para a sociedade. Todavia, me curvo as palavras do Rinpoche, pois, acredito nas pessoas, mas, acredito mesmo nas ações, mais do que nas palavras. Pretendo, nesse espaço e tempo, contar histórias e quem sabe, você poderá gostar de conhece-las.  

O pequeno texto fala de tantas coisas que gostaria de conversar com vocês como sucesso; contadores de histórias; viver bem; seu lugar; coragem moral; mundo habitável e ser humano, quem sabe, noutros momentos iremos nos debruçar sobre tais questões. Tem uma música de Cláudya (Deixa eu dizer) que tem a seguinte introdução:Deixa, deixa, deixa; Eu dizer o que penso dessa vida; Preciso demais desabafar.

Mas, querendo começar, digo que algumas pessoas me indagaram sobre o que significa F. O. C.?

Antes, quero compartilhar o ocorrido há uns anos atrás, quando fui fazer uma palestra numa Escola, na cidade de Surubim-PE, porém, desta vez, a um grupo de jovens, muito jovens, cujas idades variavam de 11 – 14 anos, o que para mim era inédito. Estava acostumado com jovens na Pós-graduação, no curso de Direito ou Administração e no Ensino Médio, mas, não nessa faixa etária. Então resolvi falar sobre bullyng e noções de Direito, mas, antes, perguntei a eles se conheciam as 04 palavras mágicas.

Não imaginei que ocorreria tamanho alvoroço no auditório (sim, havia mais de 100 deles no auditório). E começaram a gritar (literalmente): amor; amo você; o nome do Senhor; Jesus; mãe; pai; mamãe; socorro; dinheiro; abracadabra; ajude, etc.

Nossa, como foram criativos.

E, quando parei de rir e eles, também, retomei o assunto dizendo que, quando criança minha Amada Mãe havia me dito assim:

Meu filho, nunca esqueça de usar as 04 palavras mágicas;
— Que palavras são essas, indaguei;
Lembre-se de dizer por favor, com licença, me desculpe e obrigado;
— E essas palavras são mágicas?
Sim, muitas portas poderão se abrir para você e não esqueça de sorrir também.

Até o presente dia, essas palavras ecoam nos meus ouvidos e sorrio, sozinho, todas as vezes que me lembro.

As jovens crianças começaram a se dirigir um ao outro, usando essas palavras o que foi muito instrutivo e divertido. Vocês não têm ideia da boa confusão que se instaurou no local e aquele dia será para mim, inesquecível. Parece engraçado ou estranho dizer que, quem mais aprendeu fui eu.

Podemos dizer, em um sentido amplo, que ao estudarmos, estaremos favorecendo a aprendizagem. Vamos deixar o tema – aprendizagem – para um outro momento e vamos, por hora, falar sobre “estudar” e pretendendo facilitar a abordagem resolvi imaginar um “jogo”, sim, um jogo no qual teremos dois times, sendo um deles o famoso e conhecido time, por todos nós – ESTUDAR.

Todos nós e com você não será diferente, vai ter que estudar, irá a Escola (que será tema de outro artigo) e vai estudar lá, também. Não me pergunte, o porquê de dizer, lá também. É algo ilusório imaginar que devemos estudar apenas na escola (custo a crer que alguém, ainda, pense assim) e você sabe disso, uma vez que, o real período de estudo acontece fora da sala de aula.

No contexto que hora escrevo, uso “estudar” em um sentido amplo e em vários momentos, quer seja na vida escolar, na faculdade, no âmbito profissional, preparando-se para um concurso, enfim, em um sentido largo.

Poderiam me dizer que conhecem o primeiro time e deste time, venho apresentar e escalar os seguintes jogadores: força de vontade; sacrifício; investimento; isolamento; entusiasmo; e os irmãos determinação; dedicação; resignação; concentração; organização e superação.

Dito isso, temos que um dos times é – ESTUDAR – e o outro time, não é nada menos do que o poderoso F. O. C.

Não me diga que nunca ouviu falar dele.

Este outro time, não é conhecido pela sigla F. O. C., contudo é muito popular, quando se pronuncia o nome completo do time F. O. C. – Fazer Outra Coisa. Tudo bem, sei do impacto que causa esse time, notadamente, quando venho apresentar uma escalação mesclada com titulares e reservas: praia; cinema; festas; churrasco; balada; família; futebol e os estrangeiros já abrasileirados: Instagram; Facebook e Game of Thrones.

Sim, vários reservas, pois, outros do banco de reservas estão sempre prontos a entrar em campo como por exemplo: TV a cabo; Netflix; Twitter; YouTube; novelas; namorar e seu irmão “ficar”, entre outros. O time F. O. C. é extraordinário, incomparável suas luminosas estrelas. Um time imbatível!

É pessoal, não é fácil esse jogo, quero dizer, para o lado do time Estudar.

Se você fosse apostar um resultado, quem ganharia?

Se fosse dizer um placar, seria apertado ou de goleada?

Será que existem regras?

Falaremos sobre os jogadores do time Estudar, mas, isso ocorrerá na próxima coluna.

Espero lhe rever, boa semana.

*[1] - significa "grande protetor"

E aí, que Vibe* é essa?

Paulo Alcantara, | sab, 12/03/2016 - 12:25
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"Você pode me ajudar?"

─ Sim, pois não.

"Para onde vai essa estrada?"

─ Para onde você quer ir?

"Eu não sei, estou perdida."

─ Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.

(Trecho de diálogo entre Alice e o Gato)

Alice no País das Maravilhas, Século XIX - Lewis Carroll

 

E aí, como vão as coisas?

A Lava-jato cheia de episódios sendo a novela da vez, a economia (melhor pular esse assunto), muitos conflitos entre gerações e na própria geração, muitas perguntas sem respostas (e põe muita nisso), vários caminhos pela frente, enfim, não tá fácil.

Mas, quem falou que seria fácil e quem disse que precisava ser tão difícil?

A nossa coluna pretende falar sobre temas do nosso dia-a-dia, numa linguagem que possamos ter um feedback, com interação. A ideia desse tema surgiu da minha experiência nos últimos oito anos, quando trabalhando na cidade de Limoeiro-PE, pedi demissão da Faculdade e resolvi residir naquela cidade.

Sentindo falta do convívio em sala de aula, resolvi ministrar palestras em Escolas Públicas, para os jovens do Ensino Médio, nas várias cidades da região. Nessas palestras conversava com os jovens-adolescentes temas relacionados ao estudo e a aprendizagem (sim, são coisas diferentes, mas, falaremos disso noutra ocasião), empregabilidade, direitos de cidadania, noções de direito, formação acadêmica e profissional, bullying, etc... Foram experiências muito interessantes para eles (segundos seus próprios relatos) e, particularmente para mim.

Falarei dessas experiências em outros momentos, por hora, gostaria de citar uma dessas, quando, ministrando uma palestra, a Diretora da Escola foi chamada às pressas, pois, uma Jovem estava tentando cometer suicídio no banheiro, pois, não aguentava mais voltar para casa e conviver com uma mãe alcoólatra e um pai viciado em drogas que já havia tentado abusar sexualmente dela e ela não queria voltar para casa. Numa situação dessa a alternativa que ela enxergava era terrível.

Como disse, não está fácil, mesmo.

Mas, como dizíamos, os temas desses encontros eram sempre no entorno da Juventude, Educação e Trabalho, motivo pelo qual, resolvemos dar esse título à nossa coluna.

Ainda, que estejamos numa era de tanta tecnologia, amizades virtuais, redes sociais virtuais, bate-papo virtual e ensino à distância, podemos dizer que essas tecnologias não respondem muitas de nossas questões. Essa própria coluna, se insere no contexto da comunicação virtual. Não se pretende questionar os benefícios e vantagens decorrentes da época tecnológica em que vivemos e sim lançar outros olhares no modo, na forma, nos meios, nos tipos e sobre as épocas do desenvolvimento humano, até chegar aos nossos dias.

Gostaria de começar pedindo para você assistir a um vídeo deste Século XXI e continuarmos a conversa:


Esse vídeo, podemos dizer, mostra um pouco do que pretendemos falar nesta coluna. Queremos falar sobre uma palavra que gosto muito – possibilidades – sim, esse vocábulo, muito rico, abre um leque extraordinário. A abordagem da coluna trará temas sobre aprendizado, erro, conhecimento, sonhos, viajar, ganhar dinheiro, trabalho, amigos, natureza, enfim, um pool de assuntos, todos relacionados com o nosso cotidiano.

É desafiador buscar um desenvolvimento físico, mental, espiritual e emocional, tornando-se mais desafiador em situações de abalo, ou mesmo, quando caímos.

Bem, a introdução que pretendia fazer, se alongou, para além do que imaginei.

No próximo encontro, quero falar sobre um jogo, muito comum para os jovens. Esse jogo reúne o confronto de dois times, quais sejam: ESTUDAR x F. O. C.

Todavia, vamos deixar para a próxima semana, a apresentação dos times, o elenco de cada um e os comentários e previsões desse jogo.

 



* Jargão usado pela Coca-Cola numa de suas campanhas. Acabou virando sinônimo de boas energias, festas bacanas, etc... Positividade: agitação: certeza. Energia positiva ou energia negativa.

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