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Descobrir os cuidados com urgências de engasgo, afogamento, desmaio e envenenamento, conversar com ex-participantes do reality show de gastronomia "Hell's Kitchen: Cozinha sob Pressão" (SBT) e entender os desafios e oportunidades para o profissional da estética e cosmética são alguns dos conteúdos que serão disponibilizadas de modo virtual no Viva Campus Digital, da Universidade Guarulhos (UNG). A atividade acontece nos dias 4 e 5 de novembro, das 10h às 19h20, por meio da página oficial da UNG no Facebook e também no YouTube. O acesso é gratuito.

Voltada para alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas de Guarulhos e região, a iniciativa colocará os estudantes em contato com a realidade de diferentes carreiras. Durante o evento, os inscritos participarão de lives, conteúdos gravados, além da possibilidade da realização do vestibular durante o evento.

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De acordo com Eloi Lago, reitor da UNG, os estudantes passarão pelo processo de amadurecimento da escolha da profissão, além da oportunidade de conhecer a amplitude do mercado de trabalho de diversas áreas. "A orientação profissional se torna um fator crucial aos estudantes quanto à escolha de uma carreira, pois age como mecanismo facilitador para a tomada de decisão", explica.

As inscrições devem ser feitas pelo http://mkt.ung.br/ung/viva-campus. Para outras informações, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 2464-1780.

 

*da Assessoria de Comunicação

Em continuidade às fiscalizações de rotina na região de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, a Polícia Federal prendeu dois suspeitos de garimpar ilegalmente em um terreno na Zona Rural de Verdejante, município vizinho. Foram presos um agricultor, de 18 anos, e um lavourista, de 53 anos. O flagrante ocorreu na última sexta-feira (14), em decorrência de uma investigação em andamento, que já fazia busca por garimpos ilegais naquela área.

Segundo a assessoria da Polícia Federal, as equipes encarregadas pelas buscas já haviam notado um grande movimento de pessoas e veículos nas proximidades do flagrante, indicando a existência de garimpos ilegais na cidade. A atividade ilegítima contava com explosões cujo objetivo era a extração de minérios. A partir dessas informações, foi montada uma ação policial para interromper as operações ilegais e prender os eventuais suspeitos.

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Os homens tentaram fugir ao perceber a presença dos policiais, mas foram alcançados, detidos e receberam voz de prisão em flagrante. Ambos foram levados para a Delegacia de Polícia Federal em Salgueiro, onde foram autuados pela prática de crime ambiental, crime contra a ordem econômica e também pela posse de explosivos. A pena para os suspeitos, caso condenados, pode variar entre cinco e 10 anos. Segundo os presos, de 10 a 20 pessoas trabalhavam no terreno.

No local, também foram apreendidos veículos, documentos, explosivos, aparelhos celulares, uma retroescavadeira, e a quantia de R$ 750. 

Durante interrogatório, os suspeitos reconheceram a ilegitimidade da prática e afirmaram ter recorrido ao garimpo ilegal por problemas financeiros. Um deles admitiu ser responsável pelas explosões, mas informou que não era o dono dos materiais.

O fotojornalista Maycon Nunes, 36 anos, expôs 28 fotografias na mostra “Nós por Nós - a rua vai contar suas histórias”. As fotografias, em preto e branco, podem ser vistas até esta sexta-feira (13), no shopping Metrópole Ananindeua, Região Metropolitana de Belém.

Fotos eternizam momentos e histórias, disso Maycon Nunes entende muito bem. Essa é a primeira exposição do artista, que reúne registros feitos nos últimos 20 anos. A mostra faz parte do “Amazon Cypher”, programação de cultura urbana.

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As fotos mostram o cotidiano das pessoas nas ruas. “Acontecem nas ruas a pichação, o grafite, a violência, o cotidiano coletivo, a chuva das três da tarde e os personagens”, afirmou.

Para Maycon, que é apaixonado pela profissão, conseguir dinheiro fotografando não é difícil, mas sobreviver apenas disso é um desafio, porque nem todos compram a ideia do fotógrafo, o trabalho autoral. “Nem todo mundo acredita no que você faz, mas o mais importante é acreditar no que você faz, e não desistir”, disse.

O fotojornalista é de Florianópolis e mora há 15 anos em Belém. Morou um tempo na Argentina, para estudar fotografia. A exposição, para ele, é a certeza de que está no caminho certo. “Essa exposição vem me falar ‘Maycon, você não está maluco. Você achou a sua luz, a sua originalidade e o seu olhar’, sem orgulho, sem ego inflável, porque a fotografia que eu faço é muito simples”, disse o fotojornalista.

É através da fotografia que Maycon se comunica com o mundo. Ele explica que se sente anestesiado quando está fotografando e não contém a emoção quando consegue fazer a fotografia certa. “Quando acerto uma foto eu choro, dou risada, chamo palavrão, fico feliz para caramba, porque quando estou fotografando é como se eu estivesse me comunicando com Deus, me relacionando com Deus”, explicou.

Para ele, conseguir a foto perfeita em meio a tanta correria é um presente de Deus. “Imagina, no meio do caos da cidade, gente passando para tudo que é lado e de repente para um bonde e tem aquela criancinha com a cabeça encolhida, encostada no vidro, olhando com uma cara de tristeza e Deus fala: ‘Taí a tua foto. Faz a foto’. Por isso que eu gosto de fotografar sozinho, é como se eu estivesse orando, me relacionando com Deus”, afirmou.

Uma dessas fotos feitas na rua foi destaque no site da Canon. Uma avó negra estava com os dois netinhos no colo, dentro do ônibus, tarde da noite. Os três estavam dormindo. “Quem me mostrou aquilo foi Deus”, disse Maycon.

A exposição foi um sucesso, afirmou Maycon. Para ele, ver as suas fotos tocar o coração das pessoas é o melhor prêmio que poderia receber. “O meu nome artístico, não gosto desse termo, é peregrino. Estou peregrinando. Um dia vou morrer, mas toda vez que alguém pegar uma foto minha, vai encontrar um pouco do Maycon vivo naquela fotografia, por isso que eu digo que o lugar que eu mais gosto de estar é dentro do olhar do outro. É ali que eu quero estar”, concluiu.

Serviço

Dia: até 13 de setembro.

Hora: de 10h às 22h.

Local: Shopping Metrópole Ananindeua (BR-316).

Evento gratuito.

 

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A banda Lá na Sol embala o programa Som Pará, da TV UNAMA, nesta quinta-feira (5). Com composições autorais na pegada do sertanejo ao rap, com vibe intimista e ritmada, a banda é composta pelos músicos Nina, Dimak, Bruno e Tuyo.

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Os músicos definem o som como alternativo e retratam, nas composições, cenas do cotidiano e da existência humana. Lá na Sol surgiu de uma união de artistas para um festival musical promovido pela TV Cultura.

O programa Som Pará, da TV UNAMA, abre espaço para que os artistas e bandas paraenses possam divulgar seus trabalhos para o público. As gravações são ao vivo, nos estúdios da TV UNAMA ou em uma área externa do campus Alcindo Cacela, em Belém. A primeira temporada, com 38 programas, estará disponível no canal do Youtube do LeiaJá, às quintas e sextas-feiras, sempre às 19 horas. A segunda temporada começou em agosto.

LeiaJá também

Lucas Imbiriba atravessa do erudito ao popular no Som Pará

Giovanni Zeit canta o tempo e a vida com voz e violão

Maraú leva surf music e eletrônica no Som Pará

Pratagy e sua paixão pelo baixo elétrico

Augusto Trajano traz folk e MPB ao Som Pará

João Urubu prepara CD e mostra prévia no Som Pará

Inesita mistura MPB com carimbó

Eddy Fernandes canta o cotidiano com gosto de saudade   

 

Com um enredo voltado para o terror do cotidiano, a peça ‘Terrorismo’ faz duas apresentações neste final de semana. O espetáculo, da Cênicas Cia de Repertório, será encenado na sede da companhia, no Recife Antigo, no sábado (30), às 20h e no domingo (31), às 18h.

Com cenas fragmentadas, uma série de acontecimentos aparentemente desconexos questionam o terror e suas consequências no cotidiano das pessoas. A dramaturgia transita entre o terrorismo dos telejornais e o terrorismo dentro das relações.

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Com encenação de Pedro Vilela, a peça parte de uma dramaturgia coletiva que foi inspirada na obra homônima dos Irmãos Presnyakov. Os ingressos para as apresentações são limitados e podem ser adquiridos na Sympla por R$ 30.

Serviço

Espetáculo Terrorismo

30 e 31 de março | 20h e 18h

Espaço Cênicas (Rua Vigário Tenório,199 – segundo andar. Edf Álvaro Silva Oliveira Bairro do Recife Antigo)

R$ 30

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Diante da rotina agitada da avenida Magalhães Barata, as obras da artista belenense Maitê Zara, 24 anos, ficam expostas aos olhares das pessoas que passam na frente da Galeria de Arte Contemporânea Azimute, na Vila Container. A exposição intitulada de “A luz que existe na cor” (veja fotos na galeria acima) é fruto de uma produção que durou um ano. Segundo Maitê, as obras foram feitas a partir de um estudo das camadas de luz que existem nas coisas que estão ao nosso redor.

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A composição dessas obras possui uma base teórica voltada para o uso de cores individuais e estudo das camadas de luz que formam o formato de um rosto, profundidades, paisagens. Clarice Lispector e Egon Schiele são as duas principais referências na obra da artista.

Essa não é a primeira exposição de Maitê. Suas obras já estiveram presentes em diversos círculos artísticos, exposições independentes e universitárias como “A pintura vai bem, obrigado”, que ocorreu na Casa Das Onze Janelas. “Expus com a participação e colaboração de outros artistas incríveis ao meu lado. Artistas que já estão no ramo há muito tempo, estudando, praticando e mostrando suas identidades. Tive essa oportunidade de expor com eles na Casa das Onze Janelas”, disse a artista.

Para a expositora, Belém possui poucas galerias e espaços culturais independentes. Ela diz que, apesar dessa escassez de locais dedicados à arte, os que existem têm dado espaço aos artistas jovens e independentes para mostrar suas obras. “Vejo estudantes de escolas públicas, universitários e professores que são pintores renomados, todo mundo sempre participando, sempre presente nas exposições que eu vou, de que participo, exposições minhas. Levo amigos, recebo amigos e faço amigos nesses eventos. E, assim, avalio um público sedento, que quer arte, que quer espaço, que quer criação. E nós sabemos que Belém, às vezes, é uma cidade sofrida”, afirmou a artista.

Olhando para o acervo, Maitê disse que a sua obra preferida, apesar de não ser nomeada, retrata um homem segurando um espelho azulado à altura dos olhos, em escalas de cinza. Parte das obras que compunham a exposição já foi vendida e as que restarem vão compor o corpo de uma futura exposição em São Paulo que seguirá a mesma estética.

A curadora Jade Jares, que conheceu a produção de Maitê em um projeto que tinha como objetivo mostrar a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, pela visão de diversos artistas, diz que a produção de Maitê se encaixa perfeitamente no propósito da Galeria Azimute, que expõe obras de arte urbana contemporânea de artistas jovens. “Nós tentamos sempre procurar as pessoas que trabalham com vários tipos de técnicas e ela, sem dúvida, é uma das mulheres na área da pintura. Acreditamos que está trabalhando em cima de um projeto que já é muito grandioso”, explica a curadora.   

“A luz que existe na cor” é uma exposição gratuita, aberta ao público, que começou dia 27 de setembro e vai até 2 de dezembro. O horário de funcionamento do espaço vai de 9 às 20 horas.

Por Wesley Lima.

 

Tem quem o limpe somente uma vez na semana. Outros o fazem dois dias ou até diariamente. Não há um mandamento impresso em tábua de pedra sobre a forma ideal para a devida higienização do banheiro, mas existem dicas infalíveis para fazer deste cômodo um dos locais mais limpos da casa e livre de perigos para a saúde de seus moradores.

Confira no vídeo a seguir sete dessas valiosas dicas e aplique hoje mesmo na limpeza de seu banheiro:

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O grande pensador Norberto Bobbio publicou, em Torino, “alguns escritos dos últimos anos sobre as chamadas ‘transformações’ da democracia (...) Prefiro falar em transformação, e não de crise, porque ‘crise’ nos faz pensar num colapso iminente. A democracia não goza no mundo de ótima saúde, como de resto jamais gozou no passado, mas não está à beira do túmulo (O futuro da democracia; uma defesa das regras do jogo; Ed, Paz e Terra, 1986).

No livro Sobre a Tirania, (2017, Companhia das Letras), o historiador Timothy Snyder, pesquisador profundo das atrocidades cometidas pela Alemanha Nazista, a União Soviética e, sob o impacto da eleição de Trump, alerta: “É preciso se preparar agora para a possibilidade de um colapso quanto o ocorrido nos anos 1920, 1930 e 1940”.

Na mesma linha de preocupaçāo com os riscos que correm as democracias, estão Steven Levitsky e Daniel Ziblatt (Harvard), co-autores do livro "Como morrem as democracias", a ser lançado no próximo ano.

Somente o tempo insondável do futuro dará razão a tão notáveis intérpretes da cena política. A prudência aconselha a não submeter as singularidades locais à uniformidade de “ondas” globais. Preventivamente, o ponto de partida é admitir que a democracia é uma ideia antiga, mas uma experiência recente que, segundo Huntington, sobreviveu às “ondas reversas”.

Por sua vez, Snyder registra que o avanço totalitário se dá pelo voto e obedece à lógica de que na política, todos passaram a ser vistos como suspeitos” e, em sociedades assim, não percebemos o perigo de que “quem tem o melhor controle do palco tende a alcançar o poder”. Fatos, verdades e tolerância dialética não contam.

Transpondo para o caso brasileiro estes marcos analíticos, é fundamental atentar para a precisa constatação feita pelo cientista político Antonio Lavareda sobre o tamanho do mercado “supostamente não democrático no Brasil de hoje”. Ele toma como indicativo a pesquisa do instituto Latinobarômetro (2016), na qual, apenas, 32% dos brasileiros preferem a democracia como forma de governo, à frente da Guatemala e abaixo da média continental em que 54% dos povos preferem a democracia.

Considerando que o radicalismo à direita, interpretado por Bolsonaro, tem um potencial de cerca de 20% do eleitorado e o lulopetismo, um piso cativo em torno de 30%, cabe indagar: onde fica o centro democrático ocupado por uma esquerda contemporânea e liberais esclarecidos? Submersos na crise de representatividade e salpicados de lama?

Nada de previsão. No Brasil de hoje, o futuro foi ontem. Não custa, porém, ler as 20 vacinas ao autoritarismo, propostas por Snyder.      

 

Os trens voltaram a circular em Aleppo nesta quarta-feira, pela primeira vez em quatro anos, um mês após o Exército sírio retomar toda a cidade, constatou um fotógrafo da AFP.

A medida em que avançava a primeira composição, homens, mulheres e crianças observavam pelas janelas os bairros devastados que as forças do regime retomaram dos rebeldes em dezembro passado.

Os trens não circulavam em Aleppo desde o verão de 2012, quando os rebeldes invadiram a cidade, que ficou dividida entre as forças do regime, no norte e em parte de oeste, e os insurgentes, no leste. O primeiro trem seguiu da estação de Jibreen, no subúrbio leste da cidade, até a estação estação Bagdá de Aleppo, passando pela antiga linha de frente do conflito.

Na parte leste da cidade, repleta de escombros produzidos por anos de guerra, as pessoas se reuniram na margem da ferrovia para ver o trem passar. A composição carregava fotos do presidente Bashar al Assad em seus diversos vagões, constatou o fotógrafo da AFP. Devido ao conflito sírio, o serviço ferroviário permanece suspenso entre Aleppo e outras cidades importantes.

Aleppo, no passado a capital econômica da Síria, foi devastada durante a guerra que há seis anos atinge o país e já causou a morte de 310 mil pessoas, além de milhões de deslocados.

Fim de tarde na bucólica Vitória de Santo Antão, ano de 1957. Revisão dentária com Dr. Bido, meu pai. Zero cárie. Prêmio: empada maravilhosa com caldo de cana no bar de Pedro Peixe. Depois, na mesma rua XV de novembro, a prosa habitual na coletoria com Seu Valença, funcionário público exemplar para quem o dinheiro do contribuinte era sagrado e a honestidade, valor e dever indeclináveis. Rabugento com a idiotice e implacável paladino da decência e dos bons costumes, Valença era tão sisudo e de humor tão oscilante que se tornava engraçado e atraente.

A recordação me chega com uma limpidez cristalina. No encontro, estavam Biu, motorneiro aposentado da Tramways, e  Zezo, maquinista da finada RFN, cinco pessoas e três gerações, conversando miolo de pote ao som do teclado das máquinas de escrever Royal que davam os últimos acordes do expediente.

A geração do menino quase adolescente chegou a conhecer o bonde e o motorneiro; o trem e o maquinista; o broca rombuda do dentista e a que era movida pelo pedal; a máquina de escrever e o datilógrafo; a coletoria e o coletor de impostos. Conheci e vi serem varridos da face da terra e transformados em peças de museu que, pela graça de Deus, habita uma memória viva.

A inovação/revolução tecnológica cumpriu o seu papel histórico: "a destruição criativa", hoje, em ritmo alucinante. Fenômeno do nosso tempo a quem Bauman denominou "modernidade líquida" e que o alemão Klaus Schwab enxerga como A Quarta Revolução Industrial, livro em que o autor define com muita originalidade  a substituição do capitalismo pelo "'talentismo', sistema econômico com base no talento e não no capital".

Éuma necessidade vital perceber o tempo passando na janela, especialmente, os novos gestores municipais recém-eleitos. Prefeitos novos, ideias novas? Eis uma questão pertinente.

Ouso propor três eixos estratégicas com enorme vigor cultural, capazes de enfrentar a implacável "destruição criativa": 1. Gestão digital inteligente em oposição ao reino dos birôs e ao império dos lentos processos burocráticos na era da comunicação online; 2. Gestão meritocrática em oposição ao vício do clientelismo; 3. A governança metropolitana em oposição ao municipalismo vesgo.

Tenho medo da jaula tecnológica; assusta-me a robotização do humano; porém o meu pavor é, por estúpida inadaptação dos governos às mudanças, fazer companhia aos dinossauros em algum parque jurássico....em obras.

Acompanhar o noticiário nacional e internacional produz a sensação de um pesadelo. Pesadelo distinto do sono agitado e assustador que se apaga quando a gente acorda. Na vida real, repetem-se, ao vivo e em cores, cenas chocantes: a fria decapitação de pessoas, hordas famintas de refugiados, sangrentas "limpezas étnicas", maus tratos infligidos às criaturas vulneráveis (pobres, crianças, mulheres, idosos) e, para culminar, eis que surge a crudelíssima modalidade do estupro coletivo. Para completar o cenário de horror, recorrentes e escandalosas imagens expõem a monumental crise brasileira.

O impacto me leva à seguinte indagação: onde começam e onde terminam  civilização e barbárie? Segundo Freud, a civilização humana significa tudo aquilo em que a vida humana se elevou acima de sua condição animal e difere da vida dos animais, e exemplifica: o primeiro humano que insultou seu inimigo, em vez de atirar-lhe uma pedra, inaugurou a civilização.

Percebo que não hádicotomia entre civilização e barbárie: a barbárie habita o interior da civilização o que impõe uma luta constante para vencê-la. São polos de um mesmo processo. E neste sentido, invoco o grande historiadorToynbee: uma civilização éum movimento. Não uma condição; uma viagem, não um porto. Para Ortega Y Gasset; civilização é, antes de tudo, vontade de convivência.

Ao se mover, a civilização produz um tecido valioso, de complexa conceituação, a cultura, que revela a dinâmica de valores e contravalores agregando ou dilacerando  o seu destino. Percebê-la, vale mais do que a discussão sobre a existência ou extinção de um ministério.

No ponto em que chegou a política brasileira, o padrão dos valores republicanos decência no trato da coisa pública em contexto democrático parece ameaçado pela força de uma contracultura que se desdobra em duas vertentes: a cultura da transgressão e a cultura da razão cínica.

Apesar da profundidade das crises, emerge a esperança que não se esgota na discussão sobre a extensão da operação Lava-Jato. O cidadão brasileiro anseia pelo permanente combate àdelinquência dos agentes públicos e que, do episódio, seja extraída a institucionalidade capaz de aperfeiçoar o sistema político e deitar raízes de uma civilização democrática.

Tudo no Brasil égrande. Nãoé figura da linguagem empolada do nosso hino. Quem  duvidava botou a viola no saco a partir do momento em que o processo de impeachment expôs nossas entranhas. Comecemos por dois grandes passivos e para concluir com um grande ativo que pode redesenhar o futuro do país.

O primeiro passivo éo estrondoso fracasso de modelo político chamado não sei lápor quêpresidencialismo de coalização. Este arranjo político se presta para tudo que não presta menos para viabilizar atão decantada governabilidade. Os números não mentem: de Collor a Dilma houve 132 pedidos de impeachment sendo que, em menos de 25 anos de governos democraticamente eleitos, dois foram apeados do poder. Das duas, uma: ou a lei (anos 50)éexageradamente permissiva ou o sistema éexageradamente vulnerável.

De outra parte, a coalização ou cooptação entre o Executivo e o Legislativo dependem, na prática, de 28 partidos “representados” no Congresso dentre 34 registrados no TSE, sendo que, dos 513 deputados, apenas 35 se elegeram sem utilizar as sobras do quociente eleitoral. Não tem mágica: o caminhoé buscar soluções com a mentalidade de quem criou os problemas.

O segundo passivo éuma economia em frangalhos: -3,9% do PIB; 10,9% de desemprego; 142 bilhões de déficit fiscal e 9,3% de inflação. O Estado quebrado e uma cultura política viciada em Estado. Difícil mudar.

Para mudar, reformar, éonde entra o nosso grande ativo: uma sociedade ativa, o clamor das ruas e o respeito ao funcionamento das instituições. No entanto, nada émais difícil do que reformar. Ensina Maquiavel: “Deve se considerar que não hánada mais difícil perigoso e de resultado mais incerto do que introduzir novas leis, porque o introdutor tem inimigos todos aqueles a quem aproveitam as antigas e como frouxos defensores quantos viriam a lucrar com as novas”. Traduzindo: reformar faz adversários àvista e aliados a prazo.

O prazo é curto. Para restaurar o valor da confiança entre representantes e representados, o Presidente Temer fez a opção pragmática por um governo congressual de resultados. A responsabilidade política de todos édo tamanho do Brasil. 

"O sono é o cofre das recordações." Jules Renard, Novelista

O título e a citação com as quais iniciamos a nossa coluna deixam claro o que pretendemos abordar.

Inicialmente queremos incentivá-lo a dormir, para aprender, pois, é fundamental para o armazenamento das memórias no cérebro o repouso. Podemos usando uma metáfora, dizer que o sono é realmente o cofre das recordações ou memórias, com citou Renard.

Nos dias de hoje em que somos bombardeados com muitas informações e o universo de atividades diferentes, temos dificuldade de escolher e principalmente de termos concentração naquilo que pretendemos dar ênfase. Entretanto, não basta você ler, estudar horas e horas a fio, se não houver um sono que facilite a aprendizagem. É certo dizer que não sou um especialista em sono, mas, como educador, me interessa e muito sobre as condições em que a aprendizagem pode ser favorecida e nesse diapasão, não posso deixar de lado a influência do – sono – na aprendizagem.

Vou novamente valer-me de um infográfico para continuar mostrando como o sono pode ajudá-lo a estudar e aprender. O artigo publicado não é novo ou recente, mas, mostra que essa minha preocupação não é de hoje, ou por causa da coluna. Vamos a ele:

Parece estranho falar em dormir para aprender, mas essa é uma situação e real e a cada dia mais importante para que os jovens tenham a consciência disso, bem como os pais e responsáveis possam conversar e orientá-los.

Recentemente li um texto e gostaria de compartilhar com vocês:

Os cientistas estão cada vez mais convictos da importância do sono para a aprendizagem. Mas a maioria dos pais insistem em não colocar limites no uso da tecnologia pelos filhos. Ou seja, muitas são as crianças e adolescentes que passam horas e horas, no período da noite, no facebook ( de modo especial) ou navegando na internet, entretidos com jogos. Deixando de fazer o que é mais importante para o aprendizado, depois da sala de aula e dos estudos em casa: o sono, o repouso. (https://cremp.wordpress.com/tag/sono-e-aprendizagem/)

Não pretendo dizer ou insinuar que sou contra o uso das tecnologias, facebook, jogos, etc, ao contrário, minha intenção é contribuir para um melhor desempenho nos estudos e, até, mesmo na vida, posto que o sono contribua para que o cérebro trace estratégias de sobrevivência.

Por favor, releia o infográfico e reflita sobre isso.

Na próxima coluna vamos misturar sono e música. Curta o vídeo abaixo, dance e espere a próxima coluna.

Até mais.

 

Depois da votação do impeachment de Collor (1992), um assessor me perguntou como me sentia participando daquele momento histórico. A pergunta tinha cabimento e a resposta esperada era de um eleitor que, no primeiro turno, votara em Aureliano Chaves e, no segundo, dissidente do partido, declarara, por escrito, da tribuna da Câmara Municipal, em 1989, as razões do voto em branco. Lido o voto, deparei-me com um repórter da televisão com procedente e desconcertante pergunta: - Quer dizer que o senhor vai ficar em cima do muro? Aíum anjo bom botou na minha boca providencial resposta - Não, vou ficar soterrado embaixo do muro qualquer que seja o eleito.

Durante o processo, fiz parte de um grupo de parlamentares que trabalhou ativamente pelo impeachment. Mais uma razão para a pergunta do assessor, qual não foi a surpresa dele (não sabia que faria parte do governo Itamar, muito menos como Ministro da Fazenda) quando disse que sentia uma profunda tristeza cívica; que não havia motivos para comemoração; que, naquele grave momento, acabara de iniciar o impedimento do primeiro presidente eleito da nascente democracia; que o mais difícil seria colocar nos trilhos um país que perdera o rumo.

Em 2016, assisto, silenciosamente, a um espetáculo televisivo grotesco, queiram ou não queiram os puristas, da representação política do eleitorado brasileiro. Um espetáculo em que acusadores e acusados se merecem e outros tantos para os quais pedaladas fiscais não configuram crime de responsabilidade política, certamente, porque sofrem de amnésia histórica: em 1215, a Magna Carta consagrou o princípio da legalidade tributária de modo a proteger os cidadãos da rapinagem e dos gastos desmedidos do monarca. O equilíbrio orçamentário éum dever inafastável do governante e uma proteção legal ao cidadão.

Hoje, o meu sentimento, também, éde tristeza cívica. E não seria, caso não visse o Brasil e suas instituições, irresponsavelmente, expostas ao mundo e se um raio de esperança me levasse a crer em homens públicos para os quais as futuras gerações valem mais do que uma eleição.

 

Recebi longa e impressionante carta de um velho amigo. Justificou-se dizendo que escreve para não se sentir só. Pedi autorização para transcrever e publicar trechos nos meus artigos quinzenais, generosamente, suportados pelo JC.

Concordou sob o pseudônimo Paulo Frederico. Percebi quea força arrebatadora do texto repousava sobre fascinantes contradições, desde a visão salvífica do apóstolo Paulo ao niilismo demolidor de Frederico, o Nietzsche.

Sobre a solidão:A solidão estána origem e no destino dos homens. Começa e termina, paradoxalmente, com dois encontros: o primeiro com a vida; o segundo com a morte. No princípio, com a proteção do conforto placentário, abrigado e alimentado, acendem as primeiras centelhas da (pré?)consciência. Vindo àluz do mundo, com breve passagem, passa a compartilhar de núcleos de relacionamento que vai da família àsociedade global. Modernamente, a criatura vive, convive (?) com multidões, multidão de tagarelas, conectados na potência das redes. E assim vive, iludido pelo instinto gregário: contingências, conveniências, sobrevivências, sobra-vivências. O que resta são sobras de um mínimo ser só, atéque se reencontra no líquido amniótico, transformado em pó, no húmus acolhedor, a Terra, a natureza-mãe, carinhosa com o grão a ser dissolvido,sumido nas trevas da noite e nos brilhos do sol.

Com lucidez, disserta sobre a beleza. A beleza éo espelho da miséria humana. Nela, enxergo a minha fealdade e sinto as labaredas da inveja. Sou um perseguido pelas minhas faltas. Seráque estou sóneste sentimento desolador? Seráque o terremoto existencial da falta deixa lugar para a esperança e uma réstia de luz para o poder da fé? Ouço um zumbido nos meus ouvidos: dêum sentido àsua vida! Lute! Como lutar se sou um re-sentido? E um ressentido não consegue enxergar belezas interiores. Meus olhares cupidos se deleitam com as ancas das mulheres. Sou um homem ou um bicho? Não hámargem para dúvidas sou um bicho-homem ou, tanto faz, um homem-bicho na sua extrema pequenez. Sinceramente pecador. Impuro. Haverálugar para os arrependidos?".

Sobre o amor, o texto élongo e profundo. Explora o tema nas múltiplas visões da filosofia, da religião, da mitologia e reconhece na capacidade de amar uma grande virtude humana que engloba as três dimensões legadas pela concepção grega: a dimensão erótica (Eros, o desejo), a dimensão da amizade (Philia, sentimento amplo que busca na amizade o bem do outro), a dimensão universal (Agapé, o amor universalista que une Deus aos homens e os homens a Deus). Para ele, o amor não se comanda; o amor comanda, portanto, não éum dever, uma coerção; éuma virtude, uma liberdade.

Embora respeite a afirmação do evangelista São João que Deus éamor" (Agapé), o meu amigo desacredita do amor como um sentimento completo: “Émais fácil e bonito afirmar o amor àhumanidade do que exercer o prosaico amor ao vizinho numa reunião de condomínio. Ninguém estáa salvo das ambições modernas que nos impõe o dever de ser feliz que, para além dos ansiolíticos, éamar os inimigos. Ronda a alegria de amar, a tragédia da paixão. E ainda que seja uma enfermidade passageira, traços da paixão permanecem: possessão, luxúria, egoísmo, fragilidades que brotam dos ressentimentos e das fraquezas da natureza humana. Nela estáa tendência de imputar aos outros nossas falhas e nossas faltas.

E o que parece um niilismo insuperável, o meu amigo surpreende ao confessar: "No lixo da minha existência, sou um catador da compaixão e da misericórdia para seguir adiante rodriguianamente abraçado àvida como ela é”.

 

“Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".

Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia.

Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la”.

Albert Einstein

http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1752195/jewish/Albert-E...

 

Venho confessar um segredo para vocês, sou um grande admirador de Albert Einstein e resolvi começar e terminar a nossa coluna quinzenal, sob a sua orientação e dedicar a coluna o tema — TRABALHAR — começando com um texto que fala sobre o que fazer em momentos de crise.

É certo que, sob o meu olhar, esse texto cabe como uma luva, para a situação caótica em que a nossa sociedade ou País se encontra.

Sim, trabalhar é o tema de nossa coluna, pois, nos vemos numa situação, como País, bastante delicada. É certo que na próxima quinzena, não podemos dizer como estará o País, sob o ponto de vista institucional, político e quem está no comando presidencial, entretanto, é certo dizer que a receita, ou, o caminho será com o trabalho de cada uma de nós para superar tão grave momento. Cada um na sua atividade e visão social tem o dever de trabalhar. Será inocência alguém acreditar que está sozinho e basta cuidar de sua vida. Até concordo com a segunda parte, no que se refere a cuidar de sua vida e o nome disso é ser autossuficiente, uma derivação de trabalhar.

Mas, para atingir essa autossuficiência será necessária uma preparação, dedicação, estudo, desenvolver uma profissão e muito trabalho, durante todas essas etapas e, por toda a vida. Como iniciamos a coluna, não ocorrerá mudanças, se fazemos sempre a mesma coisa e não são minhas palavras. O trabalho sempre esteve na arquitetura da civilização e, ao que parece, nunca em outra época da história da humanidade, ele se fez tão presente e necessário.

Pulando de autor, lembro-me de uma frase de Adam Smith quando afirmou que “não foi com o ouro nem com a prata, mas com o trabalho, que toda a riqueza do mundo foi inicialmente comprada”.[i] É certa a afirmação e hodiernamente o trabalho ocupa posição de destaque.

Alguns amigos dizem que sou otimista ou visionário demais. Pode até ser, mas não tenho alternativa. Sou Pai de três Amados filhos e tenho esperança de ser avô. O que estou fazendo, para deixar pessoas melhores, em um mundo melhor? O nosso modo de vida, informa o mundo que queremos e essa ideia me impulsiona para frente e avante.

As dificuldades e obstáculos não devem, até podem, superar nossa capacidade de superação e o próprio Einstein dá outra dica — dificuldades e obstáculos são fontes valiosas de saúde e força para qualquer sociedade — isso deve nos fazer refletir sobre esse momento e mais do que refletir, arregaçar as mangas e tomar a atitude de escrever a história de cada um de nós. Somos o artífice na construção e lapidação da pessoa que sou ou quero ser. Acredito na força que a juventude tem e que dentro de nossas veias corre muito mais do que sangue, corre energia. Sim, uma energia que tem muitas faces.

Uma hora, essa energia nos impulsiona para frente e nos faz avançar, trabalhar, construir, mudar uma realidade por outra.

Noutro momento, essa energia nos conforta e nos repara por dentro, nos dando alento com uma paz interior.

Em outra ocasião, mostra a nossa saúde interna e é o instrumento de nossa cura de doenças, pois, a saúde vem de dentro para fora e não de fora para dentro, pelo menos acredito nisso.

Enfim, essa energia no presente momento, deve nos orientar para trabalhar e sermos o artífice de nossa própria existência.

Como disse anteriormente, acredito na força da Juventude e com Educação & Trabalho, poderemos construir alguém melhor, em nós mesmos e ajudar a edificar uma família, um bairro, uma cidade, um Estado e um País melhor.

Por fim, quero deixar esse outro pensamento de Einstein, “lembre-se que as pessoas podem tirar tudo de você, menos o seu conhecimento.”

Sinta-se desafiado e venha jogar conosco, o jogo da sua vida.

Até mais.

 



[i] Hunt, E. K. História do pensamento econômico; Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 504p.

O título do artigo não se refere àantiquíssima nareng, a laranja, fruta do gênero citrus, originária da Índia, de notável valor nutricional que chegou ao continente europeu graças aos navegadores portugueses e, daí, se alastrou pelas terras do novo mundo. (A propósito, o Brasil éo maior produtor de laranja do mundo).

Transformada em substantivo masculino, o laranjapassa ser personagem central no mundo da fraude e que tanto pode ser um sujeito abestado, ou muito esperto, para servir de testa de ferro que empresta o nome ao delinquente para "legalizar" o produto do dinheiro sujo. (A propósito, o Brasil, também, éo maior produtor de laranjas do mundo).

No texto, laranja é, apenas, um pretexto para escrever sobrea laranja mecânica, metonímia aplicada à seleção holandesa de 1974 que, embora derrotada  pela pragmática seleção alemã, não somente maravilhou o mundo como também revolucionou os sistemas táticos do maior espetáculo da terra, o futebol.

A expressão foi inspirada no filme anglo-estadunidense, (1971), produzido, dirigido por Stanley Kubrick, adaptado do romance homônimo de autoria Anthony Burgess (1962), filme que foi sucesso de público e nomeado para vários prêmios. O complexo enredo, com fortes conotações psicológicas e de crítica social, se passa num ambiente londrino futurista. É chocante e refinado.

Assim foi a futurista Holanda: avassaladora e refinada. O tom alaranjado das camisas nada tem a ver com a bandeira holandesa e sim com as cores da dinastia reinante no país, os Orange-Nassau. Da mesma forma, a famosa azurra italiana, na conquista do título da copa de 1934, vestiu azul, cor da dinastia Saboia (Victor Emmanuel 3º). A nossacanarinha apagou o uniforme branco manchado pelo trágico maracanazo; pintou de verde-amarelo seu padrão de camisas, embora, na conquista do primeiro título, a canarinha, vestisse azul.

Mas vamos ao que interessa: um nome e uma lenda, Hendrik Johannes Cruyff, falecido em 24 de março, foi a encarnação do futebol revolucionário. Não basta o justo tributo de incluí-lo entre os maiores jogadores do mundo. Ele foi o líder de uma transformação dentro do campo, como atleta, e fora dele, como treinador. Ele e o técnico RinusMichels.

Como louco por futebole um curioso sobre o significado social do jogo,  sou discípulo da definição de Nelson Rodrigues: Em futebol, o pior cego éo que sóvêa bola. A mais sórdida pelada éde uma complexidade shakesperiana. Ou seja, para mim, o futebol éuma metáfora da vida; uma manifestação cultural reveladora de traços de identidades nacionais, étnicas, e um fenômeno de enorme força mobilizadora

Assumo inteira responsabilidade pela afirmação: existiram váriosos sistemas táticos, praticados antes da seleção holandesa e, depois dela, simplesmente variações do futebol total, do carrosselholandês, um futebol coletivamente solidário e individualmente encantador.

E explico. O time austríaco de 1931/32 adotou o sistema MW; a Suíça criou o ferrolhoem que nasceu o líbero; o WM nasceu na Escócia e teve vida longa atéque a Hungria espetacular de Puskas encantou o mundo como precursor do futebol total; o Brasil (Passolini dizia que o futebol brasileiro era poesia o futebol europeu, prosa. Velhos tempos.) subverteu toda e qualquer variação tática (4-2-4, 4-3-3, 4-4-2, 3-5-2, etc...) levando para o campo a combinação invencível de beleza estética e eficiência técnica graças aos gênios do futebol; em 1974, o que se viu foi o time holandês que marcava sob pressão a saída de bola; os jogadores não tinham posição fixa, todos atacavam e defendiam, em bloco, numa verdadeira blitz; regente era um maestro elegante, finalizador mortal, Cruyff que liderou uma geração diferenciada no Ajax, na seleção e, depois, como treinador, criou o estilo Barcelona de jogar um futebol educado, brilhante e que trata a bola com o carinho e a reverência que ela merece.

Cruiff foi vencido pelo tabagismo. Cruiff renasce em cada lance das disputas em que a arte vence a força grotesca, o recurso habitual da mediocridade.

PS. Poupei o eleitor de temas políticos. A medonha estratégia de transformar Sérgio Moro em vilão nacional elevou minha indignação a tal ponto que, reconheço, não éboa conselheira para quem escreve.

“Na antiguidade aprender era uma coisa natural, instintiva, tão instintiva como a sucção do leite, na simbiose com a mãe.

Aprender era uma pulsão de vida, apoiada por famílias e clãs.  Aprender se fazia por contar e recontar histórias e lendas, ao aconchego do fogo; por ouvir os visitantes de outros clãs; por observar o céu, o sol, a chuva, a neve e a água.

Aprender se fazia por observar a caça e o caçar, por fazer a ferramenta para caçar, por esperar a caça, por caçar apenas o necessário para o alimentar-se e alimentar seu povo.

Aprender se fazia para toda a vida”.

(O Caminho do Conhecimento - Elisabeth Johanna Egarter

 http://extensao.fecap.br/artigoteca/Art_014.pdf)

 

Algumas pessoas me perguntaram, porquê “Vibe” e o que significa mesmo esse vocábulo? Respondi que não sei ao certo o que significa, o que sei é que compreendo nesse termo, o significado de – energia – e ao iniciar a coluna semanal, pretendi que ela resultasse em uma boa energia, mas, como, somente o tempo poderá dizer, resolvi usar essa expressão. Por fim, dentro da proposta da coluna, quero falar de um modo que os Jovens (de todas as idades), possam compreender bem, sem necessitar de usar muitas palavras. Tem uma expressão em latim, intelligenti pauca[2] que explica bem o uso desse vocábulo.

Fiquei contente com a receptividade do artigo de apresentação e pelos votos de sucesso para a coluna.

É pessoal, não é fácil esse jogo, quer dizer, para o lado do time Estudar.

Pretendemos tecer alguns comentários sobre os jogadores do time Estudar:

1.    força de vontade – o nosso goleiro tem um papel fundamental. Sem ele fica quase impossível ter um resultado favorável na partida e não sei onde você pode buscar essa força. Como se diz no filme-série Star Wars – que a força (de vontade) esteja com você;

2.    sacrifício – essa palavra tem dois significados. O primeiro vem do  latim sacrificium, composto de sacer e ficium, significando o ato de fazer o que é sagrado". Contudo é no sentido da língua portuguesa que emprego o vocábulo, no sentido de "privação voluntária". Você não estará esperando uma dádiva e sim, voluntariamente compreendendo que terá um sentido a privação que tiver de passar;

3.    investimento – existe um fator de peso ao investir tempo e recursos no seu aprimoramento. Vai valer a pena todo o investimento que fizer em si mesmo;

4.    entusiasmo – podemos dizer que entusiasmo é um grande interesse e é mesmo. Não é razoável pensar que alguém quer estudar, desinteressadamente;

5.    isolamento -  no filme HANNAH ARENDT – IDEIAS QUE CHOCARAM O MUNDO, tem um trecho em que a Filósofa e Cientista Política, ainda estudante, estava conversando com o Profº e Filósofo Martin Heidegger dizendo que queria estudar e pensar com ele, ao que ele respondendo disse: “pensar é uma atividade solitária”. Vá treinando, você pode estudar em grupo, discutir com os colegas, mas, vai ter que se isolar para pensar e refletir sobre o que estudou e/ou discutiu em grupo ou na sala de aula;

6.    organização – é o jogador metódico ou técnico. Para ele criar um sistema que organize a sua atividade, será fundamental para o seu desempenho;

7.    dedicação – esses irmãos são parecidos, não é à toa que são irmãos. O ato de entregar-se ao estudo irá abrir portas para uma melhor compreensão. Acredite, esse 7 é um artilheiro;

8.    determinação – permanecer firme, mesmo sem saber como ou por quê é fundamental para manter um ritmo de estudo;

9.    superação – ou recuperação, fazer uma mudança de uma situação ruim para uma situação mais favorável;

10.concentração – o craque do time. Sempre imaginei que o 5 e o 10 quanto entrosados irão surpreender. Tenho conversado com muitos Jovens que dizem da dificuldade de concentrar-se, pois, facilmente se distraem. Quando olho para o time adversário, reconheço que não é fácil concentrar-se;

11.resignação – as vezes não deu certo, não se sabe (talvez) o motivo. É hora de levantar a cabeça e dar a volta, para o início.

Quase todas as vezes que vejo a escalação e o perfil desses jogadores e olho para o outro lado do campo, vejo que é um jogo duríssimo e não nos damos conta deles.

Considero desnecessário comentar sobre o time F. O. C., contudo quero relembrar o seu elenco: praia; cinema; festas; churrasco; balada; família; futebol e os estrangeiros já abrasileirados: Instagram; Facebook e Game of Thrones. Além deles, o Treinador você, sim, você é o treinador dos dois times que não se misturam como você gostaria. Vou dizer numa linguagem livre da psicologia, que em você existe duas personalidades. Uma delas cuida do time ESTUDAR e a outras dirige (esse termo não foi bom, reconheço) o poderoso F. O. C.

Os reservas que estão sempre prontos a entrar em campo: TV a cabo; Netflix; Twitter; YouTube; novelas; namorar e seu irmão “ficar”, entre outros.

Sim, quero anunciar que esta semana o time F. O. C. contratou WhatsApp, a dupla festa de aniversário e confraternização e o, as vezes despudorado e muito querido, Snapchat.

Se as coisas estavam difíceis, imaginem agora.

Acho melhor vermos um vídeo para espairecer e depois continuamos a conversa ou melhor, comentário esportivo.

Espero que tenha gostado do vídeo e aproveite dele as seguintes sugestões:

·      Desfrute do poder e da beleza de sua juventude – use bem essa fome de aprender, de querer conhecer e de progredir;

·      Não se preocupe com o futuro – mas lembre-se que o que você faz hoje, poderá ter uma grande influência no futuro que poderá vir;

·      Todos os dias, faça alguma coisa que seja assustadora – imagino que isso quer dizer “aproveite o dia”, saiba usar o tempo precioso que você tem. Você descobrirá como, vamos nessa!

·      Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável – como fazer isso? Simples, ofereça o que quer receber;

·      Relaxe (gostou, hein) – não perca tempo com inveja, quer seja saindo de você ou em sua direção;

·      Guarde suas cartas de amor e jogue fora seus velhos extratos bancários – saiba escolher o que realmente vale a pena guardar para recordar;

·      O que quer que faça, não se orgulhe nem se critique demais – é isso hora você ganha, uma hora você perde. Faz parte;

·      Dance, aprecie seu corpo e cuide dele – nada preciso dizer;

·      Saiba entender seus Pais e curta a companhia de seus Irmãos;

·      Alguns Amigos serão tão preciosos, que você os chamará de irmãos – identifique-os e cuide bem dessa amizade;

·      Viaje – um mundo cheio de lugares e pessoas esperam que você as conheça;

·      Respeite as pessoas mais velhas – lembre-se que todo velho foi jovem, mas, nem todos os jovens, terão essa oportunidade. Se você leu o texto O Caminho do Conhecimento, entenderá bem o que digo;

·      Aprenda a contar consigo mesmo - Estude e trabalhe para ser o autossuficiente;

·      Cuidado com os conselhos que lhe dão – quanto melhor você estudar e refletir, melhor interpretará os conselhos que receberá; e

·      Use filtro solar

Por fim, quero deixar esse pensamento de HUBBARD,“Para quê levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos”.[3]

 

Até mais.

 


[1] Continuação da coluna anterior

[2] Ao que compreende, poucas palavras. Corresponde a: Para bom entendedor meia palavra basta. (http://www.dicionariodelatim.com.br/intelligenti-pauca/)

[3] Why take life too seriously, if life is a whirlwind adventure which never will come out alive. Mil e um epigramas, selecionados a partir dos escritos de Elbert Hubbard. Elbert Hubbard HUBBARD, E. A Thousand & One Epigrams Selected from the Writings of Elbert Hubbard. New York: The Roycrofters, 1911.

“O planeta não precisa de mais “pessoas de sucesso”. O planeta precisa desesperadamente de mais pacificadores, curadores, restauradores, contadores de histórias e amantes de todo tipo.

Precisa de pessoas que vivam bem nos seus lugares.

Precisa de pessoas com coragem moral dispostas a aderir à luta para tornar o mundo habitável e humano, e essas qualidades têm pouco a ver com o sucesso tal como a nossa cultura o tem definido. ”

Gyawa Rinpoche Dalai Lama*[1]

 

Talvez, alguém imagine que estamos falando aqui, sobre o lugar das maravilhas de Alice, desconectado com a efervescência das questões políticas, econômicas e sociais. Realmente, estamos atravessando um momento ímpar e oxalá, possamos atravessá-lo da maneira menos onerosa para a sociedade. Todavia, me curvo as palavras do Rinpoche, pois, acredito nas pessoas, mas, acredito mesmo nas ações, mais do que nas palavras. Pretendo, nesse espaço e tempo, contar histórias e quem sabe, você poderá gostar de conhece-las.  

O pequeno texto fala de tantas coisas que gostaria de conversar com vocês como sucesso; contadores de histórias; viver bem; seu lugar; coragem moral; mundo habitável e ser humano, quem sabe, noutros momentos iremos nos debruçar sobre tais questões. Tem uma música de Cláudya (Deixa eu dizer) que tem a seguinte introdução:Deixa, deixa, deixa; Eu dizer o que penso dessa vida; Preciso demais desabafar.

Mas, querendo começar, digo que algumas pessoas me indagaram sobre o que significa F. O. C.?

Antes, quero compartilhar o ocorrido há uns anos atrás, quando fui fazer uma palestra numa Escola, na cidade de Surubim-PE, porém, desta vez, a um grupo de jovens, muito jovens, cujas idades variavam de 11 – 14 anos, o que para mim era inédito. Estava acostumado com jovens na Pós-graduação, no curso de Direito ou Administração e no Ensino Médio, mas, não nessa faixa etária. Então resolvi falar sobre bullyng e noções de Direito, mas, antes, perguntei a eles se conheciam as 04 palavras mágicas.

Não imaginei que ocorreria tamanho alvoroço no auditório (sim, havia mais de 100 deles no auditório). E começaram a gritar (literalmente): amor; amo você; o nome do Senhor; Jesus; mãe; pai; mamãe; socorro; dinheiro; abracadabra; ajude, etc.

Nossa, como foram criativos.

E, quando parei de rir e eles, também, retomei o assunto dizendo que, quando criança minha Amada Mãe havia me dito assim:

Meu filho, nunca esqueça de usar as 04 palavras mágicas;
— Que palavras são essas, indaguei;
Lembre-se de dizer por favor, com licença, me desculpe e obrigado;
— E essas palavras são mágicas?
Sim, muitas portas poderão se abrir para você e não esqueça de sorrir também.

Até o presente dia, essas palavras ecoam nos meus ouvidos e sorrio, sozinho, todas as vezes que me lembro.

As jovens crianças começaram a se dirigir um ao outro, usando essas palavras o que foi muito instrutivo e divertido. Vocês não têm ideia da boa confusão que se instaurou no local e aquele dia será para mim, inesquecível. Parece engraçado ou estranho dizer que, quem mais aprendeu fui eu.

Podemos dizer, em um sentido amplo, que ao estudarmos, estaremos favorecendo a aprendizagem. Vamos deixar o tema – aprendizagem – para um outro momento e vamos, por hora, falar sobre “estudar” e pretendendo facilitar a abordagem resolvi imaginar um “jogo”, sim, um jogo no qual teremos dois times, sendo um deles o famoso e conhecido time, por todos nós – ESTUDAR.

Todos nós e com você não será diferente, vai ter que estudar, irá a Escola (que será tema de outro artigo) e vai estudar lá, também. Não me pergunte, o porquê de dizer, lá também. É algo ilusório imaginar que devemos estudar apenas na escola (custo a crer que alguém, ainda, pense assim) e você sabe disso, uma vez que, o real período de estudo acontece fora da sala de aula.

No contexto que hora escrevo, uso “estudar” em um sentido amplo e em vários momentos, quer seja na vida escolar, na faculdade, no âmbito profissional, preparando-se para um concurso, enfim, em um sentido largo.

Poderiam me dizer que conhecem o primeiro time e deste time, venho apresentar e escalar os seguintes jogadores: força de vontade; sacrifício; investimento; isolamento; entusiasmo; e os irmãos determinação; dedicação; resignação; concentração; organização e superação.

Dito isso, temos que um dos times é – ESTUDAR – e o outro time, não é nada menos do que o poderoso F. O. C.

Não me diga que nunca ouviu falar dele.

Este outro time, não é conhecido pela sigla F. O. C., contudo é muito popular, quando se pronuncia o nome completo do time F. O. C. – Fazer Outra Coisa. Tudo bem, sei do impacto que causa esse time, notadamente, quando venho apresentar uma escalação mesclada com titulares e reservas: praia; cinema; festas; churrasco; balada; família; futebol e os estrangeiros já abrasileirados: Instagram; Facebook e Game of Thrones.

Sim, vários reservas, pois, outros do banco de reservas estão sempre prontos a entrar em campo como por exemplo: TV a cabo; Netflix; Twitter; YouTube; novelas; namorar e seu irmão “ficar”, entre outros. O time F. O. C. é extraordinário, incomparável suas luminosas estrelas. Um time imbatível!

É pessoal, não é fácil esse jogo, quero dizer, para o lado do time Estudar.

Se você fosse apostar um resultado, quem ganharia?

Se fosse dizer um placar, seria apertado ou de goleada?

Será que existem regras?

Falaremos sobre os jogadores do time Estudar, mas, isso ocorrerá na próxima coluna.

Espero lhe rever, boa semana.

*[1] - significa "grande protetor"

"Você pode me ajudar?"

─ Sim, pois não.

"Para onde vai essa estrada?"

─ Para onde você quer ir?

"Eu não sei, estou perdida."

─ Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.

(Trecho de diálogo entre Alice e o Gato)

Alice no País das Maravilhas, Século XIX - Lewis Carroll

 

E aí, como vão as coisas?

A Lava-jato cheia de episódios sendo a novela da vez, a economia (melhor pular esse assunto), muitos conflitos entre gerações e na própria geração, muitas perguntas sem respostas (e põe muita nisso), vários caminhos pela frente, enfim, não tá fácil.

Mas, quem falou que seria fácil e quem disse que precisava ser tão difícil?

A nossa coluna pretende falar sobre temas do nosso dia-a-dia, numa linguagem que possamos ter um feedback, com interação. A ideia desse tema surgiu da minha experiência nos últimos oito anos, quando trabalhando na cidade de Limoeiro-PE, pedi demissão da Faculdade e resolvi residir naquela cidade.

Sentindo falta do convívio em sala de aula, resolvi ministrar palestras em Escolas Públicas, para os jovens do Ensino Médio, nas várias cidades da região. Nessas palestras conversava com os jovens-adolescentes temas relacionados ao estudo e a aprendizagem (sim, são coisas diferentes, mas, falaremos disso noutra ocasião), empregabilidade, direitos de cidadania, noções de direito, formação acadêmica e profissional, bullying, etc... Foram experiências muito interessantes para eles (segundos seus próprios relatos) e, particularmente para mim.

Falarei dessas experiências em outros momentos, por hora, gostaria de citar uma dessas, quando, ministrando uma palestra, a Diretora da Escola foi chamada às pressas, pois, uma Jovem estava tentando cometer suicídio no banheiro, pois, não aguentava mais voltar para casa e conviver com uma mãe alcoólatra e um pai viciado em drogas que já havia tentado abusar sexualmente dela e ela não queria voltar para casa. Numa situação dessa a alternativa que ela enxergava era terrível.

Como disse, não está fácil, mesmo.

Mas, como dizíamos, os temas desses encontros eram sempre no entorno da Juventude, Educação e Trabalho, motivo pelo qual, resolvemos dar esse título à nossa coluna.

Ainda, que estejamos numa era de tanta tecnologia, amizades virtuais, redes sociais virtuais, bate-papo virtual e ensino à distância, podemos dizer que essas tecnologias não respondem muitas de nossas questões. Essa própria coluna, se insere no contexto da comunicação virtual. Não se pretende questionar os benefícios e vantagens decorrentes da época tecnológica em que vivemos e sim lançar outros olhares no modo, na forma, nos meios, nos tipos e sobre as épocas do desenvolvimento humano, até chegar aos nossos dias.

Gostaria de começar pedindo para você assistir a um vídeo deste Século XXI e continuarmos a conversa:


Esse vídeo, podemos dizer, mostra um pouco do que pretendemos falar nesta coluna. Queremos falar sobre uma palavra que gosto muito – possibilidades – sim, esse vocábulo, muito rico, abre um leque extraordinário. A abordagem da coluna trará temas sobre aprendizado, erro, conhecimento, sonhos, viajar, ganhar dinheiro, trabalho, amigos, natureza, enfim, um pool de assuntos, todos relacionados com o nosso cotidiano.

É desafiador buscar um desenvolvimento físico, mental, espiritual e emocional, tornando-se mais desafiador em situações de abalo, ou mesmo, quando caímos.

Bem, a introdução que pretendia fazer, se alongou, para além do que imaginei.

No próximo encontro, quero falar sobre um jogo, muito comum para os jovens. Esse jogo reúne o confronto de dois times, quais sejam: ESTUDAR x F. O. C.

Todavia, vamos deixar para a próxima semana, a apresentação dos times, o elenco de cada um e os comentários e previsões desse jogo.

 



* Jargão usado pela Coca-Cola numa de suas campanhas. Acabou virando sinônimo de boas energias, festas bacanas, etc... Positividade: agitação: certeza. Energia positiva ou energia negativa.

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