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O rapper Kanye West disse, neste sábado (25), que abandonou o antissemitismo em uma nova postagem no Instagram, na qual relatou que ver o ator Jonah Hill no filme "Anjos da Lei" (21 Jump Street) "fez com que eu voltasse a gostar dos judeus".

Ye, como o cantor é conhecido formalmente, chocou seus fãs nos últimos meses com uma série de ameaças contra pessoas judias, o que o levou a ser bloqueado na maioria das redes sociais e levou a gigante das roupas esportivas Adidas e outras marcas de moda a se desvincularem dele.

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Sua última publicação no Instagram, neste sábado, parecia uma tentativa de voltar atrás em suas declarações anteriores de "amor" aos nazistas e admiração por Adolf Hitler.

"Ver Jonah Hill em 'Anjos da Lei' fez com que voltasse a gostar dos judeus", escreveu.

"Ninguém deveria pegar a raiva contra um ou dois indivíduos e transformá-la em ódio contra milhões de pessoas inocentes", continuou. "Nenhum cristão pode ser rotulado como antissemita, sabendo que Jesus é judeu. Obrigado, Jonah Hill, te amo".

Alguns usuários das redes sociais pareceram ter recebido as declarações com humor, mas muitos acreditaram.

"Não funciona assim, Kanye. O estrago foi feito. As sementes de ódio que você plantou já brotaram", escreveu um usuário do Twitter.

O rapper, que fala abertamente de sua luta contra as doenças mentais, viu suas relações comerciais desmoronarem à medida que seu comportamento errático e seu discurso extremista suscitavam preocupação.

No Flow Podcast dessa segunda-feira (7), o apresentador Monark defendeu a criação de um partido nazista no Brasil e o direito de ser antissemita. Ele baseou seu apoio ao extremismo com o que entende como direito à liberdade de expressão.

“Eu sou mais louco do que vocês. Eu acho que tinha que ter partido nazista reconhecido pela lei”, disse durante a gravação com os deputados federais Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (Podemos).

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Para fundamentar sua teoria de equilíbrio no debate político, Monark justificou a defesa ao regime ao sugerir que "a esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical”.

​Embora seu argumento se limite à população judaica, o nazismo feriu diretamente o direito elementar à vida e assassinou representantes de outros grupos sociais como gays, negros e ciganos.

Em alguns momentos, Kataguiri concordou com o posicionamento e pontuou que a Alemanha errou ao criminalizar o nazismo.

Mesmo repreendido por Tabata, Monark continuou a apoiar o totalitarismo e afirmou que “se um cara quisesse ser anti-judeu, eu acho que ele tinha o direito de ser”.

A deputada o rebateu mais uma vez e distanciou o nazismo das características do que se entende como liberdade de expressão. O apresentador questionou: "Você vai matar quem é anti-judeu? […] Ele não está sendo anti-vida, ele não gosta dos ideais"

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"Estava bêbado"

Após a repercussão negativa, o apresentador do "Flow Podcast", Monark, publicou um vídeo em suas redes sociais, afirmando que errou e que estava alcoolizado durante a gravação do programa.

"Eu errei, a verdade é essa. Eu tava muito bêbado e eu fui defender uma ideia que acontece em outros lugares no mundo, nos EUA por exemplo. Mas fui defender essa ideia de um jeito muito burro, eu tava bêbado. Falei de uma forma muito insensível com a comunidade judaica. Eu peço perdão pela minha insensibilidade, mas eu peço um pouco de compreensão, são 4 horas de conversa, eu tava bêbado", justificou Monark.

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Com atualização de Camilla Dantas

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) prepara notícia-crime contra o senhor Roberto Jefferson (RJ), presidente nacional do PTB que divulgou em seu perfil no Instagram mensagem que a entidade considera ser antissemita.

Segundo nota divulgada pela Conib, a postagem do senador evocaria "uma das formas mais vis de atacar os judeus, o infanticídio". Assim, considera que se caracterizaria crime de racismo, "com aumento de pena pelo fato de ter sido praticado por intermédio de rede social". Ainda de acordo com a nota, "as evidências do ilícito e dos comentários de seguidores, que também podem ser caracterizados como crime, foram preservados para investigação criminal".

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A Conib também comunicou o fato ao Instagram solicitando a remoção da postagem e punição do perfil. "Todo crime de racismo é repugnante e deve ser punido com o máximo rigor da lei. A história já nos mostrou, da forma mais dura e bárbara, como o racismo e o discurso de ódio são responsáveis pelos episódios mais terríveis da humanidade", afirma a entidade.

A íntegra da nota está disponível aqui.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado que a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de declarar-se competente sobre a situação dos Territórios Palestinos ocupados era "pura e simplesmente antissemitismo".

O tribunal decidiu na sexta-feira que tem jurisdição sobre a situação dos Territórios Palestinos ocupados, o que abre o caminho para que a Procuradoria do TPI inicie uma investigação por crimes de guerra.

"Quando o TPI investiga Israel por falsos crimes de guerra isto é pura e simplesmente antissemitismo", afirmou Netanyahu em um comunicado.

Fatou Bensouda, a procuradora do tribunal, criado em 2002 para julgar os piores crimes cometidos no mundo, havia solicitado ao TPI que decidisse sobre o ponto e assumisse uma investigação preliminar de cinco anos após a guerra de 2014 na Faixa de Gaza.

O TPI "supõe que quando Israel, um Estado democrático, se defende contra terroristas que assassinam nossas crianças e lançam foguetes contra nossas cidades, estamos cometendo um crime de guerra", disse Netanyahu, em referência ao conflito de 2014, durante o qual milhares de projéteis foram disparados de Gaza contra Israel.

Esta guerra deixou 2.251 mortos do lado palestino, em sua maioria civis, e 74 do lado israelense, essencialmente soldados.

"O TPI se recusa a investigar ditaduras brutais, como Irã ou Síria, que cometem atrocidades horríveis diariamente", criticou o primeiro-ministro israelense.

Netanyahu chamou na sexta-feira o TPI de "tribunal político".

Os Estados Unidos vão considerar "antissemita" o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), que deseja isolar Israel internacionalmente pelo tratamento dado aos palestinos - afirmou o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, nesta quinta-feira (19), em Jerusalém.

"A campanha mundial do BDS contra Israel será considerada antissemita (...) Queremos nos alinhar com outras nações que reconhecem o movimento do BDS pelo câncer que é", declarou Pompeo em entrevista coletiva com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Em fevereiro deste ano, Pompeo acusou a ONU de ser "anti-Israel", após a divulgação de uma lista de empresas que operam nas colônias israelenses em território palestino, as quais são consideradas ilegais pelo direito internacional.

À época, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos afirmou que esta publicação "facilitava" a campanha do BDS e "deslegitimava Israel".

BDS é uma campanha internacional de boicote econômico, cultural, ou científico, contra Israel que deseja forçar o fim da ocupação e da colonização dos territórios palestinos.

Aqueles que apoiam, ou promovem, esse movimento seguem o exemplo da África do Sul, onde, segundo eles, o boicote ao país contribuiu para o fim do Apartheid.

Israel considera que a campanha do BDS é antissemita e põe em xeque a existência do Estado de Israel, algo que o movimento nega.

Sob uma lei aprovada em 2017, Israel proíbe a entrada em seu território de estrangeiros que apoiem esta campanha.

O número de colônias israelenses na Cisjordânia, ocupada desde 1967, e em Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade ocupada e anexada por Israel, aumentou significativamente no governo de Netanyahu e, em especial, desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca há quatro anos.

Na mesma coletiva de imprensa, Pompeo anunciou que viaja nesta quinta para a região das Colinas de Golã, território sírio ocupado por Israel desde 1967.

"Hoje (quinta-feira) terei a sorte de visitar as Colinas de Golã", disse Pompeo.

O governo dos Estados Unidos reconheceu em 2019 a soberania israelense sobre este território ocupado.

Os atos de violência e vandalismo antissemita aumentaram 30% no mundo, principalmente na França, durante o ano passado, segundo relatório anual publicado neste domingo pela Universidade de Tel Aviv.

"No ano passado foi registrado um aumento considerável do nível de violência e atos de vandalismo contra judeus", destacou o documento, que indica 686 atos deste tipo em todo o mundo contra os 526 de 2011, isto é, uma alta de 30%.

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A França foi o país onde ocorreu o maior número de incidentes antissemitas (200), seguido de Estados Unidos (99), Grã-Bretanha (84) e Canadá (74), acrescentou este relatório, divulgado pouco antes do começo das cerimônias anuais em memória das vítimas do Holocausto, na noite deste domingo, em Israel.

O relatório considera que o aumento dos atos antissemitas na França está, em parte, relacionado ao assassinato de três meninos judeus e de um professor em março de 2012 em frente a um colégio judaico em Toulouse por Mohamed Merah, jovem francês de origem argelina que morreu depois durante uma operação da polícia.

"Esse atentado provocou uma onda de violentos incidentes contra alvos judeus, principalmente na França", prosseguiu o informe.

No documento também se faz referência à ascensão de grupos de extrema direita que aproveitaram as dificuldades econômicas na Europa para fazer avançar seu programa "claramente antissemita".

"Na Hungria, na Grécia, assim como na Ucrânia, representantes desses partidos incitaram com veemência contra as comunidades judaicas locais em seus parlamentos", lamentou o relatório.

Por outro lado, a filial israelense do Centro Simon Wiesenthal também criticou a Austrália e outros países por não terem agido com o vigor suficiente para levar perante a justiça os criminosos de guerra nazistas e seus colaboradores.

Os Estados Unidos obtiveram a melhor classificação nesta campanha, seguidos de Canadá, Alemanha, Hungria, Itália e Sérvia.

No fim da lista, Austrália, Áustria, Estônia, Letônia, Lituânia, Ucrânia, Noruega, Suécia e Síria registraram as piores classificações, segundo o Centro Simon Wiesenthal, que leva o nome de um famoso caçador de nazistas.

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