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O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse na tarde desta quinta-feira, 18, que o futuro dos deputados Luiz Argôlo (SD-BA) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) dependerá de uma decisão de seu sucessor na próxima legislatura. Por causa do início do recesso parlamentar, não haverá tempo este ano de encaminhar os processos que tramitam contra os parlamentares na Casa.

Argôlo, acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, conseguiu evitar a votação em plenário do pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética. Um pedido de vista adiou a votação do recurso que o deputado apresentou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

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Alves lembrou que o caso ainda precisa passar por votação na CCJ para que a Mesa Diretora se posicione sobre o assunto. "Não tem como chegar à minha mesa para tomar a decisão", disse.

O deputado do Solidariedade não conseguiu se reeleger, mas pode voltar à Câmara na próxima legislatura como suplente. Há divergências de interpretação da legislação sobre a manutenção do processo: alguns técnicos da Casa afirmam que o processo pode ser arquivado com o fim desta legislatura, outros acreditam que o caso pode ser apreciado na próxima legislatura, exercendo ele o mandato ou não. Sem mandato, Argôlo poderia ser punido com a inelegibilidade por oito anos.

Já Bolsonaro é alvo de processo por quebra de decoro parlamentar instaurado na última semana de trabalho por dizer à colega Maria do Rosário (PT-RS) que não a estupraria porque ela não merece. O Conselho de Ética abriu o processo contra Bolsonaro após representação PT, PCdoB, PSOL e PSB. O deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que deu parecer favorável à perda de mandato de Argôlo, também relatará o processo contra o parlamentar do PP.

"Será uma tarefa constrangedora, mas necessária do futuro comando dessa Casa", declarou Alves sobre o caso Bolsonaro. O Conselho de Ética tem dúvidas sobre o trâmite do processo contra Bolsonaro, uma vez que essa legislatura se encerra em janeiro e não haverá mais sessões deliberativas até a posse do novo Congresso, em fevereiro. O colegiado aguarda uma posição da Mesa Diretora da Casa para definir se o caso será arquivado com o fim da legislatura ou se ele seguirá automaticamente na nova composição da Câmara com prazos suspensos.

Um pedido de vista adiou para a próxima semana a análise da admissibilidade de um processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA). O parlamentar é citado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, principal alvo da investigação sobre um esquema de lavagem de dinheiro que pode chegar a R$ 10 bilhões.

Ao analisar a admissibilidade, o relator Marcos Rogério (PDT-RO) entendeu que há indícios suficientes para que a investigação siga adiante no conselho. O processo - que precisa concluir sua tramitação no colegiado e no Plenário - pode resultar na cassação do mandato de Argôlo. O pedido de adiamento da análise foi feito pelo deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), que ficou conhecido por haver declarado em 2009 estar se "lixando" para a opinião pública. Já há uma representação por quebra de decoro contra o deputado correndo no colegiado enviada pela Mesa Diretora da Casa, e que, portanto, não precisou de um parecer preliminar. Já o processo analisado hoje foi protocolado pelo PSOL.

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Rogério diz no documento lido nesta quarta-feira que, na representação, o partido cita informações que representam "fortes evidências de que o deputado Luiz Argôlo está envolvido com o doleiro Alberto Youssef e dele recebeu elevadas quantias de dinheiro". O relatório também menciona mensagens interceptadas entre os dois que "mostram que o doleiro, atualmente preso na carceragem da Polícia Federal do Paraná, pagou contas do deputado representado".

A ideia inicial era unificar os prazos das duas representações. Como houve pedido de vista, no entanto, eles continuam correndo separadamente. O conselho tenta atualmente notificar Argôlo de que há um processo correndo contra ele enviado pela Mesa. Caso o colegiado não consiga notificá-lo até a semana que vem, o aviso pode ser publicado no Diário Oficial do Legislativo, momento a partir do qual começa a correr o prazo de 10 dias úteis para que Argôlo apresente sua defesa. Ao recomendar o prosseguimento da apuração pelo Conselho de Ética, o relator aponta ainda que Youssef teria transferido R$ 120 mil ao chefe de gabinete de Argôlo, Vanilton Bezerra. "As condutas, em tese, configuram ato atentatório ao decoro parlamentar e há indícios suficientes de materialidade e autoria".

O advogado Aluísio Corrêa Régis alegou que o deputado do Solidariedade é inocente e que ele não pretende renunciar ao mandato. "O deputado é absolutamente inocente de toda essa fofoca que está sendo seletivamente vazada pela imprensa", disse o defensor. "Juiz de primeira instância não pode determinar o monitoramento de qualquer deputado".

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados corre contra o tempo para aprovar ainda neste semestre o relatório sobre o processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado André Vargas (sem partido-PR). Mesmo com as possíveis manobras regimentais que a defesa do ex-petista poderá utilizar para postergar o andamento da ação, a ordem do presidente do conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), é concluir o trâmite e levar o caso ao plenário da Câmara até 18 de julho, quando começa o recesso parlamentar. A expectativa é que o processo contra Vargas seja votado pelos seus pares antes do caso do deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) que, assim com o ex-petista, também responde a processo no Conselho de Ética por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef.

Vargas, que havia pedido licença, deverá reassumir seu mandato nesta terça-feira, 20. Ele terá até o dia 28 deste mês para entregar a defesa escrita e indicar suas testemunhas. O prazo final da apresentação da defesa venceria no dia 27, mas o deputado pediu dois dias a mais de prazo e, ao final, Izar concedeu apenas um dia extra. Ao fazer concessões ao parlamentar, o presidente do Conselho tenta impedir que Vargas argumente que sua defesa foi cerceada e consiga anular o processo em uma ação judicial. "Temos dado todos os prazos pedidos por ele, mas a gente não pode permitir que termine o prazo (do trâmite processual) antes do recesso", afirmou à reportagem.

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Como o deputado ainda não nomeou oficialmente seus defensores para a representação do Conselho de Ética, Izar acredita que o ex-petista pode estar manobrando para ganhar mais dez dias de prazo. Isso porque se não houver um advogado nomeado quando a defesa for apresentada, o presidente do Conselho é obrigado a dar mais tempo para que seja oficializado um advogado ou indicar um parlamentar que fará a indicação do defensor. Extraoficialmente, os advogados Michel Saliba e José Roberto Batochio já estão orientado o parlamentar.

Independentemente das manobras, os membros do Conselho de Ética querem evitar a paralisação do processo iniciado em 9 de abril e vão trabalhar para que o relatório do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) seja aprovado no Conselho de Ética até meados junho, antes do prazo regimental de 90 dias para apreciação do caso. Segundo Izar, o Conselho terá acesso ao inquérito da Operação Lava Jato da Polícia Federal assim que a defesa de Vargas for apresentada. O relatório de Delgado deverá se basear nas provas levantadas pela PF, o que permitirá agilizar o trâmite do caso.

O líder do Solidariedade na Câmara dos Deputados, Fernando Francischini (PR), assinou nesta sexta-feira a exoneração de Luiz Argôlo (BA) do cargo de vice-líder do partido na Câmara. Francischini, que faz parte da executiva da sigla, vai pedir também que o parlamentar seja expulso do partido.

Em investigação da Polícia Federal, Argôlo aparece em conversas com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato e suspeito de chefiar uma quadrilha que movimentou cerca de R$ 10 bilhões. Segundo a PF, o deputado teria tido despesas pagas pelo doleiro.

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Ontem, o Conselho de Ética da Câmara já havia instalado um processo de cassação de mandato contra o deputado por quebra de decoro parlamentar. Além desse procedimento, solicitado pela mesa diretora da Casa, também há uma representação contra ele aberta pelo PSOL.

O diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Consenza, negou nesta sexta-feira ter contato com o deputado federal Luiz Argôlo (SDD-BA) e com o doleiro Alberto Youssef, investigados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Youssef está preso desde março, quando a operação foi deflagrada. Documentos da polícia indicam citações ao diretor da estatal em conversa com o doleiro, de quem seria próximo.

Consenza assumiu a diretoria de Refino e Abastecimento da Petrobras em 2012, após a saída de Paulo Roberto Costa. O ex-diretor está preso também desde março, e é apontado pela PF como um dos articuladores das fraudes de Youssef em contratos da estatal. A organização criminosa, segundo a polícia, desviou cerca de R$ 10 bilhões em recursos públicos e teria fraudado contratos da Petrobras com empresas fornecedoras.

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Em nota, Consenza diz que não conhece Alberto Youssef e que não manteve contato com o deputado Luiz Argolo. O jornal O Estado de S. Paulo revelou hoje que o relatório da PF indica que Luiz Argolo pode ter agendado uma reunião entre o doleiro e o atual diretor da Petrobras. Escutas telefônicas feitas pela polícia indicam conversas em que o doleiro Alberto Youssef pede para que o deputado baiano converse com o "substituto do PR", em referência à Paulo Roberto, para "ajudar um amigo".

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou nesta manhã desta quinta-feira, 15, um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), citado nas investigações da Operação Lava Jato da Polícia Federal por suposto envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso desde março. A representação solicitando a investigação foi enviada pela Mesa Diretora na noite desta quarta, 14.

O deputado responderá ainda a outro processo com base em uma representação do PSOL. Neste caso, porém, será necessário um parecer preliminar sobre a admissibilidade. O presidente do Conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), pedirá ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que os dois processos tramitem conjuntamente. Ele deve definir até sexta-feira, 16, o relator dos processos entre os três nomes sorteados: César Colnago (PSDB-ES), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Marcos Rogério (PDT-RO).

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A representação encaminhada pela Mesa tem origem em pedido do PPS. O partido pediu que a Corregedoria analisasse o caso após as notícias de que as investigações da PF mostrariam o deputado pedindo ao doleiro que fizesse pagamentos. A suspeita é de que o doleiro teria enviado recursos ao apartamento funcional de Argôlo e feito pagamentos de despesas do deputado. Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo mostrou ainda que o parlamentar contratou com verba indenizatória a mesma empresa para a qual pediu que o doleiro depositasse dinheiro. A empresa tem três ex-assessores como sócios.

O corregedor, Átila Lins (PSD-AM), argumentou em seu parecer que mesmo o deputado não tendo sido indiciado pela PF, sua conduta não seria compatível com o exercício do mandato e defende a cassação do colega. "A despeito de o investigado não ter sido indiciado em inquérito policial, os fatos relatados amoldam-se, em tese, perfeitamente como incompatíveis com o decoro parlamentar", diz. "Os fatos denunciados, em tese, consubstanciam condutas delituosas, que ofendem os princípios da moralidade, e que desmerecem o mandato parlamentar. Ofendem a imagem do Poder Legislativo", ressalta.

Argôlo não apresentou sua defesa à Corregedoria. Ele solicitou mais prazo para fazer sua manifestação, mas o pedido foi indeferido por Lins.

O Conselho de Ética vai agora notificar o parlamentar para que apresente sua defesa nesta instância. O prazo para a conclusão do processo é de 90 dias.

Integrantes do PSOL devem protocolar na tarde desta quarta-feira (7) uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA). Ele é acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

A representação por quebra de decoro cita "negócios suspeitos" do parlamentar, que teria recebido do doleiro transferências bancárias de "mais de R$ 200 mil", informa nota distribuída pela legenda.

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A representação tem como base reportagens publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo e pela revista Veja. As matérias se baseiam em mensagens entre Argôlo e Youssef que sugerem repasses de R$ 13,5 mil para uma loja de decoração em Salvador e R$ 40 mil para uma agropecuária em Entre Rios, base eleitoral de Argôlo. Outros R$ 120 mil teriam sido transferidos para a conta do chefe de gabinete do deputado, Vanilton Bezerra.

No início de abril, o Conselho recebeu uma primeira representação apresentada por partidos de oposição contra o deputado licenciado André Vargas (sem partido-PR), alvo de processo disciplinar também em razão do seu envolvimento com o doleiro.

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