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Investigações apontam que parentes da segunda ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Ana Cristina Valle, retiraram R$ 2,1 milhões em mais de 4 mil saques de R$ 500, enquanto estavam lotados no gabinete de Flávio Bolsonaro (sem partido) - no período em que o atual senador exercia o cargo de deputado estadual do Rio de Janeiro.

O Ministério Público aponta que dez integrantes da família Resende formava um dos grupos da "organização criminosa". Esses investigados sacaram, em média, 83% dos salários recebidos da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj). 

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Documentos obtidos pelo O Globo mostram que, sempre próximo às datas de pagamento desse núcleo na Alerj, o valor de R$ 500 era sacado várias vezes e no mesmo dia das respectivas contas.

Os documentos revelam que das 9.859 operações de saque feitas entre 2007 e 2018, 4.294 foram no valor de R$ 500, o equivalente a 44% de todas as operações feitas.

A suspeita é de que 10 pessoas da família da ex-esposa de Bolsonaro sacaram, em média, 83% dos salários recebidos. Segundo o MP, os familiares "sacavam quase a integralidade dos salários recebidos na Alerj para repassar os valores em espécie a outros integrantes da organização criminosa".

Os extratos bancários do "núcleo Resende" mostram que as operações de saques eram mais comuns na primeira quinzena dos meses, momento em que parte dos integrantes recebia o salário que correspondia às funções que desempenhavam no gabinete de Flávio. Quase dez mil saques foram analisados pelo Ministério Público. 

O documento obtido pelo O Globo mostra que no dia 10 de abril de 2008, por exemplo, Ana Maria de Siqueira Hudson, Fátima Regina Dias Resende, Francisco Siqueira Guimarães Diniz, Juliana Siqueira Guimarães Vargas, Maria José de Siqueira e Silva e Marina Siqueira Guimarães Diniz fizeram, da mesma forma, dois saques na quantia de R$ 500.

Ao longo do período em que essas pessoas foram sendo exoneradas, os saques, antes constantes, do valor de R$ 500, reduziram drasticamente. O site mostra que nos casos de Fátima Regina Dias Resende e de Ana Maria Siqueira Hudson, por exemplo, as contas bancárias ficaram praticamente sem movimentação após a exoneração do cargo.

Em decisão liminar, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, concedeu a prisão domiciliar para Fabrício Queiroz. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro está preso desde o dia 19 de junho, depois que foi encontrado na casa do advogado da família Bolsonaro, no presídio de Bangu, no Rio de Janeiro.

A informação foi publicada pelo Radar e a decisão também vale para Márcia Aguiar, esposa de Queiroz, que está foragida. O mérito do caso para saber se o ex-assessor de Flávio ficará realmente em prisão domiciliar é do ministro Felix Fischer, relator no STJ do caso das "rachadinhas".

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Através de nota enviada à imprensa, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu detalhes sobre a decisão liminar do ministro João Otávio de Noronha, presidente do órgão, que converteu a prisão preventiva de Fabrício Queiroz para prisão domiciliar. Segundo ele, foram levadas em consideração as “condições pessoais de saúde” do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro em em face da “situação extraordinária da pandemia”.





 

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