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Fabrício Queiroz (Democracia Cristã), ex-policial militar e ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PL), voltou a falar sobre a antiga família presidencial e sobre sua insatisfação diante do afastamento dos ex-aliados. Desde que se tornou investigado no caso das "rachadinhas", que também envolveu o senador filho de Jair Bolsonaro (PL), Queiroz afirma ter sido "abandonado" e diz sentir "ingratidão" por parte da Família Bolsonaro. “O castigo vem a cavalo”, chegou a afirmar em uma nova entrevista. 

A declaração foi dada à revista Veja e divulgada nesta sexta-feira (15). O político relatou ter dificuldades financeiras e disse que perdeu o apoio de Jair durante um momento crítico de sua vida. 

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"Bolsonaro foi presidente da República. Poderia arrumar algum lugar para eu trabalhar. Já hospedei em casa o Jair Renan, a filha da Michelle... Mesmo assim, nunca tive aceno deles. Até mesmo se eu fosse bandido, não deveriam me abandonar. Mas não tem mágoa com a família nesse sentido. Mas a gente vê o que acontece quando tem ingratidão. O castigo vem a cavalo”, disse. 

A principal queixa do ex-militar, e assunto já abordado publicamente por ele antes, é a falta de apoio da família Bolsonaro nas eleições de 2022. Ele foi candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro, mas saiu derrotado das urnas e marcando expressividade baixíssima. "Queria muito o apoio deles para poder ganhar a eleição, mas não forcei a barra", afirmou. Atualmente, ele está filiado ao Democracia Cristã

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Queiroz, que um dia foi do círculo mais íntimo da família, disse acreditar que Bolsonaro "se arrepende de ter sido presidente". "Só está tomando porrada", teve a família "exposta e não foi reeleito ao cargo". Em relação a supostas irregularidades envolvendo os integrantes da família, Fabrício diz que não tem o que declarar: "Ficam me cobrando isso. Eu sempre digo: 'vou inventar?' Vão dizer que quero extorquir e chantagear". 

O afastamento do grupo aconteceu após o ex-policial ser acusado de operar um esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro. Na época, o filho do ex-presidente era deputado estadual na cidade do Rio. Flávio e Queiroz entraram na mira do Ministério Público do Rio e foram apontados como líderes de uma organização criminosa. A Justiça, entretanto, anulou a denúncia contra os dois. 

 

Antes absolvido em uma investigação de racismo, o ex-assessor especial para assuntos internacionais de Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins, voltou a ser investigado pela realização de um gesto típico de supremacistas brancos, durante uma sessão no Senado Federal, em 2021. A decisão de derrubar a absolvição foi do desembargador Ney Bello. De acordo com o magistrado, há “fortes indícios” de que Martins é apologista de símbolos racistas da extrema-direita. A informação é do g1. 

“O que temos são indícios. Fortes indícios, diria eu. Por serem fortes indícios, não é cabível a manutenção da absolvição sumária do apelado", afirmou o desembargador. Agora, o processo prosseguirá na primeira instância. O caso aconteceu ainda durante a gestão Bolsonaro. À época, a 11ª Vara Criminal do Distrito Federal encerrou o processo por entender que o fato narrado na denúncia do Ministério Público não constituía crime. 

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O gesto foi feito numa sessão remota do Senado, no dia 24 de março de 2021. Filipe acompanhava o então Ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que acompanharia uma reunião sobre a Covid-19. O símbolo, apropriado por grupos extremistas, é feito com união dos dedos polegar e indicador, mantidos abertos e esticados os dedos médio, anular e mínimo, de forma a caracterizar a formação das letras “WP”, como sigla para o lema racista White Power (“Poder Branco”). O Senador Randolfe Rodrigues identificou o gesto e alertou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. A Polícia do Senado Federal abriu inquérito. 

Em sua defesa, Filipe alegou que estava ajeitando a lapela de seu paletó. A perícia do Senado desmentiu a versão. “Trata-se de pessoa que entende de política e é conhecedor das suas simbologias específicas, incluindo aquelas que enaltecem torturadores, fascistas e racistas. E utiliza essa simbologia de forma reiterada", disse a perícia à época. 

Em seu voto, o magistrado passa a relatar os casos em que Filipe fez uso destas simbologias: "Quando o então Deputado Federal Jair Bolsonaro se elegeu presidente da República no segundo turno das eleições de 2018, o apelado [Filipe] postou no Twitter: “Está decretada a nova Cruzada. Deus vult!”. O voto ainda cita outros dois exemplos de uso de expressões da extrema direita: Filipe usou um lema da ditadura de Francisco Franco, na Espanha, ao felicitar Carlos Bolsonaro pelo seu aniversário: "¡ya hemos pasao!" (“já passamos!”). 

Em agosto de 2020, Filipe postou a frase em latim "Oderint dum metuant", que significa “Que odeiem, desde que temam”. Essa frase é do poeta romano Lúcio Ácio, mas foi apropriada na década de 1990 pelo grupo neonazista alemão Combat 18. 

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) gravou um vídeo ao lado do deputado federal Rogério Correia (PT-MG) nesta quinta-feira (19) explicando a sua versão da confusão que aconteceu nos corredores do Senado depois da aprovação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos de 8 de Janeiro, na quarta (18). O celular de um assessor do deputado bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ) atingiu a cabeça da senadora após o funcionário receber um tapa na mão dado pelo petista.

Após a aprovação do relatório final da senadora Eiiziane Gama (PSD-MA), parlamentares aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiram sair em marcha pelo Congresso Nacional. O assessor parlamentar Rodrigo Duarte Bastos, lotado no gabinete de Jordy e com salário de R$ 1.300, surgiu entre os congressistas e, aos gritos, passou a cobrar de deputados e senadores uma reação aos ataques terroristas do Hamas em Israel, com um celular em mãos. "O povo do Hamas é terrorista. Terroristas, terroristas!", dizia ele.

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Rogério então deu um tapa na mão de Bastos e o celular do assessor atingiu a cabeça da senadora. Soraya então ordenou: "Pega esse cara, pega esse cara, atingiu a minha cabeça". O funcionário saiu em disparada pelos salões e corredores do Congresso, chegando até os anexos da Câmara. Nas redes sociais, bolsonaristas repercutiram que o culpado de toda a situação seria o deputado petista.

Em resposta, a assessoria de Correia gravou um vídeo ao lado de Soraya, pedindo para que ela explicasse a sua versão sobre o tumulto. A senadora disse que as parlamentares estavam sofrendo agressões e o deputados estavam fazendo uma camada de proteção atrás das deputadas, e que o tapa na mão de Bastos teria sido em "legítima defesa de terceiras".

"Quem não gostou do relatório pode falar, pode gritar, porém, não poderia avançar o sinal e vir para cima da gente. Quando o colega aqui (Rogério Correia) agiu em legítima defesa de terceiras, e na tentativa de afastar o celular daquela pessoa, o celular poderia ter caído na cabeça de outras pessoas e foi cair justo na minha", disse Soraya. A senadora do Podemos declarou que o culpado da confusão teria sido o assessor de Jordy que teria "assumido o risco " após ir em direção às parlamentares,

Jordy anunciou demissão, mas desistiu depois

À Coluna do Estadão, Carlos Jordy disse que havia ordenado a exoneração do assessor do seu gabinete ainda na quarta-feira. "É inadmissível a postura de um assessor discutindo com quem quer que seja no Congresso ou agindo como militante", afirmou.

O Estadão descobriu que Duarte Bastos já foi acusado de espancar o seu pastor por conta de uma dívida e de atropelar o cachorro da vizinha. O Estadão teve acesso à íntegra do primeiro processo. As agressões ocorreram no dia 13 de fevereiro de 2017, no centro de Niterói, Rio de Janeiro. A vítima chegou a ficar desacordada por causa dos socos e pontapés.

Nesta quinta-feira, 19, o deputado do PL voltou atrás e desistiu de exonerar o assessor. Ele disse que, após analisar as imagens do tumulto, "ficou demonstrado que Rodrigo Duarte Bastos não agrediu quem quer que seja".

"Analisando as imagens recebidas, demonstrando que o assessor parlamentar Rodrigo Duarte Bastos não agrediu quem quer que seja, não há razão para sua exoneração. Embora não concorde com a postura de discussões políticas no interior da Câmara, pois ele é um servidor da Casa, isso não é razão para exonerá-lo. Já o repreendi para que não incorra no mesmo erro novamente. Tenho certeza que servirá de lição para que não reincida neste tipo de conduta", diz o deputado.

Em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, o sargento do Exército Luís Marcos Reis, ex-assessor de Jair Bolsonaro, afirmou, nesta quinta-feira (24), que transferiu um total de R$ 70 mil ao ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid. O registro da transferência data do dia 6 de janeiro, dois dias antes da invasão à Praça dos Três Poderes, em Brasília. 

Reis recebia um salário de R$ 13 mil, segundo a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apesar de o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ter declarado em documento que havia uma movimentação de R$ 3 milhões na conta do militar no intervalo de um ano e meio. Reis explicou na oitiva que as movimentações são relacionadas à aposentadoria da carreira militar, empréstimos pedidos a familiares e a amigos, a venda do carro de Mauro Cid e um consórcio com outros militares. 

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De acordo com a senadora, no extrato da conta do sargento consta a transferência de R$ 70 mil. Questionado sobre a transação, Reis confessou que anunciou na internet a venda de um carro pertencente ao tenente-coronel no valor de R$ 72 mil, justificando a origem do dinheiro. "Ele [Mauro Cid] me falou: 'Passa R$ 70 mil, fica para você o restante pelo seu trabalho'", declarou Luís Marcos dos Reis à CPMI. 

Acompanhe a oitiva ao vivo:

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O autointitulado jornalista, Wellington Macedo de Souza, que foi assessor da ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF), foi barrado de entrar na cerimônia de posse do novo presidente do Paraguai, na última terça-feira (15). O presidente Lula (PT) estava no evento. 

Wellington foi réu, em janeiro deste ano, por ter participado de um atentado em Brasília, que consistiu na colocação de uma bomba próximo a um caminhão de combustível, ao lado do aeroporto da cidade. Ele estava acompanhado de outros dois suspeitos, que foram condenados pela Justiça. O caso de Wellington foi desmembrado dos outros dois, e ele não chegou a ser condenado. 

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Seis dias antes do evento da posse do presidente Santiago Peña, em Assunção, Wellington realizou o credenciamento para entrar no setor da imprensa como jornalista independente. Sua credencial foi negada pelo governo paraguaio após verificação dos antecedentes criminais na base de dados do governo brasileiro. O procedimento é considerado padrão para eventos oficiais onde participam chefes de Estado.

A Câmara Municipal do Recife publicou um memorando que cobra o envio das certidões de antecedentes criminais dos servidores comissionados dos gabinetes dos vereadores. A determinação foi oficializada na sexta (28), quatro dias após um dos assessores de Felipe Francismar (PSB) ser morto a tiros quando tentava roubar a arma de um vigilante. 

O documento adverte aos servidores que as remunerações poderão ser bloqueadas caso a lista de certidões não seja enviada até 10 de agosto. Os documentos solicitados aos comissionados são: 

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- Certidão de antecedentes criminais do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco; 

- Certidão de antecedentes criminais da Polícia Federal; 

- Certidão de antecedentes criminais da Secretaria de Defesa Social; 

- Certidão negativa do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco; 

- Certidão negativa do Tribunal de Contas da União; 

- Certidão da Junta Comercial de Pernambuco; 

- Certidão da Receita Federal; 

- Certidão de quitação eleitoral; 

- Qualificação cadastral do eSocial. 

Assessor com mandado de prisão é assassinado

Na última segunda (25), André Alexandre Xavier dos Santos Júnior, de 25 anos, morreu baleado quando tentava roubar armas na sede do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife.  

Ele foi nomeado assessor do vereador Felipe Francismar (PSB) em fevereiro deste ano e recebia um salário líquido de R$ 9.980. André tinha um mandado de prisão em aberto por homicídio desde janeiro e acumulava passagens por assalto a banco e roubo de armas. 

Um segundo suspeito conseguiu fugir do local. O vigilante Valmir José da Silva trabalhava na empresa e foi morto na troca de tiro. 

Ao enviar o inquérito da Operação Hefesto ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) ampliou as suspeitas sobre a participação de autoridades em esquema de desvios na compra de kits de robótica para escolas públicas de Alagoas.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que não é citado nos primeiros relatórios da investigação, foi implicado depois que os policiais apreenderam anotações manuscritas de uma série de pagamentos a "Arthur". Os registros somam cerca de R$ 265 mil, como revelou a revista Piauí.

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Em nota, Lira afirmou que toda a sua movimentação financeira ‘tem origem nos seus ganhos como agropecuarista e da remuneração como deputado federal’.

A presença de aliados políticos e até de um auxiliar de longa data, o assessor Luciano Cavalcante, aumenta a pressão sobre o presidente da Câmara. Ele nega irregularidades e chegou a dizer, em entrevista à GloboNews, que ‘cada um é responsável pelo seu CPF’.

O assessor foi alvo de buscas no início do mês e, após a perícia no material apreendido, a Polícia Federal enviou o caso ao Supremo Tribunal Federal, que tem competência para conduzir investigações sobre autoridades com prerrogativa de foro.

Entenda o passo a passo da investigação

Quando começou a investigar a compra de kits de robótica para escolas públicas de Alagoas, em abril de 2022, a Polícia Federal deu início a um pente-fino nos contratos firmados por 43 prefeituras alagoanas com uma mesma empresa: a Megalic LTDA.

Os investigadores se depararam com indícios de superfaturamento e direcionamento das licitações. A suspeita é que os editais tenham sido previamente combinados com a empresa para incluir exigências que a beneficiassem e restringissem a concorrência. Os kits foram comprados por valores até 420% acima da média do mercado.

A PF também encontrou cidades que compraram kits muito além da necessidade. A prefeitura de Girau do Ponciano, por exemplo, tem 1.857 alunos matriculados na rede pública fundamental e contratou oito mil equipamentos.

O passo seguinte foi reconstituir o histórico da Megalic para descobrir quem está por trás da empresa. O CNPJ está registrado em nome de Roberta Lins Costa Melo e Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda (PSD), aliado de Lira.

Quando foi aberta, em 2013, a Megalic tinha capital social declarado de R$ 20 mil. Três anos depois, em 2015, o valor era de R$ 1 milhão. "A empresa foi constituída ‘para vencer licitações’ e contratar com o poder público. Causa perplexidade que uma empresa recém-constituída e com capital social baixíssimo tenha conseguido vencer licitações e firmar contratos milionários em tão pouco tempo no mercado, considerando a grande concorrência de fornecedores de grande porte para itens comuns", afirmou a PF em um dos primeiros relatórios do inquérito.

A lupa da PF foi então direcionada para as movimentações financeiras da Megalic. Os policiais se debruçaram sobre relatórios produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e identificaram transferências suspeitas para uma teia de pessoas físicas e jurídicas, o que permitiu ampliar o rol de investigados.

Um casal chamou a atenção da Polícia Federal: Pedro Magno e Juliana Salomão Dias. Eles teriam vínculos com 25 CNPJs diferentes, o que acendeu o alerta dos investigadores sobre a possibilidade de serem operadores especializados em lavagem de dinheiro. Policiais passaram meses à paisana seguindo os dois e descobriram uma intensa rotina de saques fracionados em espécie em agências bancárias e entregas presenciais em Brasília e em Maceió. O esforço da PF agora é para desvendar os destinatários do dinheiro. Ambos foram presos na Operação Hefesto.

Foi monitorando o casal que a Polícia Federal chegou a Luciano Cavalcante. A PF descobriu que um dos carros usados pelo casal de operadores para fazer os saques em Maceió ficava na casa do auxiliar e da mulher dele, Glaucia Cavalcante, que seriam os donos do veículo.

Em nota, o advogado André Callegari, que defende Luciano Cavalcante, informou que ele ‘conhece superficialmente Pedro Magno e o carro foi emprestado quando Luciano estava fora de Alagoas’.

Ao cruzar os dados das movimentações da Megalic, os investigadores chegaram também a Alexsander Moreira - diretor de Apoio à Gestão Educacional do Ministério da Educação (MEC), ele foi exonerado após a Operação Hefesto. Moreira era responsável pelo setor que avalia o cumprimento de metas do Plano Nacional de Educação (PNE) pelos municípios. Moreira teve R$ 737 mil em movimentações financeiras consideradas suspeitas.

Outros dois personagens com passagens em cargos públicos estão na mira da investigação. O deputado federal Gilvan Máximo (Republicanos-DF) e o veterinário Laurício Monteiro Cruz, ex-diretor de Imunização do Ministério da Saúde na gestão do general Eduardo Pazuello. Eles foram filmados em restaurantes de Brasília recebendo entregas de Pedro Magno.

COM A PALAVRA, ARTHUR LIRA

"Toda movimentação financeira e pagamentos de despesas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, seja realizada por ele e, às vezes, por sua assessoria, tem origem nos seus ganhos como agropecuarista e da remuneração como deputado federal."

COM A PALAVRA, LUCIANO CAVALCANTE

"O advogado André Callegari, que defende Luciano Cavalcante, esclarece que conhece superficialmente Pedro Magno e o carro foi emprestado quando Luciano estava fora de Alagoas."

COM A PALAVRA, OS DEMAIS CITADOS

A reportagem entrou em contato com o gabinete do deputado Gilvan Máximo, com a prefeitura de Girau do Ponciano e com a Megalic e aguarda resposta. Também busca contato com os demais citados. O espaço está aberto para manifestação (rayssa.motta@estadao.com e fausto.macedo@estadao.com).

Se antes o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), conseguiu ficar afastado da investigação dos kits de robótica superfaturados para Alagoas, agora, um caderno com pagamentos encontrado com seu assessor aumentou a suspeita da Polícia Federal sobre seu envolvimento no esquema de desvio. Arquirrival político no estado, o senador Renan Calheiros (MDB) debochou da situação. 

"O rei Arthur está nu!", publicou Calheiros em relação à exposição de Lira após os desdobramentos da Operação Hefesto. O cumprimento de mandados de busca e apreensão contra o motorista Wanderson de Jesus e Luciano Cavalcante, principal assessor do deputado, repercutiram na descoberta de uma lista de pagamentos, com detalhes de saldo, datas de repasses e destinatários. 

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O nome "Arthur" se repete entre os valores mais altos das anotações feitas a mão. Onze pagamentos, equivalente a um total de R$ 265 mil, feitos entre os meses de abril e maio deste ano, fazem referência ao primeiro nome do presidente da Câmara. 

No dia 17 de abril, a lista aponta um gasto de R$ 3.652 com "Hotel Emiliano = arthur", mesmo hotel de luxo onde o deputado costuma ficar quando vai a São Paulo. Os registros da Aeronáutica do mesmo dia confirmam que Lira viajou para São Paulo em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).  

Além da citação em outros itens, como "Fabio Engenheiro/Arthur", "materiais elétricos = Arthur", "pagamento irrigação = arthur", a suspeita ganha mais força com um repasse de R$ 4,8 mil para "telefone - D. Ivonete" - o nome da mãe de Lira é Ivanete - e em três envios de R$ 1 mil, R$ 4 mil e R$ 700 para "Álvaro", mesmo nome de um dos filhos do deputado. 

Em nota enviada à Revista Piauí, a assessoria defende a idoneidade do parlamentar: “Toda a movimentação financeira e pagamentos de despesas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, seja realizada por ele e, às vezes, por sua assessoria, tem origem nos seus ganhos como agropecuarista e da remuneração como deputado federal”. 

A operação foi deflagrada em 1º de junho para apurar a fraude em licitação e o desvio de R$ 8 milhões na compra de kits de robótica superfaturados através dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Arthur Lira ainda não constava como investigado, mas as novas informações colocaram o parlamentar no centro do inquérito. 

Iniciado pela Justiça Federal de Alagoas, o caso deve subir para o Supremo Tribunal Federal (STF). A acusação foi assumida pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, que já anulou outras duas denúncias contra o deputado. A relatoria do processo deve ser assumida pelo ministro Luís Roberto Barroso, contudo, ela pode ser redistribuída para algum dos colegas da Corte até outubro, quando Barroso assume a Presidência do STF após a aposentadoria de Rosa Weber. 

Max Guilherme Machado de Moura, assessor direto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi preso pela Polícia Federal (PF) por envolvimento no esquema de emissão de certificados de vacinação falsos e inserção de informações incorretas no sistema de vacinação do Ministério da Saúde.

O assessor chegou a acompanhar o ex-presidente em suas viagens aos Estados Unidos, onde o certificado de vacina era obrigatório para entrar no país, mas alega não ter sido vacinado.

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Segundo o jornal O Globo, a viagem de Moura custou R$ 150 mil aos cofres públicos em três viagens para os Estados Unidos. A viagem no mês de janeiro custou R$ 68.621,81, a de fevereiro R$ 40.752,19 e a de março R$ 41.198,21.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, se tornou alvo de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) após ter usado dinheiro público para pagar o salário do motorista do tio dele por sete anos. Conforme revelou o Estadão, o funcionário esteve lotado no gabinete do então deputado Juscelino entre 2015 e 2022, mas, na prática, prestava serviços braçais nas fazendas do ex-senador e ex-prefeito de Santa Inês Roberth Bringel, tio do ministro. O trabalhador sequer se comunicava com Juscelino.

A ação foi protocolada no Supremo pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). A petição solicita a abertura de uma investigação contra Juscelino Filho por peculato. O processo foi distribuído nessa quarta-feira, 12, ao ministro Kassio Nunes Marques.

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"Ora, inegável que, se confirmada à conduta praticada pelo atual Ministro das Comunicações, configurado estaria o peculato desvio, porquanto trata-se de utilização de verba pública para fins privados, bem como de contratação de terceiro vinculado à administração pública que sequer desempenha qualquer função laborativa inerente ao cargo", escreveu o parlamentar mineiro na inicial.

Em entrevista ao Estadão, o motorista Waldenôr Alves Catarino, de 57 anos, confirmou nunca ter trabalhado para Juscelino. "Era assim, ó: eu era lotado aí na Câmara Federal e trabalhava aqui para o tio dele na fazenda. [...] Eu fazia tudo, trabalhava num caminhão. Levava óleo para trator, instalando estaca na fazenda, fazia tudo…", disse o funcionário.

Waldênor estava contratado na Câmara como secretário parlamentar e recebia uma remuneração mensal de R$ 2,3 mil. No acumulado, a verba desviada chegou a R$ 171,4 mil nos sete anos.

O homem contou também que ao longo dos sete anos falou poucas vezes com Juscelino, que, na prática, deveria ser seu chefe. A contratação irregular chegou ao fim somente em maio de 2022, quando Waldênor se fartou do trabalho puxado que tinha com Bringel. "Eu tinha que levantar todos os dias 5 da manhã, não tinha horário para parar", contou.

A reportagem do Estadão revelou também uma série de outros casos que indicam desvio de verba pública pelo atual ministro das Comunicações. Uma mulher apontada como secretária da família Bringel também foi lotada no gabinete do deputado. Juscelino Filho ainda empregou com dinheiro público o piloto de sua aeronave e o gerente do seu haras em Vitorino Freire, no Maranhão. Se juntar todos esses casos, a Câmara já desembolsou mais de R$ 2 milhões com os quatro empregados.

Em março, o Estadão revelou ainda que Juscelino Filho emplacou o sócio do haras onde cria seus cavalos como funcionário fantasma na liderança do PDT no Senado. Gustavo Gaspar recebia um salário de R$ 17,2 mil, mas no local onde deveria trabalhar, ninguém o conhecia. Ele foi exonerado após a publicação da reportagem.

Outras ações

Essa é a primeira ação contra Juscelino Filho que chega ao STF. O ministro das Comunicações, no entanto, também precisará prestar contas a outros órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Justiça Federal, a Comissão de Ética Pública, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Tribunal de Contas da União (TCU).

O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) apontou "controvérsia" e "incerteza" na prestação de contas da campanha de deputado de Juscelino Filho após o Estadão revelar que o político usou dados falsos para justificar 23 dos 77 voos de helicóptero declarados. Um empresário listado pela equipe de Juscelino como passageiro afirmou que não tem nenhuma ligação com o político e que não trabalhou na campanha. "Isso aí está errado, provavelmente é uma fraude. (...) Usaram meu nome, da minha família, da minha filha", disse Daniel Andrade. O caso agora será analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

O Tribunal Superior Eleitoral também foi cobrado pelo deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) para investigar Juscelino após o Estadão mostrar que o ministro das Comunicações escondeu em sua declaração de bens à Justiça um patrimônio superior a R$ 2,2 milhões em cavalos de raça.

Na Justiça Federal, Juscelino responde a uma ação popular por ter usado R$ 5 milhões do orçamento secreto para asfaltar uma estrada de terra que passa no meio de suas fazendas, em Vitorino Freire. A propriedade também abriga uma pista de pouso para seu avião particular e um heliponto.

Na Comissão de Ética Pública e no Tribunal de Contas da União (TCU), Juscelino Filho responde por ter usado voos da Força Aérea Brasileira (FAB), já como ministro de Estado, para ir a São Paulo e participar de leilões de cavalos de raça. A viagem foi feita em janeiro. Ele passou o fim de semana dedicado a atividades privadas e, mesmo assim, ganhou diárias por isso, uma vez que alegou estar em "missão oficial". A Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi acionada para apurar uso indevido de recursos públicos.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, contratou com dinheiro público o "faz-tudo" de fazendas de sua família localizadas no interior do Maranhão. O motorista Waldenôr Alves Catarino passou quase uma década realizando serviços nas propriedades enquanto era pago pela Câmara dos Deputados. Em entrevista ao Estadão, o homem de 57 anos afirmou que foi contratado por Juscelino como assessor parlamentar, mas nunca trabalhou na função. Seu local de trabalho, disse, eram as terras do ex-senador e ex-prefeito de Santa Inês Roberth Bringel, tio do ministro.

"Era assim, ó: eu era lotado aí na Câmara Federal e trabalhava aqui para o tio dele (de Juscelino) na fazenda", afirmou Catarino. "Eu fazia tudo, trabalhava num caminhão. Levava óleo para trator, instalando estaca na fazenda, fazia tudo…", disse ele (mais informações nesta página).

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Catarino foi nomeado como secretário parlamentar no gabinete de Juscelino logo no início de seu mandato como deputado, em outubro de 2015. A contratação irregular chegou ao fim em maio de 2022, um ano antes de Juscelino virar ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, porque o funcionário quis mudar de emprego. "O serviço era muito puxado. Tinha que levantar todos os dias 5 da manhã, não tinha horário para parar", relatou.

Sem contato

Durante os sete anos em que esteve nomeado na Câmara, o motorista disse que uma das únicas vezes em que fez algo para Juscelino foi buscá-lo certa vez no aeroporto. Afirmou ainda que nem sequer se comunicava com o então deputado, que, no papel, era seu chefe. "Se eu for dizer as vezes que eu falei com Juscelino, foi pouco." O salário do motorista era de R$ 2,3 mil. Pelo período em que ficou na Casa, ganhou R$ 171,4 mil.

O caso de Catarino se junta a outros revelados pelo Estadão que indicam mau uso de dinheiro público por Juscelino, que hoje comanda uma pasta com orçamento de mais de R$ 3 bilhões. Na semana passada, reportagem mostrou que o piloto da aeronave e o gerente do haras de Juscelino são pagos até hoje com verba da Câmara. Eles estão lotados no gabinete do suplente do ministro, mas dão expediente nas propriedades de Juscelino.

Klennyo Ribeiro foi contratado em 2016 e recebe R$ 7,8 mil por mês. Lotado na Câmara, ele cuida do Parque & Haras Luanna, em Vitorino Freire (MA). Já Leumas Rendder Campos Figueiredo pilota o bimotor Piper PA-34-220T Seneca V, que Juscelino tem em parceria com um outro tio. Para isso, recebe R$ 10,2 mil. A Casa abriu uma apuração sobre a situação do piloto.

O Estadão revelou também que Juscelino, já como ministro de Lula, recebeu diárias e usou avião da FAB para cumprir agenda particular em São Paulo, onde participou de leilões de cavalos de raça. O caso é investigado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República. O deputado licenciado também usou dados falsos para justificar 23 dos 77 voos declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última campanha.

Suplentes

O tio de Juscelino para quem Catarino disse ter trabalhado por sete anos é Roberth Bringel, irmão da mãe do ministro. Bringel é suplente do senador Weverton (PDT-MA), aliado do titular das Comunicações. Sua mulher, Maria Vianey Bringel, também foi prefeita de Santa Inês.

Catarino não é o único caso de funcionário que esteve lotado no gabinete de Juscelino e que, ao mesmo tempo, trabalhou para a família Bringel. O Estadão apurou que Vanuza Silva Mendes atua como secretária de Roberth Bringel. Ela paga contas para o político.

Após diversas ligações não atendidas, a reportagem entrou em contato com a mulher via aplicativo de mensagens, e perguntou se falava com "Vanuza, secretária do senhor Roberth Bringel". Ela disse que "sim". Em seguida, apagou o mensagem. Questionada novamente, informou que não trabalha com o político. "Não tenho como te ajudar", declarou.

Vanuza foi nomeada no gabinete de Juscelino em fevereiro de 2015 no cargo de secretária parlamentar. Ela ganha R$ 6.181,07 por mês. A Câmara já desembolsou R$ 801,9 mil com a funcionária.

Procurado, o ministro não havia respondido aos questionamentos do Estadão até a noite desta segunda-feira (10).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-estrategista e coordenador da campanha de Donald Trump, Steve Bannon, se rendeu nesta quinta-feira (8) às autoridades policiais de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Lá, ele deve enfrentar acusações na justiça estadual, frente a um processo que investiga denúncias de corrupção na construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México, durante a gestão do ex-presidente norte-americano. 

As acusações devem ser anunciadas pelo procurador do distrito de Manhattan, Alvin Bragg, e pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James. Bannon, de 68 anos, e três outros homens foram acusados por promotores federais em agosto de 2020 de fraudar doadores em uma campanha privada de arrecadação de US$ 25 milhões (mais de R$ 130 mi), conhecida como "We Build the Wall”, para ajudar a construir o muro de assinatura de Trump. 

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De acordo com a CNN, na acusação consta que um dos associados de Bannon criou uma plataforma online de arrecadação de fundos para arrecadar dinheiro e construir um muro na fronteira. Para receber o dinheiro dos doadores, o organizador prometeu que "100% dos fundos" iriam para a construção. 

Os associados discutiram dizer ao público que ninguém envolvido no projeto "We Build The Wall" receberia um salário, segundo a acusação. Em uma mensagem de texto, um dos envolvidos disse a Bannon que a alegação "remove toda a mancha de interesse próprio nisso" e "dá ao CEO uma santidade". 

Bannon afirmou publicamente que estava agindo "como um voluntário" para o We Build The Wall, disseram os promotores na acusação. Nos bastidores, Bannon supostamente ajudou a canalizar centenas de milhares de dólares para ele e seus associados. O ex-assessor de Trump culpa sua situação por motivações políticas. 

"Isso é uma ironia, no mesmo dia em que o prefeito desta cidade tem uma delegação na fronteira, eles estão perseguindo pessoas aqui, que tentam detê-los na fronteira", disse ele a repórteres do lado de fora do escritório da promotoria nesta quinta-feira (8). 

 

Um assessor de Paula Fernandes acabou abrindo a boca durante uma entrevista para um podcast e chegou até a revelar que a cantora fez uma exigência pra lá de estranha: colocar uma cama de casal em seu camarim.

Vendo a declaração pegar fogo nas redes sociais e ganhar uma proporção gigantesca, Paula Fernandes então decidiu comentar sobre as falas de Gui Artístico e contou que tudo isso não se passa apenas de uma fake news e que não aguenta mais ter que vir publicamente desmentir fala das pessoas.

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A artista ainda fez questão de citar alguns outros nomes de famosas que vivem sendo alvos dessas mesmas notícias mentirosas, como Larissa Manoela e também Paolla Oliveira. Além disso, Paula Fernandes revelou que está se preparando para embarcar para mais uma turnê na Europa.

O ex-assessor Vinícius Hayden Witeze, que denunciou o vereador Gabriel Monteiro (PSD) por assédio sexual e moral, morreu na noite do último sábado (28) após sofrer um acidente de carro em Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Vinícius havia prestado depoimento sobre o caso no Conselho de Ética da Câmara na quarta-feira (25). Na ocasião, ele compareceu usando colete a prova de balas e relatou que estava sofrendo ameaças. 

"Perdi a minha liberdade. Tenho que andar de carro blindado, colete à prova de balas. Tenho que cercear o meu direito de ir e vir, de sair a hora que eu quero porque o vereador gravou vídeos expondo o meu número pessoal, me colocando como se fosse uma pessoa que tivesse negociado com uma pseudo máfia do reboque, que ele vive falando que é tudo a máfia do reboque dele", disse durante depoimento.

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De acordo com informações da Polícia Civil, o carro de Hayden capotou na RJ-130, entre as cidades de Teresópolis e Nova Friburgo, e ele teria morrido na hora. Além disso, a polícia aponta que o ex-assessor não estava sozinho no veículo, mas acompanhado por uma mulher que não foi identificada.

Ainda segundo informações da polícia, em depiomento, ela teria descartado interferências de terceiros e alegou que Vinícius estava dirigindo em alta velocidade e teria perdido a direção ao frear para realizar uma curva, o que, possivelmente, acosionou o capotamento.

As investigações do acidente estão sob responsabilidade da 110ª DP, em Teresópolis. Uma perícia será realizada no veículo pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli em conjunto com peritos do Posto Regional de Polícia Técnica e Científica da cidade nos próximos dias.

Ex-assessores do vereador e youtuber Gabriel Monteiro (PL) deram mais detalhes sobre seu envolvimento com a adolescente de 15 anos, que aparece em um vídeo de sexo com ele e desencadeou uma investigação criminal e uma representação na Câmara Municipal que pode cassar seu mandato. De acordo com os depoimentos, ela frequentava a casa de Monteiro com farda escolar e já recebeu uma pílula do dia seguinte a pedido do vereador.

Fabio Neder, um dos ex-funcionários de Gabriel Monteiro, afirmou que já levou uma pílula do dia seguinte para a adolescente, conforme o G1. Ele ainda disse que a menor costumava frequentar a casa do vereador com roupa de colégio.

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Ainda nomeado no gabinete, Robson Coutinho relatou que o youtuber falava para todo mundo que a menor tinha 15 anos e que a chamava de "minha novinha".

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Operação da Polícia

Nessa quinta-feira (7), a residência e o gabinete do vereador foram alvos de uma operação da Polícia Civil para apurar as denúncias. Em uma lista de 123 itens apreendidos incluem oito armas, 23 computadores, 17 celulares, um carro e um cofre.

O ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), Waldir Ferraz, detalhou à revista Veja um suposto esquema de rachadinhas liderado pela advogada Ana Cristina Valle, ex-mulher do mandatário. A denúncia, divulgada nesta sexta-feira (21), inclui no esquema criminoso os gabinetes do próprio presidente, e dos seus filhos Carlos Bolsonaro (Republicanos) e Flávio Bolsonaro (Patriota), à época, deputado federal. Ferraz é amigo de Bolsonaro há cerca de 30 anos, sendo aliado também de Luciano Hang e o responsável pela campanha presidencial de 2018.

“Ela fez nos três gabinetes. Em Brasília (na Câmara dos Deputados), aqui no Flávio (na Assembleia Legislativa do Rio) e no Carlos. O Bolsonaro deixou tudo na mão dela para ela resolver. Ela fez a festa. É isso. Ela que fazia, mas quem é que assinava? Quem assinava era ele. Ele vai dizer que não sabe? É batom na cueca. Como é que você vai explicar? Ele está administrando. Não tem muito o que fazer”, contou.

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De acordo com o ex-assessor, o papel de Ana Cristina era contratar pessoas que concordavam e ainda se sentiam beneficiadas mesmo precisando devolver parte do salário. A rachadinha consiste no recolhimento de parte dos salários dos funcionários dos gabinetes, prática enquadrada como peculato. Ela recolhia documentos de algumas pessoas, abria contas bancárias em nome delas e retirava parte dos salários.

“Ela é muito perigosa. É uma mulher que quer dinheiro a todo custo. Às vezes, ela vai ao cercadinho, frequenta o cercadinho. É uma forma de chantagem. A gente nem toca nesse assunto pra não deixar o cara (Bolsonaro) de cabeça quente”, disse Waldir.

Ele ressaltou que Bolsonaro e os filhos não sabiam dos esquemas montados pela ex-mulher. “Ele, quando soube, ficou desesperado, era uma fria. O cara foi traído. Ela começou tudo. Bolsonaro nunca esteve ligado em nada dessas coisas. O cara tinha visão do que estava acontecendo por trás no gabinete. Às vezes o chefe de gabinete faz merda, o próprio deputado não sabe. Mesmo o deputado vagabundo não sabe, só vem a saber depois”, continuou.

Segundo o ex-assessor, Ana Cristina exige dinheiro e outras vantagens para não contar o que sabe. De acordo com ele, ela teria ido algumas vezes ao cercadinho do Palácio da Alvorada para ser vista por Bolsonaro, como uma forma de pressioná-lo.

À Veja, Ana Cristina negou que tenha comandado esquemas de rachadinha, que chantageie Bolsonaro e disse que as acusações partem de inimigos que querem atingir Flávio e Carlos. “Se eu tiver que falar com o presidente, acha que eu vou para o cercadinho para todo mundo ficar vendo, para jornalista ficar vendo? Sou discreta”, afirmou.

O deputado estadual Campos Machado (Avante-SP) exonerou o assessor José Carlos Bernardi, após o jornalista sugerir que "matar um monte de judeus e se apropriar do poder econômico" seria uma das formas do Brasil enriquecer. As declarações de cunho antissemita de Bernardi foram feitas durante o programa Jornal da Manhã da Jovem Pan News.

"Sempre respeitei o direito de opinião de qualquer cidadão, inclusive meus funcionários. Mas não poderia deixar de repudiar o infeliz comentário do meu assessor, jornalista José Carlos Bernardi, ofensivo a toda comunidade judaica, que muito respeito e admiro", escreveu Machado em sua conta pessoal no Twitter, ao lembrar que é autor de uma lei estadual que estabelece o Dia da Lembrança do Holocausto.

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"Assim, não me coube outra decisão que não a de exonerar, hoje mesmo, o referido funcionário de meu gabinete", concluiu.

Na ocasião, Bernardi discutia com a comentarista do programa Amanda Klein sobre a recepção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita à França, em comparação à participação do presidente Jair Bolsonaro em eventos internacionais, como a última cúpula do G-20.

Quando Amanda Klein defendeu o desenvolvimento econômico alemão, Bernardi criticou o país europeu dizendo que "é só assaltar todos os judeus que a gente consegue chegar lá". Sugeriu ainda que a morte e apropriação do poder econômico da população judaica seria caminho para enriquecimento do Brasil, por ter sido assim que a Alemanha fez após a Segunda Guerra Mundial.

"Não dá para você defender isso. Essas ideias são ultrajantes, reacionárias e erradas e equivocadas", respondeu a apresentadora

No Twitter, Bernardi se apresenta como "cristão, jornalista e empreendedor social". Ele usou a conta pessoal na plataforma para dizer que é defensor do Brasil soberano e "seguidor dos valores judaico cristãos". "Não vão conseguir calar minha voz conservadora e de direita. As narrativas são desmontadas uma a uma com a mais pura verdade. Convoco minha Audiência para amplificar e manter a luta contra o mal ativa", concluiu.

Demitido em março do Ministério da Saúde após ter sua atuação na pandemia contestada, com direito a suspeitas de corrupção investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o general Eduardo Pazuello completou quatro meses em cargos de confiança ligados à Presidência da República com uma agenda esvaziada e função obscura.

O militar registrou ter se ocupado de "despachos internos" em 59 dias úteis desde que foi nomeado, em junho. Em outras 13 datas, a expressão utilizada foi "sem compromissos oficiais", e por nove dias não prestou qualquer informação em sua agenda. Ou seja, em 81 dos 91 dias úteis que esteve no cargo, 89% do total, não é possível saber o que Pazuello fez no trabalho.

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Um servidor que despacha diariamente no Palácio do Planalto, onde o general ocupa uma sala no 4.º andar, disse sob condição de anonimato não saber exatamente a função do ex-ministro, além de raramente o encontrar pelos corredores.

O jornal O Estado de S. Paulo pediu ao governo, via Lei de Acesso à Informação, o registro de entrada de Pazuello na sede do Executivo, mas teve a solicitação negada sob o argumento de que este tipo de dado é sigiloso.

A nomeação do general foi ordenada pelo presidente Jair Bolsonaro, numa tentativa de dar "blindagem política" ao ex-ministro, que além de alvo da CPI, responde a inquérito na Justiça Federal por suposta omissão durante o colapso da saúde em Manaus, no início deste ano.

Pazuello está abrigado na Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), com salário de R$ 10.166,94 e carga horária de 40 horas semanais. Além disso, recebe R$ 32.375,16 por suas funções como general de divisão do Exército.

Como o teto atual de remuneração a servidores é de R$ 39.293,32, o contracheque do ex-ministro sofre um desconto mensal de R$ 3,248,78. Ainda tem à sua disposição um carro com motorista para se deslocar por Brasília, além de um quarto no hotel de trânsito das Forças Armadas, onde mora.

Por quatro meses, o militar ocupou o cargo de secretário na SAE, mas foi "promovido" na sexta-feira passada a assessor especial, diretamente subordinado ao comandante da pasta, almirante Flávio Rocha.

Segundo o órgão, a mudança foi apenas uma reformulação no organograma interno e não alterou "em nada" a função dele. Questionada qual seria essa função, a secretaria não informou.

Dois parlamentares da base do governo no Senado disseram à reportagem que Pazuello, já lotado no Planalto, participou de reuniões para definir a estratégia de defesa do governo na CPI da Covid. Os encontros também não foram registrados na agenda do general.

Em consulta à Imprensa Nacional, a reportagem não encontrou qualquer referência à atuação de Pazuello na SAE. O nome de general poderia constar do Diário Oficial da União, por exemplo, caso ele tivesse sido designado a algum grupo de trabalho da secretaria, o que não ocorreu.

Viagens

Além dos "despachos internos" ou dias sem qualquer compromisso, a agenda de Pazuello registra que ele viajou seis vezes a trabalho, com passagens aéreas pagas com dinheiro público e direito a diárias. Duas delas foram para Manaus, onde vive parte de sua família. O motivo das visitas, uma em julho e outra em agosto, não foi informado.

Em três ocasiões os deslocamentos foram para acompanhar Bolsonaro em alguma solenidade, como no dia 27 de agosto, quando foi a Goiânia (GO) para assistir a passagem de Comando das Operações Especiais. Por esta viagem, ele recebeu R$ 364 de diária, segundo registra o Portal da Transparência do governo. Também viajou a Roraima e ao Rio de Janeiro para ficar ao lado do presidente.

A reportagem questiona há quase um mês a assessoria de imprensa da SAE e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) sobre o papel de Pazuello no governo. A única resposta, porém, foi a que confirmou a reestruturação no organograma da pasta.

No artigo 37, a Constituição determina que a administração pública deve obedecer o princípio da publicidade de seus atos. Além disso, de acordo com orientações do Ministério da Fazenda, servidores registrados em cargos de confiança - como Pazuello - devem fazer o registro diário de seus compromissos públicos, realizados de forma presencial ou não. "Quando houver questões de sigilo, deve-se apontar que informação é sigilosa e dar publicidade à parte não sigilosa", orienta a pasta.

Procurado também diretamente no telefone que usava quando era ministro, Pazuello não respondeu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No dia 7 de setembro, quando foram ao Aeroporto Internacional de Brasília em meio a uma passagem pelo Brasil que rendeu encontros com bolsonaristas e com o próprio presidente Jair Bolsonaro, o ex-assessor do ex-presidente norte-americano Donald Trump, Jason Miller, e o empresário Gerald Brant foram abordados pela Polícia Federal para prestar depoimento. Investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais, e acuados pela PF, eles pediram ajuda ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para arranjar um advogado. Em meio ao depoimento da dupla, o assessor especial da Presidência, Filipe Martins, apareceu para socorrê-los.

Por serem representantes de uma plataforma de rede social de extrema-direita criada para driblar mecanismos de controle contra crimes virtuais, Miller e Brant entraram na mira das investigações e tiveram suas intimações para depoimento autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Eles já estavam no Brasil e haviam se reunido com Bolsonaro nos dias anteriores à abordagem. Segundo a decisão que autorizou os depoimentos, Miller e Brant são ligados a Steve Bannon, homem de confiança de Trump e um dos artífices das fake news norte-americanas que foram copiadas pelo bolsonarismo.

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Assim que abordados no aeroporto, o empresário e o ex-assessor de Trump interromperam os federais para pedir que fosse solicitado um advogado. Enquanto Miller conversou com um servidor da embaixada norte-americana no Brasil, Brant afirmou aos agentes que pediu seu defensor diretamente ao deputado federal Eduardo Bolsonaro. A advogada Milena Ramos Camara compareceu naquela mesma manhã, quando se deu início do depoimento da dupla. Em meio às declarações dos norte-americanos, o assessor da Presidência Felipe Martins apareceu. A advogada disse à PF que Martins era um 'amigo' e que resolveria 'questões de honorários advocatícios'. Ela chegou a pedir aos agentes para que a presença de Martins não fosse registrada pela PF.

Em depoimento, Brant afirmou ser o presidente da empresa de rede social, e disse estar no Brasil para participar da Conferência de Ação Política Conservadora. Ele se recusou a revelar quem lhe convidou. Já Miller preferiu ficar em silêncio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O assessor de Segurança Nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, conversou nesta quarta-feira (29) com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi, para promover a realização de eleições na Líbia, país assolado pelas lutas de poder, informou a Presidência egípcia.

O Cairo, grande aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio, se consolidou como um ator-chave no cenário regional, tanto na questão palestina quanto na da vizinha Líbia, que desde a queda de Muamar Gadafi em 2011 vive um conflito sangrento.

O Egito recebeu recentemente o homem que controla o leste da Líbia, o marechal Khalifa Haftar, líder do autoproclamado Exército Nacional Líbio (ENL) e possível candidato às eleições presidenciais previstas para 24 de dezembro, assim como seu rival, o primeiro-ministro Abdelhamid Dbeibah.

O Cairo pediu que as eleições legislativas e presidenciais ocorram na data prevista para acelerar o retorno à estabilidade.

Sullivan e Sissi falaram de "organizar eleições" na Líbia, de "retirar as tropas estrangeiras e os mercenários" e de "unificar as forças armadas" do país, disse o porta-voz de Sissi, Basam Radi, em um comunicado.

As eleições líbias estão atualmente ameaçadas, já que o presidente do Parlamento, Aguila Saleh, ratificou uma controversa lei eleitoral que favorece o general Haftar, enquanto o Parlamento da cidade de Tobruk (leste) aprovou uma moção de censura contra o governo.

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