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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) aprovou o Projeto de Lei 5.845/22, do deputado estadual Carlos Macedo (Republicanos-RJ), que obriga a instalação de sinalizadores sonoros e visuais em carros alegóricos de escolas de samba do Carnaval carioca. A obrigatoriedade vale para os veículos que tenham mais de 50 m² de área ou que sejam motorizados. 

Com a decisão, será obrigatório o uso de sinalizadores nas alegorias durante as manobras no trânsito, exceto durante os desfiles. Além disso, o texto obriga a presença do operador de sinalização para auxiliar nas manobras dos carros. Esses profissionais deverão estar com equipamentos de segurança pessoal.

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No momento da concentração das agremiações e durante a dispersão dos desfiles, as alegorias deverão também ser escoltadas por profissionais de segurança, para que impeçam a aproximação de foliões que não estejam envolvidos na locomoção dos veículos.

O texto já seguiu para o governador Cláudio Castro (PL-RJ), que tem até 15 dias úteis para sancioná-lo ou vetá-lo. A proposta, caso sancionada, precisa da regulamentação do Executivo.

O PL foi proposto após o acidente com carro alegórico que matou Raquel Antunes da Silva, uma menina de 11 anos, na área de dispersão do sambódromo Marquês de Sapucaí, no Carnaval de 2022. A garota morreu imprensada pelo carro abre-alas da escola de samba Em Cima da Hora. 

“No momento da manobra, não havia sinalização de alerta ou segurança adequada para que fosse evitado o acidente”, comentou o deputado, que afirma que as alegorias que não cumprirem as ordens, serão proibidas de entrarem no sambódromo.

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou na última quarta-feira (6), o Projeto de Resolução 03/23, concedendo a Medalha Tiradentes, maior honraria entregue pela Casa, para a cantora Margareth Menezes, que atualmente é ministra da Cultura da gestão Lula (PT). O projeto é assinado pela deputada estadual Verônica Lima (PT-RJ), que preside a Comissão de Cultura da Alerj.

“Além de uma artista renomada, reconhecida nacional e internacionalmente, a nossa ministra Margareth tem sido fundamental para colocarmos a cultura do nosso país na primeira prateleira de importância das políticas públicas”, declarou a parlamentar.

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A artista soteropolitana possui um longo legado de contribuições à cultura, sendo símbolo de potência vocal e social no universo afro-pop-brasileiro. É a primeira mulher preta a assumir o Ministério da Cultura.

Margareth é ganhadora de dois troféus Caymmi, dois troféus Imprensa, quatro troféus Dodô e Osmar, além de ter sido indicada para o Grammy Awards e Grammy Latino. Contabiliza 21 turnês mundiais. Além da quantidade de prêmios, Margareth Menezes pelo trabalho que desenvolve na gestão da Associação Fábrica Cultural, fundada em 2004 por ela.

Outros deputados também comentaram sobre a entrega da honraria em plenário, como por exemplo Dani Balbi (PcdoB-RJ) que elogiou a artista. “Ela revolucionou, com o coletivo Fábrica, a maneira como os coletivos populares agora acessam o Fundo da Cultura”.

Um disparo acidental feriu um segurança do deputado estadual Marcelo Dino (União Brasil) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na tarde desta quinta-feira, 30. Ronaldo Castro, de 46 anos, foi ferido na perna direita por sua própria arma e levado por bombeiros a um hospital particular. Até à publicação desta reportagem, não havia detalhes sobre seu estado de saúde.

Servidores da Alerj relataram que a arma tinha sido guardada engatilhada e teria disparado por um movimento corporal do segurança. O incidente aconteceu por volta das 13h30 e foi registrado na 5ª DP (Mem de Sá). O Regimento Interno da Alerj proíbe usar armas dentro do prédio. Só servidores do Departamento de Segurança são autorizados fazê-lo, quando em serviço.

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Deputado era suplente

Marcelo Dino tomou posse como deputado estadual em 13 de fevereiro, ocupando a vaga do parlamentar Bruno Dauaire, que também integra o União Brasil e se licenciou para assumir a secretaria estadual de Habitação. Dino exerce seu segundo mandato - o primeiro foi na legislatura passada.

Até a publicação desta reportagem, a direção da Alerj não havia se manifestado sobre o episódio. O Estadão procurou o próprio deputado e seus assessores, mas não conseguiu localizá-los.

No Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta-feira (8), a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vai inaugurar uma sala de defesa dos direitos da mulher, com atendimento psicológico e jurídico para vítimas de violência.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (7) pela deputada Renata Souza, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.  Para Renata, os números de feminicídios no estado do Rio são alarmantes.

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“De acordo com o Instituto de Segurança Pública [ISP], houve aumento de 22% nos casos em 2022 em comparação ao ano anterior. No estado do Rio, 103 mulheres foram vítimas de feminicídio no ano passado”, disse a parlamentar.  Segundo a deputada, é preciso aumentar o orçamento para políticas públicas destinadas à mulher no estado.

“Orçamento significa prioridade do governo para um determinado tema”, disse Renata, ao participar de audiência pública sobre os crescentes casos de feminicídio, na sede do Legislativo fluminense, no centro da cidade.

A coordenadora da Rede de Observatórios em Segurança Pública, Silvia Ramos, disse que, no ano passado, o estado do Rio registrou aumento de 45% nos casos de violência contra a mulher. “O que temos é o retrato de uma catástrofe civilizatória. Há muito trabalho pela frente em prevenção dos casos, em elucidação e punição dos crimes”, afirmou a pesquisadora.

O deputado bolsonarista Rodrigo Amorim (PTB-RJ) é acusado de transfobia pela vereadora trans Benny Briolly (Psol-RJ), após direcionar ofensas à parlamentar, durante discurso no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nessa terça-feira (17). A agressão verbal ocorreu após a fala de uma deputada colega de Briolly, Renata Souza (Psol-RJ), que segundo o deputado, havia cometido quebra de decoro ao chamar bolsonaristas de “bois”. 

Para revidar, o conservador interrompeu a opositora e disse que, além de não poder falar que bolsonaristas “urram ou mugem”, a deputada “não olhava para a própria bancada”, insinuando que os animais estariam entre os aliados da psolista. Em seguida, utilizou Benny Briolly como exemplo e passou a direcionar as ofensas.  

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"Hoje, na Câmara Municipal, o vereador que parece um porco humano estava lá chorando e dizendo que eu era gordofóbico, mas ela pode se referir aos outros como boi? Talvez não enxergue a sua própria bancada, que tem lá em Niterói um ‘belzebu’, que é uma aberração da natureza, aquele ser que está ali", disse o deputado. 

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Em outro momento, Rodrigo se referiu à vereadora com pronomes masculinos, e disse que ela é um "vereador homem" por ter nascido "com pênis". 

"Ela faz referência a um vereador homem, pois nasceu com pênis e testículos, portanto é homem (...) temos uma aberração do alfabeto inteiro designando o que eles chamam de gêneros, gêneros aleatórios, quando na verdade eu insisto na minha tese de que sou do tempo em que existiam homens, mulheres, 'bichas' e 'sapatões'. Nada mais além disso", declarou Rodrigo Amorim. 

Não é a primeira vez que Rodrigo Amorim tem posicionamentos transfóbicos e desrespeita Benny Briolly. Nas redes sociais, sempre que discorda de alguma ação ou proposta da parlamentar, Amorim se refere à carioca no masculino. Briolly afirma já ter buscado apoio jurídico para responder às provocações na justiça. 

- - > Vereadora trans recebe dupla ameaça de morte em uma semana 

Segundo a vereadora, ela já foi ameaçada de morte mais de 20 vezes. Recentemente, foi alvo de ataques durante uma votação na Câmara Municipal de Niterói, enquanto apresentava o projeto de lei 09/2022, que institui 12 de novembro como o Dia de Maria Mulambo, entidade cultuada por religiosos de matriz africana. Na ocasião, pessoas contrárias ao projeto de lei gritaram frases como "Sai fora, macumbeiro" e "Protetor é Jesus Cristo". 

 

A Comissão de Combate às Discriminações da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) anunciou que vai pedir que a Polícia Federal (PF) investigue amplamente o crime de racismo cometido contra o ator Douglas Silva, atualmente participando do Big Brother Brasil. 

Douglas foi alvo de um blog que usou de xingamentos racistas para ofender o ator, chegando a utilizar uma fotografia do grupo supremacista branco americano Klu Klux Klan nos xingamentos.

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Segundo o portal da Alerj, o autor principal do crime já foi identificado e se trata de um militante neonazista da cidade de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, mas o advogado da comissão, Daniel Vargas, e também o do próprio ator, Ricardo Brajterman, pedem que se investigue mais a fundo e se descubra os autores de outros comentários do blog. 

Daniel taxou o caso como muito sério e pediu que a polícia agisse imediatamente na prisão do suspeito identificado. “É algo mais sério do que parece. Estamos falando de um sujeito filho de policial que está ligado a nazismo e terrorismo. Vamos agir junto à Polícia Federal imediatamente. Essa não é uma articulação pontual de um racista isolado isso é supremacismo branco com articulação nazista”, concluiu.

Nas redes sociais oficiais de Douglas Silva, seus administradores se posicionaram contra os atos de racismo sofridos e em nota revelaram já estar tomando as medidas cabíveis para punições serem aplicadas. “É inacreditável, inadmissível e inconcebível que isso ainda aconteça nos dias de hoje”, publicaram.

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Logo após a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovar projeto de lei que autoriza municípios a decidirem se o uso de máscara é obrigatório ou não em suas áreas, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou na noite desta terça-feira, 26, que na quarta-feira, 27, será publicado no Diário Oficial decreto tornando facultativo o uso do acessório enquanto estiverem em locais abertos no município. As máscaras continuarão obrigatórias em lugares fechados.

As máscaras são o principal equipamento de proteção contra a covid-19, e a decisão de tornar o uso não obrigatório no município do Rio foi tomada pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, com base em estatísticas sobre a pandemia. Mais de 65% de toda a população carioca já foi vacinada - esse dado corresponde também a mais de 75% da população com 12 anos ou mais e mais de 83% dos adultos.

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O decreto também vai permitir a reabertura de boates e danceterias, com 50% da capacidade, e autorizar que outros lugares, que até então funcionavam com capacidade limitada, voltem a usar toda a lotação possível.

À tarde, deputados estaduais aprovaram um projeto de lei permitindo que o governo do Estado e as prefeituras de cada uma das 92 municípios do Estado flexibilizem o uso de máscara em suas áreas de competência, desde que obedeçam critérios que devem ser fixados pela secretaria estadual de Saúde. Para entrar em vigor, o projeto ainda precisa ser sancionado pelo governador Cláudio Castro (PL) - ele também pode vetá-lo, mas a tendência é que sancione, porque sua base parlamentar apoiou o projeto.

Desde junho de 2020 vigora no Estado do Rio a lei 8.859, que torna obrigatório o uso de máscara, sob pena de multa de até R$ 1.111,59. A norma não previa hipótese de flexibilização. O presidente da Alerj, deputado estadual André Ceciliano (PT), propôs então o projeto de lei 5010/21, que inclui na lei a possibilidade de flexibilização. O projeto leva em conta o avanço na vacinação e a redução de casos e mortes pela covid-19.

O projeto foi aprovado de forma simbólica, sem votação nominal. Emendas que impunham restrições - por exemplo, que a permissão para não usar máscara só fosse adotada quando 80% da população do município estivesse totalmente vacinada - foram rejeitadas pelos parlamentares.

Para estipular os critérios a serem seguidos para flexibilizar o uso das máscaras, a secretaria estadual de Saúde deverá observar os seguintes parâmetros: distanciamento social, ambiente aberto e fechado, porcentual de vacinação da população, realização de eventos-teste, além de outros critérios científicos pertinentes. Segundo Ceciliano, o projeto obedece critérios científicos e caberá ao quadro técnico da secretaria de Saúde definir os parâmetros.

"A Assembleia tem a autonomia para deliberar sobre esse tema porque fomos nós que determinamos a obrigatoriedade do uso de máscaras, em 2020. Agora, remetemos à Secretaria de Saúde os critérios para que os técnicos, os cientistas, possam definir o momento e as condicionantes para essa flexibilização. Isso não é uma definição política, é a ciência prevalecendo porque só através da eficácia comprovada da vacinação é que nós pudemos deliberar sobre essa questão".

Um ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, declarou ao portal Metrópoles e ao UOL que, durante o período no qual trabalhou no gabinete do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), era obrigado a devolver mensalmente 80% de seu salário.

Além da quantia, Nogueira afirmou que entregava também uma porcentagem similar ao 13°, das férias, vale-alimentação e ainda restituição do imposto de renda. Segundo ele, a ex-esposa do presidente Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, advogada, era a pessoa responsável por receber o dinheiro vivo. O esquema teria acontecido entre 2003 e 2007.

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Até 2004, por exemplo, o salário bruto do assessor chegava a R$ 1.791,79. A partir de um reajuste realizado em 2005, passou a ser R$ 4.253,69 e no ano seguinte alcançou a marca de R$ 4.466,37. No total, estima-se que Marcelo Luiz tenha recebido cerca de R$ 382,805 da Alerj, em valores corrigidos pela inflação da época.

Ao UOL, Nogueira informou que não era funcionário fantasma e que desempenhava funções no gabinete, a exemplo de atendimentos aos eleitores e outros trabalhos manuais. Desde o início, segundo a entrevista, a proposta de trabalho feita por Ana Cristina, que o conheceu através do intermédio de um namorado dele, deixava claro que o objetivo era devolver a maior parte do salário registrado em seu contracheque.

No mesmo período, Ana Cristina atuava também como chefe do gabinete de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), em seu primeiro mandato na Câmara Municipal do Rio. Em entrevista, Nogueira afirmou que as mesmas condições foram impostas a funcionários de Carlos. “Tudo a mesma coisa”, disse ao UOL.

No mês de maio, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) chegou a autorizar a quebra de sigilo bancário e fiscal de Carlos, Ana Cristina e outros 25 assessores apontados como participantes do esquema de “rachadinhas”.

O sigilo bancário de Flávio Bolsonaro

Os saques feitos por Nogueira, no entanto, aparecem na quebra de sigilo bancário autorizada no âmbito das investigações de Flávio Bolsonaro. Só em 2007, conforme a jornalista Juliana Dal Piva, do UOL, o assessor realizou pelo menos 13 saques de mais de R$ 1 mil. As transações ocorriam dias após a data de pagamento da Alerj.

O relato feito por Marcelo Nogueira é semelhante ao processo que envolve Luiza Sousa Paes, outra ex-assessora de Flávio, nomeada em 2011. Em um acordo de colaboração firmado com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) no ano passado, Luiza disse que ficava com R$ 700 dos quase R$ 5 mil que recebia na suposta função.

A principal diferença, neste caso, é que Paes admitiu não ter trabalhado no gabinete oficialmente, sendo assim uma “funcionária fantasma”. Segundo ela, a quantia era entregue nas mãos de Fabrício Queiroz, apontado pela Justiça do Rio como um dos operadores do esquema. Esse é um dos principais elementos contra o atual senador na investigação sobre o gabinete dele.

As compras dos Bolsonaro

Ainda de acordo com as declarações do ex-assessor Marcelo Nogueira, que morou durante os últimos 5 anos com Ana Cristina, em Resende, no Sul do Rio de Janeiro, a ex-mulher de Bolsonaro era a principal responsável pelas compras realizadas pelo casal.

“Ela que comprava isso tudo. Tudo quem fazia era ela. Tudo quem comprava era ela. Ele mesmo nunca se envolveu muito. Ela tomava conta de tudo”, disse Nogueira ao UOL. No fim do casamento, Ana Cristina e Jair Bolsonaro acumulavam 14 imóveis, dos quais cinco foram comprados em dinheiro vivo, segundo o portal.

Marcelo Nogueira e Ana Cristina se desentenderam quando, segundo ele, a advogada o convidou para ir trabalhar em Brasília e não pagou os valores combinados anteriormente.  Nogueira considera ainda que Ana Cristina foi “praticamente” racista com ele. “Ela me viu como o quê? Só porque eu era preto”.

Ele afirmou ainda que pretende ingressar com uma ação na Justiça por danos morais contra a ex-mulher de Bolsonaro. Na semana passada, Ana Cristina se mudou para uma mansão avaliada em R$ 3,2 milhões no Lago Sul, região nobre de Brasília (DF).

Através de nota enviada ao UOL, a defesa do senador Flávio Bolsonaro afirmou que “o parlamentar desconhece supostas irregularidades que possam ter sido praticadas por ex-servidores da Alerj ou possíveis acertos financeiros que eventualmente tenham sido firmados entre esses profissionais”.

 

O ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Jorge Picciani morreu nesta sexta-feira, 14, aos 66 anos. Ele estava internado no hospital Vila Nova Star, da Rede D'Or, em São Paulo, onde fazia o tratamento de um câncer. Ele anunciou ter a doença em 2017. O hospital ainda não havia se manifestado até a publicação desta matéria.

A Alerj, em nota, avisou que foi informada oficialmente do falecimento no início da manhã pela família de Picciani. O presidente da Casa, André Ceciliano, ofereceu as instalações do Salão Getúlio Vargas para o velório, que deve acontecer no inicio da noite desta sexta-feira. A Casa irá decretar luto oficial de três dias.

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Jorge Picciani foi um dos principais líderes do MDB no Rio e teve problemas com a Justiça nos últimos anos. Em 2019, foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª região (TRF-2), por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa a 21 anos de prisão em regime fechado. Também foi condenado ao pagamento de multa de R$ 11 milhões.

Ele tinha sido preso quando ainda estava na presidência da Assembleia, em 2017, na operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato. Atualmente, Picciani cumpria prisão domiciliar.

Jorge Picciani foi eleito deputado estadual pelo Rio pela primeira vez em 1990 e então foi eleito mais cinco vezes. Foi presidente da Alerj de 2003 a 2010 e de 2015 a 2017. Em 2010, tentou se eleger senador, mas não conseguiu.

Fabrício Queiroz foi visto no estacionamento do Palácio da Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, na semana passada. Cláudio Castro, que é o governador em exercício, é aliado de Flávio Bolsonaro, para quem Fabrício Queiroz trabalhava como assessor parlamentar quando o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), era deputado estadual. 

Ao UOL, o Palácio da Guanabara afirmou que não há registro de entrada de Fabrício no prédio. "O local é um complexo onde trabalham cerca de 1.800 pessoas", disse o governo em nota. 

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Queiroz é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como operador de um esquema de devolução de salário dos trabalhadores do gabinete de Flávio Bolsonaro. O assessor foi preso na casa de Frederick Wassef, advogado do senador Flávio, em junho do ano passado. 

A sua esposa, Márcia Aguiar, chegou a ficar foragida por mais de um mês após sua prisão ter sido decretada. Fabrício e Márcia estão soltos desde que conseguiram no Superior Tribunal de Justiça (STJ) o fim da prisão domiciliar. 

O projeto de lei que prevê a troca de nome do Estádio Jornalista Mário Fillho para Edson Arantes do Nascimento - Rei Pelé pode estar com os dias contados. Nesta terça-feira (6), após uma reunião virtual do Colégio de Líderes, a  Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) recuou do projeto de lei (PL) que previa a alteração do nome do estádio. A presidência da  Alerj vai recomendar ao governador em exercício do Rio de Janeiro Cláudio Castro que vete a alteração do nome do estádio. "Os parlamentares concluíram que, neste momento, a Alerj vai continuar centrando o trabalho no combate à covid-19, como vem fazendo desde o início da pandemia", disse em nota a assessoria do parlamento fluminense.

Elaborado pelo deputado e presidente da Alerj, André Ceciliano (PT) - em co-autoria com os deputados (Bebeto (Podemos), Marcio Pacheco (PSC), Eurico Junior (PV), Carlos Minc (PSB), Coronel Salema (PSD) e Alexandre Knoploch (PSL) - o PL foi aprovado em regime de urgência no dia 9 de março. A votação dos parlamentares gerou uma enxurrada de críticas. Na ocasião, o neto do jornalista Mário Filho,  protestou. “Lamentável essa atitude. Uma barbaridade. Tiraram com uma canetada. Eu não vou brigar com quem não conhece Mário Filho, não conhece nada de esportes. Tô chateado, mas não vou levar à frente”, disse Mário Neto, também jornalista.

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Diante da reverberação negativa, no dia 19 de março, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) recomendou que o governador vetasse o projeto, com base no Decreto Municipal de 2012, segundo o qual o Maracanã está integrado à identidade cultural carioca.

Maracanã

O nome oficial do Maracanã, no Rio de Janeiro, homenageia o jornalista Mário Leite Rodrigues Filho, que coordenou a campanha pela construção do estádio, no final dos anos 40. Mário Filho travou uma batalha na imprensa contra o então vereador Carlos Lacerda, que desejava a construção de um estádio municipal em Jacarepaguá para a realização da Copa do Mundo de 1950. O jornalista conseguiu convencer a opinião pública carioca de que o melhor lugar para o novo estádio seria no terreno do antigo Derby Club, no bairro do Maracanã, e que ele deveria ser o maior do mundo, com capacidade para mais de 150 mil espectadores.

Nascido em Recife, em 3 de junho de 1908, Mario Filho fez carreira no Rio de Janeiro, onde morreu aos 56 anos, após um ataque cardíaco. Irmão do dramaturgo e escritor Nélson Rodrigues, Mário Filho escrevia no Jornal do Sports, de sua propriedade.

Após indicar que presidiários deveriam ser cobaias de remédios e vacinas, Xuxa Meneghel foi chamada de 'nazista' nas redes sociais e precisou pedir desculpas em plena madrugada do seu aniversário. Em meio à polêmica, neste sábado (27), a apresentadora completa 58 anos.

"Tô aqui pedindo desculpas a todos vocês. Eu que não usei as palavras certas", iniciou a retratação em um vídeo publicado em seu perfil do Twitter. "Quem sou eu pra dizer que essas pessoas estão ali, devem ficar ali ou morrer ali? Quem sou eu pra fazer isso? Se faço isso, tô sendo ruim tanto quanto as outras pessoas que também maltratam outras vidas", refletiu.

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Ela assumiu o erro ao propor a testagem de medicamentos em condenados, ao invés de animais, e distanciou-se dos ataques de preconceito racial e socioeconômico. "Me veio primeiro na cabeça uma coisa que sempre fico pensando, 'uma pessoa que estupra uma criança, que fica num presídio, anos ali, poderia pensar em ajudar outras pessoas de alguma maneira", justificou.

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A polêmica

A posição polêmica foi defendida por Xuxa na noite da sexta (26), em entrevista à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) sobre projetos de lei de combate aos maus-tratos animais e uso de bichos na indústria farmacológica.

"Acho que, com remédios e outras coisas, eu tenho um pensamento que pode parecer muito ruim para as pessoas, desumano [...] na minha opinião, existem muitas pessoas que fizeram muitas coisas erradas e estão aí pagando seus erros para sempre em prisões, que poderiam ajudar nesses casos aí, de pessoas para experimentos", disse a apresentadora.

Ela aponta que participar voluntariamente de testes de remédios e cosméticos daria alguma serventia à vida dos reclusos. “Acho que pelo menos serviriam para alguma coisa antes de morrer, para ajudar a salvar vidas com remédios e com tudo. Aí vem o pessoal dos Direitos Humanos e dizer que não podem ser usados. Mas se são pessoas que está provado que irão passar sessenta, cinquenta anos na cadeia e que irão morrer lá, acho que poderiam usar ao menos um pouco das vidas delas para ajudar outras pessoas. Provando remédios, vacinas, provando tudo nessas pessoas", destacou.

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Para auxiliar na resposta ao enfrentamento da pandemia da covid-19 e seus efeitos nas comunidades, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou nesta quarta-feira (24) a Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro.

A iniciativa conta com o aporte financeiro de R$ 20 milhões doados pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro no ano passado.

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A chamada pública irá financiar projetos em todo estado do Rio que contribuam para ampliar a participação social na vigilância em saúde de base territorial nas favelas fluminenses. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis até o dia 29 de abril. O resultado final será divulgado no dia 7 de junho.

As propostas poderão se encaixar em quatro faixas de orçamento: até R$ 50 mil; até R$ 150 mil; até R$ 300 mil e até R$ 500 mil . Além disso, poderão se vincular a duas ou mais das sete áreas de interesse: apoio social; comunicação e informação; saúde mental; proteção individual e coletiva; apoio à testagem, rastreamentos e isolamento; educação e promoção de territórios saudáveis e sustentáveis.

Segundo a Fiocruz, inicialmente, a chamada pública selecionará para financiamento imediato os primeiros 41 projetos aprovados com o montante de R$ 4,5 milhões.

“Podem se candidatar as organizações da sociedade civil sem fins lucrativos com existência comprovada há pelo menos um ano, localizada em favela ou que seja atuante na favela, com histórico comprovado de trabalho junto às favelas e também os coletivos sem personalidade jurídica baseados e atuantes em favela, desde que os projetos sejam apresentados por instituição parceira legalmente constituída”, informou a Fiocruz.

 

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ofendeu o colega Reimont (PT-RJ), chamando-o de "vagabundo" e "canalha", durante a sessão virtual realizada na quarta-feira, 10, na Câmara Municipal do Rio. O filho "02" do presidente Jair Bolsonaro se exaltou depois que o colega petista leu um discurso da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com críticas ao governo federal. Diante da conduta, a vereadora Tânia Bastos - que é do mesmo partido de Carlos e estava presidindo a sessão - cortou o microfone do colega.

Os vereadores debatiam um projeto que institui no município do Rio de Janeiro o Dia de Combate à Violência contra a Mulher, de autoria dos vereadores Verônica Costa e Thiago K. Ribeiro, ambos do DEM.

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Em seu discurso, Reimont afirmou que "a presidenta Dilma Roussef anteontem dizia com muita clareza que (...) as mulheres são as maiores vítimas da pandemia, que o atual governo agrava ao desprezar a vida e ao negar vacina e renda suficientes para todos". Seguindo a leitura de um texto da ex-presidente, Reimont disse que "lutar é o verbo que define as mulheres. Hoje, lutar pela vacina e pela renda emergencial. E mais: vamos à luta contra a violência, contra a misoginia, contra esse governo de índole fascista para recuperar os direitos do povo e reconstruir o Brasil".

Em seguida, Carlos Bolsonaro pediu a palavra: "Queria lamentar infelizmente como aqueles de sempre, que nos caracterizam de tudo, né? Quando se fala Bolsonaro, é genocida, é... palavras que a gente aprendeu há pouco tempo atrás (sic) e tudo o mais", começou o vereador, citando em seguida iniciativas do governo federal de combate à violência contra a mulher.

Depois, retomou o ataque: "Infelizmente só tem canalhas aqui dentro dessa Casa, que levam para uma linha política em vez de tentar sempre levar para uma linha de melhoria da sociedade carioca e do Brasil. Então deixo aqui meu voto de aplausos (ao projeto de lei) e de repúdio a esses canalhas de sempre, e ele sabe muito bem do que eu tô falando aí".

Reimont então retrucou: "Meu repúdio à expressão canalha, porque acho que...", e Carlos Bolsonaro o interrompeu, exaltado: "Quer dizer, o vagabundo me chama de genocida, chama meu pai de genocida, e eu não posso chamar de canalha? É canalha mesmo! É um canalha! Um cabeça de balão canalha", completou o filho do presidente.

Carlos seguiu com os ataques a Reimont, que se formou padre da Ordem de São Francisco: "Um padre que não segue a cartilha da igreja, quem é você para falar alguma coisa de mim?"

A vereadora Tânia Bastos, que presidia a sessão, intercedeu: "Peço desculpas a vossa excelência, Carlos Bolsonaro, mas eu não posso dar continuidade assim, então os microfones...", e então foi interrompida por Carlos: "A senhora pode dar continuidade quando chamam alguém da minha família de genocida e eu não posso...", e nesse ponto ele teve o microfone cortado.

Em seguida, Tânia afirmou: "Até o presente momento na sessão não houve nenhum tipo de vocabulário dessa ordem. Estamos fazendo uma discussão e eu não ouvi nenhum vereador chamar o vereador Carlos Bolsonaro de genocida. Não pode trazer para dentro de uma sessão plenária o que se discute muitas vezes nas redes sociais".

A sessão prosseguiu com a votação de outros projetos.

William Bonner e Renata Vasconcelos, apresentadores do Jornal Nacional, da TV Globo, foram intimados a depor na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), por suposto crime d desobediência a decisão judicial. 

A Justiça havia proibido que a TV Globo publicasse informações sigilosas sobre o caso das "rachadinhas" no gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos) na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, na época em que era deputado estadual do Rio de Janeiro, e o seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

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Segundo o UOL, os mandados de intimação contra os apresentadores do Jornal Nacional foram emitidos na tarde da última quarta-feira (2). Foi a defesa de Flávio que entrou com notícia-crime contra William e Renata  na DRCI, que abriu o inquérito.

Sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votaram para manter a comissão especial formada para avaliar o impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC). O julgamento de um recurso de Witzel está sendo feito no plenário virtual da Corte, uma ferramenta digital que permite que os ministros analisem casos sem se reunirem pessoalmente ou por videoconferência. A discussão deve ser encerrada às 23h59 desta sexta-feira (13).

Até a publicação deste texto, o relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, e os ministros Rosa Weber, Marco Aurélio Mello, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Gilmar Mendes votaram para rejeitar um recurso de Witzel.

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O sexto voto, que garantiu a maioria na Corte contra o recurso de Witzel, veio de Nunes Marques, que foi indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, adversário político do governador afastado.

O presidente do STF, Luiz Fux, se declarou suspeito e não votou. O ministro Dias Toffoli, por outro lado, votou para que a comissão especial formada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) seja desconstituída.

O recurso de Witzel foi levado ao plenário virtual por determinação de Alexandre de Moraes e contesta uma decisão do próprio ministro que, em agosto, autorizou a continuidade do procedimento que apura se o governador cometeu crime de responsabilidade. A defesa do governador afastado insiste em questionamentos sobre o rito utilizado pela Assembleia Legislativa do Rio para conduzir o processo de impeachment.

Em seu voto, assim como indicou na decisão monocrática, Alexandre de Moraes voltou a defender que a Alerj não cometeu irregularidades.

"O Ato do Presidente da Assembleia Legislativa não desrespeitou o texto constitucional ou mesmo a legislação federal, pois refletiu o consenso da Casa Parlamentar ao determinar que cada um dos partidos políticos, por meio de sua respectiva liderança, indicasse um representante, garantindo ampla participação da maioria e da minoria na Comissão Especial. Basta verificar que não houve irresignação por parte de nenhum dos partidos políticos representados na Assembleia Legislativa", observou.

O processo de impeachment de Witzel foi aprovado por ampla maioria na comissão e no plenário da Assembleia Legislativa. Agora, está nas mãos de um Tribunal Especial Misto, formado por deputados e desembargadores, o destino político do governador afastado.

Em denúncia, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) aponta que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) usou uma prática 'sorrateira' para enriquecer por meio de desvios do dinheiro público na Assembleia Legislativa (Alerj). Nesta semana, ele foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema de 'rachadinha", que supostamente mantinha em seu gabinete.

O procurador Ricardo Martins indica que o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) evitava usar dinheiro em espécie e "fazia pouquíssimo uso de serviços bancários como cartões de crédito e débito". O conteúdo do documento foi divulgado pela TV Globo. A investigação foca no valor gasto por Flávio com cartões, entre 2007 e 2009. Segundo o MP, ele gastou uma média de R$ 195 por mês.

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Entretanto, foi percebida uma série de transações bancárias - sem procedência comprovada - realizadas pelo senador e terceiros no mesmo período. Uma delas foi o investimento de R$ 90 mil em uma corretora de ações - que lhe rendeu uma dívida de mais de R$ 15,5 mil -, a compra de 12 salas comerciais em uma edifício na Barra da Tijuca e o registro de gastos no valor de R$ 262 mil.

"Os extratos bancários do ex-deputado não registraram nenhum débito que fosse compatível com as datas e valores dos recebimentos informados pelas imobiliárias", destaca o MP, que descobriu que as salas eram pagas com "cheques de terceiros e depósitos em espécie".

De acordo com a declaração do imposto de renda de 2008, Flávio teria levantado a aquisição de empréstimos de familiares e assessores que somariam R$ 230 mil, o que reforça a indício da prática ilegal.

Em nota, a defesa do senador disse que a denúncia do MP é uma "crônica macabra" e não tem provas para sustentá-la.

O ex-PM Adriano da Nóbrega, morto na Bahia em fevereiro deste ano, fazia parte do esquema de "rachadinha" na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, segundo a denúncia o Ministério Público contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). Adriano da Nóbrega era acusado de chefiar uma milícia e um grupo de extermínio na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Por sua participação no grupo de extermínio, o ex-PM já foi associado à investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018.

O MP aponta que, sendo próximo do  então assessor parlamentar Fabrício Queiroz, acusado de ser o operador do esquema, e do próprio Flávio, que era deputado estadual na época e chegou a homenageá-lo, o miliciano conseguiu colocar a sua esposa Danielle Mendonça da Costa, e a sua mãe, Raimunda Veras Magalhães, para trabalhar na Alerj.

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A denúncia do Ministério Público, divulgada pelo Jornal Nacional, mostra que as mulheres recebiam salário, mas eram "fantasmas" e não apareciam no gabinete. Raimunda era dona de pizzarias no Rio de Janeiro, que também teriam sido usadas para movimentar parte do dinheiro desviado da Assembléia Legislativa do Rio. 

Esses valores eram depositados diretamente nas contas de Queiroz, em depósitos ou transferências bancárias. Os investigadores informaram na denúncia que o ex-policial, por meio da mãe e da esposa, transferiu R$ 400 mil para Queiroz. Considerando o período de atuação da mulher e da mãe de Adriano na Alerj, entre 2007 e 2018, os investigadores calculam que foram desviados para a organização criminosa mais de R$ 1 milhão. 

O MP também considera que, mesmo nunca ter sido nomeado para cargos na Assembléia Legislativa, o miliciano Adriano da Nóbrega fazia parte do núcleo executivo da organização criminosa. As defesas de Flávio Bolsonaro e de Fabrício Queiroz negam as acusações e afirmam que irão esclarecer os fatos.

William Bonner e Renata Vasconcellos, apresentadores do Jornal Nacional, devem ser chamados à depor na Delegacia de Repreensão aos Crimes de Informática (DRCI) nos próximos dias. Isso porque os advogados do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) protocolaram uma notícia-crime contra os jornalistas da TV Globo.

A defesa alega que William e Renata descumpriram uma ordem judicial ao veicular informações e detalhes da denúncia do Ministério Público referente ao esquema de corrupção que acontecia no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro enquanto ele ainda era deputado estadual do Rio de Janeiro.

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Segundo a Veja, a notícia-crime cita, entre outras coisas, o fato da TV Globo ter divulgado dados sobre o depoimento da Luiza Souza Paes, ex-assessora de Flávio, ao MP do Rio de Janeiro, confirmando a existência do esquema de transferência de parte dos salários recebidos pelos servidores do gabinete do então deputado. Fabrício Queiroz é apontado como operador do esquema das "rachadinhas".

Os advogados de Flávio pedem que a TV Globo seja multada em R$ 500 mil toda vez que reportagens sobre o esquema que envolve o senador sejam veiculadas. O primogênito de Jair Bolsonaro, Fabrício Queiroz e mais quinze pessoas foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. 

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O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) se manifestou, na manhã desta quarta-feira (4), sobre a denúncia do Ministério Público do Rio contra ele, Fabrício Queiroz e outros 15 ex-assessores. A Promotoria acusa o filho do presidente Jair Bolsonaro de peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e apropriação indébita no âmbito das "rachadinhas" que teria praticado quando era deputado estadual.

"A denúncia já era esperada, mas não se sustenta. Dentre vícios processuais e erros de narrativa e matemáticos, a tese acusatória forjada contra o Senador Bolsonaro se mostra inviável, porque desprovida de qualquer indício de prova", alegou, em nota, a defesa. "Não passa de uma crônica macabra e mal engendrada. Acreditamos que sequer será recebida pelo Órgão Especial."

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Os advogados afirmaram ainda que "todos os defeitos de forma e de fundo" da denúncia serão pontuados na formalização da defesa.

A reportagem ainda apura quais ex-assessores também foram denunciados. Caso a Justiça aceite a denúncia, o filho de Jair Bolsonaro e seus ex-assessores virarão réus. A Promotoria ajuizou a denúncia no dia 19 de outubro, mas, como o desembargador relator estava de férias, a peça só chegou a ele nesta terça-feira (3).

Queiroz está atualmente em prisão domiciliar. Ele chegou a passar menos de um mês detido em Bangu, na zona oeste do Rio, mas conseguiu ir para casa por meio de habeas corpus. O ex-assessor foi encontrado numa casa de Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio, em Atibaia, São Paulo - o que foi considerado, junto com mensagens obtidas pelo MP, provas de que o grupo buscava se esconder das investigações.

Na denúncia apresentada à Justiça, o MP amarra uma série de informações que já haviam sido oferecidas ao longo da investigação. Tudo gira em torno de Flávio Bolsonaro ter supostamente se apropriado do dinheiro público da remuneração de seus assessores e, depois, praticado a lavagem desses recursos por meio da organização criminosa. Queiroz seria o operador do esquema.

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