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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve aprovar na terça-feira uma resolução que aumentará em até mil vezes o escopo da multa a ser aplicada em casos de execução de serviços aéreos de forma a comprometer a ordem ou a segurança pública. Trata-se da "multa por transtorno à ordem pública". Os valores poderão chegar a R$ 20 milhões por infração. A penalidade já é prevista, mas com valor máximo de R$ 20 mil.

Em outubro, uma série de fatos têm marcado a rotina do setor aéreo nacional. Na segunda-feira da semana passada (15), ou seja, no primeiro dia útil após o feriado de 12 de outubro, o sistema de check-in da TAM apresentou problemas no início da manhã, gerando reflexos durante todo o dia, com filas e atrasos nos voos. Nesta semana, a Gol enfrentou casos semelhantes no sistema de check-in, com problemas na segunda-feira e nesta quinta-feira. A Anac notificou as duas empresas.

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No dia 13 houve um acidente com um avião da empresa Centurion no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), no momento da chegada do voo. O cargueiro MD11, que vinha de Miami, teve problemas no trem de pouso. O episódio interditou a pista de pouso e decolagem, deixando o aeroporto inoperante por quase dois dias. O governo anunciou que moverá ação indenizatória contra a Centurion e que a multa ficará em, pelo menos, R$ 2,8 milhões.

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta realizar auditoria em hospitais universitários dos 26 Estados e do Distrito Federal, ante suspeita de fraudes generalizadas em contratos de prestação de serviços com empresas privadas. O governo federal mantém 44 hospitais universitários em todo o País e o pente fino alcançará ao menos um em cada unidade da Federação. Ao final, serão adotadas sanções contra os responsáveis por desvios e medidas para aprimorar o sistema de contratação.

A decisão foi motivada, segundo informou o presidente do tribunal, ministro Benjamin Zymler, pela reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, que filmou atos de corrupção explícita, como oferta de suborno, combinação de propostas e superfaturamento de preços, nas negociações do hospital universitário do Rio de Janeiro com dirigentes de quatro empresas. "Casos como esses são detectados com frequência indesejada nos trabalhos de fiscalização deste Tribunal", lamentou o ministro.

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O pente fino será realizado por uma força tarefa a cargo da Secretaria Geral de Controle Externo do Tribunal (Segecex), sob a coordenação do ministro José Jorge. As quatro empresas citadas na reportagem - Rufolo Serviços Técnicos e Construções, Locanty Soluções, Toesa Service e Bella Vista Refeições Industriais - serão o ponto de partida da inspeção, mas as investigações se estenderão a todas as locações e contratações de bens e serviços nos últimos anos.

A área de inteligência da Segecex, segundo informou Zymler, já está levantando dados relativos aos contratos celebrados com as empresas denunciadas e com diversas outras que apresentaram indícios de fraudes em licitações realizadas pelos hospitais universitários. Estão sendo também apurados indícios de conluios dessas empresas em licitações com uso de laranjas e empresas de fachada pertencentes aos mesmos sócios ou a seus parentes próximos.

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai realizar até junho uma auditoria no programa "Minha Casa, Minha Vida". A decisão foi aprovada hoje, atendendo à solicitação do ministro Raimundo Carreiro para quem "o maior programa social do governo" tem demonstrado deficiências operacionais, apesar dos vultosos recursos que recebe. Carreiro citou entre as dificuldades a falta de cumprimento dos prazos para entrega das obras, a baixa qualidade das residências construídas, a mudança nos critérios de seleção de beneficiários, com a inclusão de porcentuais para atender idosos e portadores de necessidades especial, além do aumento nos limites de renda familiar para inclusão no programa.

"O meu objetivo é ajudar a presidente Dilma Rousseff no maior programa social existente no Brasil", argumentou o ministro. A decisão dos ministros do TCU foi unânime. Raimundo Carreiro lembrou que cabe ao Ministério das Cidades gerir o programa de "ampla relevância social e econômica". Ele chamou a atenção dos colegas para notícias sobre a disposição do governo de investir R$ 71,7 bilhões no programa até 2014. Desse total, R$ 62,2 bilhões sairão do Orçamento da União e R$ 9,5 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A meta é construir 2 milhões de casas até 2014.

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O ministro lembrou que os dados foram igualmente divulgados na reunião de 30 de janeiro dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, dirigentes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, além de empresários da construção civil. O objetivo era avaliar o andamento do programa e definir metas de avanço.

"São notícias, entre outras muitas, que recomendam um exame mais detido, por este Tribunal sobre os aspectos operacionais do Minha Casa, Minha Vida", ressaltou. Ele informou que embora o programa tenha sido acompanhando pelo TCU desde a sua criação, ainda não passou por uma auditoria operacional. Lembrou, ainda, que a 6ª Secretaria de Controle Externo do Tribunal preparou um levantamento com o objetivo de subsidiar futuros trabalhos no programa. No seu entender, a realização de uma auditoria no "Minha Casa, Minha Vida" representará "valiosa contribuição na condução do programa, situado entre os de maior impacto econômico e social no País".

Responsável por administrar a quantidade de dinheiro em circulação no País, o Banco Central (BC) possui "deficiências" no controle dos próprios gastos, que atingiram em 2010 um nível recorde de quase R$ 2 bilhões. Os problemas foram apontados pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em auditorias feitas em 2010 e divulgadas no ano passado.

A CGU apontou "deficiências" e ressaltou que o controle interno "não é plenamente efetivo" sobre os contratos e convênios firmados pelo BC, a maioria deles sem licitação ou concorrência pública. A autoridade monetária alega sigilo em grande parte dos casos e nem sequer abre aos órgãos de controle algumas informações. Questionado, o BC informou que CGU e TCU não têm restrição de acesso aos dados.

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"As eventuais controvérsias sobre sigilo são dirimidas por meio da interlocução entre a assessoria jurídica da CGU e a Procuradoria-Geral do Banco Central", afirmou em nota. "Na prática, não tem havido prejuízo para os trabalhos da CGU em virtude de alegação de sigilo pelo Banco Central."

As deficiências encontradas pela controladoria estão relacionadas "aos controles do banco quanto aos bens imóveis de uso especial, aos processos licitatórios, ao sistema de tecnologia da informação, aos convênios firmados". Também foram localizados problemas com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), administrado pelo BC, quanto à "elaboração de relatório circunstanciado e cálculo atuarial".

Resposta

Em relatório, o Banco Central informou à CGU que a metodologia necessária para solucionar os problemas do Proagro "ainda se encontra em desenvolvimento". As demais deficiências e falhas da instituição foram incluídas num documento conjunto entre CGU e BC para acompanhamento, chamado tecnicamente de Plano de Providências Permanente (PPP). O governo não divulga o conteúdo do documento.

Após a auditoria, o Banco Central firmou no ano passado contratos prevendo gastos 88,7% menores. Em 2010, foi contratado R$ 1,979 bilhão, o valor mais alto desde 2005, segundo análise feita pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Em 2011, os contratos somaram R$ 223 milhões.

Como justificativa para o recorde de gastos em 2010, o BC informou que desembolsou cerca de R$ 700 milhões para o lançamento da nova família de cédulas do real em 2010, promoveu reformas de edifícios e iniciou a construção de novos prédios no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em Salvador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O banco central da Suíça disse neste sábado que solicitará uma análise de todas as transações bancárias recentes feitas por altos membros da instituição e implementará novas medidas de controle.

O anúncio é uma resposta às suspeitas de uso de informação privilegiada pelo presidente do banco, Philip Hildebrand, e sua mulher, Kaysha, em operações com moedas.

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O conselho do banco não apresentou um cronograma para a implementação das novas medidas, mas informou que um esboço dos regulamentos e uma revisão das diretrizes para funcionários da instituição serão submetidos ao conselho assim que possível. O conselho informou ainda que a análise das transações bancárias será feita por uma empresa externa de auditoria, preferencialmente a KPMG ou a Ernst & Young.

As denúncias contra Hildebrand e sua mulher resultaram em uma investigação do governo e uma auditoria da PriceWaterhouseCoopers, que concluíram que o presidente do banco central suíço e sua mulher agiram de acordo com os padrões éticos do banco.

Em entrevista coletiva na quinta-feira, Hildebrand negou as acusações de uso de informação privilegiada. Segundo as denúncias, ele e sua mulher realizaram transações impróprias no mercado de câmbio num momento em que o banco central estava tentando conter a apreciação do franco suíço. Uma das transações foi feita por Kaysha apenas alguns dias antes de o banco central intervir pesadamente no mercado de câmbio. A auditoria da PWC considerou o negócio "delicado", mas em linha com as regras do banco. As informações são da Dow Jones.

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje que a companhia petrolífera norte-americana Chevron será notificada na segunda-feira sobre a realização de uma auditoria "de padrão internacional" em todas suas instalações no litoral do Rio.

"Ela (a Chevron) vai pagar. Deve custar algo em torno de US$ 5 milhões", disse Minc. "Primeiro será a Chevron, depois serão todas as outras empresas (petrolíferas) que operam no Rio", acrescentou.

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O secretário disse que a exigência não é nova, está prevista em lei estadual e já foi feita a companhias brasileiras como a Petrobrás e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). "Numa entrevista coletiva com a imprensa estrangeira dois dias atrás, me perguntaram se eu não estava dando muita dura porque a Chevron é americana. Eu disse que estão confundindo, que aqui não tem chavismo."

Minc também afirmou que na terça-feira a Procuradora Geral do Estado (PGE) vai ingressar com uma ação civil pública indenizatória contra a Chevron. "O teto mínimo é de R$ 100 milhões. Estamos reunindo dados da biologia marinha que foi afetada."

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou há pouco a realização de uma auditoria no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a ser feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O objetivo da auditoria, segundo o requerimento aprovado pela CAE, é "apurar a realização de renegociações de dívidas dos municípios sem a autorização da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e da Secretaria do Tesouro Nacional".

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