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Desde 2011 o dia 16 de março foi estabelecido pela lei nº 12.533/2011 como a data nacional da conscientização sobre mudanças climáticas. O propósito é incentivar a discussão e conscientização em torno de ações mais sustentáveis que possam reduzir os impactos sobre as mudanças climáticas.

Fatores naturais e atividades humanas, como a emissão de gases, o desmatamento e as queimadas, são os principais motivos das alterações no clima mundial. O reflexo desses fatores são desastres, como o derretimento de calotas polares, inundação de áreas costeiras, desertificação de regiões férteis e a ocorrência de furacões. Tudo isso coloca em risco a sobrevivência de muitas espécies, inclusive a humana.

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O professor e doutor em Bioquímica Anderson Baia Gomes, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), afirma que a data diz respeito a todo e qualquer cidadão deste planeta, porque se refere à própria existência do ser humano.  “É preciso que a gente tenha pessoas com responsabilidade para nos guiar nessa empreitada que é a empreitada da vida, não somente a nossa, mas a vida de todas as outras espécies”, disse o professor.

“Desde a Revolução Industrial no século dezoito, na Inglaterra, o nosso estilo de vida mudou substancialmente. A partir desse momento a quantidade de pessoas presentes nesse planeta aumentou consideravelmente e a maneira como exploramos o meio ambiente e os recursos que a Terra nos proporciona aumentou demasiadamente. Então a nossa própria existência gera um impacto substancial no nosso planeta, não só localmente, mas globalmente”, explica Anderson. “Essa nossa forma de vida contribui para que as substâncias que aumentam o efeito estufa e consequentemente as mudanças climáticas possam acontecer de uma forma mais drástica. É isso que nós observamos atualmente, como por exemplo o derretimento das calotas polares, dos eventos climáticos extremos, as enchentes que estão se intensificando.”

A COP 30, evento sobre mudanças climáticas que promove o encontro de autoridades governamentais mundiais, cientistas e representantes da sociedade civil para debaterem causas e efeitos das mudanças climáticas, será sediada em Belém, no Pará, em 2025, e torna ainda mais importante a discussão do dia da conscientização sobre mudanças climáticas no Estado. “Debater sobre mudanças e ter esse evento aqui na Região Amazônica, como um dos centros de maior biodiversidade do planeta, é de extrema importância”, afirmou o professor Anderson.

Por Melbya Rolim e Beatriz Rodrigues (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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O descarte incorreto de lixo eletrônico é considerado um problema, pois os componentes químicos podem ser prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana. O tema entrou na agenda de acadêmicos de Jornalismo da UNAMA - Universidade da Amazônia.

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Em vídeos produzidos para a disciplina Estágio Supervisionado II, os estudantes apontaram problemas e registraram os impactos que o lixo causa no meio ambiente.  

 Por Amanda Martins, Dinei Souza e Gabriel Rodrigues (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A fumaça amarela que recepcionava os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) para a apuração dos votos em frente ao Condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, deu lugar a uma névoa de decepção, lamentos e nervos à flor da pele conforme a contagem de votos chegava ao fim - e a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República se confirmava.

Gente passando com celular ao ouvido e aos gritos de irritação se misturava a pessoas sentadas em muretas e calçadas, algumas com a cabeça entre os joelhos. As camisas verde-e-amarelas, muitas delas da Seleção e que eram vestidas por muitos dos que estavam por lá, tornavam a atmosfera como se fosse de perda de final de campeonato.

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Alguns foram embora chorando, outros simplesmente de cabeça baixa. Mas houve quem preferiu subir ao carro de som para dizer que não aceitaria "a fraude eleitoral" - ainda que a resposta tenha sido um silêncio constrangedor e meia dúzia de aplausos.

"Eu não aceito esse resultado, quem aí aceita?", indagou o mesmo ativista de cima do carro de som. Três pessoas levantaram a mão fazendo sinal negativo.

Na rua, uma mulher garantiu a quem estava ao seu lado que "vai ter intervenção", mas não recebeu nenhuma sinalização de concordância.

Com a confirmação da derrota, ninguém quis opinar sobre o resultado. "Não tenho emocional para isso", disse uma mulher. "Não falo com jornal responsável por isso", declarou outro.

Petista comemorou infiltrada

Quem falou com um sorriso que nada combinava com o público presente em frente ao Vivendas da Barra foi a estudante universitária Juliana, que pediu para não ter o sobrenome publicado para não arrumar briga com a família.

"Eu sou 13, eu sou 13!", confidenciou ela à reportagem, mas apenas depois de se certificar que ninguém por perto ouvia o que dizia. "Eu vim aqui pra secar mesmo. Estava louca para ver os bolsonaristas chorando. Estou me divertindo muito."

Para fazer sua festa particular infiltrada, a jovem usou roupa amarela e até aceitou colar um adesivo com o número de Bolsonaro.

"Minha família é toda bolsonarista. Foi muito difícil conviver nesse período. Minha mãe votou no Bolsonaro (em 2018), mas mudou agora. Nós decidimos não contar para não arrumar briga em casa. É um fanatismo muito complicado. Eu anulei em 2018 e não gostava do Lula. Mas, entre Lula e Bolsonaro, eu sou de esquerda", sustentou Juliana.

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Consciência, bem-estar e respeito à natureza foram as mensagens transmitidas ao público que participou do workshop de terrário, no I Circuito de Sustentabilidade e Economia Criativa Do It Coworking, no último final de semana, em Belém. A iniciativa fez alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de maio.

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A paisagista e fundadora da NH Paisagismo, Nathalia Haber, explicou que um terrário é uma composição com miniplantas reproduzindo um ecossistema vivo e em equilíbrio, feito em uma peça de vidro, podendo ser fechado com uma tampa de vidro ou de rolha. Esse equilíbrio faz com que a planta consiga sobreviver mesmo em um espaço fechado, pois simula as condições ideais da natureza, como se fosse uma floresta.

Os terrários fechados em equilíbrio não necessitam praticamente de manutenção nenhuma por anos, por serem autossustentáveis. A mentora da produção de terrários ressaltou que é necessário escolher as plantas de acordo com o ambiente e com o recipiente onde o minijardim vai ficar e levar em consideração três aspectos: tamanho, luminosidade e condições do recipiente, se ele é aberto ou fechado. Outro ponto importe é a escolha dos materiais que irão compor as camadas. “O ideal é escolher plantas que combinem, o substrato correto, pedrisco decorativo, carvão ativado para evitar a proliferação de fungos e se divertir plantando”, observou Nathalia.

A paisagista também destacou que o terrário fechado exige poucos cuidados de manutenção. Já para o aberto é necessário replantar, reposicionar depois de um certo tempo e utilizar pouca água, uma seringa de 5 a 10 ml, para hidratar as plantas quando houver necessidade.

“Esse evento compactua muito com a missão da NH paisagismo, que é trazer o paisagismo em um contexto de fato sustentável, com benefícios reais de qualidade de vida e interação com o nosso ‘eu’ interior a partir de práticas terapêuticas com plantas e melhorias na qualidade de relacionamentos entre pessoas tanto em ambientes empresariais ou residenciais”, destacou.

Participantes

Os terrários têm conquistado os amantes de plantas que, com espaço em casa ou não, veem uma oportunidade de ter um pedacinho da natureza dentro do lar. E a baixa manutenção, facilidade nos cuidados e simples instalação fazem deles uma ótima opção de decoração para os mais variados ambientes: casa, escritório, consultório, restaurantes, entre outros.

Pela primeira vez participando desse tipo de evento, a servidora pública Raquel Cruz, de 36 anos, estava aberta ao conhecimento para poder aplicar na sua casa. “Eu sou apaixonada por plantas e meu interesse aumentou durante a pandemia. Para mim, esse tipo de atividade chega até ser uma forma lazer”, confessou.

Para o servidor público e estudante de arquitetura Fabrício Brasil, 37 anos, que se interessa pela área de paisagismo, o terrário pode compor ambientes de formas bem interessantes. “Eu já tinha um conhecimento prévio, fiz curso anteriormente. Hoje, eu estou aqui para aprimorar ainda mais”, frisou.

Foram dois dias de workshop de terrário, sendo o primeiro destinado à comunidade Do It e o segundo aberto ao público. No encerramento, os participantes juntaram as suas produções ao jardim flutuante, desenvolvido para compor um dos espaços do evento e que ficará permanente mesmo depois do circuito. O encerramento das produções ainda contou um ato simbólico: ao colocar os recipientes no jardim, cada pessoa foi incentivada a declarar uma mensagem positiva.

No terceiro dia de evento, outro workshop também fez parte da programação, o de "Narrativas para um futuro sustentável", conduzido pela cofundadora e CMO da Fluxo, Gabriella Salame, que abordou a comunicação voltada para marcas que desenvolvem sustentabilidade e que prezam pelo movimento eco-friendly. Ela compartilhou sobre as estratégias de comunicação relacionadas ao discurso, às narrativas e à importância de as marcas se posicionarem desta forma. Apresentou, ainda, exemplos de marcas que já realizam esse tipo trabalho.

“Hoje, no Dia Mundial do Meio Ambiente, queremos enfatizar que empresas podem e devem transformar a nossa realidade, assim como nós desejamos também ser agentes de transformação. Fazendo com que as pessoas participem mais desse momento importante para o meio ambiente e também que elas estejam presente em uma economia que é criativa que move pessoas e que move negócios”, frisou Gabriella.

Sobre o evento

O Do It Coworking é uma empresa inovadora, propulsora de pessoas e negócios, que entende que, no mundo de hoje, não há inovação sem pensar em sustentabilidade.

“Nosso objetivo com o I Circuito de Sustentabilidade e Economia Criativa é, além de transformar nosso espaço em um campo fértil para debates, apresentação de ideias e troca de conhecimento, mas, muito mais, temos a pretensão de transformar o Do It Coworking uma referência nas ações, empreendimentos e empreendedores com propostas sustentáveis”, declarou a gestora de Projetos Do It Coworking, Maria Amélia Morgado.

O Do It trouxe para esse Circuito três propostas concretas de mudança de atitude no coworking:

- A Campanha “converta plástico em planta”, que tem como ponto de partida zerar o uso de copos descartáveis dentro do espaço. E o gasto desse material será gradativamente convertido no paisagismo interno e de fachada;

- O Do It começa a se estruturar para se transformar em um ponto de descarte de equipamentos eletrônicos em desuso;

- A idealização de uma instalação paisagística permanente e aberta para visitação e contemplação: Terra_ar_rio. Composta por ecossistemas em esferas de vidro formando um jardim flutuante, que simboliza a Comunidade Do It e a real preocupação com o meio ambiente. Uma forma visual e conceitual de incentivar os empreendimentos e empreendedores que estão no espaço, além dos visitantes e todos os consumidores do serviço.

Pelo evento, que contou com uma vasta programação, como workshops, mesa-redonda, imersão, feirinha com exposição de produtores criativos e locais e Pocket Show de Jeff Moraes, passaram 163 pessoas. 

Por Suellen Santos (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Promover a sustentabilidade e fomentar a economia criativa são objetivos do I Circuito de Sustentabilidade e Economia Criativa Do It Coworking, nos dias 3, 4 e 5 de junho, em Belém. Um fim de semana inteiro dedicado ao debate, aprendizado e reflexão acerca do desenvolvimento e fortalecimento do empreendedorismo sustentável na Amazônia. 

Para Maria Amélia Morgado, gestora de projetos Do It, o Circuito oferece uma arrancada na discussão e avanço das ideias para os modelos de negócio em Belém, e conduzirá o Coworking a um novo patamar. “O Do It Coworking é um propulsor de pessoas e negócios que, desde a sua concepção, assume a vocação de espaço sustentável, buscando em tudo o que realiza o compromisso de respeito ao meio ambiente. Esse conjunto de eventos vem robusto em conhecimento, experiências e oportunidades, gerando conexões e network importantes para o empreendedorismo atual. Além disso, o Circuito será o 'Marco Zero Descartáveis' no Coworking, além de deixar um legado para a Comunidade Do It: a instalação paisagística de terrários”, diz a gestora. 

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Para Lorena Saavedra, gestora de projetos culturais e correalizadora do evento, o evento tem o objetivo de estimular a economia criativa e pensar no futuro. "E para falar de futuro, precisamos pensar no meio ambiente e de como estamos em um momento de aceleração do próprio empreendedorismo e do entendimento do bem viver. É necessário falar de estímulos e do cuidado com o todo. Debater tudo isso, dentro de um coworking que é um espaço de integração, possibilita uma ampla parceria de fluxos e descobertas”, falou. 

Segundo Nathalia Haber, fundadora da NH Paisagismo, mentora da produção de terrário, a prática ajuda não apenas o meio ambiente, mas auxilia também no bem-estar e saúde mental. “A oficina de terrários vem para somar nesse evento, incentivando as pessoas ao gosto pelo cuidar da terra, a reconhecer e se reconectar às suas origens naturais a partir da construção coletiva envolvendo design, paisagismo e muita criatividade. Queremos plantar essa sementinha do cuidado e bem-estar a partir da prática do plantio”, falou.

O evento conta com workshops, mesa-redonda, imersão, feirinha com exposição de produtores criativos e locais e Pocket Show de Jeff Moraes. Terá atrações gratuitas e pagas. As inscrições podem ser feitas no site: https://circuito.doitcw.com.br/

Programação

SEXTA-FEIRA 03/06:   (Evento exclusivo para a Comunidade Do It e convidados).

18h - Abertura

18h30 -  Mesa-redonda sobre Bioeconomia

Com participação do mediador Bernardo Magalhães e convidados: José Matos, Mariana Faro, Ivanildo Gama, Carlos Ramos e Camille Bemerguy.

SÁBADO 04/06:

9H às 18H - Imersão: Economia criativa e Futuros Desejáveis - Ferramentas de Gestão 5d com Lorena Saavedra (Inscrição pelo site valor: R$150,00, inclui almoço, coffee break e Happy Hour)

10h às 11h - Workshop: Como montar um terrário e construir um jardim flutuante - com Natália Haber  (Evento exclusivo para a Comunidade Do It e convidados - inscrições no Coworking)

18h - Pocket Show do Jeff Moraes no Happy Hour, participação gratuita.

Feirinha com exposição de produtores criativos e locais durante todo o evento.

DOMINGO 05/06:

10h às 11h - Workshop:  Como montar um terrário e construir um jardim flutuante - com Nathália Haber (Inscrição pelo site. Valor: R$30,00 - por pessoa)

10h às 12h - Workshop: Narrativas para um futuro sustentável - com Gabriella Salame, CMO da Fluxo.(Inscrição pelo site. Valor: gratuito)

Feirinha com exposição de produtores criativos e locais durante todo o evento.

Serviço

Rua Avertano Rocha, 192 (Entre TV. São Francisco e Av. 16 de Novembro).

Saiba mais através das redes sociais do Coworking e do contato: (91) 98490-8905.

@doitcw

facebook.com/doitcw

Por Débora Barbosa, da assessoria do evento.

 

 

Todos os anos, ao fim do mês de abril, trabalhadores, marcas, ativistas, ONGs e jornalistas se reúnem para incentivar a sustentabilidade na indústria da moda durante a Semana Fashion Revolution. O curso de Moda da UNAMA - Universidade da Amazônia organizou uma programação com oficinas, palestras, mesas de debates e exposições, inspirada no movimento, entre os dias 18 e 22 de abril, no campus da Alcindo Cacela, em Belém.

A coordenadora do curso, especialista em Cultura de Moda, professora Felicia Assmar Maia, explicou que a Semana Fashion Revolution faz parte do movimento mundial Fashion Revolution, que busca conscientizar marcas e a respeito do valor daquilo que os consumidores estão comprando.

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O movimento teve início em 2013, com o desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, que matou muitos trabalhadores de confecção. Segundo Felicia Maia, a moda está entre as indústrias que mais poluem o meio ambiente e que, muitas vezes, não respeitam as condições de trabalho das pessoas que estão nessa cadeia produtiva.

A professora disse que a ideia do movimento é melhorar as condições de trabalho para quem faz parte dessa linha de produção. “Fazendo com que haja um respeito maior ao planeta e, principalmente, uma humanização do processo produtivo da moda”, destacou.

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Felicia Maia comentou sobre o envolvimento dos estudantes na programação e ressaltou que ter a oportunidade de participar de um movimento internacional é um grande aprendizado para eles - e que pode ser levado futuramente para o mercado de trabalho, inclusive na criação de uma marca.

“Para que ele pense que essa marca pode ser sustentável, que pense nas condições de trabalho nas pessoas que vão produzir aquela roupa, aquele acessório que ele criou. Funciona realmente como um aprendizado para os alunos”, reafirmou.

A Semana Fashion Revolution organizada pela UNAMA vai se encerrar no domingo (24), com um Bazar Solidário e uma roda de conversa sobre o tema “Dinheiro, moda e poder”, das 9 até as 13 horas, na praça Batista Campos, em Belém.

Por Isabella Cordeiro, com apoio de Even Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Belém completou mais um ano de fundação na quarta-feira (12); são 406 anos de muitas histórias e riquezas. Apesar da beleza da cidade das mangueiras, a capital paraense ainda sofre com o descarte inadequado do lixo pelas ruas.

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De acordo com dados recentes divulgados pela prefeitura, a cidade produz, em média, mil toneladas de lixo por dia e tem pelo menos 100 pontos críticos de descarte irregular de resíduos sólidos. O educador ambiental Paulo Pinho explica que isso ainda é um problema porque a gestão pública brasileira, como um todo, é muito precária, especialmente na área de saneamento, em que a questão do lixo está inserida.

O professor aponta que os brasileiros não têm acesso ao básico, e isso compromete todo o nosso processo de desenvolvimento. A solução, segundo ele, passa por enfrentar o desafio estrutural que vai desde o racismo até o acesso aos direitos básicos. “Resolvido esse problema maior, nós vamos enfrentar as políticas setoriais. Então, tudo começa com planejamento”, afirma.

Paulo Pinho acrescenta que, a partir de um bom plano de gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos, são necessárias boas equipes para gerir esses planos e equipes para fiscalizá-los. “A gente está falando de fortalecimento do quadro institucional do poder público municipal nas três esferas”, ressalta.

O educador afirma que a sociedade deve exigir dos seus representantes que a educação e o saneamento sejam prioridades por causa da estreita ligação com a saúde. Além disso, cada um deve fazer sua parte em relação ao lixo e segregar corretamente os resíduos. Para ele, a prefeitura deve envolver toda a população para que todo mundo faça sua. "Aqueles que precisem de informação, que tenham campanha de educação ambiental, mas também tenha punição depois de uma campanha de informação”, afirma.

Em entrevista ao LeiaJá Pará, o coordenador do grupo de trabalho de educação ambiental da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), Victor Ximenes, a prefeitura lançou o edital para a criação de estudos da elaboração da Parceria Público Privada visando recuperar o lixão do Aurá, limpeza urbana, coleta de resíduos sólidos e disposição final do lixo domiciliar.

Além disso, foi realizada a licitação para a construção de três ecopontos na Bernardo Sayão com José Bonifácio, São Joaquim e Estrada do Bagé. “Serão pontos de recebimento de pequenos volumes de recicláveis e de inertes. A provisão até o final do governo é de ter 10 [ecopontos]”, afirmou.

Existem três grandes desafios para manter a limpeza urbana: um novo hábito da população em relação ao manejo adequado de resíduos sólidos, segregar o que é reciclado, reaproveitado e destinado para o aterro sanitário; a instalação de novas empresas e tecnologias que permitam o reaproveitamento para reciclagem de quase todos os produtos que são descartados. e a responsabilidade socioambiental da iniciativa privada, sociedade civil e poder público.

De acordo com a Sesan, a prefeitura vai implementar o Projeto de Educação Ambiental e Coleta Seletiva em 210 escolas municipais, com a participação dos professores, estudantes e da comunidade. Órgãos públicos, por meio da Sesan e Secretaria Municipal de Administração (Semad), estarão realizando o mesmo projeto nos órgãos municipais.

Por Isabella Cordeiro.

 

 Na tarde desta quarta (23), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu demissão. A exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). O atual Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais da pasta, Joaquim Álvaro Pereira Leite, foi nomeado para assumir a pasta.

Salles é alvo de duas investigações no Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar disso, segundo o jornal O Globo, ele alegou que deixaria o cargo por motivos familiares.

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Ao saber da demissão do ministro, o ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, que enviou notícia-crime ao STF contra Ricardo Salles, foi até o Twitter alfinetar o desafeto. "E eu continuo Delegado de Polícia Federal", escreveu.

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A terceira edição do Diálogos Urbanos, evento organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano (PPDMU), da UNAMA - Universidade da Amazônia, terá mais um ciclo de palestras. A primeira, com tema ligado à sustentabilidade urbana no dimensionamento da drenagem das cidades, ocorrerá na quarta-feira (16), às 16 horas, horário de Brasília, e contará com a presença do Prof. Dr. Ramiro Neves, do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, em Portugal.

O Diálogos Urbanos será realizado novamente em formato virtual, pelo canal do LeiaJá no Youtube, com o objetivo de oportunizar uma ambiência acadêmica, científica e profissional voltada para o ensino, aprendizado e para os debates sobre temas relacionados à área de Urbanização e Meio Ambiente, dentro das linhas de pesquisas do programa, como explica o coordenador do PPDMU e Prof. Dr. Leonardo Bello.

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Ele afirma que o evento terá ciclos de palestras mensais, com a participação de convidados tanto do poder público e da gestão das cidades, quanto de eméritos pesquisadores e professores da academia, mas também de profissionais com experiência e vivência prática no enfrentamento dos desafios do desenvolvimento urbano e sustentabilidade.

O professor explica que as palestras são gratuitas, sem necessidade de inscrição prévia, porém os participantes terão acesso a um formulário para inserir dados pessoais.

Durante a palestra da próxima quarta-feira, o professor Ramiro vai tratar de uma temática voltada aos aspectos técnicos da drenagem urbana, por meio de abordagem que utiliza programas computacionais na modelagem ambiental urbana, especialmente o uso do software MOHID, que inclui hidrodinâmica, erosão, transporte de sedimentos e processos ecológicos nas modelagens.

“O modelo que será apresentado é altamente aplicável na modelagem da drenagem de águas pluviais e residuarias urbanas. O professor convidado irá mostrar resultados dos estudos realizados em Portugal, com ênfase na cidade de Lisboa”, diz.

A palestra terá mediação dos professores titulares da UNAMA Leonardo Bello e Marco Valério Vinagre, líder do Grupo de Pesquisas em Arquitetura Sustentável e Eficiência Energética..

O professor Leonardo Bello afirma que é esperada a participação dos estudantes de graduação de cursos como Engenharia (Civil, Ambiental e Sanitária), Arquitetura, Geografia, entre outros. Ele acrescenta: “Estudantes de pós-graduação (Mestrado e Doutorado), profissionais e gestores públicos interessados em discutir questões das interações do ambiente construído com o ambiente vivido das cidades, sob perspectivas técnicas, humanísticas e ambientais”.

De acordo com o professor, a questão da drenagem urbana é atual, considerando os problemas constantes de alagamentos das cidades que são ligados, muitas vezes, ao subdimensionamento de canais ou a questões ambientais que impactam o sistema como, por exemplo, o desafio do gerenciamento de resíduos sólidos nas cidades.

“No contexto das cidades amazônicas, o tema propicia um importante subsídio ao aprendizado técnico, pois o modelo proposto considera, além de chuvas e marés nas análises, aspectos associados à poluição ambiental como elementos chaves para os sistemas de drenagem urbana”, conclui.

Por Isabella Cordeiro.

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Você sabe quantos litros de óleo o brasileiro consome por ano? De acordo com dados da Oil World, empresa de consultoria e análise baseada na Alemanha, citados no site Ecóleo, o consumo per capita fica em torno de 20 litros. O resultado disso é a produção de mais de 3 bilhões de litros de óleo por ano. 

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Além dos problemas que pode causar à saúde, como o aumento do colesterol ruim, hipertensão e diabetes, o óleo também é vilão ecológico: o descarte inadequado é altamente prejudicial para o meio ambiente. Basta um litro de óleo descartado pelo ralo da pia para contaminar 20 mil litros de água, entupindo encanamentos, reduzindo o nível de oxigênio dos organismos aquáticos e até mesmo aumentando o risco de enchentes.

Segundo a pesquisadora Vânia Neu, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), o tempo de decomposição do óleo de cozinha é indeterminado e nesse processo ocorre a liberação de gases do efeito estufa. Os prejuízos também podem afetar diretamente quem faz o descarte inadequado. “Quando o óleo é despejado pelo ralo da pia, ele se solidifica. Em contato com outros materiais (papel higiênico, restos de alimentos, dentre outros) inicia a formação de estruturas espessas dentro das tubulações de esgoto, que com o passar do tempo podem obstruir parcial ou totalmente as tubulações, gerando altos custos para o saneamento”, explica.

Por todos esses malefícios, ONGs, empresas e comunidades criam estratégias para a reutilização e descarte adequado desse material. Segundo a pesquisadora, existem várias maneiras para reutilizar o óleo. “Você pode utilizar para fabricação de sabões e detergentes para uso na higiene pessoal e limpeza da casa ou destinar para empresas de reciclagem que podem transformar o óleo em biocombustível, massa para vidraceiro, produtos de limpeza, tinta a óleo e também a rações destinadas para alimentação animal”, afirma Vânia Neu.

 Zenilda Lisboa, 51, trabalha há anos com a venda de salgados. Ela conta que existem encomendas que chegam a usar até cinco litros de óleo. Como forma de reaproveitar esse material, a autônoma realiza a doação para a pastoral da comunidade Divina Providência, em Marituda. Lá o óleo é tratado e transformado em sabão, a renda é usada para ajudar pessoas carentes da região. “É muito importância essa iniciativa para o meio ambiente, pois não podemos descartar esse óleo no esgoto que é muito prejudicial”, diz.

A pesquisadora Vânia explica que o processo de produção do sabão sustentável é muito simples e barato, que qualquer pessoa pode fazer em casa, mas são necessários cuidados especiais. “A saponificação é uma técnica milenar pela qual se obtêm sabão com a mistura de gordura e uma base forte, que geralmente é o hidróxido de sódio. Porém, quem nunca fez, recomendo buscar informações e que use de equipamentos de proteção. Por mais que a saponificação seja uma técnica simples e segura, quando não realizada com os cuidados necessários, existem riscos de acidentes”, alerta.

Quem deseja aprender a transformar o óleo de cozinha em sabão pode acessar o facebook da Ufra pelo site fb.com/acoessustentaveisufra. Lá estão vídeos e uma oficina gratuita sobre a prática.

Descarte adequado

Ainda não há um projeto próprio para a destinação do óleo de cozinha em Belém, mas a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) trabalha em parceria com coorporativas de reciclagem.

Para o descarte é preciso esperar o óleo esfriar. Em seguida, com auxílio de um funil, o óleo pode ser colocado em garrafas pet ou de vidro. Os resíduos podem ser levados a esses pontos de coleta:

ACCSB/ARAL – Passagem Sol Nasce p/todos, margem direita do canal São Joaquim (Val-de-Cans);

CONCAVES – Avenida Bernardo Sayão, entre Roberto Camelier e Quintino Bocaiúva (Jurunas);

CCMRFS – Travessa Padre Eutíquio, 2646. Entre Quintino Bocaiúva e São Miguel (Cremação);

COOCAPE – Avenida Dr.Freitas, passagem São Luiz nº 94 (Pedreira);

CTCMRI – Passagem São José de Ribamar, quadra 01;

COCAVIP – Conjunto Recanto Verde, AL 275, Maracacuera (Icoaraci);

ASCADOUT – Rua da Tucumaeira, entre rua Paulo Costa e rua das Mangueiras;

CATAMOSQUEIRO – Rua Arthur Pires Teixeira, AL. Claudio Guimarães;

COOPALIX – Rua Marx nº37, Santana do Aurá;

ASCAJUBA – Estrada do Vai-quem-quer;

COOPCRESAN – Passagem Alacid Nunes ° 268, Vila São Raimundo (Tenoné).

Por Rebeca Costa.

 

 

O Pará, no mês de março, apresentou aumento de desmatamentos ilegais na região da Amazônia Legal e passou a ocupar a liderança entre os Estados com mais áreas desmatadas em 2021, com 35%. É o que apontam dados da pesquisa do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), obtidos pelo Sistema de Alerta do Desmatamento.

Os dados mostram também que ocorreu um aumento de 216% no desmatamento em relação ao mesmo mês do ano passado, quando a área desmatada contabilizou cerca de 256 km². A pesquisa mostra também que a nova série de desmatamentos foi a maior registrada nos últimos 10 anos no Estado.

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Segundo a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim, entre os principais fatores que podem ter colaborado para o aumento da prática está a apropriação de florestas públicas que ainda não têm uma destinação, ou seja, a grilagem de terras.

A pesquisadora ressalta também que mudanças ambientais podem ocorrer caso a prática ilegal continue. “Em relação às consequências do desmatamento, elas são diversas. Nós podemos citar o comprometimento do equilíbrio ambiental como as mudanças climáticas, perda da biodiversidade, tanto vegetal quanto animal. Podemos ter também a intensificação do processo de desertificação em áreas, principalmente, mais secas, com a extinção de rios através do processo de assoreamento e ainda alteração do ciclo hidrológico, que afeta tanto a produção de grãos quanto o abastecimento natural dos reservatórios de água”, assinalou Larissa Amorim.

De acordo com o engenheiro Rodrigo Rodrigues, mestre em Engenharia Ambiental e Engenharia Civil e professor da UNAMA - Universidade da Amazônia, a política de exploração, adotada pelo governo federal, tem atrapalhado o desenvolvimento de medidas cientificas e tecnológicas mais efetivas no combate ao desmatamento.

“Não existe uma política favorável ao reflorestamento e ao combate de queimadas. Investimentos no setor são removidos ou são reduzidos, em uma política que favorece uma ideia de crescimento econômico através da exploração. A gente não consegue mais fazer com que a ciência e a tecnologia tenham um bom desempenho nesse processo. Elas são automaticamente desprezadas nesse modelo de gestão”, disse o professor.

Em nota enviada ao portal LeiaJá, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) informou que tem atuado no combate ao desmatamento em áreas do Estado e em empreendimentos cujo licenciamento é estadual através da estratégia do Plano Amazônia Agora, que tem como objetivo alcançar o patamar de emissão líquida zero até 2036. Além disso, informa a nota, o Estado avança em ações repressivas, aliadas à regularização fundiária e ambiental e ao apoio à produção rural sustentável. 

Segundo o órgão, no mês de abril, foram embargadas 52 áreas estaduais, onde foram detectadas ocorrências de desmatamento ilegal. De acordo com dados do sistema de alerta Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro a dezembro de 2020, o Pará reduziu em 13% o desmatamento em áreas estaduais em comparação ao mesmo período de 2019, enquanto que em terras federais o aumento foi de 6% também no mesmo período.

Por Erick Baia.

 

 

 

 

 

 

Nesta quarta-feira (31), a UNAMA - Universidade da Amazônia vai realizar uma transmissão, ao vivo, para discutir temas relacionados à educação ambiental. O evento remoto faz parte do cronograma da universidade em alusão ao Dia da Terra, celebrado em 22 de abril. A programação é gratuita, aberta ao público, no Instagram @unamaoficial.

A live é uma parceria das graduações em Engenharia com o Núcleo de Responsabilidade Social da UNAMA. A programação  terá como tema "Impactos do desordenado urbano sobre o recurso natural". A discussão é direcionada aos acadêmicos, profissionais das engenharias ou ligados à gestão ambiental, além de agentes comunitários, Organizações não Governamentais (ONGs) e apoiadores da causa.

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De acordo com o coordenador local do Núcleo de Responsabilidade Social da UNAMA, John Jairo Saldarriaga Ausique, a live terá um alcance amplo, para um bom entendimento. "Esse evento será interativo e divido em três momentos. O primeiro para delimitar informações sobre as relações entre os recursos naturais e o meio ambiente urbano. O segundo, para abordar como a ausência de organização e estruturação urbana afeta na qualidade desses recursos naturais. E o último, sobre as intervenções. É pensar como as grandes cidades podem fazer para preservar, hoje, os recursos naturais", disse o gestor.

A transmissão vai ser realizada a partir das 17 horas, com o engenheiro sanitarista Rodrigo Rodrigues, que é docente da UNAMA, doutorando em Engenharia Civil (PPGEC/UFPA) e pesquisador na área de saneamento ambiental e consultoria em licenciamento ambiental. O evento terá, ainda, a mediação da docente Dula Lima. Para se inscrever, acesse: extensao.unama.br.

Serviço

LIVE - RS UNAMA - Educação Ambiental.

Data: 31 de março de 2021.

Hora: A partir das 17h.

Local: @unamaoficial (Instagram).

Por Rayanne Bulhões, da Ascom UNAMA.

 

Por Aina Bosch*

Essa pergunta pode beirar ao absurdo para alguns. Mas, calma, não estou duvidando do seu amor pelo seu cachorrinho! A questão é: será que você está impondo muitas condições para amar seu pet?

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Para refletir sobre isso, precisamos estar atentos o tempo todo para o fato de que você trouxe um animal da natureza para dentro da sua casa. Você fez essa escolha e, portanto, é toda sua a responsabilidade pelas experiências e emoções que ele vivenciará ao seu lado.

Sendo assim, o primeiro passo para garantir uma vida feliz e uma convivência saudável entre você e seu animalzinho, é entender como ele viveria se ainda estivesse no seu habitat natural e o que você pode fazer para que ele tenha a experiência mais próxima possível estando dentro de casa. E para saber o que fazer, você precisa compreender a espécie que você escolheu cuidar. Estudar sobre ela.

Quais são seus hábitos, o que gostam e o que não gostam, como se expressam e se comunicam? Em resumo: quais são os seus comportamentos naturais? De que forma ele se comportaria na natureza, sem você?

Agora, com essas informações em mãos, trace um paralelo para a forma que você está exigindo que ele viva com você.

No caso dos cachorros, o que ele costuma fazer na natureza que você está impedindo que ele expresse dentro de casa? Latir, destruir, caçar, farejar, brincar... Não estou falando que você tem que deixá-lo “comer” seus móveis!

Mas que atividades você está oferecendo para permitir que ele expresse a necessidade natural de roer, por exemplo? Vamos falar mais sobre tudo isso? No vídeo te explico melhor, vem conferir:

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*Aina Bosch é veterinária comportamentalista, formada em medicina veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (CRMV-PE 4729) e pós-graduada em Etologia Clínica pelo Instituto Qualittas de São Paulo, com estágio em Portugal no Centro Para o Conhecimento Animal (CPCA). Atua na área de comportamento há mais de 15 anos, é treinadora especialista na metodologia positiva e há 10 anos se dedica à educação preventiva de filhotes.

Contato: Instagram Aina Bosch e Aina Bosch Mentoria

Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) mostrou que 52% dos trabalhadores brasileiros sofrem de ansiedade enquanto estão no local de trabalho. Outros 47% disseram se sentir cansados com frequência, enquanto o desânimo e a frustração foram apontados como principal sentimento por 22% e 21% dos profissionais entrevistados. A observação da falta de empatia dentro das empresas foi observada como importante para 89% dos colaboradores.

Aplicada nas cinco regiões do Brasil em empresas nacionais e multinacionais de pequeno, médio e grande portes, de quase todos os setores da economia, a pesquisa inédita Comunicação Não Violenta nas Organizações retrata a forma como 327 profissionais percebem a prática dessa abordagem a partir de cada um dos tópicos elencados em quatro níveis diferentes: minha equipe, meus pares, liderança e empresa.

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Os dados mostram que dos dez estados emocionais mais citados pelos funcionários entrevistados, cinco correspondem a sentimentos ligados a necessidades não atendidas, sendo que os dois mais identificados são ansiedade e cansaço, seguidos de apreensão, desânimo e frustração, explicado pela falta de empatia. Quando as necessidades são atendidas, os sentimentos que surgem são despreocupação, segurança, calma, realização e satisfação, ou seja, os menos mencionados na pesquisa.

De acordo com o levantamento, os colaboradores se sentem mais conectados aos colegas de trabalho, que estão mais próximos, do que à liderança da empresa. "Os melhores índices apareceram quando o que estava sendo analisado era a própria equipe do funcionário, ou seja, o seu núcleo mais próximo. Isso ia de alguma forma piorando quando ele falava de pares, liderança e ainda mais quando falava de empresa. Ou seja, percebia que ele e pessoas perto dele se atendiam nas escutas, resolviam conflitos e necessidades, mas a empresa como um todo não o fazia com tanta efetividade", disse a especialista em Comunicação Não Violenta (CNV) e curadora da pesquisa, Pamela Seligmann.

De acordo com ela, para entender os resultados da pesquisa é preciso primeiro conhecer os conceitos da CNV, que se baseia na escuta e na empatia com os outros e consigo mesmo e na identificação de necessidades. "As necessidades estão por trás de tudo o que fazemos. Cada vez que temos um ato de violência estamos expressando uma necessidade que não está sendo atendida. De alguma forma, quando somos grosseiros, rudes, violentos, estamos pedindo ajuda".

Para Pamela os resultados da pesquisa indicam que as empresas precisam trabalhar a percepção dos colaboradores de que está sendo uma ouvinte das necessidades dos seus funcionários. "Isso altera o sentimento de confiança, de participação, orgulho de participar, conhecimento, lugar para dar opiniões e ideias, envolvimento, motivação, tudo o que tem a ver com o clima da organização", disse.

A pesquisa, conduzida pelo economista e doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) Leonardo Müller e pelo consultor de Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional, ambos colaboradores da Aberje, Carlos Ramello, visa a iniciar uma reflexão mais aprofundada sobre algumas dimensões corporativas, aspectos trabalhados nos projetos de Comunicação Não Violenta (CNV), metodologia que promove a comunicação eficaz e empática e estabelece pontes de diálogo em um mundo cada vez mais centralizado.

"A partir dessas oito dimensões, foram elaboradas as perguntas. A ideia era que as pessoas pudessem nos contar como elas percebem a organização onde trabalham quanto à qualidade de escuta, ao atendimento de suas demandas, se há uma comunicação baseada em fatos e dados ou em julgamentos e como lidam com conflitos", explicou Pamela.

Ela destacou que e uma das coisas que talvez tenha sido negligenciada é a qualidade das relações que se quer estabelecer, e nem sempre o problema é de comunicação entre as pessoas dentro da empresa e sim de relação. "É o tipo de relacionamento que está sendo estipulado, no qual o que uma pessoa diz é interpretado, julgado, inferido e não escutado na íntegra. No qual não se percebe qual é a real necessidade. Ou onde não se pode expressar quais são as verdadeiras necessidades".

Para Pamela, ainda há um espaço que não foi aberto para que as pessoas possam exercer seu estado adulto de consciência, com protagonismo, responsabilização, ação, que significa na CNV que a pessoa se torne responsável pelo que quer, pelo que escolhe e pelo que faz.

"As empresas também têm negligenciado a qualidade de vida, da saúde mental. Neste ano que passou, no qual o home office se estabeleceu e que, por um lado, trouxe muitas coisas boas, também as empresas invadiram o espaço doméstico e muita gente não está conseguindo cuidar de sua saúde emocional, ficando desconectada de suas necessidades e em um estado de violência", afirmou.

A curadora da pesquisa concluiu que as empresas podem olhar para a questão e fazer uma linguagem de CNV que não é passiva, e sim de responsabilização e olhar sobre as necessidades de todos os participantes dessa comunicação.

Os DJs estão animados, a música é estrondosa e os jovens se preparam para uma noitada. Essa boate em Wuhan, cidade chinesa considerada o berço da pandemia de Covid-19, agora simboliza a liberdade recuperada enquanto o resto do mundo se fecha e se confina.

Um ano depois de ser colocada em quarentena, em 23 de janeiro de 2020, a metrópole de 11 milhões de habitantes, onde surgiram os primeiros casos de Covid-19, deixou de ser a cidade fantasma que assombrou o resto do mundo.

E enquanto grande parte do planeta impõe toques de recolher, confinamentos e distanciamento social, em Wuhan a vida noturna está no auge.

Para entrar na "Super Monkey", uma enorme boate no centro da cidade, não é necessário estar em uma lista VIP e não há exigência de vestimenta. Mas a máscara é obrigatória e os seguranças na entrada controlam a temperatura dos clientes: acima de 37,3 graus, não podem entrar.

- Meses de confinamento -

No interior, o clima é agitado, com raios laser e fumaça, enquanto os jovens - a maioria na casa dos 20 anos - liberam toda a sua energia na pista de dança.

Outros são meros espectadores, felizes por se reunir em torno de uma bebida, após a quarentena sombria de um ano atrás, quando o que era então um vírus misterioso apareceu.

"Fiquei preso em casa por dois ou três meses. O país tem enfrentado a epidemia muito bem, agora posso sair com absoluta paz de espírito", disse à AFP Xu, um cliente de 30 anos.

Nesse ambiente, que pouco tem a ver com a austeridade oficialmente defendida pelo regime comunista, Chen Qiang, um jovem de 20 anos, está satisfeito que a China tenha praticamente controlado a epidemia em seu território, e isso apesar de pequenos surtos nos últimos dias.

"O governo chinês é bom. O governo chinês faz de tudo pelo seu povo e o povo é supremo. É diferente dos países estrangeiros", afirma.

A mídia chinesa cobre em detalhes as dificuldades dos países ocidentais diante da pandemia, que contrasta com o retorno à normalidade na China. Veem nisso a prova inequívoca da superioridade do modelo autoritário chinês.

- Sem distanciamento -

A autoridade, no entanto, não é respeitada em todos os lugares.

Na Super Monkey, embora a máscara seja obrigatória, nem sempre é usada pelos clientes, que não hesitam em acender um cigarro. E nenhuma regra sobre distanciamento social foi prescrita.

Chen Qiang reconhece, porém, que a pandemia mudou as coisas. Nas boates "há menos gente do que antes", observa, e garante que, em termos gerais, as pessoas "saem menos e gastam menos".

Nem o protocolo muito rígido aplicado em alguns locais ajuda: clientela limitada, reserva obrigatória e apresentação de aplicativo com código verde, sinônimo de boa saúde... embora nem sempre seja suficiente para entrar.

Assim, vários jornalistas da AFP não puderam entrar no clube "Imhan" porque seu código de saúde indicava origem de Pequim, onde uma fonte de contágio da variante britânica da covid-19 foi descoberta na região sul da capital chinesa.

Wuhan ficou isolada do mundo por 76 dias entre janeiro e abril. Após uma campanha massiva de testes, a vida normal gradualmente recuperou seu curso.

No verão passado, as imagens de uma megafesta em um parque aquático lotado geraram surpresa e mal-entendidos entre os internautas no resto do mundo, onde o coronavírus continua causando muitas vítimas.

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Ao andar pelas ruas de Belém não é incomum encontrar lixo descartado de forma inadequada. Eles podem variar desde papéis até sofás e eletrodomésticos danificados, os quais entopem bueiros e canais, causando prejuízos para a população. Segundo dados do Panorama 2020 feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpezas Públicas e Resíduos Especiais (Abrelpe), a geração per capita (kg/hab/ano) de resíduos sólidos na região Norte saltou de 286,9 kg, em 2010, para 322,7 kg por habitante, em 2019. E conforme matéria do jornal O Liberal, em agosto de 2020, a Secretaria de Saneamento Municipal (Sesan) afirmou que são retiradas, por mês, cerca de 200 toneladas de resíduos sólidos nos canais da capital paraense.

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O prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) tem como uma das prioridades resolver a questão do lixo em Belém. Em entrevista ao G1 Pará, na época ainda candidato, Edmilson Rodrigues apresentou como propostas para destinação do lixo a criação de aterro sanitário com técnicas modernas, através de diálogos com os municípios e o Governo do Estado, bem como estimular a coleta seletiva e fortalecer as cooperativas para geração de renda e proteção do meio ambiente.

Para viabilizar a coleta seletiva, a engenheira sanitarista Miroslawa Luczynski, professora dos cursos de engenharia da faculdade UNINASSAU Belém, acredita que o primeiro passo é explicar à população o que é a coleta seletiva, assim conscientizando sobre a sua importância. A professora Miroslawa também chama atenção para a necessidade de informar através de projetos e ações, dar estrutura adequada às cooperativas e incentivar novas. Também aumentar os Pontos de Entrega Voluntária (PEV) e realização de parcerias com empresas e/ou órgãos que queiram participar como PEV.

“Sempre mostrando à população os resultados e informando, pois não adianta só falar em implantação ou dizer que existe PEV se não se explica o que é de fato. Não se pode alcançar resultados começando pelo final, ou seja, apresentar o produto e só depois dizer para que serve. A população precisa ser informada de todo o processo, pois só assim poderá entender, participar e colaborar”, reforça a engenheira.

Miroslawa Luczynski explica que o termo “periferia” significa o contorno, os arredores, locais afastados dos grandes centros e lembra que, devido ao crescimento desordenado da cidade, a periferia e o centro misturaram-se. Nas áreas periféricas, ela conta que o problema do lixo está além do serviço de coleta regular, passa pela necessidade de informar, de conscientizar a população sobre a importância do descarte adequado dos resíduos sólidos. “Volta-se à questão da informação: a população (principalmente destes locais) tem que ter consciência de que eles já não são 'periferia' e sim parte de um todo e fazer a sua parte, pois a realidade que se vê quando se passa por esses locais é lixo na rua. E a realidade é que a população não quer o lixo dentro de casa. Vai muito além de se ter uma coleta regular ou não”, afirma.

O descarte inadequado do lixo pode causar diversos prejuízos tanto para o meio ambiente quanto para a população em termos de saúde. A engenheira dá destaque para a formação de lixões ao redor de onde os resíduos são jogados, e a poluição dos canais e rios que prejudica a sobrevivência da fauna e da flora. Ela explica que muitas vezes as pessoas não percebem que estão poluindo os rios com ações que parecem inofensivas. “Sabe aquela garrafa plástica ou latinha de refrigerante jogada na rua? Pois é, ela pode entupir bocas de lobo, chegar aos canais e rios, ou seja, a população é responsável pelo lixo que descarta de forma inadequada sim”, afirma.

Miroslawa Luczynski esclarece que descartar o lixo incorretamente pode entupir as galerias pluviais, acarretando grandes problemas de saneamento, infraestrutura, enchentes e saúde pública, pois ao alcançar os canais e rios esses resíduos causam ainda mais transtornos. Ela afirma que outro problema é a proliferação de insetos vetores de doenças como o Aedes aegypti, que causa a dengue, a Zica e a Chikungunya. “Isso ocorre devido ao acúmulo de água parada no lixo, formando o criadouro ideal para esse mosquito, acarretando um problema diretamente ligado à saúde pública”, diz a engenheira.

Miroslawa Luczynski esclarece que a educação é um processo, por meio do qual o indivíduo e a coletividade possam construir valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e até competências voltadas para a conservação do meio ambiente, uso comum do povo, qualidade de vida e sustentabilidade. Mas ela ressalta que é necessário discutir primeiro sobre conscientização ambiental. “Antes de falar em educação ambiental deve– se falar primeiro em conscientização ambiental, principalmente aqui em Belém, onde a população precisa entender que a participação dela é essencial para o processo dar certo. Porém é preciso que a mesma tenha os subsídios necessários para isso”, diz.

A engenheira sanitarista destaca a importância de ações que visem pontos como: não geração – redução – reutilização – reciclagem – tratamento e disposição final. Estes são indicados na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305/2010, que organiza como o país deve lidar com o lixo, exigindo transparência dos setores públicos e privados para administração dos resíduos. Essa mesma lei também prevê a necessidade de substituir os lixões a céu aberto por aterros sanitários como forma de proteger o meio ambiente.

A engenheira explica que Belém é uma cidade rodeada por rios e que alguns bairros foram aterrados, surgindo a necessidade dos canais. Porém o crescimento da população não foi acompanhado pela infraestrutura necessária e hoje a cidade está “inchada”, principalmente no centro. Em relação às pessoas que moram ao redor desses canais, Miroslawa afirma que mudar a realidade seria promover condições salubres a elas. Ao fazer o planejamento de macrodrenagem, melhoraria a qualidade de vida, acesso à água, coleta de esgoto, de resíduos sólidos e drenagem.

“Porém mais uma vez a população precisa se conscientizar de que ela também é responsável pelo local onde mora e pelos benefícios que ali são realizados”, acrescenta.

Em entrevista para o jornal “Bom Dia Pará”, da TV Liberal, o prefeito Edmilson anunciou um novo projeto que visa à abertura de uma nova avenida, em Belém, paralela ao canal São Joaquim. Quanto a isso, Miroslawa Luczynski diz que é possível abrir avenidas em qualquer lugar contanto que haja necessidade, planejamento, projetos adequados e a população seja informada antes para que tenha consciência colaborativa, participação e principalmente responsabilidade. “De nada vai adiantar abrir uma avenida se a população não for conscientizada do porquê. Irá cair nos mesmos erros que culturalmente há anos vem acontecendo em nossa região/cidade: começa pelo final, ou seja, se entrega a obra e só depois se 'pensa' em informar a população, chamando isso de 'educação ambiental'”, analisa a engenheira.

Miroslawa Luczynski cita os fatores que contribuem para o problema do lixo em Belém. Um dos principais é a falta de informação, associada à ausência de planejamento e ações com as comunidades. Também salienta que o aterro sanitário não resolve essa questão sozinho. “A população tem que participar fazendo a parte dela através da conscientização que tem que ser feita pelo poder público (gestão) através deações que faça com que a população possa ter os subsídios necessários para colaborar”, enfatiza.

Por Carolina Albuquerque e Isabella Cordeiro.

 

 

Será lançado nessa sexta-feira (27), em Belém, o livro “Logística Reversa - Práticas no Varejo”, obra dos pesquisadores João Augusto Rodrigues, Maria do Socorro Flores e Norbert Fenzl. A cerimônia será no auditório Jerônimo Rodrigues, na rua dos Pariquis, 1056, às 16 horas.

  Medidas de segurança para prevenção do novo coronaírus serão tomadas durante o lançamento, como o uso de máscaras por todos presentes no ambiente, uso de álcool em gel ao entrar no local e distância segura entre os participantes dentro do auditório para evitar aglomerações.

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  De acordo com o autor João Rodrigues, o livro trata do processo de planejamento e implementação da logística reversa nas empresas de varejo. “A Logística Reversa é o processo destinado à coleta e à restituição dos resíduos sólidos produzidos na empresa para seu reaproveitamento em novo ciclo produtivo ou outra destinação final ambientalmente adequada. A obra vem em um momento de maior conscientização da população sobre a importância do meio ambiente e do tratamento adequado de resíduos, além da implementação da Política Nacional de resíduos sólidos”, disse.

  João Rodrigues também comentou sobre os desafios enfrentados no processo de criação do livro. “Este livro é o resultado de um estudo de caso exploratório. Portanto, foi necessário implementar e analisar os resultados do programa de logística reversa das empresas do Grupo Líder, para poder formatar o livro de uma forma que também sirva como um manual para outras empresas que ainda não possuam implementadas suas próprias práticas de logística reversa e alertá-las dos riscos de sua falta”, finalizou.

Clique no ícone abaixo e ouça entrevista de João Augusto Rodrigues para a Rádio Unama FM 105.5.

Por Henrique Herrera.

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Focada em promover a cultura sustentável, a Mantiqueira - maior granja de ovos do Brasil - vai construir dois novos alojamentos sem gaiolas. O proprietário entende que o formato com as aves ‘soltas’ vai melhorar a qualidade dos ovos, por isso, vai investir mais de R$ 100 milhões para qualificar as etapas de produção e transporte da produção.

Ao todo, a Mantiqueira emprega 1.600 funcionários e é constituída por quatro granjas, alocadas em Itanhandu e Passa Quatro (MG), Primavera do Leste (MT) e Cabrália Paulista (SP); e uma fábrica de processamento em Uberlândia (MG). A unidade paulista serviu como teste e já opera com 500 mil aves fora das gaiolas.

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"Sei que vão dizer que estou louco, mas o futuro não é mais de galinha em gaiola", afirmou o empresário Leandro Pinto ao Valor Econômico. O último levantamento aponta a capacidade anual de 2,5 bilhões de ovos e de alojar até 10,5 milhões galinhas.

A missão é que a primeira granja seja construída até 2021, em Lorena (SP). Com o compromisso de neutralizar a emissão de CO2, a empresa deve comportar mais 700 mil galinhas poedeiras, e posteriormente, aumentar quantidade para 1,2 milhão. O segundo alojamento será erguido em Campanha (MG), com a mesma capacidade.

Até 2025, a Mantiqueira promete produzir um terço dos ovos sob o formato sem gaiolas. As unidades terão sensores de temperatura, sede e alimentação, além de fornecer uma ração enriquecida, o que deve aumentar o preço para o consumidor. Embora o objetivo seja melhorar qualidade de vida das aves, a coleta deve permanecer automatizada.

Transporte sustentável e mercado vegano

Até a logística estará inclusa no rompimento do sistema tradicional. O transporte da produção será assumido por caminhões elétricos ou movidos a biogás, oriundo dos dejetos das próprias galinhas. A pretensão é que cinco desses veículos já circulem a partir do próximo ano. Em 2025, a projeção é que a frota aumente para 50.

De olho no avanço do mercado vegano e na procura do público por alimentos livres de insumos animais, em 2019, a Mantiqueira lançou a startup N.ovo, que desenvolveu um ovo em pó feito a partir de ervilha. Outros produtos estão em desenvolvimento.

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"Tem muitos anúncios ou comerciais na TV tentando conscientizar as pessoas a não jogarem lixo nas ruas, mas infelizmente isso é uma educação de berço. Se o pai não passa para o filho a ideia de cuidar do meio ambiente, o filho não vai passar para o seu filho e assim sucessivamente. Isso é muito triste. Acho que deveria haver uma multa pesada para que as pessoas se esforçassem, pelo menos, a não jogarem lixo nas ruas", disse a estudante Camilla Maia, opinando sobre a falta de educação ambiental das pessoas. Para ela, isso se reflete numa produção em massa de lixo na Região Metropolitana de Belém.

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Os candidatos que disputam as eleições municipais deste ano terão essa pauta como desafio: a destinação final dos resíduos produzidos em Belém, Ananindeua, Marituba e outros municípios da Região Metropolitana. O prazo do acordo entre a prefeitura de Belém e o aterro sanitário da empresa Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos em Marituba acaba em setembro de 2021.

O contrato faz parte dos compromissos que as prefeituras assumiram pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010. É uma lei federal que prevê metas e normas para garantir a preservação do meio ambiente e reduzir os impactos dos resíduos sólidos na natureza.

Entre essas metas está a gestão integrada de resíduos sólidos entre a empresa contratada da prefeitura e cooperativas de reciclagem, políticas de educação ambiental para evitar a geração de mais resíduos e, também, a erradicação dos grandes lixões e aterros sanitários por parte dos governos municipais até o ano de 2014, mas, esses projetos foram adiados inúmeras vezes por falta de estudos. Planeja-se adiar mais uma vez para 2021 para que as prefeituras estudem as melhores soluções para acabar com os lixões a céu aberto.

Lixão do Aurá

No Pará, a lei determinou o fechamento do lixão do Aurá em 2015, o segundo maior lixão do país, por número de catadores. O lixão, que abrange os três municípios mais populosos da Região Metropolitana, Belém, Ananindeua e Marituba, foi fechado por não seguir as normas da Política Nacional de Resíduos Sólidos, colocando em risco a saúde da população do entorno, contaminando o solo e a bacia hidrográfica de Belém.

Logo após o fechamento, a prefeitura de Belém, em conjunto com outras prefeituras, fechou um acordo com a empresa Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos, que tinha uma área no município de Marituba para tratamento dos dejetos, mas, no início de 2019, houve um desentendimento entre a empresa e a prefeitura de Belém sobre o pagamento pelo frete do lixo, o que acabou na quebra do contrato e fechamento do aterro. Sem um local adequado para o descarte do lixo, no mesmo mês, o lixão do Aurá foi reativado, mas em julho de 2019, por meio de acordo, o aterro sanitário de Marituba voltou a funcionar e segue até setembro de 2021.

A prefeitura de Belém se pronunciou, por meio de nota (veja texto abaixo), dizendo que uma ampliação da coleta seletiva depende de análise orçamentária e financeira, pois é toda subsidiada pelo poder público, tornando inviável qualquer mudança repentina. Quanto às soluções alternativas, dependem de estudo técnico objeto de consultoria, que já está sendo contratada por meio de licitação.

A nota ainda esclarece que a data de encerramento do aterro é objeto de análise do Tribunal de Justiça, pois aguarda decisão. Segundo a prefeitura, já existe uma área não explorada no local, que seria capaz de receber resíduos por mais 1 ano e 8 meses.

Aterro sanitário

Para a sanitarista e engenheira ambiental Miroslawa Luczynski, o único modelo ideal de tratamento de lixo para Belém e Região Metropolitana ainda é o aterro sanitário. "Belém é uma cidade de grande porte e as cidades que formam a região metropolitana também já são cidades de médio a grande porte. Então, não tem outro tipo de tratamento ou projeto mais adequado para esse tipo de cidade. A partir de médio a grande porte já se tem que trabalhar com aterro sanitário. E o que vai para o aterro sanitário é justamente o rejeito. Não foram feitas redução, reutilização e reciclagem, isso é rejeito. Então, é esse rejeito, esse resto que não se aproveita, isso vai para o aterro sanitário", diz.

A engenheira ressalta que o bom funcionamento de um aterro sanitário, sem impacto ambiental, exige políticas públicas, gestão pública, e a população tem que estar envolvida para que possa entender que o aterro sanitário é a destinação final mais adequada. Também é necessário cultivar a ideia de coleta seletiva, um dos tipos de tratamento para essa diminuição de resíduos.

Um aterro sanitário fora das normas ou descarte inadequado de lixo em uma determinada área, que logo depois se torna lixão, explica a sanitarista, pode impactar de forma drástica o meio ambiente, seja nos aspectos hídrico e aéreo, como no solo. Também pode pôr em risco a saúde da população com doenças.

"O descarte inadequado ou incorreto de resíduos sólidos, principalmente dentro de uma cidade ou no meio urbano, é o que causa mais poluição ao meio ambiente, porque você não tem só poluição visual, tem a poluição do solo, tem a poluição hídrica, tem a poluição do ar, devido à queima, e também a proliferação de vetores.  Dependendo da quantidade de resíduos onde é descartado, corre o risco até de ter o início de um impacto ambiental. Qualquer ponto de descarte inadequado de resíduos sólidos dentro de Belém ou região metropolitana é um lixão, e dependendo de como vai crescendo isso, corre o risco de causar um impacto ambiental ali naquela localidade, naquela comunidade", destaca Miroslawa. 

Segundo a engenheira, vetores sofrem mutação por conta dessa falta de higienização e de saneamento básico. "Isso é muito sério. A dengue, no início, a proliferação era só por água limpa parada, mas hoje a doença sofreu mutação e se prolifera em água suja. É algo muito grave, causando impacto à fauna e à flora também", explica.

A engenheira informa que já existem tratamentos alternativos para o lixo doméstico. O produto final gerado pelo tratamento caseiro, por meio da compostagem, pode servir como adubo para plantas e gerar renda. "O resultado final vai ter o adubo, e utilizar na sua residência, se você tiver uma área ou um jardim, e até vender. O biodigestor vai gerar como produto final um fertilizante líquido. Então, são duas alternativas que você pode fazer dentro da sua casa. E também a coleta seletiva. Nós temos em Belém 16 cooperativas cadastradas. É só entrar no site da prefeitura que você consegue ter acesso e ter o endereço. Você liga para uma dessas cooperativas quando tiver uma certa quantidade e eles vão buscar. Você consegue fazer com que as pessoas possam visualizar e ter esse pensamento sustentável, que contribui para a preservação do meio ambiente. É o que a gente precisa para que chegue no aterro sanitário somente o rejeito", conclui.

Investimento e conscientização

Para a estudante Samara Sena, ainda falta um grande investimento do poder público para a conscientização da população com o meio ambiente e o descarte correto do lixo. "Acho que os prefeitos e vereadores eleitos deveriam conscientizar a sociedade, no quesito de separação de lixos, ajudar a instalar centros de reciclagem, programas para ensinar reciclar, até mesmo o lixo orgânico, porque tem várias maneiras de reciclar. Tudo isso deve partir de nossos políticos. Vereadores e prefeitos deveriam dar uma investida nisso", diz.

Ela completa que deveria haver uma maior comunicação entre a população e poder público. "A sociedade às vezes é muito privada disso por não ter um conhecimento adequado. Nos falta essa comunicação em massa para que todas as pessoas assumam a sua responsabilidade", completa.

Nota da prefeitura

"A Prefeitura de Belém informa que recebeu, no dia 8 de setembro, a recomendação do Ministério Público Estadual a respeito da ampla divulgação da data do encerramento do Aterro Sanitário de Marituba, bem como do compromisso de criar solução viável de alternativa instalada ao referido local, de disponibilização dos contatos e materiais das cooperativas dos catadores e catadoras em atividade nos sites institucionais e mídias sociais e de informação clara à sociedade a respeito do urgente engajamento da coleta seletiva.

Destacamos que a inclusão nas mídias sociais não havia sido solicitada até a edição da recomendação, mas será objeto de análise pelo Poder Público. Noticiamos, contudo, que a ampliação da coleta seletiva depende de análise orçamentária e financeira, porque a atividade das cooperativas é toda subsidiada pelo Poder Público, o que torna inviável qualquer modificação de forma repentina, até por envolver uma ampla mudança de cultura e a definição de uma fonte que custeie adequadamente o referido serviço.

Esclarecemos, ainda, que o Município está empenhado em criar soluções alternativas ao funcionamento do Aterro Sanitário de Marituba, o que, contudo, depende de estudo técnico objeto de consultoria que está sendo contratada por meio de licitação e deve ser, posteriormente, definida pela Comissão Intersetorial, criada pelo acordo judicial, a partir de tais informações. 

Acrescentamos, enfim, que a questão quanto a data final do encerramento do aterro é objeto de análise do Tribunal de Justiça por existir uma célula não explorada no referido local, que seria capaz de receber resíduos por mais 01 ano e 08 meses. Assim, a Prefeitura aguardará a decisão do Judiciário sobre a referida questão."

Por Cristian Corrêa.

 

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A Faculdade UNINASSAU Belém inicia, em outubro, um sistema de troca de óleo cozinha por sabão líquido, o Projeto Sabão do Bem. O recolhimento será sempre nos primeiros 15 dias de cada mês, na Unidade Quintino Bocaiúva, em Belém. Os interessados em contribuir podem levar o material até a portaria da UNINASSAU Quintino Bocaiúva e efetuar a troca no estande do projeto, de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas. A cada dois litros doados para a instituição, a população recebe 500ml de sabão líquido.

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A iniciativa é coordenada pelos cursos de Engenharia Química e Ambiental e Sanitária da UNINASSAU Belém. Segundo os coordenadores, o projeto está incluso nas atividades de responsabilidade social da instituição e foi desenvolvido pensando na redução dos impactos ambientais gerados no solo e em recursos hídricos, já que um litro do produto despejado de forma irregular contamina mais de 20 mil litros de água.

Para Fabrício Quadros, supervisor técnico do Sabão do Bem, o resíduo do óleo de cozinha, gerado diariamente nos lares, indústrias e estabelecimentos, é despejado de forma inadequada e causa danos ao meio ambiente. "Quando o óleo é descartado diretamente em pias, vasos sanitários, rios e riachos, indo parar nos sistemas de esgoto e nas águas, ele causa danos, como entupimento dos canos e o encarecimento dos processos das estações de tratamento, além de contribuir para a poluição do meio aquático. Por isso, é necessária a conscientização dos estabelecimentos e da sociedade", afirmou.

"O nosso sabão é feito a partir do óleo vegetal reutilizado com a adição de alguns produtos químicos, como o álcool etílico 90%, o hidróxido de sódio, o hipoclorito de sódio e alguns outros aditivos. Os produtos são medidos em proporções e misturados com água quente para que o processo químico ocorra. Em seguida, o sabão descansa e ao longo da semana nós fazemos o monitoramento físico-químico e o controle de qualidade do produto", explicou Danielle Costa, uma das coordenadoras do projeto.

Para participar do Projeto Sabão do Bem, basta seguir estas orientações: armazenar o óleo de cozinha usado em uma garrafa pet limpa; manter o  óleo sem misturas, como água e restos de comida, e sem impurezas e mau odor.

Por Ana Luiza Imbelloni.

 

 

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