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A Chevron disse que as vendas de ativos e demanda por petróleo bruto ajudaram a ampliar seus lucros do segundo trimestre, embora a produção de petróleo bruto tenha se enfraquecido. A empresa reportou lucro de US$ 5,67 bilhões, acima dos US$ 5,37 bilhões no mesmo período do ano passado. No resultado por ação, o ganho foi de US$ 2,98, de US$ 2,77. A receita cresceu pouco menos de 1%, para US$ 57,94 bilhões.

O lucro superou facilmente as estimativas, enquanto a receita ficou aquém das previsões. Analistas consultados pela Thomson Reuters previam lucro de US$ 2,66 por ação e receita de US$ 59,3 bilhões. A empresa previu em julho que o lucro ficaria acima do saldo positivo no primeiro trimestre, de US$ 4,51 bilhões, graças a ganhos de venda de ativos no período mais recente. Fonte: Dow Jones Newswires.

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A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou na edição desta terça-feira, 24, do Diário Oficial da União. A regra fixa que "fica a empresa Chevron Brasil Petróleo Ltda. autorizada a exercer a atividade de Exportação de Petróleo. "Os efeitos da presente autorização ficam condicionados à manutenção das condições, comprovadas pela empresa, para o exercício da atividade de Exportação acima mencionada, à época de sua outorga", cita a resolução.

Já na autorização nº 901, também publicada no Diário Oficial desta terça, a ANP informa que "dica a empresa Petrobras Transporte S.A. autorizada a operar uma série de instalações para movimentação e armazenamento de produtos inflamáveis e combustíveis das classes I a III, biodiesel e mistura óleo diesel/biodiesel e etanol em seu terminal de Rio Grande, município de Rio Grande (RS). A decisão lista 23 tanques, 15 dutos portuários, uma plataforma rodoviária com 8 braços e uma plataforma de carregamento ferroviária. "Esta autorização será cancelada no caso de não serem mantidas as condições técnicas previstas e comprovadas para a presente concessão", cita a decisão.

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Centenas de manifestantes protestaram neste sábado em Pungesti, no nordeste da Romênia, contra os planos de exploração de gás de xisto da norte-americana Chevron. O protesto levou a empresa a suspender as suas atividades no local.

Em comunicado, a Chevron afirmou que "suspendeu as atividades em Pungesti devido às condições de insegurança geradas após protestos violentos e ilegais". A suspensão, de acordo com a companhia, é temporária.

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Essa é a segunda vez que a empresa norte-americana é forçada a paralisar suas atividades no local. A primeira suspensão ocorreu em outubro. Nesta semana, a Chevron afirmou que irá manter o seu "diálogo com as autoridades locais públicas".

Os moradores da região se opõem a técnica de perfuração usada para extrair o gás de xisto. Amplamente utilizada em alguns estados dos EUA, a técnica foi proibida em países como França e Bulgária por causa do potencial de poluição do ar e contaminação da água. Neste sábado, a companhia disse ter "as licenças e as aprovações necessárias para as atividades em Pungesti". Fonte: Dow Jones Newswires.

O ator americano conhecido pelo filme Máquina Mortífera, Danny Glover, visitou a aréa de exploração de petróleo na cidade de Aguarico, no Equador, e checou a situação do espaço local. Recentemente aconteceu um acidente ecológico, no qual a empresa petrolífera Chevron deixou vazar petróleo atingindo o local, logo depois de uma falha de trabalho.

A Chevron (1964-1990) foi condenada a pagar 19 milhões de dólares em 2012, mas a sentença ainda precisa ser confirmada pela corte. "Tenho o sentimento que posso mudar isso", foi a frase da defesa do ator contra os campos petroleiros que contaminaram o espaço.

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A procuradora da República, Gisele Porto, anunciou nesta sexta-feira, 13, que a Chevron Brasil e a Chevron Latin America pagarão RS 95,160 milhões para encerrar duas ações públicas pelo vazamento no Campo de Frade, na Bacia de Campos. O pagamento faz parte de um termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado com o Ministério Público Federal. Os recursos serão usados em medidas compensatórias e projetos ambientais.

O TAC também contempla uma série de exigências adicionais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), como a disponibilização de duas embarcações de emergência e um radar para detecção de vazamento em tempo real.

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A companhia havia sido obrigada a interromper a produção após um segundo vazamento de óleo registrado na região, em março de 2012. O primeiro vazamento ocorreu em novembro de 2011. No último dia 30 de abril, a empresa norte-americana voltou a produzir petróleo no Campo de Frade.

A Chevron está produzindo de 15 mil a 16 mil barris dia e ainda precisa de autorização da ANP para voltar a injetar água antes de aumentar a produção.

Já a Transocean, que também foi envolvida no episódio do vazamento, assinou o termo, mas não foi responsabilizada pelo acidente. O TAC encerra dois processos da companhia no valor de RS 20 bilhões cada.

O Ministério Público Federal (MPF) assina nesta sexta-feira, 13, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Chevron Brasil, a Chevron Latin America e a Transocean Brasil, responsáveis pelos vazamentos de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, em novembro de 2011 e em março de 2012.

O termo prevê obrigações inéditas de precaução e prevenção de novos incidentes e de compensação pelos vazamentos ocorridos no Campo de Frade. Com isso, duas ações civis públicas movidas pelo MPF em Campos dos Goytacazes poderão ser extintas, segundo o Ministério Público Federal.

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O termo será assinado nesta sexta-feira, 13, às 15h, no Rio de Janeiro, com representantes da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e do Ibama. O TAC será homologado na 1ª Vara Federal.

A gerente da Chevron no Brasil, Eunice de Carvalho, disse nesta quarta-feira (29) que a empresa avalia a participação no leilão do pré-sal marcado para outubro pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Eunice disse que ainda é cedo para dizer se a empresa participará ou não, mas que, como outras petroleiras, avalia entrar na rodada.

A declaração foi feita após encontro com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Na reunião com empresários, ela disse que o setor de petróleo foi citado entre os que os EUA pretendem aumentar parcerias com o Brasil. Mas Eunice disse que o setor foi citado de forma genérica, sem mencionar, especificamente, o pré-sal. "Não foi o foco do encontro", disse. Mais cedo, Biden encontrou-se, reservadamente, com a presidente da Petrobras, Graça Foster.

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A Petróleos de Venezuela (PDVSA) e a Chevron, dos Estados Unidos, assinaram um acordo para crédito de US$ 2 bilhões com o objetivo de elevar a produção da joint venture Petroboscan. De acordo com o ministro de Energia venezuelano, a Chevron receberá juros de 4,5 pontos porcentuais acima da taxa interbancária Libor. O objetivo é elevar a produção do campo de Boscan, no Estado de Zulia, na Venezuela, de 107 mil barris por dia para 127 mil barris por dia nos próximos anos. As informações são da Dow Jones.

A disputa da Chevron contra a decisão de uma corte equatoriana referente a uma ação de danos ambientais naquele país teve um novo capítulo, desta vez nos Estados Unidos. A Stratus Consulting, principal consultoria ambiental dos demandantes no processo que tramita contra a Chevron no Equador, confirmou a existência de ações de fraude e extorsão no trâmite legal. Ao mesmo tempo, informou que falta embasamento científico para o pedido de indenização apresentado contra a companhia norte-americana.

O caso tem repercussão no Brasil porque, após uma decisão contrária à Chevron, no valor de US$ 19 bilhões, advogados norte-americanos e equatorianos tentam validar perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ) a decisão do país sul-americano. A Chevron possui ativos no Brasil como a participação de 51,74% no Campo de Frade, cuja retomada de operações foi autorizada recentemente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A produção no local está suspensa desde março de 2012 devido a vazamentos de óleo.

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Segundo comunicado distribuído nesta sexta-feira pela Chevron, a Stratus "detalha a participação da empresa e dos advogados dos demandantes na elaboração do laudo pericial de danos ambientais assinado pelo perito judicial Richard Cabrera, supostamente independente". Dessa forma, a companhia reitera a posição de que a decisão da Justiça do Equador foi obtida de forma fraudulenta. No começo de março, a Agência Estado noticiou que a Chevron havia solicitado ao STJ que rejeitasse os esforços de advogados norte-americanos para validar no Brasil a sentença bilionária do Equador.

"Estamos satisfeitos com a decisão da Stratus de revelar a verdade. Pedimos que outras pessoas com conhecimento da fraude cometida no julgamento no Equador se apresentem e façam o que é certo", destacou em nota o vice-presidente e conselheiro-geral da Chevron, Hewitt Pate.

As declarações dos executivos da Stratus foram prestadas em depoimentos juramentados, como parte de uma ação ajuizada pela Chevron nos Estados Unidos em fevereiro de 2011 para discutir supostas "fraudes e extorsões", ocorridas no processo equatoriano. O julgamento dessa ação está previsto para 15 de outubro.

As investigações sobre o andamento do processo no Equador põem em dúvidas a legalidade da decisão da Justiça daquele país. Dessa forma, também podem ter reflexos na intenção dos advogados de solicitar ao STJ que valide a decisão equatoriana no País. Além do Brasil, os demandantes entraram com ações na Argentina e Canadá, países nos quais a Chevron possui ativos.

A discussão envolve a Texaco Petroleum, subsidiária indireta da Chevron, e uma investigação sobre danos ambientais cometidos por uma empresa da qual a Texaco detinha participação - controlada pela estatal Petroecuador. Segundo a Chevron, a Texaco teria "remediado sua parcela dos impactos ambientais na década de 90", postura que teria feito o Estado equatoriano eximi-la de qualquer responsabilidade adicional. Esse programa para remediar foi feito na segunda metade da década de 90 e contou com investimentos de US$ 40 milhões em iniciativas de replantio de áreas, limpeza de solo contaminado e fechamento de poços, entre outras ações.

A despeito da decisão anunciada pela Justiça equatoriana na oportunidade, advogados retomaram as discussões sobre os danos ambientais cometidos pela empresa e, em um processo marcado por dúvidas de fraudes e extorsões, obtiveram a decisão bilionária contrária à Chevron.

A Chevron espera aumentar sua produção de petróleo e gás natural em cerca de 20% até 2017, afirmou a companhia em sua conferência anual para investidores. A Chevron está no meio do caminho de completar uma série de caros e grandes projetos destinados a elevar a produção em todo o mundo, incluindo um projeto de gás natural na Austrália e de novos poços de petróleo em águas muito profundas no Golfo do México dos EUA.

A empresa espera aumentar a sua produção diária de petróleo e gás natural, para 3,3 milhões de barris em 2017, dos 2,7 milhões de barris produzidos, em média, em 2012. "Nossos principais projetos de desenvolvimento estão nos trilhos", afirmou o executivo-chefe da Chevron, John Watson.

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A Chevron, a segunda maior companhia de petróleo dos EUA em termos de capital após a Exxon Mobil Corp., está gastando US$ 3,7 bilhões em 2013 em pesquisa e desenvolvimento de campos na Índia e na China.

Após os novos projetos entrarem em operação, a Chevron espera gerar US$ 50 bilhões em caixa em 2017, acima dos US$ 10 bilhões registrados em 2012, afirmou a diretora financeira da companhia, Patricia Yarrington. As informações são da Dow Jones.

O juiz Marcelo Marques de Araújo, da 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, rejeitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra a petrolífera Chevron, a operadora de sondas Transocean e 17 funcionários dessas duas empresas. Todos são acusados de crime ambiental e dano ao patrimônio público devido ao vazamento de aproximadamente 3.600 barris de petróleo ocorrido em novembro de 2011 no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no norte fluminense.

A sentença de Araújo foi encaminhada terça-feira (19) ao MPF, que tem cinco dias para recorrer. A acusação foi apresentada em março de 2012, e as penas pedidas pelo MPF para os denunciados poderiam chegar a 31 anos e 10 meses de prisão.

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Em nota, a Transocean afirmou que a decisão "confirma que a sua tripulação agiu exatamente como foi treinada, atuando de forma responsável, apropriada e rápida, mantendo sempre a segurança como a sua principal prioridade". (Colaborou Sabrina Valle)

A Chevron foi multada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em R$ 35 milhões por irregularidades encontradas pelo órgão regulador durante investigação sobre o primeiro vazamento da petroleira no campo de Frade, na Bacia de Campos, em novembro de 2011. Na ocasião, uma falha durante a perfuração do poço provocou o vazamento de 3,7 mil barris de óleo no mar.

A empresa norte-americana pagou a multa no fim de setembro. Como não recorreu da decisão, a Chevron se beneficiou do desconto de 30% previsto na legislação. Já em relação à multa de R$ 50 milhões aplicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), houve recurso.

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A multa da ANP referia-se a irregularidades encontradas durante processo administrativo para apurar as causas do derramamento do ano passado. Além de equívocos no gerenciamento da pressão, na interpretação de dados geológicos, na injeção de água e no revestimento do poço, o documento indica que a empresa não considerou dados de resistência da rocha na região do campo e descumpriu o seu próprio manual de procedimentos.

Em outubro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu parcialmente liminar do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2) que obrigava a Chevron a interromper todas as suas atividades no País.

O lucro da Chevron caiu 33% no terceiro trimestre, refletindo o declínio acentuado nos ganhos e produção menor. A empresa teve lucro de US$ 5,25 bilhões ou US$ 2,69 por ação, ficando abaixo dos US$ 7,83bilhões ou US$ 3,92 por ação registrados um ano antes. A receita caiu 9,9%, para US$ 58 bilhões. Analistas da Thomson Reuters esperavam lucro de US$ 2,83 por ação e receita de US$ 63,9 bilhões.

"Os ganhos desse trimestre foram sólidos, mas abaixo do nível quase recorde verificado um ano atrás", disse o presidente e chefe-executivo da companhia, John Watson.

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Watson explicou que os preços do petróleo caíram e a empresa teve um período de manutenção de campos de petróleo que provocou a redução temporária da produção de petróleo e gás em vários locais. "Os movimentos das moeda estrangeiras também prejudicaram nossos resultados nesse trimestre, enquanto há um ano elas nos beneficiaram", disse.

No mês passado, a Chevron já havia alertado que o lucro do terceiro trimestre iria cair substancialmente em relação ao trimestre anterior, depois que o furacão Isaac afetou sua produção de petróleo.

A Chevron é a segunda maior companhia de petróleo dos Estados Unidos em valor de mercado depois da Exxon Mobil. Na quinta-feira, sua rival divulgou que os ganhos do terceiro trimestre caíram 7,4%, uma vez que a produção caiu ao menor nível em três anos e a receita declinou 7,7%. As informações são da Dow Jones.

A Petrobras informa que ingressou nesta sexta-feira na Justiça com um mandado de segurança, na qualidade de terceiro prejudicado, pedindo a suspensão de liminar, deferida em 31 de julho, que determinou a paralisação das atividades da Transocean Brasil.

Segundo a estatal, a referida liminar foi dada em Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal na Justiça Federal do Rio de Janeiro em face da Chevron Brasil Upstream Frade, Chevron Latin America Marketing e da Transocean, por causa do incidente ocorrido no campo de Frade em 7 de novembro de 2011. "A liminar foi deferida em 31 de julho de 2012, determinando que, no prazo de 30 dias, a contar da intimação pessoal da Transocean, fossem suspensas as atividades dessa empresa no Brasil", informa a empresa.

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A companhia afirma que a decisão gera impactos nas atividades da companhia, uma vez que implica na paralisação da operação de sete sondas atualmente em atividade, afretadas pela Transocean à Petrobras, além da impossibilidade de entrada em operação de uma sonda adicional já afretada, porém docada.

A Petrobras encaminhou documento à Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), informando os impactos da decisão nas suas atividades de exploração e produção. A Agência, por sua vez, ingressou, em 17 de setembro de 2012, com medida judicial contra a decisão, recurso que vinha sendo acompanhado pela Companhia. Porém, em 27 de setembro de 2012, ocorreu a intimação da Transocean, iniciando a contagem de 30 dias para a paralisação.

Medidas alternativas

De acordo com a Petrobras, a intimação impõe a imediata tomada de providências por parte da Transocean e da estatal para o cumprimento da ordem judicial de paralisação da operação das sondas atualmente afretadas à Petrobras. "Em função das consequências para as suas atividades, a companhia ingressou com o mandado de segurança para buscar a suspensão imediata dos efeitos da liminar. Em paralelo, a companhia está analisando medidas alternativas para amenizar os efeitos da liminar em suas atividades de exploração e produção, tais como a contratação de novas sondas no mercado internacional e o remanejamento de outras sondas em operação."

A Chevron Brasil Upstream Frade pagou à Agência Nacional do Petróleo (ANP), no último dia 21, sem interpor recurso, a multa imposta pela Agência de R$ 35, 1 milhões, informou a agência em nota.

Com isso, a empresa se beneficiou do desconto de 30% previsto no Artigo 4 da Lei 9847 (Lei de Penalidades). Segundo a ANP, a multa é referente a 24 das 25 irregularidades encontradas pela Agência durante processo administrativo para apurar as causas do vazamento de petróleo no Campo de Frade, no Rio de Janeiro, ocorrido em novembro do ano passado.

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O Tribunal Regional Federal (TRF) manteve nesta terça-feira a suspensão das atividades no Brasil da petroleira Chevron e da operadora de sondas Transocean. O pedido das empresas para que cassassem a liminar de primeira instância que as impede de operar no País não foi aceita pelos três juízes da câmara responsável pelo exame da questão. Eles decidiram por unanimidade.

Chevron e Transocean são rés em processo judicial que apura responsabilidades pelo o vazamento de petróleo bruto no campo de Frade (Bacia de Campos, litoral norte do Estado do Rio), iniciado em novembro do ano passado e que se manteve durante o primeiro semestre deste ano. As empresas podem recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Os investigadores do Conselho de Segurança Química dos Estados Unidos, uma agência independente com base em Washington, examinando a causa de um incêndio na refinaria de petróleo da Chevron, procuram uma possível corrosão em um oleoduto com décadas de existência que a companhia inspecionou no fim do ano passado, de acordo com a Associated Press, neste sábado, citada pela Dow Jones.

Segundo a AP, os investigadores federais estão tentando descobrir o motivo de a Chevron não ter substituído a tubulação após a inspeção quinquenal realizada em novembro, quando a companhia substituiu uma parte do duto que se conectava com a que falhou na segunda-feira.

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"Concordamos que esse é um incidente sério que nos permite fazer uma investigação completa. Estamos cooperando com todas as agências reguladoras e estamos comprometidos com um melhor entendimento sobre a causa deste incidente", disse um porta-voz da Chevron à Associated Press. As informações são da Dow Jones.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis pretende melhorar a regulação da segurança operacional marítima. A informação é da diretora-geral da ANP, Magda Chambriard. Segundo ela, a regulação atual é moderna e foi bastante útil no caso dos acidentes da Chevron, mas ainda há espaço para melhorias.

"Na nossa regulação, temos uma obrigação de que a análise de risco, que é uma questão central da regulação, esteja disponível na plataforma para ser auditada", explicou Magda, após participar de sabatina na Comissão de Infraestrutura do Senado nesta quarta-feira.

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"Estamos pedindo que, a partir de agora, isso (análise de risco) seja submetido à ANP com antecedência, porque percebemos que, apesar de as companhias fazerem análise de risco, muitas não estavam tornando essa análise conhecida daqueles servidores que estavam trabalhando na plataforma", disse Magda, acrescentando que o procedimento será um passo a mais na área de regulação e segurança.

Sobre o vazamento da Chevron, ocorrido em novembro no Campo de Frade, na Bacia de Campos, Magda afirmou que a ANP enviou as autuações, publicou o relatório e vai julgar o caso em primeira instância para definir as penas. O outro acidente da companhia, em março deste ano, ainda está sendo investigado.

A diretora-geral disse que a Chevron só voltará a produzir no País quando entender as causas dos problemas relacionados aos vazamentos e mostrar à ANP que implementou medidas capazes de mitigar a possibilidade de um novo acidente. "Isso nós ainda não temos."

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) concedeu liminar determinando a suspensão das atividades de extração e transporte de petróleo da Chevron e da Transocean no País em 30 dias. O pedido foi feito por meio de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF). Se descumprirem a ordem, as companhias serão multadas em R$ 500 milhões por dia.

As empresas são acusadas de ter causado derramamentos de óleo cru no Campo do Frade, na Bacia de Campos, no litoral norte fluminense, em novembro de 2011 e março de 2012. Segundo a denúncia do MPF, a má execução de operações de perfuração teria causado o dano ambiental. De acordo com o tribunal, a suspensão das atividades da Chevron e da Transocean vale até a conclusão dos processos administrativos instaurados pelo MPF, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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O juiz federal Ricardo Perlingeiro rechaçou o argumento de que, ao decidir sobre a questão, o Judiciário estaria interferindo indevidamente em competência da ANP. "Nesse contexto, torna-se perfeitamente possível ao Judiciário agir com o escopo de sanar omissões e coibir eventuais excessos administrativos", rebateu.

Para o magistrado, a ocorrência de dois acidentes ambientais em quatro meses e a ausência de equipamentos necessários para identificar a origem dos vazamentos e para contê-los demonstra que as empresas não têm condições no momento de operar os poços com segurança ambiental. Em seu voto, Perlingeiro enviou um recado à ANP e ao Ibama. Ele disse que os órgãos precisam repensar as estratégias de avaliação de riscos e prevenção de acidentes ambientais nos campos de exploração de petróleo em alto mar, impondo às empresas a adoção de medidas capazes de evitar ou minimizar a degradação ambiental.

A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, afirmou nesta segunda-feira que foram encontradas mais de 20 infrações relacionadas ao vazamento de óleo da Chevron em novembro do ano passado, no Campo de Frade. O resultado do relatório será divulgado ainda nesta semana, em coletiva de imprensa. Ainda não há previsão de quando a empresa poderá voltar a perfurar.

As regras da ANP permitem multas máximas diferentes para cada infração. Algumas chegam a R$ 1 milhão, outras a R$ 5 milhões, exemplifica. Magda sinalizou que, somadas, as multas não devem ultrapassar os R$ 50 milhões, mas informou que o número exato será divulgado junto com o detalhamento sobre o desastre.

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A ANP atua no caso junto com o Ibama e o Ministério Público mas, neste momento, será divulgado apenas o relatório da ANP sobre o descumprimento de regras de segurança. A parte referente ao vazamento é de competência do Ibama, esclarece a diretora-geral, que participou de seminário Brasil: Energia & Futuro, na PUC-Rio.

Magda também informou que foi aberta uma investigação em separado para apurar o segundo incidente no Campo de Frade, este ano, quando houve exsudação perto do local do vazamento de novembro. Magda informou que será apurado se o evento aconteceu ou não por decorrência de riscos considerados normais dentro do processo de desenvolvimento. A investigação deve ser mais rápida do que à do vazamento de novembro, informou, sem detalhar data para conclusão.

A diretora-geral da ANP acrescentou que não há entraves, de antemão, para a operadora voltar a produzir óleo. Magda lembra que foi uma decisão da própria empresa parar a produção e a autorização está a cargo agora da superintendência de produção e exploração da ANP. Já a perfuração e desenvolvimento com injeção de água só serão autorizados depois do relatório sobre o segundo incidente, afirmou.

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