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Em reunião nesta quinta-feira (13), a CPI da BNDES decidiu que também contratará uma empresa de auditoria para auxiliar na análise de documentos para confecção do relatório final do colegiado.

"Vou solicitar ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a contratação de uma empresa para subsidiar os trabalhos da CPI, uma vez que, necessitamos de uma infraestrutura maior para executá-los", disse Marcos Rotta (PMDB-AM), presidente da comissão.

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A CPI dos fundos de pensão também contratará uma consultoria. O presidente da comissão, Efraim Filho (DEM-PB), disse que um dos primeiros passos da CPI será solicitar a contratação de uma empresa de auditoria para auxiliar nos trabalhos. Segundo ele, a auditoria deve ser do porte de empresas internacionais como Price Waterhouse ou Ernert Young. "O volume de informações é grande. Precisamos de uma expertise específica", disse.

De acordo com o presidente, os trabalhos da comissão devem ser conduzidos a partir dos documentos que serão solicitados para depois definir quem serão os convocados da comissão.

Sete universidades federais usaram fundações de apoio para tocar obras com recursos do programa de reestruturação e expansão das instituições federais de ensino superior, o Reuni. Os casos foram questionados em auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), finalizada em dezembro. O valor das obras chega a R$ 55,1 milhões.

A CGU fiscalizou 73 obras e em 11 delas - 15% do total - reformas e construções de responsabilidade das universidades foram repassadas às fundações, "caracterizando-se a terceirização da execução das obras", segundo indica o relatório. Em geral, as fundações são criadas por professores para dar apoio a atividades relacionadas a ensino, pesquisa e extensão. "O repasse dos recursos da obra para a fundação de apoio dificulta o acompanhamento e controle dos atos praticados, pois esta não tem capacidade técnica para execução de obras, o que acarreta a subcontratação", ressalta a CGU, que recomendou o fim desse tipo de transferência.

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Decreto que regulamenta o trabalho dessas entidades determina que elas só podem atuar em projetos de melhoria de infraestrutura em obras laboratoriais, aquisição de materiais e equipamentos e outros insumos relacionados às atividades de inovação e pesquisa. O maior montante de terceirização foi identificado na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul. A instituição repassou para a Fundação Simon Bolívar três obras no valor de R$ 13,2 milhões. Os trabalhos identificados foram a construção de um poço artesiano, substituição de esquadrias de um prédio no câmpus de Capão do Leão e a reforma de um setor na Faculdade de Medicina.

A Fundação Simon Bolívar foi criada em 1996 com a "finalidade específica de desenvolver estudos e atividades relacionadas com os processos de desenvolvimento e integração regional", segundo o portal da UFPel. A universidade informou que não há mais obras sendo realizadas por fundações.

Salas

Além da UFPel, aparecem na auditoria da CGU terceirização de obras nas federais do Rio Grande do Norte (UFRN), Goiás (UFG), Paraíba (UFPB), Rondônia (Unir), Juiz de Fora (UFJF) e Lavras (UFLA). Em cinco universidades os projetos de construção de salas de aula são tocados por fundações, como é o caso da UFPB. A construção de um bloco de salas no câmpus na cidade de Bananeiras, no valor de R$ 9,7 milhões, foi repassada para a Fundação José Américo.

Obras de salas e moradia estudantil, no valor de R$ 4,4 milhões, foram intermediadas por uma fundação da UFG, a Funape. A UFG informou que a fundação só intermediou o pagamento da empresa executora da obra, escolhida por licitação. De acordo com a UFG, não há mais repasses à Funape para esse fim.

Na UFRN, uma fundação foi incumbida, por exemplo, de fazer a construção de salas e da residência universitária. As obras tinham o valor de R$ 21,9 milhões, mas acabaram excluídas do convênio e deixaram de ser executadas pela fundação.

O professor Paulo Rizzo, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), critica a atuação das fundações. "O problema continua e não vai ser resolvido enquanto o sistema não for desburocratizado no sentido de não precisar mais das fundações."

Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que representa as federais, não quis se pronunciar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ex-gestores da Santa Casa de São Paulo, que se demitiram em setembro do ano passado durante crise financeira da entidade, enviaram na segunda-feira, 2, carta à Provedoria da instituição atacando a auditoria feita a pedido da Secretaria Estadual da Saúde nas finanças da entidade e criticando a postura da atual superintendência.

Assinado pelo ex-superintendente Antonio Carlos Forte, pelo ex-tesoureiro Hercílio Ramos e pelo ex-chefe de gabinete da superintendência Edison Ferreira da Silva, o documento afirma que"uma auditoria tendenciosa levantou uma série de irregularidades sem fundamentos ou comprovações, imediatamente divulgadas à imprensa, sem nenhuma defesa do provedor, do superintendente ou do novo corpo diretivo".

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Forte e Ramos deixaram seus cargos após vir a público a informação de que os dois prestavam consultoria para a Logimed, principal fornecedora de medicamentos e materiais. Eles e a empresa negaram qualquer conflito de interesses.

Entre os supostos erros da auditoria apontados pelos dois no documento está o sobrepreço de até 5.000% em medicamentos. Na versão dos ex-gestores, houve uma comparação errada entre o preço unitário e o preço de caixa do item.

Outra informação da auditoria questionada é o excesso de funcionários. Os auditores apontaram que a Santa Casa tem 21 funcionários por leito, quando a média dos demais hospitais do mesmo porte é de até 5. Os ex-gestores afirmam que o hospital central tem 4.870 trabalhadores por 693 leitos, o que daria uma taxa de 7 por leito, índice que iria a 9 se incluídos os trabalhadores terceirizados.

Transparência

A Secretaria Estadual da Saúde afirmou que a BDO, empresa responsável pela auditoria,"apresentou o relatório que foi encaminhado ao Ministério Público, Ministério da Saúde, Tribunal de Contas e Santa Casa e até agora não houve nenhuma contestação". Já a Santa Casa disse que realiza sindicância interna para averiguar os temas apontados na auditoria. Afirmou ainda que a equipe da nova Superintendência"trabalha com transparência."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PSDB terá uma reunião na próxima segunda-feira, 9, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na qual deverá indicar quais documentos pretende obter para realizar a auditoria no resultado das eleições do ano passado, além das urnas de quais municípios deseja auditar. O partido havia solicitado prorrogação de prazo para disponibilização dos dados, pedido que foi analisado nesta quinta-feira, 5, pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli.

Toffoli disse ter entrado em contato com os advogados do partido para que, na segunda-feira, seja apresentado um cronograma de trabalho e a quantidade de urnas a serem auditadas. "Aquilo que foi pedido pelo PSDB chegava a montante de urnas que se levaria mais de mil dias para fazer a análise", disse o presidente da Corte eleitoral. Ele atendeu o pedido para disponibilizar os dados - conforme decisão anterior do tribunal - mas negou prazo complementar de 15 dias para definir as cidades que serviriam de amostragem da apuração.

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De acordo com Toffoli, é preciso colocar novamente as urnas em manutenção para usá-las em eleições suplementares e prepará-las para o processo eleitoral de 2016.

"Não temos como ficar aguardando indefinidamente que o partido indique quais são (as zonas eleitorais). Estamos com todas as urnas paradas aguardando essa indicação de quais seriam objeto da auditoria", afirmou.

O caso foi levado ao plenário do TSE e a proposta de Toffoli aprovada pelos ministros.

O PSDB concluiu a formação do grupo que será responsável pela auditoria do resultado das eleições e os trabalhos começaram nesta semana em Brasília, mas o partido está dividido sobre o que fazer depois da conclusão da análise.

Oito especialistas do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e da Poli/USP foram selecionados e estão analisando 30 gigabytes de material. O grupo, que será remunerado pelo PSDB, terá 60 dias para apresentar o resultado. Será escrutinado um volume de informação equivalente a 7 mil edições-padrão da Bíblia, segundo cálculo do Estadão Dados. Cada Bíblia tem 4 MB e meio de volume de informação.

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A expectativa com o resultado da apuração é grande no PSDB. Quando o coordenador jurídico da campanha presidencial de Aécio Neves, o deputado federal Carlos Sampaio (SP), pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a auditoria especial quatro dias depois do pleito, a decisão incomodou parte dos tucanos. Além de reclamarem que não houve debate interno sobre o tema, membros do PSDB diziam, reservadamente, que o resultado da investida podia ser um "tiro no pé". Presidente da sigla, Aécio chancelou a iniciativa.

Se a averiguação não constatar nenhuma irregularidade ou apontar apenas pequenas falhas pontuais, a auditoria abrirá um flanco para que os petistas acusem os adversários de que queriam "vencer no tapetão" ou "forçar um terceiro turno". "Essa iniciativa foi uma roubada para o PSDB, que foi muito mal orientado. Se ficar provado que não houve irregularidade nenhuma, eles tentarão deixar isso de lado para cair no esquecimento", diz o deputado Paulo Teixeira (SP), membro da executiva do PT.

Embora o repúdio à ação do PSDB, considerada "oportunista", seja unânime no PT, o partido questiona internamente há vários anos a segurança do sistema de urnas eletrônicas. Desde 2002 o PT tem um núcleo técnico encarregado de fiscalizar e acompanhar as mudanças do sistema. Dirigentes importantes do PT defendem aprimoramentos como, por exemplo, a impressão dos votos, como forma de garantir a possibilidade de auditorias. "O PSDB deveria se preocupar em aprimorar o processo eleitoral de forma que se possa fazer auditorias seguras com a adoção do voto impresso. Da forma como age neste momento, o PSDB questiona a democracia, e não o processo. Vamos olhar para a frente", disse o secretário-geral do PT, Geraldo Magela.

Entre os tucanos ouvidos pela reportagem, as opiniões sobre as providências em caso de comprovadas as falhas (ou fraudes) divergem. "Se chegarem à conclusão que alguma irregularidade tenha invertido o resultado da eleição, o partido terá que tomar medidas para dar legitimidade ao processo", avalia o ex-governador Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB. "Se não encontrarmos nada, isso trará tranquilidade. Se encontrarmos algo grave, isso será importante para que, no futuro, o resultado seja mais fidedigno", pondera o advogado Flávio Henrique Costa Pereira, coordenador do grupo de trabalho dos tucanos.

O próprio coordenador jurídico do PSDB, Carlos Sampaio, chegou a descartar a hipótese de tomar qualquer medida para reverter o resultado da eleição mesmo que fique comprovado que o sistema falhou. "Devemos aguardar o resultado com tranquilidade. A parte política do resultado só deve ser avaliada depois. De qualquer forma, a auditoria devia ser uma rotina", diz o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP), secretário-geral do PSDB.

Apontadas pelos tucanos no ano passado como evidências de fraude ou falha no processo de votação, as denúncias enviadas por eleitores e militantes pelas redes sociais ou por mensagens de Whats App foram descartadas pelo grupo de trabalho. "As denúncias não terão grande relevância (no processo), já que em várias situações elas não se confirmaram", diz o advogado do PSDB.

"Vamos analisar no final os dados de 270 municípios, dez por estado", explica. "Em algumas cidades de Minas, por exemplo, o resultado final ficou muito aquém das pesquisas e da expectativa com o trabalho na campanha", afirma o coordenador. Ainda segundo ele, os critérios não podem ser pormenorizados, porque foi assinado um termo de confidencialidade. Além do grupo de trabalho, o partido contratou uma empresa especializada em tecnologia da informação para auxiliar o processo.

A partir da próxima semana o PSDB vai iniciar uma auditoria para averiguar os dados das eleições presidenciais realizadas em outubro. A verificação, de acordo com o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), não terá como base a contestação do resultado do pleito, que reelegeu a presidente Dilma Rousseff (PT), mas a lisura do sistema eletrônico eleitoral. 

“Recebemos uma demanda muito grande de pessoas que procuraram o partido e disseram que a urna das sessões onde trabalharam houve problemas”, observou o deputado federal eleito. “A sociedade pede por transparência da eleição e é isso que estamos prezando. Faz parte da democracia fiscalizar”, completou. 

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A equipe que vai comandar a auditoria assinou, nessa quarta-feira (7), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um termo de compromisso assumindo o sigilo das informações que serão disponibilizadas pelo órgão. Os dados só serão divulgados após a apresentação do relatório final ao TSE. "Vamos deixar isso com tudo com muita transparência, inclusive, divulgando as análises assim que estiverem concluídas", se comprometeu Daniel Coelho. 

As análises comandadas pelos tucanos devem durar cerca de 60 dias, um grupo de 10 pessoas, entre técnicos em informática e juristas especializados em legislação eleitoral, vão participar do processo. Segundo o advogado do partido, Flávio Henrique Pereira, não é possível prever os resultados da auditoria. “Evidentemente que se aparecer algo grave, vamos verificar o que fazer. Se alguma ilegalidade ficar aparente, soluções institucionais sempre há, mas precisamos do fato concreto para saber o que fazer”, garantiu. 

O PSDB acertou nessa terça-feira, 6, com o Tribunal Superior Eleitoral os últimos detalhes para a liberação dos dados das urnas da última eleição presidencial. Os dados estarão à disposição do partido nas próximas horas e a equipe de trabalho já montada para fazer a auditoria da votação eletrônica deve começar a trabalhar na próxima semana, mais de dois meses depois de o TSE julgar o pedido feito pelo partido. As informações foram confirmadas pelo advogado da legenda e coordenador dos trabalhos, Flávio Henrique Costa. A expectativa é de que um relatório final seja divulgado em 60 dias.

Até o acordo costurado nesta semana, pessoas ligadas à equipe que vai fazer a auditoria se mostravam incomodadas com a demora na liberação dos dados pelo TSE. Segundo o advogado do PSDB, detalhes técnicos impediram que o repasse fosse feito antes.

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O partido concordou com duas exigências feitas pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Dias Toffoli: manter confidencialidade dos dados até a conclusão do processo e apresentar um plano de trabalho que inclui um relatório final fundamentado. "Nosso trabalho é, a partir dos dados do TSE, fazer verificação da operacionalização dos dados do sistema, do processo de totalização dos votos e das transmissões dos resultados pelos diversos órgãos da Justiça Eleitoral", disse Costa.

Coordenador jurídico da campanha de Aécio e autor do pedido de auditoria, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) diz que a revisão dos dados trará segurança para o processo eleitoral. Segundo Sampaio, há desconfiança sobre o pleito e só a auditoria poderá saná-las.

A equipe responsável pela auditoria está praticamente fechada, mas o coordenador dos trabalhos evita citar todos os integrantes porque os contratos ainda não estão assinados e os funcionários também terão de se comprometer com as exigências da Justiça Eleitoral. Mas já certo é que o escritório Opice Blum, que trabalha com o PSDB, fará parte do grupo.

Em audiência no início de novembro, o TSE rejeitou o pedido do PSDB de que fosse feita uma auditoria oficial nos dados, mas autorizou a liberação de documentos para que o partido fizesse sua própria revisão.

O ex-presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Ary Graça, refuta todas as denúncias feitas contra a sua gestão à frente da entidade máxima do vôlei. O dirigente, que atualmente preside de Federação Internacional (FIVB), afirma que ainda não teve acesso ao relatório da Controladoria Geral da União (CGU), revelado na quinta-feira, mas rejeita tudo que saiu na imprensa.

De acordo com Graça, uma auditoria externa, feita pela Price, "avaliou todos os contratos e não encontrou nenhuma ilegalidade". Ainda segundo o dirigente, "advogados externos" asseguram que os contratos são absolutamente legais. "Estes documentos estão em posse da CBV", garante ele.

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Na quinta, a CGU anunciou que identificou irregularidades de R$ 30 milhões em contratos da CBV. Conforme relatório de auditoria especial, os problemas envolvem pagamentos feitos entre 2010 e 2013. Graça presidiu a CBV até dezembro de 2012, deixando o cargo para Walter Pitombo Larangeiras, conhecido como Toroca, que foi vice-presidente da CBV por mais de 30 anos.

Ao verificar a gestão da entidade e o destino dado aos recursos federais obtidos, os auditores detectaram 13 contratos com irregularidades. Segundo a CGU, empresas contratadas pertenciam a parentes de ex-presidente, funcionários e ex-funcionários da CBV.

Em nota, a CGU informa que os auditores detectaram que parte do repasse do Bônus de Performance oferecido pelo Banco do Brasil, principal patrocinador da CBV, não estava sendo paga aos atletas e à comissão técnica da seleção.

Graça, entretanto alega que "houve efetiva contraprestação dos serviços contratados, o que pode ser evidenciado por provas documentais e testemunhais". O argumento do dirigente é a CBV recolheu todos os impostos devidos e que seria "impossível o voleibol brasileiro ter chegado ao ponto que chegou sem a efetiva prestação dos serviços pelas empresas".

A auditoria da Ernst&Young, contratada para analisar as contas do transporte municipal, recomenda à Prefeitura de São Paulo a redução da taxa de lucro das empresas de ônibus de 18% para 7% no próximo contrato.

Previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2015, o novo edital deverá adotar concorrência internacional. O relatório final foi apresentado ontem e, segundo a gestão Fernando Haddad (PT), os dados não vão servir de parâmetro para um eventual reajuste da tarifa - hoje em R$ 3.

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Segundo a análise dos auditores, a média da taxa de lucro das empresas é de 18,6% - na área 7 da concessão, por exemplo, o índice pode ter chegado a 23,3%. Ao comentar o resultado, o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que no futuro edital a taxa de retorno "com certeza não será de 18%" e deverá ter como parâmetro valores próximos de contratos recentes de concessão, como o da Ponte Rio-Niterói (7,2%). O atual patamar de lucro foi estabelecido em 2003, na gestão Marta Suplicy (PT).

"O que a Prefeitura paga para o sistema de transporte da cidade de São Paulo não é compatível com a qualidade do serviço. Vamos ter de resolver isso", disse Tatto. Ele afirmou que há "esgotamento do atual" modelo de concessão e permissão da rede.

Os auditores afirmam ainda que é possível reduzir os custos previstos no processo licitatório em vigor atualmente. "Ou seja, considerando mão de obra operacional, custo de variáveis, observou-se que a estrutura de custos dos concessionários foi da ordem de 7,4% menor ao longo do período (de 2003 a 2013)", disse Luiz Cláudio Campos, sócio da Ernst&Young.

Cerca de 2% dos custos adviriam de ajustes "pelo descumprimento de viagens não realizadas pelos veículos", da ordem de 10,5%.

Haddad destacou que foi a primeira vez que houve um pente-fino nas contas. "Nossa expectativa é que esse estudo nos dê o embasamento do edital de licitação. Temos aprendido bastante com o trabalho realizado e, obviamente, o trabalho revela uma série de pontos que precisam ser aperfeiçoados", disse.

Nova licitação

Empresas estrangeiras deverão participar da próxima concorrência - hoje o sistema é operado por empresas e cooperativas brasileiras. "Acho que vai (ser internacional o edital). A diferença básica é que você abre para o investidor de forma clara que ele pode vir aqui e participar do processo", afirmou Tatto.

Com a auditoria, a São Paulo Transporte (SPTrans) planeja "sanear" as contas do setor e atrair investidores estrangeiros. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que uma empresa de Hong Kong, outra de Londres e outra dos Estados Unidos já sondaram a Prefeitura. Além disso, o regime permissionário, de cooperativas, seria extinto.

Tatto afirmou que os resultados da auditoria não devem servir de elemento de informação para cálculos de um eventual reajuste da tarifa. "A lógica da remuneração não vai mudar nesse curto prazo, e a tarifa está dentro dessa lógica."

O sindicato das empresas (SPUrbanuss) afirmou, por meio de nota, que a divulgação do relatório não permitiu a análise do resultado. O SPUrbanuss afirmou também que "as empresas são remuneradas com base no passageiro transportado. Viagem não realizada significa passageiro não transportado; passageiro não transportado é igual a perda de faturamento".

Segundo a entidade, "resta ao SPUrbanuss e às empresas analisar os dados divulgados, para avaliar que valiosas contribuições serão dadas para aprimorar o serviço". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O relatório da auditoria interna sobre irregularidades na Refinaria de Pasadena, comprada pela Petrobras nos Estados Unidos, foi analisado e aprovado pelo conselho da estatal. Dele constam sugestões de punição a pessoas suspeitas de envolvimento, conforme adiantou nesta quinta-feira (27) Sérgio Quintella, membro do conselho.

Quintella não deu mais informações sobre as propostas de punição, nomes de suspeitos ou número de punidos. "É uma lista. Se é grande ou não, não vou dizer". Segundo ele, os relatórios das auditorias sobre irregularidades na Refinaria de Abreu e Lima (Rnest) e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) serão apresentados ao conselho da estatal no próximo dia 12. "Além da Rnest e do Comperj, outros relatórios serão apresentados. Entretanto, esses são os que mais chamam a atenção, assinalou o conselheiro.

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Sérgio Quintella elogiou a criação de uma direção de governança na empresa, ressaltando que a proposta foi aprovada por unanimidade pelo conselho. Acrescentou que o ocupante do cargo será contratado no mercado e que a estatal regulamentará as atribuições da diretoria em 90 dias. "A Petrobras tem um sistema de governança muito sofisticado. O que a diretoria fará, espero, é acompanhar a governança. É uma empresa grande, com um número enorme de funcionários", observou.

Para Quintella, a medida é importante e sinaliza ao mercado a intenção de aprimorar a fiscalização. "Acho que é uma necessidade e já poderia ter sido feita há mais tempo. Infelizmente, está sendo feita agora. Acho que será benéfica, pois passa ao mercado a intenção clara da companhia em aprimorar procedimentos, conceitos, formas de fiscalização. É positivo", disse o conselheiro em evento na Fundação Getulio Vargas (FGV), onde participou do lançamento do Caderno de Energia da FGV, instituição da qual é vice-presidente.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou nesta terça-feira (4) o pedido do PSDB para a criação de uma comissão a fim de auditar o resultado das eleições presidenciais. O tribunal, no entanto, autorizou o partido a ter acesso aos arquivos eletrônicos e demais documentos referentes à totalização dos votos. O plenário seguiu o voto do presidente do TSE, Dias Toffoli.  Ele ressaltou que todos os procedimentos deferidos constam em resoluções da corte que tratam da transparência do processo eleitoral e estavam disponíveis antes da eleição.

Em seu voto, Toffoli disse que o partido não apresentou indícios de fraude e limitou-se a relatar a descrença de algumas pessoas no resultado da votação. Apesar de autorizar os procedimentos, o presidente garantiu a transparência das eleições e ressaltou que o desenvolvimento dos programas usados na apuração das urnas esteve a disposição, desde abril, de todos os partidos políticos, do Ministério Público Eleitoral (MPE) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), desde o momento em que começaram a ser elaborados. Sobre a criação de uma comissão para auditar os resultados, o presidente rejeitou o pedido, formulado por um delegado do partido, pessoa sem legitimidade perante o TSE. 

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Apesar da unanimidade formada no plenário, o ministro Gilmar Mendes defendeu que a Justiça Eleitoral acabe com suspeitas de fraude no resultado nas eleições, mesmo que sejam descabidas e levantadas por meio das redes sociais. Segundo o ministro, o pedido do PSDB contribui para a pacificação do assunto.

Durante o julgamento, Mendes disse que a insegurança também é provocada por declarações de autoridades públicas. O ministro citou uma frase dita pela presidenta Dilma Rousseff, em 2013, um ano antes do período eleitoral.  “Eu não cometo nenhuma imprecisão ao lembrar a declaração da presidenta Dilma que diz ‘a gente faz o diabo quando é hora de eleição’. A gente pode entender essa expressão de várias formas. Mas, fazer o diabo tem uma carga figurativa muito grande. Será que fazer o diabo significa que é capaz até de fraudar a eleição? Vejam a responsabilidade de pessoas que ficam a falar bobagem, inclusive em campanha eleitoral. Veja o peso que isso tem no imaginário das pessoas. O que significa fazer o diabo na eleição? “, disse Gilmar.

A frase da presidenta foi dita em março de 2013, em João Pessoa (PB), durante a entrega de casas e retroescavadeiras a municípios da Paraíba. Na ocasião, Dilma disse que os recursos do governo federal são liberados de acordo com a necessidade da população e não por critérios políticos.  “Nós podemos disputar eleição, nós podemos brigar na eleição, nós podemos fazer o diabo quando é hora da eleição. Agora, quando a gente está no exercício do mandato, nós temos de nos respeitar, porque fomos eleitos pelo voto direto do povo brasileiro. O governo não tem nenhuma justificativa para perseguir que não é do esmo partido dele. “

No pedido de auditoria, protocolado na semana passada, o PSDB  diz ter “absoluta confiança” de que o tribunal garantiu a segurança do pleito, mas pretende tranquilizar eleitores que levantaram, por meio das redes sociais, dúvidas em relação à lisura da apuração dos votos. O partido solicitou que o TSE crie uma comissão formada por integrantes dos partidos políticos para fiscalizar todo o processo eleitoral, desde a captação até a totalização dos votos.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, emitiu parecer nesta segunda-feira contrário ao pedido de auditoria especial solicitado pelo PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral sobre o resultado do segundo turno das eleições presidenciais. Janot, que é também procurador-geral Eleitoral, considerou o pedido uma extravagância, sem previsão legal e o classificou como "temerário" e "de imprudência à toda prova". Ao pedir a auditoria das eleições, de acordo com o PGR, os tucanos criam risco de uma situação de instabilidade.

Janot considera que o pedido, baseado em comentários feitos nas redes sociais, "não tem lastro em um único indício de fraude". "O requerimento é, pois, temerário, pois visa a promover gravíssimo procedimento de auditoria sem qualquer elemento concreto que o justifique, baseando-se exclusivamente em especulações sem seriedade efetuadas em redes sociais", escreveu o procurador.

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O volume de manifestações nas redes sociais relativas às eleições, segundo Janot, faz parte de uma nova realidade. "As redes sociais foram transformadas em local propício para a transmissão do descontentamento de parte das pessoas com a resultado das eleições de 2014, o que muitas vezes resulta em comentários desairosos, ou até mesmo criminosos, circunstância alimentada pelo anonimato de seus usuários", avaliou.

As manifestações na internet, diz Janot, podem até ser explicáveis. O que não se pode, entendeu o PGR, é justificar a postura de um partido político de "em se baseando unicamente em comentários formulados em redes sociais, em boatos muitas vezes camuflados pelo anonimato", pretender a instauração de um procedimento que além de não estar previsto na legislação "pode comprometer a credibilidade" do sistema eleitoral. "Tal medida é de uma imprudência à toda prova, dada a real possibilidade de criar uma situação de instabilidade social e institucional", critica o procurador.

Janot defende, por exemplo, a divulgação da apuração parcial das eleições apenas após o fechamento de todas as urnas, inclusive em Estados com fuso horário distinto, como o caso do Acre. Ele aponta ainda que o sistema eleitoral brasileiro - ao qual o PSDB "empresta tão pouca credibilidade", escreveu - pode ser "amplamente acompanhado e fiscalizado". O pedido de auditoria feito pelo PSDB foi remetido diretamente ao presidente da Corte, ministro Dias Toffoli. Amanhã, Toffoli deve discutir o tema em plenário na sessão do TSE.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, enviou nesta segunda-feira (3) à Secretaria de Tecnologia  do tribunal, setor responsável pela apuração das eleições, o pedido do PSDB de auditoria especial do resultado da eleição presidencial.

Segundo o TSE,  caberá ao secretário de Tecnologia, Giuseppe Gianino, prestar informações sobre a necessidade e viabilidade do pedido. Após o parecer do secretário, o pedido voltará para a presidência do tribunal para ser analisado, individualmente, por Toffoli, ou pelo plenário.

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Na semana passada, ao protocolar o pedido, o partido disse que tem “absoluta confiança” de que o tribunal garantiu a segurança do pleito, mas pretende tranquilizar eleitores que levantaram, por meio das redes sociais, dúvidas em relação à lisura da apuração dos votos.

O deputado federal Carlos Sampaio (SP), coordenador jurídico do PSDB, disse nesta sexta-feira, 31, ao Estado que o senador Aécio Neves, candidato derrotado à Presidência e presidente da sigla, deu aval para o pedido de auditoria do resultado das eleições protocolado nessa quinta-feira, 30, pelos tucanos.

"Falei com Aécio pelo telefone. Disse a ele que fizemos uma discussão no grupo jurídico porque vimos que se instalou um clima de insegurança em relação ao sistema de votação. Ele disse que não se opunha e deu aval (para o pedido de auditoria)", afirmou.

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Em petição ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o partido pediu abertura de um processo para verificar o sistema de votação e de totalização dos votos com a criação de uma comissão de especialistas indicados pelos partidos políticos.

Apesar da iniciativa, o coordenador jurídico do PSDB exalta o papel do presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, nas eleições e não credita a derrota de Aécio a problemas que tenham ocorrido no sistema.

"Há um ambiente de desconfiança em relação ao sistema, mas o Toffoli foi isento, imparcial, correto. Deu um show como presidente do TSE", disse o tucano. Segundo Sampaio, a iniciativa do PSDB foi "uma ação em defesa da própria corte".

A decisão do PSDB de pedir uma auditoria especial para investigar o processo eleitoral foi tomada pela direção do partido a partir de um bate-papo via WhatsApp, aplicativo de troca de mensagens instantâneas.

Responsável pelo processo, o deputado federal Carlos Sampaio, que coordenou o setor jurídico da campanha de Aécio Neves ao Palácio do Planalto, consultou os colegas e recebeu "contribuições" ao texto que mais tarde seria protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Integrantes da direção tucana diziam na noite desta quinta-feira (30), que Aécio, presidente nacional da legenda, não discutiu o caso porque estaria "incomunicável". A participação do senador mineiro na decisão, no entanto, ainda não está clara.

Na troca de mensagens, um membro da direção ponderou que era preciso tomar cuidado com a redação final da representação. Havia o temor de que ela desse munição para que o PT acusasse a oposição de tentar reverter o resultado da eleição presidencial no tapetão.

Entre os argumentos dos dirigentes do PSDB para justificar a representação é consta que, desde domingo a sigla recebeu "milhares de denúncias" de militantes e eleitores. Entre as mais recorrentes estão casos de urnas que não registravam o número 45 ou de pessoas que não puderam votar pois alguém havia feito isso em seu lugar.

Dirigentes do partido chegaram a pedir o extrato de votação para os fiscais do partido em vários Estados para fazer a conferência por amostragem com a apuração realizada pelo TSE.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, classificou como "inacreditável" o pedido de auditoria do PSDB. "É inacreditável e vergonhoso. O PSDB insulta a democracia e o povo brasileiro", afirmou Rossetto, um dos coordenadores da campanha da presidente Dilma Rousseff.

O PSDB protocolou nesta quinta-feira, 30, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedido de auditoria para verificar o resultado das eleições. A legenda justifica que há "uma somatória de denúncias e desconfianças por parte da população brasileira" motivada pela decisão do tribunal de só divulgar o resultado da eleição presidencial após a votação no Acre. O candidato tucano Aécio Neves perdeu a disputa para Dilma Rousseff por uma diferença de 3,28 pontos percentuais.

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"É um desserviço à democracia e um desrespeito à vontade do povo", disse Rossetto, destacando que "historicamente" o TSE respeita o fuso horário do Acre - três horas de diferença em relação a Brasília -, antes de divulgar o primeiro resultado parcial, com o objetivo de não induzir o eleitor que ainda não votou.

Outros petistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo acusaram os tucanos de forçar um "3.º turno" após a derrota nas urnas. Vice-presidente da Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (SP) considerou "lamentável" o comportamento do PSDB. "Se não apresenta prova e se orienta por boato, o partido desrespeita o TSE. Uma representação dessa é negar a lisura dos ministros do TSE", afirmou Chinaglia.

"O PSDB está ultrapassando os limites do respeito a um processo democrático que se exige de todo e qualquer partido", disse o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), para quem a sigla adversária "está entrando perigosamente por um ambiente de 3.º turno que tangencia o desrespeito à vontade da maioria".

O deputado Carlos Zarattini (SP) definiu como "muito grave" a ação movida pelo PSDB e disse que ela tem a finalidade de alimentar um ambiente de tensão. "O único objetivo disso é manter o clima de disputa e de acirramento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pedido feito pelo PSDB para que seja realizada uma auditoria na votação do segundo turno foi remetido diretamente para a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caberá ao presidente da Corte Eleitoral, ministro Dias Toffoli, decidir se profere alguma decisão monocrática no processo ou remete o caso para análise do plenário.

No noite desta quinta-feira, o PSDB protocolou um pedido de auditoria especial, para verificar o resultado das eleições presidenciais. A petição é assinada pelo coordenador jurídico do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP).

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A expectativa é de que alguma pronunciamento de Toffoli sobre o tema seja feito apenas no início da próxima semana, já que a Justiça Eleitoral irá operar em sistema de feriado nesta sexta-feira (31), em razão do dia do servidor público. Originalmente, a data é comemorada no dia 28, mas o TSE postergou o feriado na Corte em razão da finalização das questões relativas à votação realizada no dia 26.

A Petrobras enviou na manhã desta quinta-feira (30), comunicado ao mercado confirmando os nomes das consultorias que contratou para ajudar na apuração de acusações feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa. As empresas independentes especializadas em investigação são a banca Trench, Rossi e Watanabe Advogados e a americana Gibson, Dunn & Crutcher.

Em nota, a Petrobras explica que as empresas vão ajudar na apuração da extensão e impacto das ações que porventura tenham sido cometidas no contexto das alegações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento, "bem como apurar fatos e circunstâncias correlatos que tenham impacto material sobre os negócios da companhia".

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Na terça-feira, dia 28, o escritório de advocacia Trench, Rossi e Watanabe havia informado ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que era uma das duas empresas independentes contratadas pela Petrobras. Em nota, o escritório diz que assinou contrato de prestação de serviços de consultoria jurídica para "apurar a licitude das condutas ou ocorrências relacionadas a Operação Lava Jato".

Um dia antes, a petroleira havia informado sobre a contratação de duas empresas para investigar internamente as denúncias de corrupção feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef, sem revelar seus nomes.

A equipe econômica do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, já escolheu a primeira coisa a fazer, caso ele vença as eleições: uma devassa nas contas da Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo auxiliares do candidato, a ordem é começar a trabalhar nisso "já na próxima segunda-feira".

Os integrantes da equipe econômica do tucano estão convencidos de que esses dois bancos públicos acumulam um grande volume de valores a receber do Tesouro Nacional, sem que se saiba exatamente quanto. Esses créditos são fruto de programas que cobram juros abaixo do mercado como o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Sustentação de Investimentos (PSI).

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Para manter o juro baixo, governo precisa pagar um subsídio. Ou seja, ele "banca" parte da bondade com recursos públicos, saídos do Tesouro Nacional, que são entregues aos bancos que fazem o empréstimo. Mas, já há alguns anos, a área econômica vem segurando o repasse dos subsídios. Isso é facilitado pelo fato de ficar tudo "em casa", pois quem deixa de receber são bancos públicos.

Especialistas de fora do governo acreditam que o maior volume de subsídios não pagos esteja no BNDES. O economista Felipe Salto, da consultoria Tendências, calcula que sejam R$ 28,8 bilhões. Mas há, na equipe de Aécio, grande preocupação com a Caixa, cuja contabilidade é menos transparente.

Ajuste. "A primeira coisa é saber o tamanho da encrenca", diz um auxiliar tucano. Essa informação é fundamental para dar aos agentes de mercado a informação mais aguardada: o plano de voo do ajuste das contas públicas.

Em outras palavras, o que será feito para atingir o objetivo já anunciado de, no prazo de dois a três anos, produzir um saldo nas contas públicas grande o suficiente para conter o crescimento da dívida pública.

Depois de duas décadas comportada, a dívida começou a aumentar este ano. Em setembro, ela estava em 35,9% do Produto Interno Bruto (PIB), depois de haver iniciado o ano em 33,1% do PIB. Esse crescimento se dá porque a economia que o setor público faz não é suficiente para pagar nem os juros. Para controlá-la, será preciso apertar o cinto ou arrecadar mais.

Pelos cálculos do economista Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica e atual vice-presidente do Insper, a economia, chamada de resultado primário, teria de ser da ordem de 2,5% do PIB. No dado oficial mais recente, o saldo acumulado em 12 meses estava em 0,94% do PIB. Mas há suspeita generalizada entre os especialistas de que, na ponta do lápis, o resultado esteja negativo.

Isso porque o atraso no pagamento de subsídios é apenas uma das manobras a que o governo recorreu para melhorar artificialmente o resultado oficial das contas públicas, segundo demonstraram várias reportagens que o Estado publicou ao longo deste ano. Outra foi exigir dos mesmos bancos, Caixa e BNDES, o pagamento antecipado de dividendos.

Segundo informações da área técnica, a Caixa teria sido levada também a pagar benefícios sociais, como abono e seguro-desemprego, sem haver recebido do Tesouro os recursos para isso - um mecanismo batizado de "pedalada’’. Nos bastidores, a informação é que o fluxo teria sido regularizado em agosto.

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O propósito da equipe de Aécio Neves é limpar as contas públicas de todos os truques desse tipo, conforme consta do programa econômico divulgado pelo candidato. "Esta é uma necessidade absoluta para a construção de um regime macroeconômico robusto e para que se cumpra a Lei de Responsabilidade Fiscal", diz o documento.

Paralelamente ao levantamento da real situação das contas públicas, a ordem é acelerar a elaboração da proposta de reforma tributária, que Aécio prometeu enviar ao Congresso no início de seu mandato. A proposta já está delineada do ponto de vista técnico. Mas como o candidato aparecia em terceiro lugar nas pesquisas às vésperas do 1.º turno, os trabalhos foram desacelerados.

A ideia agora é dialogar com os especialistas que já estiveram envolvidos nas tentativas anteriores. E, assim, saber quais são os principais obstáculos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após auditar as contas da Santa Casa de São Paulo e encontrar situação financeira "extremamente grave", a Secretaria Estadual da Saúde deverá propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), condicionando a execução de novos repasses ao acompanhamento dos gastos da entidade. A medida é uma das que estão sendo estudadas pelo secretário da Saúde de São Paulo, David Uip, para ser apresentada na segunda-feira, 29, quando os resultados completos da auditoria serão divulgados.

"Ainda não tive acesso ao relatório final, vou analisá-lo no fim de semana. Preferi manter distância para garantir a isenção, mas, mesmo sem isso em mãos, o que posso garantir pelos números que já analisei anteriormente é que todo o dinheiro previsto para ser repassado para a Santa Casa foi entregue e que eles devolveram em produção o equivalente a dois terços do repassado", disse Uip ao jornal O Estado de S. Paulo. Embora os detalhes da auditoria ainda não tenham sido divulgados, os números indicam que pode haver problemas de gestão na entidade.

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Uip diz que esperará a divulgação dos resultados para confirmar se há ou não problemas na administração do complexo hospitalar, mas diz que, se continuar como está, a situação da Santa Casa é "insolvente". "Eles não têm dinheiro em caixa. Tudo que recebem vai para o pagamento de dívida. Do jeito que está, não têm condições de rodar nos próximos dias. Vamos buscar soluções para ajudá-los, mas essa ajuda não pode vir unicamente do governo."

O secretário afirmou que vai analisar o relatório da auditoria durante o fim de semana e, na manhã de segunda, antes do anúncio público dos resultados, vai apresentar as propostas de ajuda para aval do governador Geraldo Alckmin. "Uma das formas de ajuda que imagino seria um termo de conduta em que acompanharíamos como o dinheiro repassado seria gasto, verificaríamos os pagamentos. Mas isso ainda precisa ser aprovado pelo governador porque não tenho dinheiro em caixa para repasses extras. Preciso da autorização da pasta de Finanças. Todo meu orçamento do ano já está comprometido", diz ele, que afirma que, entre verbas federais e estaduais, a Santa Casa já recebe cerca de R$ 34 milhões por mês.

Na proposta estudada pelo secretário, o governo do Estado exigiria também contrapartida da Secretaria Municipal da Saúde e do Ministério da Saúde. "Eles teriam de ajudar financeiramente, colaborando nos repasses", diz.

Com dívida de R$ 400 milhões, a Santa Casa fechou seu pronto-socorro por 30 horas no final de julho por falta de recursos. O serviço só foi reaberto após repasse emergencial de R$ 3 milhões da Secretaria Estadual da Saúde, que condicionou o pagamento à realização de uma auditoria nas contas do complexo hospitalar. A comissão de análise é coordenada pela pasta estadual, mas tem a participação da secretaria municipal, do ministério, do Conselho Estadual de Saúde e da Promotoria. A reportagem não conseguiu contato com a assessoria da Santa Casa.

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