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A Prefeitura de Caruaru, cidade localizada no Agreste de Pernambuco, realiza dois processos seletivos. A informação foi confirmada ao LeiaJá nesta quarta-feira (22) pelo secretário-executivo de Administração Henrique Oliveira. Ao todo, são 75 vagas distribuídas entre profissionais de níveis médio e superior.

De acordo com o secretário, as inscrições poderão ser feitas até 29 de novembro, por meio do endereço virtual de processos seletivos da Prefeitura. No entanto, o endereço está fora do ar nesta quarta-feira. Segundo Oliveira, a página deve voltar a funcionar nesta quinta-feira (23) após a correção de problemas técnicos. 

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Na primeira seleção, os cargos são nas áreas de auditoria, controle interno, fiscalização, legalização de tributos municipais, planejamento, orçamento e gestão. Outro edital possui vagas nas funções de apoio à auditoria e fiscalização. Estão previstas jornadas semanais de 40 horas; a depender da função desempenhada, os selecionados receberão salários que variam de R$ 2 mil a R$ 3.500.

Durante o processo seletivo, estão previstas provas escritas, entrevistas e análises de títulos. Outras informações devem ser conferidas no site oficial da Prefeitura de Caruaru.

Conselheiros do Corinthians tiveram acesso a uma auditoria contratada pelo clube para auditar o Itaquerão, e um dos pontos revelados pelo estudo é o fato de a obra ainda custar mais R$ 1,338 bilhão, considerando juros e encargos até agosto (de 2017) e descontando o valor dos Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs). Sem os CIDs, o valor sobe para R$ 1,8 bilhão. Além disso, a Odebrecht deixou de fazer R$ 150 milhões em obras e deveria pagar uma multa de R$ 22 milhões pelo atraso na entrega do estádio.

O documento feito pela Claudio Cunha Engenharia e Construções foi apresentado aos conselheiros do Corinthians na noite da última segunda-feira. Segundo a auditoria, além da multa, a construtora ainda deveria pagar também por reparos feitos na obra no valor de R$ 60 milhões. Assim, o clube teria um crédito de R$ 230 milhões.

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Em alguns setores em que a obra não foi finalizada, o Corinthians tem dificuldade em realizar eventos ou fazer algum tipo de negócio no local. A auditoria aponta que o prejuízo do clube chega aos R$ 100 milhões por causa de obras inacabadas em camarotes e outros setores da arena.

Caso o Corinthians consiga vender todos os CIDs, deve arrecadar algo em torno de R$ 454 milhões. CIDs são títulos comprados por empresas para abater o valor pago com impostos municipais. Os papéis foram emitidos pela prefeitura como contrapartida de benefícios para a economia da Zona Leste e pela abertura da Copa.

O valor seria um alívio para as contas do clube, mas o Corinthians tem muitas dificuldades para vender os CIDs. A auditoria sugere que o clube negocie com a Odebrecht ceder os papéis para a construtora como forma de abater parte da dívida, que está na casa de R$ 976 milhões.

O Corinthians negocia com a Caixa o refinanciamento da dívida da arena. Hoje, todo o valor arrecadado no estádio vai para o fundo criado para pagar a obra. A ideia da diretoria corintiana é conseguir ficar com parte do dinheiro arrecadado, seja pela renda de bilheteria dos jogos ou eventos realizados na arena, para a utilização em outros setores, como contratação de jogadores, investimentos no clube, dentre outros.

A Odebrecht disse desconhecer o resultado da auditoria e que não recebeu qualquer documento sobre o assunto. A construtora ainda voltou a afirmar, que não deixou obras inacabadas. Apenas tinha um valor máximo de obras, R$ 985 milhões, e que o arquiteto e o próprio Corinthians solicitaram mudanças no projeto inicial e essas alterações fizeram alguns itens custarem mais do que estavam planejados. O clube decidiu não realizar o que estava faltando, pois o valor da arena seria ainda maior.

A empresa de auditoria KPMG encaminhou um ofício ao juiz Sérgio Moro informando os resultados da auditoria encomendada pelos advogados do ex-presidente Lula, onde informa que o petista não cometeu atos de corrupção na gestão da Petrobras. O objetivo da defesa do líder do PT foi trazer "algum tipo de prova pericial ao processo que corre na 13ª Vara Federal de Curitiba, que se baseia em testemunhos e convicções".

O período analisado pela KPMG vai de 31 de dezembro de 2006 a 31 de dezembro de 2011. Segundo a defesa do ex-presidente, essa já é a segunda empresa internacional de auditoria que isenta Lula. A PricewaterhouseCoopers (PwC) deu o mesmo parecer a respeito da atuação do ex-presidente na Petrobras no mês passado.

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Os advogados de Lula alegam que os pareceres das companhias "se somam ao que já foi dito pelas mais de 70 testemunhas ouvidas no processo que corre em Curitiba, que desconhecem qualquer influência ou aval de Lula dentro do esquema irregular que foi montado na estatal petrolífera".

Confira a explicação de Cristiano Zanin Martins, um dos advogados do petista, sobre a auditoria:

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Com informações da Agência PT

Após realizar uma auditoria de preservação cultural no município de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o Tribunal de Contas (TCE-PE) constatou que a cidade não possui capacidade administrativa, técnica e operacional para uma adequada preservação do seu acervo histórico-cultural. Uma série de recomendações foram expedidas pelo órgão para a gestão municipal.

A auditoria também verificou a inexistência de um plano para gerenciar a preservação do patrimônio e de outro focado no ordenamento de mobilidade urbana que atenda ao centro histórico. A Lei Municipal nº 1670/1983, porém, prevê a implantação de um sistema de preservação, composto por um conselho e um fundo de preservação cultural, inativo na cidade.

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Segundo o TCE, a auditoria mostra que os imóveis especiais de preservação histórico ambiental encontram-se em estado de deterioração, arruinamento e alguns não existem mais. 

Recomendações - Entre as recomendações feitas estão a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do município e a elaboração de um plano de trabalho para recuperação, preservação e revitalização de prédios históricos; a implementação do Sistema Municipal de Cultura e de um plano de mobilidade urbana que atenda ao Centro Histórico de Igarassu; reativação do Fundo e do Sistema de Preservação e o restabelecimento do regime de tombamento em nível municipal.

O estudo ainda cobrou estudos específicos que incluam na relação de Imóveis Especiais de Preservação (IEPs) a Capela de São João Batista, as casas seculares, os Fornos de Cal do Povoado de Cuieiras; e o Sítio Histórico/Arqueológico dos Marcos. Por fim, a administração municipal deverá elaborar e implementar um plano de controle urbano contemplando espaços públicos, casarios, monumentos e entorno.

Olinda - O município de Olinda foi o primeiro a passar pela auditoria. No dia 8 de março, foi entregue uma lista com os principais problemas e orientações. A fiscalização constatou ter havido um retrocesso no quesito de preservação do patrimônio na cidade histórica.  

Entre os problemas estão a descaracterização do casario e pouco controle do espaço urbano no Sítio Histórico. Nas recomendações estão a implementação de um plano de preservação, programa de educação patrimonial e condições para a implantação de usos e atividades comerciais e de serviços. As próximas cidades a receberem a visita do TCE serão Paudalho, nesta terça-feira (21), e Brejo da Madre de Deus.

Com a crise prisional que atinge diversos estados do Brasil, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes propôs que seja realizada uma auditoria para examinar os aspectos mais relevantes da gestão operacional e de infraestrutura das penitenciárias. 

A avaliação seria coordenada pelo TCU juntamente com os Tribunais de Contas dos Estados (TCEs). A ministra pernambucana apresentou a proposta ao plenário do TCU nessa quarta-feira (25).  

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Entre outros pontos, as fiscalizações serão destinadas à análise das medidas emergenciais que estão sendo adotadas para lidar com a atual crise e à análise da gestão, dos custos e das tecnologias de apoio associados ao sistema prisional. 

Embora a gestão carcerária seja função principal dos estados federados, para Ana Arraes “é importante destacar que o saldo atual do Fundo Penitenciário Nacional é superior a 3 bilhões de reais”.

“Em um país com mais de 1.400 estabelecimentos prisionais, a ausência de um modelo nacional de gestão, a deficiência na aplicação de recursos públicos e o descumprimento de normas de organização funcional têm por consequência a degradação do sistema prisional, o aumento da insegurança e a violação de direitos humanos”, salientou a ministra que será relatora do processo.

O presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, sugeriu que fosse agregada à proposta da ministra Ana Arraes a solicitação que fez, na última semana, para que a unidade de controle externo do órgão avaliasse a conveniência de reunir informações sobre a situação do sistema penitenciário brasileiro. A iniciativa surgiu após pedido do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Contas.

Após a vice-prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz, nesta terça (23), declarar seu rompimento político com o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), e disparar inúmeras críticas contra o petebista, a Prefeitura de Camaragibe, em resposta ao Portal LeiaJá, comunicou que Nadegi se dedicará exclusivamente ao cargo de vice, “em decorrência dos problemas identificados na Secretaria de Saúde do município”.

O texto também diz que “diante do engodo veiculado na imprensa, a Prefeitura Municipal de Camaragibe apenas se posicionará sobre os fatos após apuração de auditoria instaurada pela Controladoria Geral do Município, junto ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas”. 

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Em outra parte, a nota informa que “a prefeitura ratifica sua postura transparente, em relação à gestão da cidade, e aguarda as conclusões legais para um parecer público”.

Em sua página no Facebook, Nadegi Queiroz chegou a dizer que Meira tomou “atitudes insanas” e que ele não possui humildade para escutar a equipe e povo. 

 

As irregularidades e suspeitas de corrupção no futebol mundial estão espalhadas por dezenas de federações nacionais, mesmo um ano depois do escândalo que levou à prisão mais de uma dezena de dirigentes em Zurique, na Suíça. Neste sábado (15), a auditoria da Fifa anunciou que está impedindo a transferência de recursos para 23 federações nacionais por suspeitas de uso indevido de dinheiro ou falhas nos controles sobre os fluxos. Os auditores ainda alertam que cerca de 80 outras entidades estão sendo atualmente monitoradas por não seguir padrões mínimos de transparência ou contabilidade.

O levantamento revela a dimensão das irregularidades no futebol e que vão muito além dos cartolas detidos. Michael D'Hooge, um dos membros do Conselho da Fifa, confirmou à reportagem do jornal O Estado de S.Paulo a existência dessa lista de países que hoje estão com suas contas congeladas. Mas nem ele e nem a administração central da entidade aceitaram revelar os nomes dos envolvidos, sob a justificativa de que a meta é "ajudar" essas federações nacionais a passar por reformas.

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Mas a constatação é de que, de uma forma ampla, a administração do futebol mundial não cumpre requisitos básicos de transparência. No total, 211 federações nacionais fazem parte da "família Fifa". Mais de cem delas teriam algum tipo de problema.

Nesta semana, a CBF admitiu que, enquanto a situação de seu presidente, Marco Polo Del Nero, não for definida com a Justiça dos Estados Unidos, a Fifa não irá liberar os recursos avaliados em quase US$ 100 milhões. Na quinta-feira, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, não garantiu nem mesmo que o Brasil receba os recurso previstos para 2016, avaliados em US$ 1,5 milhão.

No ano passado, antes de deixar seu cargo, o ex-auditor da Fifa, Domenico Scala, admitiu em entrevista à reportagem que existia uma "cultura da corrupção" entre os dirigentes do futebol mundial e que esse seria o maior inimigo hoje da Fifa.

A entidade decidiu endurecer o controle do destino de dinheiro, especialmente diante do risco que ainda corre na Justiça norte-americana de ser declarada como "entidade criminosa". A Fifa, porém, quer provar que é vítima desses cartolas, e não a autora das ilegalidades.

O endurecimento ainda vem num momento em que o presidente da Fifa, Gianni Infantino, anuncia que vai quadruplicar os recursos distribuídos aos cartolas de todo o mundo, para um total de US$ 4 bilhões. Para ex-funcionários da Fifa, o temor é de que, sem um controle rígido, parte significativa desse dinheiro jamais chegue de fato aos atletas e torcedores.

Nos últimos anos, cartolas do Paquistão, Haiti, países africanos e dezenas de entidades regionais foram alvos de investigações e escândalos envolvendo os recursos da Fifa, oficialmente doador para desenvolver o futebol nessas regiões do mundo. Em diversos desses casos, o dinheiro terminava nos bolsos dos dirigentes, sem nunca erguer campos de treinamento.

A Deloitte, empresa multinacional de auditoria e consultoria empresarial presente em mais de 150 países, oferece vagas de trainee através de seu Programa Novos Talentos 2016. A seleção é direcionada para jovens que serão encaminhados para diversas áreas da empresa. 

O processo seletivo tem quatro fases, que incluem testes presenciais, dinâmicas de grupo e entrevistas. Os aprovados podem trabalhar nos seguintes setores:

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Belo Horizonte: Auditoria, Consultoria em Gestão de Riscos e Consultoria Tributária

Campinas: Auditoria, Consultoria em Gestão de Riscos e Consultoria Tributária 

Ribeirão Preto: Auditoria

Curitiba: Auditoria, Consultoria em Gestão de Riscos, Consultoria Tributária e Outsourcing 

Fortaleza: Auditoria, Consultoria em Gestão de Riscos e Consultoria Tributária

Joinville: Auditoria

Porto Alegre: Auditoria, Consultoria em Gestão de Riscos e Consultoria Tributária

Recife: Auditoria, Consultoria, Consultoria em Gestão de Riscos , Consultoria Tributária e Financial Advisory

Rio de Janeiro: Auditoria, Consultoria, Consultoria em Gestão de Riscos, Consultoria Tributária, Financial Advisory e Outsourcing

Salvador: Auditoria, Consultoria, Consultoria em Gestão de Riscos, Consultoria Tributária e Financial Advisory

São Paulo: Auditoria, Consultoria, Consultoria em Gestão de Riscos, Consultoria Tributária, Financial Advisory e Outsourcing

A empresa aceita inscrições de estudantes a partir do segundo ano de graduação ou recém-formados nos cursos de administração de empresas, ciências atuariais, ciências contábeis, comércio exterior, direito, economia, estatística, engenharia (todas), gestão em RH, matemática, psicologia, relações internacionais e cursos de TI. Universitários no penúltimo ou último ano ou formados recentemente em biologia, biomedicina, enfermagem, farmácia, física, gestão ambiental e medicina também podem se inscrever.

Ainda é necessário, para a área de Outsourcing, que o candidato tenha conhecimentos em inglês nos níveis básico ou intermediário, e experiência mínima de seis meses em contabilidade, financeiro e fiscal. Quase todas as outras áreas solicitam conhecimento intermediário de inglês. A empresa ainda tem como condição para os cargos a disponibilidade para trabalhar em período integral e para viagens. 

As inscrições podem ser feitas durante todo o ano através da página disponibilizada pela empresa. Mais informações podem ser encontradas no site da empresa.  

 

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que o governo da presidente afastada Dilma Rousseff fez empréstimos ilegais com dois bancos públicos em 2015.

O relatório de técnicos da corte confirma que a gestão da petista repetiu as chamadas pedaladas fiscais no primeiro ano de seu segundo mandato, uma das bases do processo de impeachment que tramita no Senado, e indica a responsabilidade de 11 autoridades da equipe econômica nas irregularidades, entre elas o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy.

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Conforme o parecer, o Tesouro Nacional atrasou repasses devidos não só ao Banco do Brasil para bancar juros subsidiados pelo governo - o que é citado no processo de impeachment -, mas também ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No entendimento dos auditores do TCU, esses atrasos caracterizaram operações de crédito entre as instituições financeiras estatais e seu ente controlador, a União, o que afronta a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Além das pedaladas, foram apontadas outras falhas, como o pagamento de débitos com o FGTS sem a devida autorização em lei.

As pedaladas somaram R$ 5,63 bilhões no caso do Banco do Brasil; e R$ 8,04 bilhões no caso do BNDES. As conclusões reforçam argumentos de senadores favoráveis ao afastamento definitivo de Dilma; e devem também influenciar eventual parecer da corte pela reprovação das contas de 2015 do governo da petista.

Esse processo que analisa todas as contas da União naquele ano tramita paralelamente no TCU e o relator é o ministro José Múcio Monteiro. Ele também indicou que houve pedaladas nos dois bancos. No dia 15, o tribunal já havia apontado indícios de irregularidades nos balanços apresentados pela gestão da presidente afastada, abrindo prazo para que ela apresentasse defesa.

O relatório foi encaminhado para análise do Ministério Público de Contas, que atua no TCU, e do ministro Raimundo Carreiro, relator do processo. Caberá a ele elaborar um voto a respeito, pautando o caso para julgamento em plenário. Nesta quarta-feira, 29, o gabinete do ministro não quis se pronunciar sobre o parecer.

Os auditores sugerem que a corte aprove audiências das 11 autoridades apontadas como responsáveis para que, em 15 dias, apresentem suas justificativas. Se o TCU não concordar com os argumentos ao analisar as defesas, elas poderão ser punidas com multas e até sofrer sanções mais graves, como a inabilitação para exercer cargos em comissão e funções de confiança. Essa penalidade foi proposta para os integrantes da equipe econômica acusados de "pedalar" em 2014.

Providências

Os técnicos sustentam que Levy cometeu irregularidade porque, supostamente, não tomou providências para garantir o cumprimento de dispositivos legais, o que resultou nas pedaladas do BB e do BNDES. Eles também implicam o ex-secretário do Tesouro Marcelo Saintive por "não implementar" ações necessárias à regularização de obrigações da União com as instituições financeiras.

Os técnicos também acusam três ex-diretores de Política Econômica do Banco Central de maquiar dados da política fiscal ao omitir os valores referentes às "pedaladas" no registro da dívida líquida do setor público. Trata-se de Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva e Altamir Lopes. Além dos débitos com o BB e o BNDES, também não foram registrados passivos da União com FGTS e de tarifas devidas à Caixa.

Os técnicos do TCU indicam também a responsabilidade de oito pessoas por autorizar o pagamento de operações de crédito no FGTS sem a devida autorização em lei e desconsiderar alerta da corte de que a manobra é irregular. Além de Levy e Saintive, estão nesse grupo os ex-ministros Nelson Barbosa (Planejamento e da Fazenda) e Valdir Simão (Planejamento), além de Esther Dweck (ex-secretária de Orçamento Federal), Otávio Ladeira Medeiros (ex-secretário do Tesouro), Octávio Luiz Bitencourt e Alfonso Orlandi Neto (ex-subsecretários substitutos de Planejamento, Orçamento e Administração da Secretaria Executiva do Ministério das Cidades).

A reportagem não conseguiu localizar os indicados no caso.

Cardozo

Questionado sobre as irregularidades apontadas pelo TCU, o ex-ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa de Dilma na Comissão de Impeachment, disse que a posição de alguns setores técnicos do tribunal "já está muito consolidada". "Temos uma divergência frontal em relação a isso. Vamos demonstrar que não há ilegalidade", afirmou.

Cardozo argumentou que, a despeito da decisão a ser tomada pela corte de contas, "as provas coletadas demonstram que não houve crime de responsabilidade" de Dilma. "Não há ato da presidente da República nem dolo. Isso não se qualifica como crime de responsabilidade em nenhuma hipótese." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma auditoria interna da prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), realizada de 7 a 15 deste mês, constatou que, entre os 63.436 beneficiados pelo programa Bolsa Família no município há 292 pessoas que não preenchem o requisito básico para receber o benefício que é condição de pobreza ou de pobreza extrema. De acordo com o levantamento feito pela gestão, dos beneficiários irregulares, 241 são servidores da própria prefeitura, 43 do Fundo Municipal de Saúde, seis aposentados e seis pensionistas do Jaboatão Prev.

A partir dos dados, a gestão municipal abrirá sindicância e inquérito administrativo para verificar caso a caso e punir possíveis responsáveis pelas irregularidades. O inquérito vai apurar, inclusive, os responsáveis pelos cadastros estão envolvidos com as irregularidades ou se os mesmos foram induzidos a erro. De acordo com a prefeitura, até o fim das apurações o pagamento do benefício dos 292 beneficiários irregulares estará suspenso.   

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Levando-se em conta o total de servidores ativos (10.910) e dos inativos (2.448) de Jaboatão, as irregularidades constatadas pelo município significam um percentual de 2,20%. As verificações foram feitas a partir do cruzamento da folha de maio paga pela Prefeitura com as informações cadastrais da Coordenadora de Gestão do Cadastro Único do Bolsa Família. Em média, os servidores que constam como beneficiários do programa têm um salário de R$ 1,5 mil.

Segundo a prefeitura, como o trabalho de apuração ficou restrito à folha de pagamento municipal. A gestão pretende provocar o Ministério Público do Trabalho (MPT) para verificar se também há empregados da iniciativa privada recebendo o Bolsa Família no município; o Tribunal de Contas do Estado (TCE), para abranger a folha de pagamento estadual e de outros órgãos públicos; a Corregedoria do Estado, órgão de controle dos cartórios, para apurar se há falecidos na lista dos beneficiários; e, finalmente, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), para verificar se também constam na relação doadores de campanhas.

A Controladoria Geral de Jaboatão vai encaminhar os autos da apuração interna que realizou ao Ministério Público Federal (MPF) e à Superintendência Regional da Polícia Federal.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse que fará uma auditoria na modalidade Entidades do Minha Casa Minha Vida. "O Minha Casa Minha Vida vai sofrer ajustes para não gerar falsas expectativas às entidades", afirmou o ministro durante coletiva de imprensa. "Vamos colocar critérios para ajudar a modalidade ter uma eficiência maior na relação entre contratação e entrega."

Na entrevista coletiva, Araújo citou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que mostra que a entrega de moradias da modalidade Entidades representa entre 1% e 1,5% do programa como um todo. Segundo o ministro, das 61 mil unidades contratadas pela modalidade, desde 2009, apenas 7.548 foram entregues até o fim de março.

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Lançamento

Araújo disse que a revisão das regras será feita pela nova equipe da Secretaria de Habitação e que ele mesmo já marcou conversas com as entidades. O ministro afirmou que, depois de realizada a auditoria, vai fazer um lançamento dessa modalidade, mas sem dar uma data para a cerimônia.

Na terça-feira, 17, Araújo revogou a autorização para a contratação de 11.250 unidades da modalidade Entidades do programa. Segundo ele, nos últimos dias o governo da presidente afastada Dilma Rousseff havia autorizado a contratação de mais 34 mil unidades, mas o volume de recursos era correspondente a 6.280 moradias. "O volume de recursos disponíveis é bem menor do que a portaria que apontava a seleção para esse conjunto de unidades. Isso passaria a gerar uma forte pressão sobre as unidades da Caixa sem o devido o volume de recursos para esse atendimento", afirmou.

O ministro também revogou as alterações nas regras para a contratação de moradias da versão rural do MCMV. Elas foram publicadas no Diário Oficial da União no primeiro dia do governo Temer. No Dia do Trabalho, às vésperas da votação do impeachment pelo Senado, Dilma anunciou a contratação de 25 mil moradias da modalidade entidades até 2018. As portarias revogadas foram assinadas pela ministra Inês Magalhães - substituta de Gilberto Kassab (atual ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicações) - por ordem de Dilma.

Após a revogação das portarias, a coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) prometeu reagir com protestos "contundentes" nas principais capitais do País.

A modalidade entidades programa difere da maneira como o governo toca as outras obras do Minha Casa Minha Vida. Primeiro, pela forma como são feitos os repasses, parcelados, diretamente para as entidades. No restante do programa, os pagamentos são feitos às construtoras na medida em que as obras andam. Engenheiros dos bancos públicos (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil) são responsáveis por essa medição. No MCMV Entidades, uma parcela do dinheiro é repassada antes mesmo do início das obras. As associações e os movimentos sociais têm liberdade para contratar as construtoras ou construir as casas por meio de mutirões, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A tragédia na Samarco acendeu o sinal de alerta na Vale. A mineradora está fazendo uma nova auditoria de todas as suas 168 barragens no País. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a varredura atende a uma recomendação de seu conselho fiscal, como decorrência do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), que deixou 17 mortos e dois desaparecidos há pouco mais de três meses. O trabalho deve ser encerrado em março. A ideia é que no futuro a companhia estenda a auditoria externa às barragens de suas operações internacionais.

Logo após o rompimento da Barragem de Fundão, em 5 de novembro, a Vale divulgou a verificação detalhada das condições estruturais de 115 das barragens mais relevantes da empresa. Segundo a mineradora, na época nenhuma alteração foi detectada. Essa foi uma auditoria extraordinária, já que uma verificação anual havia sido concluída em setembro.

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A nova inspeção, mais abrangente, está sendo feita por especialistas externos. O objetivo é também verificar se há melhorias que possam ser feitas nos processos de acompanhamento das barragens. À exceção do acidente da controlada Samarco, a Vale nunca enfrentou problemas em suas barragens próprias. Procurada, a mineradora não se pronunciou.

As barragens de rejeitos da Vale são divididas por níveis de risco, que determinam a periodicidade em que devem ser auditadas. Diante da dimensão do acidente ocorrido com a Samarco - sociedade entre Vale e BHP Billiton -, entretanto, o conselho insistiu que a companhia fizesse um mapeamento conjunto de todas elas.

Carajás

O principal investimento da Vale em curso, o S11D, em construção em Carajás, no Pará, não usará barragem de rejeitos. O projeto orçado em US$ 14,4 bilhões é o maior da história da companhia, produzirá 90 milhões de toneladas de minério por ano e entra em operação no fim de 2016. Nele o beneficiamento do minério será feito a seco, ou seja, sem necessidade de usar água no processo industrial.

Com a adoção do processo a seco o ultrafino de minério com alto teor de ferro, que iria para a barragem, não será descartado, permitindo que, em três décadas de vida útil da mina, 300 milhões de toneladas sejam incorporados à produção. Ou seja, quase um ano de produção da Vale - em 2015, a mineradora teve produção de minérios de 345 milhões de toneladas - deixará de virar rejeito da exploração em Carajás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Caixa Econômica Federal, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Eletrobras e a Eletronuclear estão na lista de 26 empresas estatais que serão auditadas neste ano pela Controladoria-Geral da União (CGU). O objetivo será avaliar os programas de compliance (integridade ou governança) adotados por essas companhias para prevenir, detectar e remediar fraudes e atos de corrupção. A CGU acaba de concluir os relatórios de análises piloto realizadas em 2015 no Banco do Nordeste (BNB), Eletronorte, Furnas e Correios.

A ação preventiva para fortalecer as organizações estatais foi motivada pelo estouro do escândalo de corrupção na Petrobras, apurado na Operação Lava Jato. A Eletronuclear também é alvo de uma investigação da Polícia Federal para apurar um suposto esquema de pagamento de propina nas obras de Angra 3.

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As instituições a serem auditadas pela Controladoria foram selecionadas para compor um espectro dos diferentes setores em diferentes estados e regiões do país. Cerca de 50 pessoas deverão compor as equipes de auditoria. A previsão é que até o final do ano todos os relatórios com resultados sejam publicados.

Resultados

Nas primeiras quatro auditorias, foram analisados 15 pontos, como o comportamento da alta administração, a eficácia de uma instância interna responsável pelas políticas de compliance e de canais de denúncia. A CGU apresentou um diagnóstico com propostas de melhorias às empresas. A ideia é fazer um acompanhamento sistemático para verificar se houve evolução na área de governança.

O relatório da CGU aponta que os Correios, por exemplo, não têm um Programa de Integridade constituído e aprovado pela alta administração. A estatal adota medidas para mitigar casos de corrupção e irregularidades, mas sua aplicação "se dá de maneira esparsa e não integrada". Além disso, o monitoramento das políticas de integridade é feito de forma dispersa por várias áreas. A Controladoria recomenda a elaboração de um Plano de Ação Geral, após a estruturação de setores responsáveis pela governança como o Departamento de Compliance e Gestão de Risco.

Em Furnas, a CGU considerou o programa de compliance incipiente, embora haja um engajamento da presidência da empresa no desenvolvimento de um programa integrado de integridade e ética. A companhia apresentou um plano de ação que deverá ser implementado até dezembro.

A Controladoria Geral da União (CGU) fará auditorias em 26 empresas estatais no primeiro semestre para avaliar o grau de maturidade dos programas de compliance (integridade ou governança) dessas companhias. Segundo o secretário federal de Controle Interno Adjunto da CGU, Sérgio Seabra, um piloto dessas análises preventivas foi feito no ano passado com Banco do Nordeste (BNB), Eletronorte, Furnas e Correios.

"O objetivo foi avaliar a existência, qualidade e o efetivo funcionamento de mecanismos, procedimentos e padrões de conduta voltados à prevenção, detecção e punição de atos ilícitos", esclareceu.

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A partir do escândalo de corrupção na Petrobras, disse, a CGU, passou a buscar uma atuação também preventiva, fortalecendo as organizações e não fazendo apenas auditorias que "mais parecem autópsias por só constatarem o leite já derramado".

Nas primeiras auditorias foram analisados 15 pontos, como o comportamento da alta administração, a eficácia de uma instância interna responsável pelas políticas de compliance e de canais de denúncia. A CGU apresentou um diagnóstico com propostas de melhorias às empresas.

Nas próximas 26 - cujos nomes não foram revelados - auditadas, a ideia é fazer também um acompanhamento para verificar se houve evolução. Caso a empresa não avance, pode haver "recomendações mais fortes" a respeito, contou Seabra

A avaliação da CGU é que o tema compliance na administração pública ainda é muito novo. Algumas empresas como a Eletronorte adotaram normas recentemente. A Petrobras acaba de reformular regras.

O secretário não detalhou os resultados observados no BNB, Eletronorte, Furnas e Correios. Os relatórios serão publicados em breve. Um dos pontos em comum foi a falta de tempo para a análise de questões pelo conselho, já que as pautas são apresentadas em cima da hora. "As empresas receberam bem. Após a crise da a a percepção é que é hora de fortalecer mecanismos anticorrupção", afirmou.

Petrobras

Sobre as mudanças na governança corporativa da Petrobras, Seabra afirmou que a CGU não fez uma avaliação formal. "As conversas informais com o diretor de Governança da Petrobras, João Elek, apontam que há um plano para fortalecer questões de integridade", declarou.

Uma das preocupações da CGU é que as estatais passem a exigir que seus parceiros tenham programas de integridade. Na Petrobras a CGU trabalha na responsabilização de 30 empresas com quem a estatal tinha contratos e caíram no radar da Operação Lava Jato, que apura denúncias de corrupção na petroleira. Um terço buscou acordos de leniência.

Uma auditoria feita pelo Ministério Público de Contas apontou que cerca de 700 dos 719 defensores paulistas estão recebendo gratificações irregulares por considerarem atividades próprias da carreira uma "dificuldade da função".

Segundo a investigação, a Defensoria Pública de São Paulo pagou cerca de R$ 2,3 milhões a mais aos seus funcionários por eles terem atendido o público, visitado presídios e atuado como curadores especiais. Todas essas atribuições são institucionais e estão previstas na lei que rege a carreira de defensor.

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Na prática, significa que os defensores já recebem pelo exercício dessas atividades a título de salário - o piso na carreira é de R$ 18,4 mil. A Defensoria é o órgão estadual responsável pela prestação de assistência jurídica a pessoas que não têm condições de pagar pelos serviços de um advogado.

A Procuradoria de Contas realizou um pente fino sobre a folha de pagamento dos defensores públicos em outubro de 2014, mas sugere que as irregularidades tiveram início quase um ano antes, em novembro de 2013. Nessa data, o Conselho Superior da Defensoria (CSDP n.º 286/2013) aprovou um ato que chancelava o pagamento das gratificações, porque passava a considerar o "atendimento ao público", "visita a presídios", "atuação em curadorias especiais" e "atuação em processos de revisão criminal" como dificuldades especiais do cargo.

Dificuldades especiais

A legislação que regulamenta a carreira permite o pagamento de vantagens aos defensores desde que existam dificuldades especiais decorrentes da natureza do serviço, tais como deslocamento para outras cidades.

Os procuradores afirmam ainda que o pagamento desses benefícios continua ocorrendo até os dias de hoje.

Na auditoria, o Ministério Público de Contas calculou que cerca de 514 defensores receberam gratificações por terem atendido ao público, 243 por terem visitado presídios, 358 por terem atuado em curadoria especial e 181 por terem atuado em processos de revisão criminal. O desempenho de cada uma dessas atividades gera um acréscimo de R$ 1,84 mil nos vencimentos de cada defensor.

A Defensoria Pública de São Paulo foi ouvida durante a auditoria. Em uma de suas defesas, o órgão justificou o pagamento desses benefícios ao excesso de serviço, somado ao seu quadro enxuto de funcionários.

A Procuradoria de Contas respondeu que o argumento não justifica a "tentativa de compensar uma deficiência utilizando-se de instrumentos jurídicos equivocados".

Improbidade

O procurador de Contas, Rafael Neubern Demarchi Costa, que assina o texto da auditoria, afirma que há indícios de prática de improbidade administrativa e pede a suspensão imediata do pagamento desses benefícios. Além disso, o Ministério Público exige a devolução dos valores pagos irregularmente aos cofres públicos.

"O Ministério Público de Contas opina pela irregularidade dos atos praticados pela Defensoria Pública, tendo em vista, de modo geral, a não observância do princípio da legalidade nos atos praticados pelo Defensor Público-Geral e pelo Conselho Superior da Defensoria Pública, este no exercício de seu restrito poder normativo", diz o texto do Ministério Público de Contas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anuncia que vai auditar as contas do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Mas não pedirá nem mesmo para ver os contratos entre a cidade do Rio e empresas envolvidas na Operação Lava Jato, como a Odebrecht, responsável por erguer o Centro Internacional de Transmissão e o Parque Olímpico.

Thomas Bach, presidente do COI, anunciou que, para reforçar o combate contra a corrupção, a entidade vai ampliar as auditorias com todas as entidades nacionais e fiscalizará de forma independente o que será feito com cerca de US$ 1,2 bilhão que irá para o Rio de Janeiro. Nesta semana, ele já alertara que a corrupção está ameaçando a credibilidade do esporte. "Queremos que o dinheiro que vem do esporte vá para o esporte", disse, defendendo uma "boa gestão".

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A reportagem do Estado de S. Paulo questionou se o COI também pediria uma auditoria independente das obras para as instalações olímpicas do Rio. Mas Bach deixou claro que esse não é sua responsabilidade. "A auditoria se refere apenas ao Comitê Organizador. O restante são contratos entre a cidade e as construtoras", afirmou. "Temos total confiança no prefeito (Eduardo Paes) e na cidade, além de defender a presunção de inocência."

Questionado por uma agência internacional se não temia que os escândalos na CBF também surgissem no Comitê Olímpico do Brasil (COB) ou no Rio-2016, Bach se recusou a falar do assunto. "Não vou jogar suspeitas sem ter informação concreta".

Em entrevista à AP, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, não respondeu se está ou não investigando os contratos relacionados com os Jogos de 2016 no Rio.

IMPEACHMENT - Apesar de tentar se afastar das polêmicas de corrupção no Brasil, os altos dirigentes do COI admitem que estão "preocupados" com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, com a recessão e garantem que estão "dispostos" a adaptar os Jogos de 2016 para se adequar às "novas realidades" do Brasil.

A meta do COI é clara: blindar seu maior evento do caos político brasileiro. "O Rio será uma ilha", garante Alex Gilady, membro do COI. Outros membros do COI, porém, são mais diretos. "A instabilidade política nos preocupa", admitiu Wu Ching-kuo, membro do Comitê Executivo do COI. "Se não temos estabilidade, o impacto pode ocorrer nos Jogos", disse. Para Gilady, porém, a realidade é que, seja o que ocorrer no Brasil, "não mais como voltar atrás".

Parte da estratégia é a de não dar detalhes do impacto econômico da crise na preparação. Oficialmente, ninguém sabe dizer qual o tamanho do corte do orçamento. "Eu não tenho ideia do que precisamos cortar", disse Thomas Bach. Mas, nos bastidores, os trabalhos apontam para uma revisão completa dos contratos para impedir uma contaminação.

Na quarta-feira, o COI anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar um corte nos gastos do evento. Nesta quinta, Bach confirmou que a entidade também vai contribuir na redução de exigências. "Sabemos dos desafios políticos e econômicos. A situação não é fácil", declarou Bach. "Estamos prontos a nos adaptar e adaptar o orçamento do Comitê Organizador do Rio2016 para esses novos desafios", disse o dirigente. "Vamos adaptar o orçamento para que atletas não sejam afetados", afirmou.

Sobre o impeachment, Bach tentou minimizar um eventual impacto no evento. "Estamos acompanhando isso de perto. Na organização dos Jogos, estamos na fase operacional e, portanto, estas questões políticas têm influência menor do que em outros estágios. Apesar dos problemas políticos, temos confiança com os Jogos", disse.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta quinta-feira (5) que o PSDB não encontrou indícios de fraude nas eleições de 2014. A informação foi dada em plenário pelo presidente do TSE, ministro Dias Toffoli.

Há um ano, após a divulgação do resultado do segundo turno, vencido pela presidenta Dilma Rousseff (PT), o partido pediu ao tribunal autorização para fazer auditoria própria do processo de votação.

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Durante a sessão, Toffoli disse que o PSDB teve oportunidade de confirmar que não houve irregularidades no processo de votação. O objetivo da auditoria era verificar a lisura das eleições do ano passado, ou seja, averiguar a integridade das urnas eletrônicas e sistemas adjacentes, buscando evidências que comprovassem alguma suspeita ou tese de fraude. "Volto a dizer que não foi encontrada nenhuma evidência em tal sentido”, afirmou o ministro.

Em novembro do ano passado, ao solicitar autorização para auditoria, o PSDB declarou que tinha “absoluta confiança” na garantia dada pelo TSE de segurança do pleito, mas pretendia  tranquilizar eleitores que levantaram, por meio das redes sociais, dúvidas quanto à lisura da apuração dos votos.

O governo concede auxílio-doença sem ter certeza que os beneficiários estão incapacitados para o trabalho, segundo auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU). No ano passado, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) desembolsou R$ 21 bilhões para pagar o benefício, que só deveria ser dado a quem se acidentou ou ficou doente e não pode trabalhar.

A CGU analisou uma amostra de 9.461 laudos periciais médicos selecionados de forma aleatória de um universo de 826.183 benefícios pagos. 53% dos laudos não possuíam elementos mínimos para atestar a incapacidade. Em alguns casos, não estava preenchida a ocupação do segurado nem a data do início do problema médico.

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O auxílio é dado para quem, por motivo de doença ou acidente, fica impedido de trabalhar por mais de 15 dias seguidos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, exceto os domésticos, os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador e a Previdência Social paga a partir do 16.º dia de afastamento do trabalho. Para os demais segurados, a Previdência paga o auxílio desde o início.

A CGU também fez um cruzamento de dados das folhas de fevereiro e setembro de 2012 e identificou 24.503 casos com indícios de irregularidades, seja por acúmulo de benefícios ou pagamentos depois da morte do segurado.

Pelas fiscalizações nas agências, a CGU concluiu que os peritos e os supervisores médicos periciais faltam ou saem mais cedo sem justificativas em pelo menos 250 agências.

Os atrasos sistemáticos superiores a uma hora entre o horário agendado para a perícia e o atendimento ocorre em pelo menos 380 agências, mais de um quarto das unidades do INSS, mesmo depois da implantação do registro eletrônico.

De acordo com a CGU, em pelo menos 822 agências - mais da metade das unidades da Previdência Social -, os procedimentos de verificação da documentação não foram executados conforme as normas.

Ainda segundo a CGU, 412 agências não dispõem de condições físicas mínimas de trabalho para os peritos, incluindo divisórias e lavatório. Outras 636 agências não têm o mínimo de equipamentos para o atendimento, como maca, estetoscópio e aparelho de pressão.

A CGU diz que o INSS começou a adotar medidas sugeridas e conseguiu até novembro do ano passado cancelar 546 benefícios, uma economia de pouco mais de R$ 5 milhões.

O INSS afirmou, em nota, que os problemas estão sendo tratados pela área técnica. "O INSS trabalha continuamente no aperfeiçoamento das suas rotinas de trabalho e de controle, por meio do desenvolvimento de novos sistemas informatizados e do aprimoramento dos seus atos normativos, sempre com vistas à qualificação do processo de reconhecimento de direitos para os trabalhadores brasileiros e à correta aplicação de recursos públicos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quase um ano depois de o PSDB pedir autorização ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para promover uma auditoria sobre o resultado da eleição presidencial de 2014, o partido concluiu na semana passada que não houve fraude no processo.

Um documento elaborado pelo departamento jurídico da sigla deve ser apresentado ao TSE nesta semana, provavelmente na quarta-feira, dizendo que o relatório das urnas não é "conclusivo" em relação a fraudes, mas que o sistema de voto eletrônico "não permite a plena auditagem".

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Segundo o relato de tucanos que tiveram acesso ao documento, o PSDB vai sugerir que o tribunal faça uma série de alterações no sistema de votação, como adoção do voto impresso, unificação do horário da eleição em todo território nacional e aperfeiçoamento do sistema de voto paralelo, adaptando-se ao voto biométrico. Os tucanos pedirão que o TSE faça um "tese de penetração", procedimento que consiste em forjar um ataque de hacker a uma urna em condições normais de uso.

A decisão de promover uma auditoria das urnas foi tomada apenas quatro dias depois do 2º turno das eleições presidenciais do ano passado e foi o primeiro movimento do PSDB de contestação ao resultado do pleito. Em dezembro, o partido abriu outra frente ao protocolar no TSE um pedido de cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff e Michel Temer com alegação de que eles teriam praticado abuso do poder político e econômico na campanha eleitoral.

Com o acirramento da crise política, o julgamento pelo Tribunal de Contas da União (TCU) das contas do governo e no TSE da ação aberta pelo PSDB, o pedido de auditoria se tornou, nas palavras de um tucano, "obsoleto".

A avaliação majoritária do partido é de que a iniciativa acabou se tornando um problema porque reforçaria o discurso governista de que a oposição quer ganhar a eleição no tapetão.

Procurado pela reportagem, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse que não poderia falar sobre a auditoria, pois ela está em sigilo, mas elogiou o tribunal. "O presidente do TSE agiu com correção durante todo o processo e o PSDB reconhece que só foi possível fazer o trabalho de auditoria pela contribuição do presidente daquela Corte."

A assessoria do TSE afirmou que "até o presente momento" não foi protocolado pelo interessado (o PSDB) qualquer manifestação nos autos do processo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Controladoria-Geral da União constatou irregularidades na gestão do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Relatório de demandas externas divulgado pela CGU mostra que, no ano passado, houve divulgação de dados falsos e desvio de recursos públicos. A auditoria, iniciada após denúncias, apurou a execução e o acompanhamento de contratos, além da atuação do órgão no levantamento de dados de produção pesqueira.

As informações inverídicas tratam sobre a produção pesqueira e aquícola nacional. Mesmo com a manifestação contrária de área técnica do órgão quanto à confiabilidade, os dados foram produzidos e divulgados. O relatório está sendo encaminhado para entidades internacionais, como Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e Comissão Internacional para Conservação do Atum Atlântico (ICCAT).

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Também foram constatados pagamentos indevidos a servidores sem a devida comprovação de efetivo trabalho, assim como conflito de interesses na seleção de funcionários terceirizados de empresas contratadas.

Em relação aos contratos e às licitações, o CGU apurou várias irregularidades: direcionamento na contratação de empresa responsável pela locação de veículos ao ministério; inclusão de cláusulas antieconômicas em licitação; pagamentos sem comprovação da prestação de serviços; falhas na condução de processos licitatórios e no aditamento de contratos; desclassificação de empresa licitante sem amparo normativo; falhas na fiscalização; entre outros.

O relatório de demandas externas já foi enviado ao Ministério da Pesca e Aquicultura, que se comprometeu a adotar medidas corretivas. Também houve a criação de comissão de sindicância investigativa e abertura de processos para apuração de responsabilidade, além da elaboração de estudos técnicos para apurar a real necessidade de serviços de locação de veículos.

O documento foi encaminhado ainda ao Tribunal de Contas da união (TCU) e à Corregedoria-Geral da União, área da CGU responsável pela responsabilização de servidores e aplicação das devidas penalidades. Todas as constatações prosseguem sob a análise da Controladoria.

Com informações da assessoria.

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