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Durante passagem no Recife, nesta sexta-feira (4), o advogado José Roberto Batochio, que compõe a equipe de defesa do ex-presidente Lula, definiu como “absolutamente inconstitucional” o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovar a restrição do foro privilegiado para deputados e senadores. De acordo com Batochio, o STF está “legislando” e “usurpando” uma atribuição exclusiva do Poder Legislativo. “Então, nós estamos vivendo aquilo que o ministro Marco Aurélio disse: tempos estranhos, muito estranhos”, disse. 

“O que está disposto na nossa Constituição da República Federativa do Brasil é que, após a diplomação, os membros do Congresso Nacional deverão ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Não disse se era no exercício da função, fora do exercício da função, mas estabelece de uma maneira muito clara. Os romanos já diziam, onde a lei é clara ninguém pode se meter a interpretá-la”, argumentou. 

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Batochio também falou sobre a postura do STF em relação a prisão de condenados na Operação Lava Jato. “Vejo com pesar o STF entrando a legislar. A Constituição diz que nenhum senador e deputado pode ser preso senão em flagrante delito por crime inafiançável. Está escrito na Constituição e o Supremo manda prender Delcídio do Amaral, afasta do cargo o presidente na Câmara, cassa a nomeação de um ministro de Estado por parte de um presidente da República. Quem tem atribuição privativa para nomear ministro de estado é o presidente da República, está na Constituição”, continuou alfinetando. 

O advogado ainda falou que a ditadura do Judiciário é a pior de todas as ditaduras. “Temos que defender a democracia e, para defender a democracia, temos que defender o Judiciário como nós defendemos. Agora está na hora de abrirmos os olhos para não deixar que não entre em processo de falência o Poder Legislativo do nosso país. Sem o Legislativo, não há democracia”, 

 

O mestre em direito penal ainda salientou que os advogados, principalmente, da área criminal são alvo de críticas por parte da sociedade por muitos acreditarem que defendem clientes considerados culpados. “Tem essas coisas de quem é leigo”, declarou. 

 

Um dos advogados do ex-presidente Lula, o mestre em direito penal José Robeto Batochio, desembarcou no Recife nesta sexta-feira (4) para participar do 3º Seminário de Ciências Criminais da União dos Advogados Criminalistas (UNACRIM). Antes do início do evento, em coletiva de imprensa, Batochio falou sobre a prisão do líder petista e fez uma comparação polêmica entre Lula e Jesus ao falar sobre o “veneno espalhado”  que está "arrastando" a opinião pública. 

“Bom isso não é nenhuma novidade nenhuma. Teve um judeuizinho lá, há dois mil anos atrás, que a população também queria prender, matar e acabou crucificando.  Então, a opinião publica apaixonada, leiga, é um perigo quando se trata de fazer o julgamento de uma conduta humana”, declarou. 

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O advogado ressaltou que alguns políticos se mostraram “indignos”, mas que não são todos. “A opinião pública está intoxicada, está envenenada porque alguns parlamentares, alguns políticos se mostraram indignos, mas não são todos. Precisamos separar o joio do trigo. Segundo lugar, o que está a se discutir é muito mais do que isso. Nós estamos a discutir a liberdade do nosso parlamento, nós estamos a discutir a democracia”. 

Segundo Batochio, o tríplex do Guarujá “jamais” pertenceu a Lula. “O presidente Lula está condenado por um apartamento que nunca foi dele. Que não é dele, que ele nunca usou, que nunca ninguém viu o Lula sair de sunga e toalhinha no pescoço do apartamento lá beira-mar. Isso é uma fraude probatória, isso é uma coisa inacreditável. A história vai repor essas coisas em seu lugar. E nós vamos verificar quem eram os que praticavam ilegalidade. O Lula não era. Esse apartamento jamais foi dele, ele jamais usou, aliás, a dona Marisa tinha comprado uma cota seis anos antes”, argumentou. 

Ele também se mostrou positivo em relação ao julgamento dos ministros da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), no “plenário virtual”, sobre o recurso do ex-presidente para deixar a prisão. Os ministros terão até as 23h50 do dia 10 de maio para decidir a questão. “O nosso pedido é o de liberdade. Minha expectativa é positiva. Se se aplicar a lei, parece que a segunda turma está aplicando a lei majoritariamente, então vai prevalecer a verdade”.

Batochio ainda foi questionado se Lula será solto. “Deverá, terá e certamente será”, disse.  

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega estava ao lado da esposa, já pré-anestesiada e sendo conduzida na maca rolante para o centro cirúrgico do Hospital Albert Einstein, quando recebeu o telefonema com a notícia de que estava sendo preso. "Não sei se ela entendeu o que aconteceu, porque eu tive que sair abruptamente, ou o que falei por telefone. Espero em Deus que não", disse o ex-ministro ao seu advogado, José Roberto Batochio, para quem ligou em seguida.

Mantega foi orientado a encontrar os policiais na porta de entrada do hospital para evitar que sua esposa testemunhasse a cena. Segundo o advogado, Mantega ficou "profundamente consternado" por não poder acompanhar a esposa até o local onde ela iria passar por uma delicada cirurgia no cérebro.

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Batochio considerou a prisão um ato "arbitrário, autoritário e desumano". "Apurar, sim. Combater a corrupção, sim. Mas sem essa violência. Isso precisa acabar no Brasil", disse o advogado. Segundo ele, a prisão foi revogada quando as autoridades perceberam que a "desumanidade estava sendo configurada".

O criminalista José Roberto Batochio, defensor de Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (22)  que o ex-ministro da Fazenda "nega peremptoriamente qualquer tipo de diálogo com o empresário Eike Batista". Segundo Batochio, o ex-ministro da Fazenda afirmou a ele que "nunca conversou" com Eike.

O ex-ministro foi preso com base na acusação do empresário que afirma ter repassado US$ 2,3 milhões para o PT a pedido de Mantega. Nesta quinta, o ex-ministro foi preso pouco antes de 7 horas da manhã no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde acompanhava a mulher em um procedimento cirúrgico.

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Ele foi levado à sede da Polícia Federal, mas não chegou a depor. Seria transferido para a PF em Curitiba, base da Lava Jato. Antes disso, porém, o juiz Sérgio Moro revogou a ordem de prisão temporária do ex-ministro.

"Não houve nenhum encontro com Eike. O ministro Mantega assegura que jamais tratou com o senhor Eike sobre contribuição de campanha, sobre pagamento de despesas eleitorais. Portanto, o depoimento desse empresário é absolutamente falso", reagiu o criminalista José Roberto Batochio.

Na avaliação do advogado de Mantega, Eike Batista "percebeu que estava sendo investigado e, possivelmente, seria alcançado pela mão da Polícia Federal". "Então, procurou espontaneamente o Ministério Público Federal e fez um escambo, 'se não me prenderem posso acusar alguém importante'", afirmou Batochio.

Eike não fez delação premiada, mas para Batochio o empresário agiu como colaborador em busca de benefícios.

O advogado fez uma ironia com o fato de, ao denunciar Lula por corrupção e lavagem de dinheiro, a Procuradoria da República classificar o governo do petista de propinocracia. "Essa violência contra Guido Mantega mostra que a delação premiadocracia produz deformidades monstruosas. É preciso acabar com a delação premiadocracia ou vamos entrar numa conflagração social.", disse. "As liberdades individuais e as garantias pessoais estão sequestradas no Brasil e o cativeiro é o Paraná (sede da Lava Jato). Urge libertar as liberdades."

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