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O Supremo Tribunal Federal (STF) comunicou nesta segunda-feira ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que não poderá dar acesso a pontos do inquérito da Operação Monte Carlo, que trata do envolvimento de parlamentares no esquema comandado pelo empresário de jogos de azar, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, por se tratar de assunto sigiloso, protegido por lei. A informação é do corregedor-geral do Senado, Vital do Rego (PMDB-PR), que se reuniu hoje com Sarney e o líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros, para tratar da indicação do presidente do Conselho de Ética, que vai avaliar a abertura de processo contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), um dos suspeitos de envolvimento com Cachoeira.

O atual vice-presidente do Conselho, senador Jaime Campos (DEM-MT), alegou que se sente impedido de assumir a presidência do órgão para julgar Demóstenes, por se tratar de um ex-colega de partido.

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Vital disse ter sido convidado por Renan para assumir a presidência do Conselho, mas antes quer ver se pode permanecer na corregedoria. O presidente do Senado disse que impreterivelmente o Conselho de Ética será instalado amanhã.

Quanto a decisão do STF de negar acesso a informações do inquérito da Operação Monte Carlo, Vital do Rego disse que a mensagem será lida hoje à tarde em plenário.

Além de elos com políticos, a organização criminosa comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tinha sob suas ordens dois delegados da Polícia Federal e 30 policiais militares, que vazavam informações privilegiadas e driblavam até a ação da Força Nacional de Segurança, quando atuava na repressão a jogos ilícitos em Goiás e nos arredores de Brasília.

De acordo com investigações da Operação Monte Carlo, que levou o contraventor - acusado de comandar uma rede de jogos ilegais - à prisão em fevereiro, R$ 200 mil teria sido o valor pago por Carlinhos Cachoeira para contar com os serviços do delegado da Polícia Federal Fernando Antonio Heredia Byron Filho, também preso na operação.

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Byron integrava o time de interlocutores de Cachoeira que, como o senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO), se comunicava com o contraventor por meio de aparelhos de rádio Nextel habilitados no exterior para tentar escapar de escutas telefônicas. Seu papel era garantir a exploração de máquinas de caça-níqueis, vazar e direcionar investigações, a pedido de Cachoeira, a quem se refere como "guerreiro velho". O contraventor o chamava de "doutor".

Em agosto do ano passado, Byron prestou contas de um serviço para o contraventor e aproveitou para pedir um adiantamento de dinheiro para pagar um apartamento. A conversa telefônica foi interceptada pela operação Monte Carlo. A outro delegado da PF preso na operação, Deuselino Valadares dos Santos, o preço pago por Cachoeira foi bem mais alto.

Conhecido na organização como "Neguinho", Deuselino Valadares foi cooptado quando chefiava a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Superintendência da Polícia Federal em Goiânia. Auditores fiscais atestaram enriquecimento do delegado, incompatível com os rendimentos declarados ao Fisco. Em 2011, ano em que foi afastado do cargo, Deuselino e sua mulher, Luanna Bastos Pires Valadares, teriam comprado à vista uma fazenda no município de Juarina, no Tocantins, por mais de R$ 1 milhão.

As investigações mostram que Carlinhos Cachoeira mantinha esquema de contatos políticos e com agentes da área de segurança, para garantir prosperidade aos seus negócios. Demóstenes Torres transitou nos dois grupos. Do esquema do contraventor também fariam parte seis delegados da Polícia Civil e 30 policiais militares.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma das empresas suspeitas de lavar dinheiro da organização comandada por Carlinhos Cachoeira mantém contrato com o governo do Distrito Federal. Investigações do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal revelam que a máfia dos caça-níqueis usava os serviços do empresário José Olímpio Queiroga Neto para movimentar o dinheiro arrecadado com jogos de azar e manter a estrutura ligada a Cachoeira.

A Emprodata Administradora de Imóveis e Informática, registrada em nome dos filhos de Queiroga, assinou em 30 de dezembro de 2010 contrato com a Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão de locação de área para uma unidade da Praça do Cidadão, serviço similar ao Poupa Tempo paulista, chamado Na Hora.

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O contrato foi renovado em 9 de dezembro, na gestão Agnelo Queiroz (PT), a um custo anual de R$ 494 mil. O acordo passou para a Secretaria de Justiça, comandada pelo delegado e deputado distrital Alírio Neto (PPS). A empresa também tem contrato com o Banco de Brasília (BRB) para criar serviço de autoatendimento. Todos foram feitos com dispensa de licitação.

Segundo o MP, Olímpio é subordinado a Cachoeira na exploração de casas de jogos no Entorno do Distrito Federal. Ele foi denunciado, assim como seus irmãos Raimundo Washington de Sousa Queiroga, Francisco Marcelo Queiroga e Otoni Olímpio Júnior.

"Integrante da quadrilha desde 2004 era o responsável, com a permissão de Cachoeira, por escolher, consentir a presença de pessoas na região de domínio territorial do capo ou excluí-las da atividade, bem como fechar, abrir e transferir pontos de jogos para outros localidades", define a investigação. Olímpio, segue o texto, atuva como "principal interlocutor entre os exploradores diretos, prestando contas a eles e recolhendo e repassando porcentagens sobre o faturamento bruto arrecadado as casa de jogos, como forma de pagamento pela autorização na exploração da atividade - de 25% a 30% dos rendimentos brutos".

Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mostram como José Olímpio usava empresas para movimentar dinheiro do grupo. Em 17 de janeiro de 2011, Rosalvo Cruz, uma espécie de contador do grupo, e Olímpio conversam sobre a necessidade de dar uma "injetada em uma das empresas do grupo". O pedido, segundo Olímpio, veio de Cachoeira. "Não, quem me ligou foi o próprio Carlinhos, mas é porque a pendência lá tá, tá quanto a pendência, você sabe dizer mais ou menos", questiona. O valor a que se referem é de aproximadamente R$ 130 mil, segundo a PF.

A Perícia Criminal Federal analisou os principais destinatários e remetentes de recursos das empresas. A Emprodata, além de passar dinheiro paras outras empresas dos Queirogas, transferiu recursos a laranjas. No período analisado, a empresa movimentou mais de R$ 2 milhões.

Uma das formas da movimentação, diz o MP, foi através de Cláudio Kratka. Ele operaria como agiota, como uma espécie de instituição financeira ou como factoring, facilitando a introdução no sistema financeiro de valores milionários. "Desse modo, poderia ser peça auxiliar no ciclo da lavagem de dinheiro quando da aquisição de inúmeros bens móveis e imóveis." Kratka enviou cerca de R$ 1,3 milhão para as empresas de Queiroga.

Kratka foi funcionário do BRB de 1974 a setembro de 2011. "A consequência dessa intermediação de Kratka indica uma grande operação muito bem estruturada para a lavagem de dinheiro oriundo de uma estrutura criminosa organizada para a corrupção de agentes públicos e exploração de jogos de azar, onde Cláudio cobra 6% para efetuar essa troca", diz a PF. Estima-se que ele tenha recebido cerca de R$ 200 mil.

O porta-voz do DF, Ugo Braga, disse que o governo vai pedir informações à PF sobre o envolvimento da empresa nas investigações e no suposto esquema de lavagem e abrir auditoria para apurar eventuais irregularidades no contrato e no serviço. O Grupo Estado não localizou Olímpio nem Kratka. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os advogados do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar um esquema de jogos ilegais, pediram à Justiça sua remoção do presídio federal localizado em Mossoró, no Rio Grande do Norte. A defesa argumenta que Carlinhos Cachoeira não deveria ser submetido aos rigores do sistema prisional federal, com diversas restrições que não são aplicadas em outros presídios.

No pedido, a defesa não pede a transferência para alguma penitenciária específica. Pede apenas que Cachoeira seja transferido para alguma penitenciária que fique mais próxima da família, que vive em Goiás, e dos advogados, sediados em São Paulo.

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Dora Cavalcanti, uma das advogadas que defende Carlinhos Cachoeira, argumenta que as normas de segurança estabelecidas no presídio federal atrapalham o trabalho da defesa. "Não podemos entrar com nenhuma anotação. Mesmo se tivéssemos uma memória de elefante teríamos dificuldade para discutir com nosso cliente partes do processo", diz. Além de Dora Cavalcanti, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos faz a defesa do empresário suspeito de chefiar a chamada "máfia dos caça-níqueis".

Ela afirma que é a primeira vez que Carlinhos Cachoeira é preso e argumenta que seu cliente não tem se comportado mal ou tentado cometer alguma irregularidade dentro do presídio, como contrabandear um celular para dentro da carceragem.

Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro. Sua transferência para a penitenciária de segurança máxima de Mossoró foi pedida pelo Ministério Público e deferida pela Justiça Federal em Goiás. O pedido de transferência, protocolado na terça-feira, foi encaminhado para parecer do MP e deverá ser decidido apenas na próxima semana. Pelo menos até lá, Carinhos Cachoeira continuará submetido ao rigor do sistema federal.

Os advogados de Cachoeira pediram um habeas corpus no final de março. A Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região negou, por unanimidade, o pedido de liberdade. Os desembargadores julgaram que era preciso manter Cachoeira preso para garantir a manutenção da ordem pública.

De acordo com informações do Ministério da Justiça, o Sistema Penitenciário Federal tem rotinas rígidas de controle de acesso, trânsito e permanência de pessoas nos presídios. Pelas regras, é permitida uma visita por semana com duração de três horas. A visita íntima é quinzenal, com duração de uma hora. Durante a maior parte do dia, o preso fica em cela individual.

A investigação feita pela Polícia Federal e os grampos autorizados pela Justiça apontaram o envolvimento do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com o esquema chefiado por Cachoeira. O senador se desfiliou do DEM para evitar um processo de expulsão e pode ser cassado por quebra de decoro parlamentar. Dados do processo ainda levantam suspeitas contra dois deputados e os governos do Distrito Federal e de Goiás.

Grampos da Polícia Federal indicam que um integrante do governo Agnelo Queiroz (PT) participou de uma operação para direcionar um contrato milionário, que vai girar até R$ 60 milhões por mês ao grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado como o chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás e no Distrito Federal.

Diálogos interceptados na Operação Monte Carlo evidenciam que Milton Martins de Lima Junior, diretor financeiro e administrativo do DFTrans, órgão que gerencia o transporte público do governo do Distrito Federal, negociou com os contraventores para que a organização obtivesse a concessão para a bilhetagem eletrônica dos ônibus. A PF suspeita de eventual pagamento de propina. O diretor nega.

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As conversas, gravadas em junho de 2011, mostram Carlinhos Cachoeira orientando um de seus principais aliados, Gleyb Ferreira da Cruz, a negociar o contrato com o governo do DF.

O objetivo do contraventor era firmar uma sociedade com a Delta Construções, empresa suspeita de participação no esquema, para explorar o serviço. Dias antes, o governo do DF havia assumido a bilhetagem eletrônica, antes a cargo dos empresários do setor, e buscava um novo parceiro privado para operá-la.

Ao ouvir do parceiro que o negócio pode render, conforme estimativa, o equivalente a R$ 60 milhões por mês, Cachoeira se anima e avisa que acionará outro emissário para negociar com o diretor do DFTrans: "Pois é, porra! Tem que fazer contratar direto a Delta... tem que por o Cláudio amanhã com o Milton, entendeu?"

Em duas situações, o chefe do esquema pergunta a Gleyb quem é Milton, ouvindo que se trata do diretor que foi nomeado para organizar o DFTrans e detalhes de sua vida pregressa, como a atuação na Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). "Pois é, agora nós temos que pegar o negócio, então, nós temos que fazer o edital, uai", anima-se Cachoeira na conversa gravada. Ao ouvir que o governo do DF tinha urgência no serviço, ele sugere que o contrato seja feito sem licitação, em caráter emergencial.

Em conversa gravada no dia 14 de junho, Gleyb diz ao chefe, por volta das 19h30, que está aguardando Milton para um jantar. "Tem que chamar o cara, porque esse cara tem que tá junto... Fala assim, ó, não, a Delta tem interesse...", comenta Cachoeira. "A gente puxa o negócio lá e a Delta é que faz o serviço", responde Gleyb.

Por volta das 22h45, após o horário do encontro, o contraventor ouve de seu emissário o que seria o resultado da negociação: "O Milton, ele topa, num tem problema, não, agora tem que ver... a porcentagem que eu falei com ele... que eu falei pra gente fazer gestão cinquenta cinquenta e a gente usaria a nossa empresa usando a tecnologia da EB no negócio".

Esquema

No dia seguinte, por volta do meio-dia, Carlinhos Cachoeira pede a Cláudio (que não é identificado) que converse com o diretor da DFTrans e diz que Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, avaliará se entra no negócio, que poderá ser firmado sem licitação.

"Nós temos que pegar pra tocar e contratar, porque eles estão apaixonados no sistema dos coreanos. A gente contrata o sistema e faz o negócio do DFTrans. Rapaz, é um negócio de sessenta pau por mês, e dá pra aumentar trinta por cento, quer dizer, se a gente pegar um porcentual do aumento na licitação", explica.

O DFTrans ainda não definiu qual será a nova parceira para a bilhetagem. Segundo a empresa, a contratação ainda deve ser feita, possivelmente no mês que vem e em caráter emergencial, após a licitação para a escolha das novas concessionárias do transporte público, recém-lançada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse nesta segunda-feira que acompanha com atenção as denúncias que sinalizam o estreito relacionamento entre parlamentares e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. "Todas as denúncias sobre este caso são muito graves e dão conta de um envolvimento não adequado entre senadores e deputados que tinham um relacionamento com o cidadão chamado Carlos Cachoeira", afirmou. "São denúncias graves que chocam a todos e que vão precisar ser investigadas no âmbito do Judiciário e no âmbito da Câmara."

O parlamentar, que participou nesta manhã de um evento sobre agenda legislativa, promovido pela FecomercioSP, declarou também que aguarda a análise técnica e as informações solicitadas à Procuradoria Geral da República (PGR) para tomar uma decisão sobre a abertura de uma CPI para investigar o caso. "Tem casos que nem vão precisar de CPI, vão direto para o Conselho de Ética, mas vão depender das informações (da PGR)". O parlamentar argumentou que ainda não tem uma opinião pessoal sobre abertura de CPI.

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Indagado sobre um possível envolvimento do deputado petista Rubens Otoni (GO) com Cachoeira, Maia afirmou que as denúncias contra o colega do PT não são novas e são discutidas pelo partido em Goiás desde 2004. "O deputado não aparece em situação de investigação da Polícia Federal, tanto no âmbito anterior como nesta operação."

O empresário Carlos Augusto Ramos continua a assustar o PT. Nos últimos dias começaram a circular dois vídeos em que o empresário oferece R$ 100 mil para o deputado Rubens Otoni (PT-GO). Os vídeos foram divulgados na página da revista Veja na internet. Neles, Otoni é orientado a não declarar o recebimento do dinheiro.

Carlinhos Cachoeira, como é conhecido o empresário, foi preso pela Polícia Federal no início do mês, depois de uma investigação sobre a exploração de máquinas caça-níqueis. De acordo com a Operação Monte Carlo da PF, Cachoeira mantinha contato com políticos goianos e tinha a seu serviço policiais militares e civis, além de um policial rodoviário federal.

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Em 2004, a divulgação de um vídeo em que Cachoeira aparecia negociando propinas com o petista Valdomiro Diniz, então assessor do ministro José Dirceu (Casa Civil), arrasou com a festa de 24 anos do PT, comemorada na mesma semana em que o escândalo foi revelado. No início deste mês Valdomiro foi condenado a 12 anos de prisão pela Justiça do Rio de Janeiro, por envolvimento em irregularidades quando presidia a Loterj, a loteria do Rio.

Otoni disse que a conversa com Cachoeira ocorreu em 2004. Na época, era candidato a prefeito de Anápolis, cidade que fica a 45 quilômetros de Goiânia. Disse que fora procurado por políticos e empresários para ajudar Cachoeira a reerguer uma empresa de produtos farmacêuticos, a Vitapan. Otoni disse ainda que não ajudou Cachoeira, tornou-se seu desafeto e desde então é chantageado com a possibilidade de divulgação do vídeo.

Os contatos com o empresário têm feito mal aos políticos goianos. Na operação da PF, descobriu-se que Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) trocaram quase 300 telefonemas. Em discurso no Senado, nesta semana, Demóstenes reconheceu que ganhou uma cozinha de cerca de R$ 30 mil de Cachoeira, mas disse que não tem negócios com ele. Demóstenes pediu para ser investigado. Como tem foro privilegiado, as investigações só podem ser abertas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Um adolescente, de 14 anos, morreu ontem ao cair de uma cachoeira de aproximadamente 70 metros de altura em um parque localizado no município de Santa Leopoldina, na região Serrana do Espírito Santo.

Segundo o corpo de bombeiros, que foi acionado para socorrer a vítima por volta das 23 horas, o garoto teria pulado a cerca que separa uma piscina de água natural da Cachoeira Véu de Noiva e teria escorregado. O corpo foi retirado apenas algumas horas depois, por volta das 2 horas de hoje, com várias fraturas, de acordo com os bombeiros.

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