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A prefeitura de Mariana (MG) decretou nessa segunda-feira (25) estado de calamidade financeira. A decisão levou em conta os impactos da paralisação da Mina da Alegria, da Vale, anunciada na semana passada.

A medida, segundo informações da prefeitura, vai causar cortes em diversos setores, como educação, saúde e desenvolvimento social. Cerca de 700 funcionários devem ser demitidos.

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De acordo com a prefeitura, a paralisação da Mina da Alegria agrava as dificuldades que vêm desde o rompimento da barragem da mineradora Samarco, no Complexo Minerário de Germano. Na tragédia, ocorrida em novembro de 2015, dois distritos no município foram destruídos, 19 pessoas morreram e diversas outras cidades da bacia do Rio Doce sofreram impactos socioambientais. Desde então, a Samarco está com suas atividades paralisadas.

Antecipação

O portal da prefeitura publicou trechos do pronunciamento realizado à tarde pelo prefeito Duarte Júnior (PPS), no qual ele justificou o decreto de calamidade financeira. “A nossa arrecadação mensal será de aproximadamente R$ 12,7 milhões. Em 2014, período em que a Vale e a Samarco ainda atuavam, esse valor chegava a cerca de R$ 30 milhões ao mês”, disse.

Caso a situação se mantenha, o prefeito avalia que a receita de Mariana sofrerá uma queda de R$ 92 milhões em 2019. A principal perda está relacionada com a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), conhecida como royalty do minério, embora outros tributos, como o Imposto Sobre Serviços (ISS), também sejam impactados.

Para tentar contornar a situação, a prefeitura entrará com duas ações contra a Vale. Em uma delas pedirá a antecipação de uma indenização à Mariana e na outra irá requerer a manutenção de pagamentos equivalentes ao valor da CFEM, mesmo que  a mineradora não esteja operando. “Somos reféns da mineração e precisamos de socorro do Poder Judiciário para que as mineradoras mantenham os serviços essenciais que dependem desse recurso”, disse o prefeito.

Responsabilidade

Duarte Júnior responsabilizou a Vale pela crise financeira do município e lembrou ainda que a mineradora é uma das acionistas da Samarco, ao lado da anglo-australiana BHP Billiton.

“A Vale é responsável por tudo que esta acontecendo em Mariana, por toda essa crise. Sendo assim, ela tem que arcar com os prejuízos do seu dano. Quem sofre com tudo isso é a população e não vou permitir que ela pague por irresponsabilidade de empresa alguma”, afirmou.

Em nota, a mineradora afirmou que recolhe todos os tributos incidentes em suas operações de acordo com a legislação vigente. "A Vale vem mantendo diálogo permanente com os municípios de Minas Gerais. Isso inclui a comunicação sobre as paralisações das operações", informa o texto.

Acordo

Medidas similares às que Mariana irá pleitear na Justiça fazem parte de um acordo obtido pela prefeitura de Brumadinho (MG), após tragédia ocorrida há dois meses, quando uma barragem da Vale na Mina do Feijão se rompeu causando centenas de mortes.

Há cerca de duas semanas, o prefeito de Brumadinho, Avimar Barcelos, anunciou um acordo com a mineradora. Segundo ele, mesmo que ela não esteja operando no município, por pelo menos dois anos, estão assegurados os pagamentos equivalentes ao valor da ISS e da CFEM.

A Mina de Alegria teve suas operações paralisadas conforme anúncio feito pela Vale na última quarta-feira (20). Na ocasião, a mineradora afirmou em nota que adoção da medida se deu em caráter preventivo.

"Sob condição de estresse, os resultados obtidos nas análises preliminares de suas estruturas foram inconclusivos, não sendo possível garantir sua estabilidade sob tais condições", diz o texto divulgado. De acordo com a Vale, tão logo os estudos dessem garantias de segurança, as operações seriam retomadas.

A crise que já levou vários Estados brasileiros a decretarem calamidade financeira atinge também municípios do interior de São Paulo. Com uma dívida de R$ 150 milhões e sem condições de pagar os compromissos, o prefeito de Mococa, Felipe Niero Naufel (PSDB), decretou situação de calamidade administrativa no município, na terça-feira (5). Ele deu prazo de 30 dias às secretarias municipais para um "pente fino" em todos os contratos. Naufel, que assumiu a prefeitura no dia 2 de agosto de 2018, com a renúncia do prefeito anterior, afirma que encontrou uma situação de caos econômico. Ele quer a revisão de todos os contratos assinados nos últimos dez anos.

Em Queluz, depois de contingenciar gastos com horas extras, energia, combustíveis e telefonia, a Prefeitura abriu um plano de demissões voluntárias (PDV) para os servidores. O objetivo é reduzir a folha de pagamento dos cerca de 500 funcionários que chega a R$ 1,4 milhão por mês. Até o fim de janeiro, mais de 30 servidores tinham aceitado se demitir em troca de benefícios como pagamento de um ano de salário base, em 12 parcelas, aviso prévio, férias e 13.º salário proporcional. Com as demissões já efetivadas, a economia é de R$ 600 mil ao ano, incluindo salários e encargos.

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Em Apiaí, após decretar calamidade financeira no fim do ano passado, a prefeitura demitiu cerca de 80 funcionários aposentados, mas foi obrigada a rever a decisão. Liminares da Justiça do Trabalho determinaram a readmissão dos demitidos, considerando que eles eram servidores contratados por concurso e tinham estabilidade.

O juiz da Vara do Trabalho de Sorocaba, Marcelo Bueno Pallone, considerou a medida ilegal e disse que as dificuldade financeiras para pagamento da folha de pessoal e fornecedores, "além de outras mazelas financeiras pelas quais notoriamente têm passado diversos municípios", não podem ser resolvidas com o atropelo da lei.

Gastos

O juiz assinalou: "Há muitas formas de se perseguir corte de gastos públicos em conformidade com a Constituição Federal, tais como, à guisa de meros exemplos, a redução de cargos em comissão, estes sim, de livre exoneração, redução de gastos com fornecedores e trabalhadores terceirizados, dentro muitas outras que competem exclusivamente ao Poder Executivo." A prefeitura informou ter adotado medidas legais e fundamentais em momento de crise financeira, visando a superação das dificuldades e para alcançar a regularização financeira almejada.

Em Presidente Prudente, decreto do prefeito Nelson Roberto Bugalho (PTB) determinou a demissão de ocupantes de cargos de comissão, restrição no uso de celulares, redução de 20% nos gastos de todas as secretarias, suspensão de gratificação dos servidores e pente-fino em novos contratos públicos. O prazo para a revisão de contratos de serviços e compras vai até 28 de fevereiro. O objetivo é reduzir os valores em 20%.

Dos comissionados, 5% já foram demitidos e outros 5% serão desligados até 15 de abril. A expectativa é de economizar R$ 1,2 milhão no ano. A partir da próxima segunda-feira, como parte das medidas para redução de gastos, unidades de saúde terão redução de até quatro horas no horário de atendimento.

Estados

Em 20 de janeiro, com salários do funcionalismo atrasados e sem recursos para bancar despesas com saúde, Goiás foi o sétimo Estado a decretar calamidade financeira. Desde o início do ano, Roraima, Rio Grande do Norte e Mato Grosso publicaram decretos neste sentido. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul estão em estado de calamidade financeira desde 2016. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, assinou nesta segunda-feira, 21, decreto estabelecendo situação de calamidade financeira no Estado. O decreto, que depende de aprovação da Assembleia Legislativa, foi encaminhado à Casa e os deputados estaduais convocados emergencialmente para votá-lo em sessão extraordinária marcada para terça-feira.

Com salários do funcionalismo atrasados e sem recursos para bancar despesas com saúde, Goiás é o sétimo Estado a decretar calamidade financeira. Desde o início do ano Roraima, Rio Grande do Norte e Mato Grosso publicaram decretos neste sentido. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul estão em estado de calamidade financeira desde 2016.

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Ao decretar situação dessa natureza, o Estado pode parcelar dívidas com fornecedores, atrasar a execução de despesas obrigatórias, antecipar receitas e fazer contratações com dispensa de licitações. Há ainda a possibilidade de flexibilização algumas regras da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), como ficar temporariamente liberado de cumprir prazos de controle de despesas de pessoal e de limites de endividamento, atingir as metas fiscais e utilizar o mecanismo da limitação de empenho.

Há duas semanas, uma missão do Tesouro Nacional visitou Goiás a pedido do governador para verificar se o Estado poderia se enquadrar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do governo federal, que permite, entre outras coisas, a suspensão do pagamento da dívida.

De acordo com o Tesouro Nacional, com base nos dados de 2017, o Estado não atende às condições para entrar no regime e os dados de 2018 ainda não foram publicados para serem analisados. O órgão solicitou novas informações ao Estado para fazer um relatório final.

Segundo o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou, a missão já sinalizou às autoridades goianas que dificilmente o Estado se enquadrará nas regras do regime. Por isso, o governador decidiu decretar estado de calamidade financeira, para ganhar um respiro e tentar colocar organizar a situação.

Além disso, Caiado e outros governadores pressionam o Tesouro para que outra solução possa ser encontrada para ajudar os Estados que estão em situação fiscal difícil, mas não se enquadram no RRF. Até agora, apenas o Rio de Janeiro ingressou no RRF oficialmente, mas, mesmo assim, enfrenta dificuldades para cumprir exigências como a privatização da Cedae (companhia de água e esgoto do Rio). O Rio Grande do Sul tem um pré-acordo firmado que desobriga o governo de pagar a dívida com a União enquanto não resolve pendências para aderir ao programa, como a venda do Banrisul.

 

Déficit

Em entrevista ao Broadcast no início do mês, a secretária de Fazenda de Goiás, Cristiane Alkmin, disse que o governo herdou o Estado com apenas R$ 11 milhões no caixa e uma dívida de mais de R$ 3 bilhões que incluiu a folha do Executivo de dezembro e fornecedores que não foram pagos. Segundo ela, se o Estado não conseguir aderir ao RRF, o ajuste será mais profundo e o salário de dezembro, que ainda não foi pago, parcelado em mais vezes. "Sem a ajuda federal, a dor é muito maior. (O ajuste) terá de ser feito de maneira mais rápida e intensa e quem sofre é a população", disse.

Segundo a secretária, Goiás já se enquadra em dois dos três critérios para aderir ao RRF, mas há dúvida sobre o terceiro, que determina que a receita corrente seja menor que a dívida consolidada líquida. Cristiane diz que isso está pendente porque o governo anterior, de José Eliton (que assumiu no ano passado quando Marconi Perillo, PSDB, saiu para concorrer ao Senado), não empenhou R$ 1,8 bilhão dos salários de dezembro dos funcionários e que, se isso tivesse sido feito, o Estado estaria enquadrado.

Ela disse que Goiás atende aos outros dois critérios: gastos com pessoal e juros superiores a 70% das receitas (no Estado ultrapassa os 80%) e obrigações de pagamento acima do fluxo de caixa, condição que já ocorre desde 2017.

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, disse que pretende decretar nesta quinta (17) estado de calamidade financeira. Ele esteve com o ministro da Economia, Paulo Guedes, pedindo a liberação de recursos do Fundo de Apoio às Exportações (Fex). Segundo o governador, seriam aproximadamente R$ 500 milhões para o Estado garantir sua "sobrevivência" nos próximos meses.

"A liberação do Fex neste momento seria um canudinho para que possamos não morrer afogados", disse Mendes. Segundo ele, Guedes ficou de estudar a possibilidade de fazer a liberação aos Estados, o que depende de espaço no Orçamento e no teto de gastos. O último repasse ocorreu no fim de 2017, no valor de R$ 1,9 bilhão.

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Mato Grosso está com o pagamento dos salários de servidores de dezembro e do 13º atrasado. Segundo o governador, metade das viaturas policiais saíram de circulação no último mês por falta de recursos para manter o serviço. "É o colapso do serviço público", disse.

Mendes reconheceu que o Estado precisará adotar medidas duras, mas disse que algumas delas já foram propostas à Assembleia Legislativa, como a elevação da alíquota previdenciária de servidores de 11% para 14%. O governo estadual também tem planos de tributar o agronegócio.

Segundo ele, as gestões anteriores promoveram um "aumento irresponsável de despesas do Executivo", que extrapolaram o crescimento da arrecadação. Agora, disse o governador, será preciso traçar um plano para reduzir despesas e ampliar as receitas do Estado.

Mendes disse que vai trabalhar pela aprovação da reforma da Previdência. Segundo ele, Mato Grosso deve ter um déficit de R$ 1,6 bilhão só na Previdência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, decretou estado de calamidade financeira no estado por causa da grave situação econômica e fiscal. A primeira medida após a posse ainda precisa ser aprovada pela Assembleia Legislativa.

Segundo a assessoria do governo, o decreto de calamidade integra o Plano Estadual de Recuperação Fiscal, lançado hoje (2), e que contém outras medidas que visam reduzir custos e controlar as despesas. Os outros cinco decretos anunciados preveem a revisão das despesas de custeio, o retorno aos órgãos de origem de servidores civis e de militares cedidos, institui o horário de funcionamento do Poder Executivo das 8h às 14h, cria o comitê estadual de negociação coletiva com os servidores públicos e o comitê de gestão e eficiência no âmbito do Poder Executivo.

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O plano foi apresentado em reunião com representantes dos poderes Legislativo e Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas, Defensoria Pública, da classe empresarial e de diversas categorias de servidores públicos que integram o Fórum dos Servidores estaduais.

“Estas medidas têm a finalidade de construir condições de governabilidade. Hoje temos um déficit orçamentário de R$ 2,57 bilhões, sendo R$ 420 milhões em salários, R$ 1,3 bilhão com fornecedores, R$ 120 milhões referentes a consignados descontados dos servidores e não repassados aos bancos, R$ 100 milhões de repasses aos outros poderes e R$ 70 milhões de precatórios não pagos em 2018”, disse a governadora. “O decreto não é para alarmar, mas para alertar a sociedade sobre a realidade dura na qual se encontra o nosso Estado, um quadro dramático, de colapso financeiro e fiscal”, acrescentou.

Por meio desse decreto, diz o governo, a administração poderá adotar medidas de forma mais ágil para enquadrar as despesas com pessoal dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O objetivo é ganhar tempo para cortar despesas e evitar demissões de servidores comissionados. A folha de pessoal do estado hoje gira em torno de 57% do orçamento.

Com menos de 20 dias de mandato, os novos prefeitos têm enfrentado problemas nos cofres municipais. Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que, até o momento, 43 cidades já decretaram Estado de Emergência Administrativa em todo o país. Além destes, em Pernambuco o número de prefeituras com os mesmos problemas vêm crescendo. 

Três gestores já declararam calamidade financeira e outros estão realizando auditorias nas contas deixadas pelas antigas gestões. Ao encontrar uma dívida de quase R$ 2 bilhões apenas com iluminação pública, o prefeito de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Mozar Filho (PSB), publicou o decreto nessa terça-feira (17). Antes dele, o prefeito de Goiana, na Mata Norte, Osvaldo Rabelo Filho (PMDB), também decretou estado de emergência e revelou ter herdado uma dívida de R$ 10 milhões. 

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No último dia 3, foi a vez do prefeito de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, Clebel Cordeiro (PMDB), notificar a postura. Ele ainda não divulgou de quanto é o desfalque municipal, mas alegou que o antigo gestor, Marcone Libório de Sá (PSB), cometeu infrações na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).  

Entre as cidades que passam por auditorias está São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. De acordo com o prefeito Bruno Pereira (PTB), já foi identificada uma dívida de R$ 7 milhões com folhas de pagamento, além de mais R$ 1,7 milhão. “Ainda estamos recebendo informações, pois assumimos sem nenhum computador. Levaram todos. Teremos que juntar os dados com muito cuidado”, observou o petebista. A expectativa é de que até o fim da próxima semana ele divulgue o rombo nas contas públicas.  

O decreto de calamidade financeira é um ambiente formal de comunicar a sociedade sobre os cortes que serão feitos pelas prefeituras. Por meio deles, ficam vedadas as despesas que dependam de recursos próprios, bem como novas obras, investimentos e contratações. Entretanto, não isentam os gestores de cumprir a legislação. 

Afetada pela crise e sem recursos para pagar em dia fornecedores e funcionários, a prefeitura de Americana, no interior de São Paulo, publicou decreto na quarta-feira (12) considerando o município em estado de calamidade financeira. A medida, assinada pelo prefeito Omar Najar (PMDB), permite ao município justificar judicialmente os atrasos nos pagamentos e pedir socorro financeiro ao Estado e à União. O prefeito alegou que a queda na arrecadação e o endividamento dificultam a gestão adequada dos serviços públicos. Só este ano, os débitos somam R$ 90 milhões.

O decreto vigora durante 120 dias, mas pode ser prorrogado. Nesse período, serão feitos ajustes para reduzir custos. Najar estuda a demissão de 1.500 funcionários, praticamente um terço do quadro, entre eles os comissionados e autônomos para os quais já havia determinação de dispensa pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Assessores e ocupantes do primeiro escalão também podem sair. Um grupo de trabalho foi constituído para definir os cortes.

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Além das demissões, está prevista a devolução do Estádio Décio Vitta à equipe de futebol do Rio Branco e a suspensão de contratos de locação de veículos. Também será enxugada a Guarda Civil Municipal, que tem 350 integrantes. Desde 2015, a prefeitura tem dificuldade para pagar em dia os salários de funcionários, inclusive no setor de saúde. No Hospital Municipal Waldemar Tebaldi, já faltam médicos em algumas especialidades. Os salários dos profissionais terceirizados também atrasaram.

Sem radar

A prefeitura de Vinhedo, também no interior, anunciou cortes de gastos para economizar R$ 14 milhões este ano. Com a crise, em três anos, a receita municipal caiu R$ 148 milhões. O pacote inclui a demissão de todos os funcionários em cargos de comissão e suspensão de contratos de locação de veículos. Prédios alugados para sediar quatro secretarias municipais serão devolvidos. A medida mais polêmica é o desligamento dos oito radares usados para fiscalização eletrônica de velocidade. Por economia, os equipamentos deixarão de autuar motoristas por excesso de velocidade.

Outra saída para cortar despesa foi a de emendar o feriado. Em Monte Alegre do Sul, município de 7,3 mil habitantes na região de Campinas, o prefeito Carlos Alberto de Aguiar (PC do B) assinou decreto na sexta-feira estendendo o feriado de quarta-feira, 12, para esta semana toda. Creches, escolas municipais e postos de saúde ficarão fechados esta semana para economizar. Os moradores reclamam da medida. A prefeitura informou que a decisão se deve à crise financeira e à necessidade de "enxugar gastos para honrar a folha de pagamento". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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