Tópicos | cirurgias eletivas

O aumento de casos positivos de Covid-19 no Estado e o alto índice de profissionais da saúde infectados pela doença fez o governo do Rio suspender as cirurgias eletivas em todos os 92 municípios a partir da próxima semana. A medida tem previsão inicial de durar por 30 dias, prazo que poderá ser revisto de acordo com a situação epidemiológica do Estado.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), um em cada cinco profissionais que atendem em unidades do Estado estão afastados devido à Covid-19. "Excepcionalmente neste momento, por conta da alta incidência da covid aqui no Estado, com acometimento tanto dos profissionais de saúde como de pacientes internados, deliberamos a suspensão da cirurgia eletiva por um período de até 30 dias. Obviamente, isso pode ser revisto num período anterior", declarou o secretário Alexandre Chieppe.

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"Isso visa proteger eventuais pessoas que vão se internar para cirurgias que podem ser postergadas, para evitar que elas venham a se infectar, e também pelo fato de a gente ter uma parte importante dos profissionais de saúde afastados por conta da infecção", sustentou Chieppe.

A SES informou que o detalhamento das ações será informado "nos próximos dias".

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) suspendeu, no período de 8 a 19 de março, a realização de cirurgias eletivas em todas as unidades hospitalares de Pernambuco. Com a medida, o Governo de Pernambuco busca destinar mais leitos para o tratamento de pacientes com Covid-19. A determinação foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (3).

As cirurgias eletivas são as que podem ser adiadas ou reprogramadas sem prejuízo à saúde do paciente. A mesma medida havia sido tomada em 18 de março de 2020, com o retorno em junho de 2020. Em 25 de fevereiro deste ano, Pernambuco anunciou a suspensão das cirurgias eletivas em unidades públicas e privadas de 63 cidades no interior.

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A portaria destaca que seguem mantidos nos hospitais os atendimentos clínicos e cirúrgicos, procedimentos e exames nos serviços de urgência e emergência, consultas e procedimentos ambulatoriais, Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT) e cirurgias eletivas inadiáveis, como as oncológicas, cardiovasculares, transplantes de órgãos e tecidos, entre outras.

Férias suspensas

Na mesma portaria, a SES determina a suspensão de férias dos profissionais de saúde da rede previstas para março e meses consecutivos por tempo indeterminado. A exceção vale para profissionais que necessitarem de férias após o término da licença maternidade. De acordo com a secretaria, fica garantido o valor referente ao terço das férias programadas. "O gozo das férias suspensas fica previsto para momento oportuno, após o término da situação de emergência devido à doença COVID, em comum acordo com a chefia imediata", diz o texto. Também fica mantida a suspensão da licença prêmio, bem como a concessão de licença para trato de interesse particular para os servidores na rede de saúde da SES.

A Secretaria de Saúde de Pernambuco anunciou na tarde desta quinta-feira (25), que - a partir da próxima segunda-feira (1º), as cirurgias eletivas na rede pública e privada serão suspensas na Zona da Mata Norte, Agreste e no Sertão do Araripe. A suspensão deve seguir até o dia 12 de março e a determinação será publicada no Diário Oficial de Pernambuco na sexta-feira (26). 

A iniciativa busca reforçar a capacidade de enfrentamento da Covid-19 com a liberação de mais leitos para as unidades públicas e privadas dessas três regiões. 

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-> Covid: PE terá 'toque de recolher' em 63 cidades até março

Segundo explicado pelo secretário de Saúde André Longo, a Zona da Mata Norte, Agreste e o Araripe enfrentam uma situação delicada na questão da Covid-19, chegando praticamente a ocupação total dos leitos, com repercussão na rede estadual, que em algumas horas do dia chega a representar 90% da sua taxa de ocupação. 

“Mesmo com o vírus circulando de forma homogênea no Estado, as flutuações estão ocorrendo de forma distinta entre as regiões do Estado. Nesta última semana, por exemplo, verificamos alguns casos anormais com maior saturação da rede em parte da Mata Norte, Agreste e Araripe”, salienta.

Na segunda GERES, que tem sede em Limoeiro, foi registrado o aumento de 43% nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), na comparação de uma semana, e de mais de 100% em 15 dias.

"Por lá chegamos a ter todos os leitos de UTI ocupados em algum momento, o que contribui para uma maior pressão na Região Metropolitana do Recife. Na quarta GERES, com sede em Caruaru, tivemos um aumento de 26% em uma semana, e de 31% em 15 dias nas notificações de SRAG. A taxa de ocupação dos 108 de UTI na região chegou em alguns momentos a 100% de ocupação e, neste momento, está em 98%”, detalha Longo. 

No Sertão do Araripe, houve aumento de 43% nos casos de SRAG entre as semanas sete e seis - as taxas de ocupação de leitos também chegou a 98% na região. Diante desses números, André Longo pede o apoio e engajamento da população e dos gestores municipais das 63 cidades dessas três regiões, na tentativa de diminuir as taxas de transmissão do vírus.

Além disso, o secretário assegura que nenhuma medida restritiva, em qualquer outra região do Estado, está descartada. "As decisões do Governo de Pernambuco serão sempre proporcionais ao cenário epidemiológico que estamos vendo. Não podemos antecipar medidas de maneira desproporcional”, pontua.

Hospitais públicos e privados do Sul do País, especialmente em Santa Catarina e no Paraná, estão adiando cirurgias eletivas - que não têm caráter de urgência -, a fim de liberar leitos e esforços para atendimento dos casos de Covid. Em São Paulo, as cirurgias continuam a ser realizadas, mas os hospitais estão em "situação de alerta" com o avanço da pandemia.

Em Curitiba, a secretária de Saúde, Márcia Huçulak, solicitou que as cirurgias eletivas fossem suspensas a partir de ontem, em hospitais públicos e privados que atendem pelo SUS. A suspensão é temporária, mas não há uma data para retomada dos procedimentos. "É possível que tenhamos um aumento de internações na próxima semana. A medida é de precaução para destinarmos um pouco mais de leitos e ninguém ficar sem assistência", disse a secretária.

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Cirurgias eletivas são aquelas marcadas com antecedência, não urgentes. Adiar uma cirurgia significa destinar leitos e cuidados hospitalares para as emergências impostas pelo novo coronavírus.

De acordo com o governo do Paraná, três hospitais de Curitiba estão com 100% de ocupação nos leitos de UTIs exclusivos para pacientes com coronavírus. Ontem, Curitiba relatou mais de 1.500 novos casos da Covid-19 e ultrapassou a marca de 60 mil casos. "Semana passada, saímos do patamar de 300 a 400 casos por dia e pulamos para 700", disse a secretária.

Hospitais de Santa Catarina também estão adiando cirurgias. As cidades de Florianópolis, Balneário Camboriú e Itajaí já adotaram a medida. A próxima deve ser Criciúma, que também registra aumento significativo do número de internações. O secretário de Saúde, Acélio Casagrande, explica que o número de pacientes internados com Covid saltou de 21 para 107 nos dois hospitais da cidade. O recorde, de 128 internações, aconteceu entre abril e maio.

Dos 30 leitos reservados no Hospital Florianópolis, referência para Covid, apenas quatro estavam ontem disponíveis. O Hospital Celso Ramos está com lotação de 95% na UTI.

Adiamentos

Uma portaria de 11 de novembro, da Secretaria de Saúde, autoriza o adiamento das cirurgias, quando atingida a ocupação de 80% dos leitos de UTI, explica Ramon Tartari, superintendente de Serviços Especializados da secretaria.

No Rio Grande do Sul, a pressão ainda não é tão grande. O epidemiologista Natan Katz, secretário de Saúde adjunto, revela que a cidade tem entre 200 e 240 pacientes internados nos 11 hospitais. O Hospital Moinhos de Vento, um dos mais importantes da cidade, chegou a restringir o atendimento de novos pacientes com a Covid-19 por 48 horas no fim de outubro, por causa da lotação da unidade de internação, da emergência e do CTI Covid.

"Infelizmente, estamos em um momento de retomada dos casos. Se tivermos uma recrudescência da pandemia, seguramente isso vai acontecer e teremos de adiar as eletivas", diz o epidemiologista e professor da UFRGS.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), criará uma fila única para cirurgias eletivas em todos os estados do País para o Sistema Único de Saúde (SUS). Governos estaduais e municipais terão 40 dias para integrar informações sobre as demandas e o projeto nos municípios.

A ação pretende dar transparência e agilidade ao atendimento dos pacientes, que muitas vezes, ficam na espera de uma fila em um único hospital e deixam de concorrer a vagas em outras unidades da região.

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“Hoje, o estado tem uma fila, a prefeitura tem outra, o hospital tem sua fila, e isso não é possível nesse sistema. Quando a pessoa sai do ambulatório, ela precisa ser encaminhada para uma fila geral, e não para a fila do hospital. Precisamos mudar essa lógica para que possamos organizar o atendimento de forma justa”, explica o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Cirurgias eletivas são procedimentos realizados por meio de marcação, ou seja, sem caráter de urgência e emergência, para todas as realidades e as demandas para realização dos procedimentos são elevados. De acordo com informações do Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) pretende traçar um total de 800.559 cirurgias aguardando realização, sendo a maior demanda na especialidade de traumatologia e ortopedia, sendo 182.003 cirurgias, com significativa expressão também para as cirurgias gerais, sendo 161.219 cirurgias.

O candidato a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), prometeu, nesta quarta-feira (27), que, se eleito, vai intensificar o atendimento na saúde na rede hospitalar estadual. Entre outras propostas, o candidato sugeriu a criação de um terceiro turno para a realização de cirurgias eletivas nos hospitais onde elas já existem, na Região Metropolitana e no interior. Atualmente, as cirurgias eletivas são feitas pela manhã e pela tarde. “É uma meta perfeitamente possível”, reforçou ao conceder entrevista a uma rádio local.

Armando voltou a defender a priorização da atenção básica e da saúde preventiva. “É claro que é necessária à construção de hospitais, mas hospital não cuida de saúde, cuida de doença”, explicou. Segundo o candidato a intenção "é universalizar da cobertura do Programa de Saúde da Família (PSF)" em Pernambuco. Dados do Ministério da Saúde indicam que o Estado é coberto hoje por 70% do programa. Para o petebista, a ampliação para 100% é possível por meio da conjugação de várias medidas. 

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“Isso poderemos fazer com o programa Mais Médicos Pernambuco, com a fixação dos profissionais no interior por meio da implantação da residência médica nos hospitais regionais e a ampliação do número de vagas dos cursos de medicina que a Universidade de Pernambuco (UPE) oferece em Serra Talhada e Garanhuns”, afirmou o candidato.

JOÃO PESSOA (PB) - Está proibida, a partir desta quinta-feira (25), a realização de cirurgias não-emergências no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU), em João Pessoa. A decisão foi tomada pelo Conselho Regional de Medicina na Paraíba (CRM-PB), após vistoria feita nesta manhã.

De acordo com o diretor de fiscalização do CRM, Eurípedes Mendonça, não há condições para continuar os atendimentos no HU até que normas de saúde sejam atendidas. O diretor do centro cirúrgico do Hospital, Geraldo Almeida, confirmou os problemas e informou que o trabalho vinha sendo feito em condições mínimas.

“Falta muita coisa e nós estávamos cumprindo com nossas funções com precariedade. Quando não tem condições de trabalhar, a equipe perde até mesmo o entusiasmo. Imagina como é ter uma cirurgia marcada para fazer amanhã e não saber se tem material disponível”, falou o diretor.

De acordo com Geraldo Almeida, não havia planejamento na compra de materiais por não ter verba disponível para compra. “Nós informávamos o que seria necessário para duas ou três cirurgias e então a compra era feita”, destacou.

Esta falta de recurso se traduz em números. Segundo o cirurgião, para funcionar perfeitamente, como deve ser um hospital escola, o HU precisaria de R$ 4 milhões mensais em verbas do Governo Federal, mas recebia apenas R$ 1,3 milhão.

“Toda esta discursão já vinha sendo explicitada dentro da administração, mas tudo depende de Brasília, se Brasília não envia, nós não temos”. Após o fechamento do centro cirúrgico para operação eletiva, foi encaminhado a direção do hospital uma série de solicitações para que o problema seja resolvido rapidamente.

“Estão na lista desde material físico, como ataduras e anestesias, até a contratação de mais profissionais, enfermeiros e médicos anestesistas. Pedimos ainda reparos na estrutura, já que há mais de 40 anos o hospital e os equipamentos não passam por melhorias”, detalhou Geraldo Almeida.

Não há um prazo definido para que as determinações sejam cumpridas.

JOÃO PESSOA (PB) - Está proibida, a partir desta quinta-feira (25), a realização de cirurgias não-emergências no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU), em João Pessoa. A decisão foi tomada pelo Conselho Regional de Medicina na Paraíba (CRM-PB), após vistoria feita nesta manhã.

De acordo com o diretor de fiscalização do CRM, Eurípedes Mendonça, não há condições para continuar os atendimentos no HU até que normas de saúde sejam atendidas. O diretor do centro cirúrgico do Hospital, Geraldo Almeida, confirmou os problemas e informou que o trabalho vinha sendo feito em condições mínimas.

“Falta muita coisa e nós estávamos cumprindo com nossas funções com precariedade. Quando não tem condições de trabalhar, a equipe perde até mesmo o entusiasmo. Imagina como é ter uma cirurgia marcada para fazer amanhã e não saber se tem material disponível”, falou o diretor.

De acordo com Geraldo Almeida, não havia planejamento na compra de materiais por não ter verba disponível para compra. “Nós informávamos o que seria necessário para duas ou três cirurgias e então a compra era feita”, destacou.

Esta falta de recurso se traduz em números. Segundo o cirurgião, para funcionar perfeitamente, como deve ser um hospital escola, o HU precisaria de R$ 4 milhões mensais em verbas do Governo Federal, mas recebia apenas R$ 1,3 milhão.

“Toda esta discursão já vinha sendo explicitada dentro da administração, mas tudo depende de Brasília, se Brasília não envia, nós não temos”. Após o fechamento do centro cirúrgico para operação eletiva, foi encaminhado a direção do hospital uma série de solicitações para que o problema seja resolvido rapidamente.

“Estão na lista desde material físico, como ataduras e anestesias, até a contratação de mais profissionais, enfermeiros e médicos anestesistas. Pedimos ainda reparos na estrutura, já que há mais de 40 anos o hospital e os equipamentos não passam por melhorias”, detalhou Geraldo Almeida.

Não há um prazo definido para que as determinações sejam cumpridas.

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