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A presidente Dilma Rousseff divulgou, agora há pouco, uma nota oficial de felicitação ao novo papa Francisco I, eleito nesta quarta-feira (13).

Na breve nota, a presidente lembrou que o papa virá ao Brasil em julho, para a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio de Janeiro.

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Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, é o 266º para da história. Até então, ele era  arcebispo de Buenos Aires. Ele foi eleito por 114 cardeais para ocupar a vaga deixada por Bento XVI, que renunciou no dia 28 de fevereiro deste ano.

Confira a íntegra da nota divulgada pela Presidência da República:

“Em nome do povo brasileiro, congratulo o novo papa Francisco I e cumprimento a Igreja Católica e o povo argentino. Maior país em número de católicos, o Brasil acompanhou com atenção o conclave e a escolha do primeiro papa latino-americano.

É com expectativa que os fiéis aguardam a vinda do papa Francisco I ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude, em julho. Esta visita, em um período tão curto após a escolha do novo pontífice, fortalece as tradições religiosas brasileiras e reforça os laços que ligam o Brasil ao Vaticano.

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil”

O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, disse que a escolha do novo papa, um argentino "demonstra que a Igreja está olhando para o continente latino-americano". Dom Orani disse que a escolha do nome Francisco é indicativo da simplicidade e despojamento que, acredita, o novo papa levará para a Igreja.

"A grande missão do papa é ser sinal de humildade da Igreja, animar católicos a serem bons católicos e organizar internamente a Igreja. Cada um traz consigo a fidelidade e também a novidade", afirmou dom Orani, que disse ter convivido com o cardeal Jorge Mario Bergoglio em 2007, durante a 5.ª Conferência Episcopal Latino-americana, em Aparecida, São Paulo.

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O cardeal argentino foi responsável pela organização e resumo de todos os relatórios. "Ele é a alma do documento de Aparecida. O Espírito Santo quis eleger alguém com espírito missionário e evangelizador que o cardeal Bergoglio demonstrou no documento de Aparecida", afirmou dom Orani.

O arcebispo do Rio disse que será natural a vinda de uma grande quantidade de argentinos e latino-americanos para a Jornada Mundial da Juventude, que acontece em julho, no Rio de Janeiro. Dom Orani lembrou que a primeira jornada na América Latina aconteceu em Buenos Aires, em 1987.

O arcebispo auxiliar do Rio Augusto Antônio disse que não conhece pessoalmente o papa Francisco, mas convive, no trabalho do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), com um dos bispos auxiliares de Buenos Aires, Raul Martí. "O bispo auxiliar sempre se refere ao cardeal Bergoglio como uma pessoa de extrema simplicidade, voltada e dedicada aos pobres, muito próxima do povo, dos que mais necessitam. Em Buenos Aires ele dirigia o próprio carro, um Fusca", disse dom Augusto Antônio.

Dom Orani disse acreditar que a escolha do nome Francisco pode ser uma homenagem a São Francisco de Assis, pela simplicidade, e também a São Francisco Xavier, que foi jesuíta como o novo papa. O arcebispo do Rio vai realizar na quinta-feira (14), às 18 horas, uma missa de ação de graças pela escolha do papa na Igreja Nossa Senhora do Carmo, a antiga Sé, no centro do Rio.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) celebrou nesta quarta-feira (13) a eleição do argentino Jorge Mario Bergoglio, Francisco I, como primeiro Papa latino-americano, nascido no "continente da esperança".

A CNBB considerou que a escolha de um Papa argentino "revigora a Igreja". "Podemos esperar muito pelo fato de ser um latino-americano", afirmou, em coletiva de imprensa, o secretário-geral Leonardo Ulrich Steiner.

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A nomeação do novo papa, O argentino Jorge Maria Bergoglio, que se chamará Francisco I, gerou boas expectativas dos fieis da cidade. Na tarde desta quarta-feira (13), o LeiaJá foi à Igreja da Matriz de Nossa Senhora das Graças, onde ouviu o padre Josildo Tavares Ferreira, de 50 anos, que aprovou a escolha. “A decisão foi coerente para a sociedade católica, porque os analistas previam que fosse de um lugar onde tivesse a maior concentração de católicos, como é o caso da América Latina”, contou.

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De acordo com o padre, o escolhido é uma pessoa bem simples. “Ele é um bispo simples, que andava de metrô e cozinhava a sua própria comida”, enfatizou o padre que explica o porquê do nome ‘Francisco’.  “O nome que ele escolheu  representa São Francisco de Assis, que participou da reforma da igreja, que passou de triunfal para uma Igreja humilde”.

Josildo Ferreira parabenizou o papel da mídia desde o dia da renúncia até hoje. “A mídia teve um papel muito importante para nós, porque ela fez com que a sociedade pudesse participar especulando e dando palpites, diferente de antigamente”, informou o padre. “Esperamos que este novo papa seja um homem de diálogos, aproveitando as novas tecnologias para ao seu favor”, concluiu. 

O novo papa na visão dos fiéis

A aposentada Cristina Montenegro (á esquerda), de 74, frequenta a Matriz desde pequena e espera que Francisco I seja um papa de diálogos. “Ele tem que apresentar um perfil aberto para as mudanças, sem esquecer a nossa doutrina”.  Já o aposentado Josias Pinto, de 80, acreditava que o novo papa seria brasileiro, mas não ficou desapontado ao ver que o escolhido é de um lugar bem próximo do Brasil. “Quero que ele continue o que já está sendo feito. levando as pessoas para o céu", afirmou.

A professora do departamento de antibióticos na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maria de Fátima Queiroz (à direita), 60, espera que o novo pontíficie tenha saúde e seja atuante, podendo conduzir o povo de Deus. “Seria incrível se ele fosse do brasileiro, iria juntar a Copa, as Olimpíadas, a Jornada Mundial da Juventude e o nosso papa”, brincou a professora, que ficou feliz com a decisão final, assim como Ceci Vieira de 80 anos. “Espero que ele traga muita paz e que consiga reunir a Igreja Católica e seus fiéis cada dia mais”, enfatizou. 

O sociólogo e professor Cândido Mendes, que foi delegado da Santa Sé na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) em Santiago, em 1972, e em Nairobi, 1976, disse que a escolha do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio como novo papa dará novos rumos para a Igreja Católica. "Considero que é uma real virada de página na história da Igreja. Muito mais do que um reformista ou do que um continuador, é um homem que abre o que se chama uma nova prospectiva para a Igreja."

Mendes afirmou ter ficado surpreso com a escolha. "Víamos muito bem a candidatura de D. Odilo (Scherer) e também sobretudo o modo pelo qual a continuidade expressa seria feita pelo cardeal (Angelo) Scola, de Milão." Para ele, a escolha do novo papa abre caminho para um ambiente de pluralismo cultural na Igreja. "Isso em primeiro lugar pela visão não europeia, por um lado, e por outro lado, pelo profundo conhecimento da máquina vaticana, que ele também tem uma noção muito importante, mas sobretudo por definir uma relação latinoamericana que ao mesmo tempo é feita com verdadeira transcendência".

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Após o anúncio do novo Papa, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, concedeu entrevista coletiva na Catedral da Sé, onde falou sobre a escolha."Não conheço o novo pontífice, mas soube que é uma pessoa muito simples. Embora tenha 76 anos e esteja bem de saúde, ele foi escolhido para ser um papa de transição, assim como foi Bento XVI (que não deve ficar muito tempo. João Paulo II ficou cerca de 25 anos no posto)".

Dom Fernando se disse surpreso com a nomeação de um religioso da ordem jesuíta. "É raro um ser eleito Papa, porque normalmente quando eles são ordenados, fazem voto de fidelidade ao papa, mas não aceitam ser bispos. Ele é uma exceção".

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Para finalizar, o arcebispo falou sobre a expectativa de receber o novo papa já nos próximos meses de 2013. "Acredito que ele venha ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, em julho, que é o evento mais importante da Igreja voltada para este público. Esperamos que ele traga uma mensagem de solidariedade e dê uma atenção especial aos nossos jovens", disse Saburido.

Com informações de Wagner Cesario

O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, eleito papa no conclave encerrado hoje, conduziu uma oração em homenagem a seu antecessor, Bento XVI, que renunciou no fim de fevereiro após quase oito anos de pontificado.

A oração foi conduzida na primeira aparição pública do cardeal depois de ter sido escolhido papa após cinco rodadas de votação na Capela Sistina.

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Antes da oração, o papa Francisco agradeceu pela acolhida dos fiéis reunidos na Praça São Pedro e comentou que os cardeais "foram até o fim do mundo" para encontrar um novo pontífice. Francisco é o primeiro papa oriundo das Américas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Que o novo Papa é argentino, todo mundo já sabe. O que poucos sabem é o time que ele torce. O arcebispo Jorge Mario Bergoglio, que será chamado de Francisco I, é torcedor do San Lorenzo de Almagro.














 

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Conheça Francisco I, o argentino Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, até então arcebispo de Buenos Aires, é  filho de italianos, e foi escolhido pelos outros 114 cardeais para ocupar a vaga deixada por Bento XVI , que renunciou no dia 28 de fevereiro deste ano. Bergoglio será o 266º papa da história.

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O argentino Jorge Bergoglio, de 76 anos, eleito nesta quarta-feira para suceder o papa Bento XVI, é um jesuíta austero, de tendência moderada e que leva uma vida discreta. Sua designação para ocupar o trono de São Pedro é a primeira de um americano para dirigir a Igreja Católica, que também jamais esteve a cargo de um representante da Companhia de Jesus.

Arcebispo de Buenos Aires e primaz da Argentina, este homem tímido e de poucas palavras goza de um grande prestígio entre seus seguidores que apreciam sua total disponibilidade e sua forma de vida, afastada de qualquer ostentação.

Bergoglio nasceu no dia 17 de dezembro de 1936 no seio de uma família modesta da capital argentina, filho de um funcionário ferroviário de origem piemontesa e de uma dona de casa.

Frequentou a escola pública, onde se formou como técnico de química, e aos 22 anos se uniu à Companhia de Jesus, onde obteve uma licenciatura em Filosofia.

Depois de entrar para o ensino privado, começou seus estudos de Teologia e foi ordenado sacerdote em 1969.

Aos 36 anos foi designado responsável nacional dos jesuítas argentinos, cargo que desempenhou durante seis anos.

Foi nos anos difíceis da ditadura argentina (1976-83), que Bergoglio precisou manter a qualquer custo a unidade do movimento jesuíta - invadido pela Teologia da Libertação - sob o lema de "manter a não politização da Companhia de Jesus", segundo seu porta-voz Guillermo Marcó.

Depois, viajou à Alemanha para obter seu doutorado e em seu retorno retomou a atividade pastoral como simples sacerdote de província na cidade de Mendoza (1.100 km a oeste de Buenos Aires).

Em maio de 1992, João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de Buenos Aires e começou a escalar rapidamente a hierarquia católica da capital: foi vigário episcopal em julho deste ano, vigário-geral em 1993 e arcebispo coadjutor com direito de sucessão em 1998.

Converteu-se posteriormente no primeiro jesuíta primaz da Argentina e, em fevereiro de 2001, vestiu finalmente a púrpura de cardeal.

De acordo com a imprensa argentina, Bergoglio figurou entre os mais votados no conclave de 2005, que elegeu Joseph Ratzinger como sucessor de João Paulo II.

O arcebispo goza de prestígio geral por seus dotes intelectuais e dentro do Episcopado argentino é considerado um moderado, a meio caminho entre os prelados mais conservadores e a minoria progressista.

Em um país de maioria católica, se opôs de forma tenaz em 2010 à aprovação da lei que consagrou o casamento homossexual, a primeira na América Latina.

"Não sejamos ingênuos: não se trata de uma simples luta política; é a pretensão destrutiva ao plano de Deus", disse Bergoglio pouco antes da sanção da lei.

Também se opôs a uma mais recente lei de identidade de gênero que autorizou travestis e transsexuais a registrar seus dados com o sexo escolhido.

Estas duas iniciativas esfriaram as relações entre a Igreja argentina e a presidente Cristina Kirchner, embora a presidente, que se declara cristã, seja contrária à legalização do aborto.

Apesar de sua meteórica carreira na hierarquia católica, continua sendo um homem muito humilde. Sua rotina começa às 4 e meia da manhã e termina às 21h00.

É um grande leitor dos escritores argentinos Jorge Luis Borges e Leopoldo Marechal e do russo Fiodor Dostoievsky, amante da ópera e fã do clube de futebol San Lorenzo, curiosamente fundado por um sacerdote.

 

Da AFP

O argentino Jorge Maria Bergoglio foi eleito Papa na noite desta quarta-feira, e terá o nome de Francisco, anunciou o Vaticano.

Trata-se do primeiro Papa das Américas e do primeiro jesuíta a se tornar Papa. A escolha dos 115 cardeais reunidos em segredo na Capela Sistina havia sido anunciada anteriormente pela emissão ritual de uma fumaça branca e pelos sinos da Basílica de São Pedro.

Acaba de ser anunciado o nome do novo líder da Igreja Católica. Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, até então arcebispo de Buenos Aires, filho de italianos, foi escolhido pelos outros 114 cardeais para ocupar a vaga deixada por Bento XVI , que renunciou no dia 28 de fevereiro deste ano. Bergoglio será o 266º papa da história.

O novo pontíficie, que escolheu o nome de Francisco I, o que pode siginifcar uma atenção maior aos pobres, seguindos os passos de São Franscisco de Assis fez seu primeiro discurso para a multidão na Praça de São Pedro. "Boa noite a todos. Você sabe que conclave poderia encontrar um bispo em Roma, mas parece que meus irmãos cardeias foram encontrar um novo representante quase no fim do mundo (referindo-se a América do Sul). Antes de mais nada, gostaria de fazer uma oração para o nosso bispo emérito Bento XVI. Oremos todos juntos para ele e que Nossa Senhora o proteja", disse ele, antes de rezar um Pai Nosso.

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A conta do papa no microblog Twitter está pronta para ser reativada, seja ele quem for.

O perfil do papa no Twitter passou para "Sede Vacante" após a renúncia de Bento XVI, no fim do mês passado.

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Agora, o perfil voltou a conter a inscrição "Pontifex".

Até o momento nenhuma mensagem foi escrita aos fiéis.

https://twitter.com/pontifex

O conclave já elegeu o substituto para Joseph Ratzinger, o Papa Bento XVI, na tarde desta quarta-feira (13), após a fumaça branca sair das chaminés do Vaticano. O argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos foi eleito, ele será chamado de Francisco I. 

O canal do Vaticano no YouTube está fazendo uma transmissão especial para o evento. Você pode acompanhar ao vivo toda a cobertura, produzida pelo Centro Televisivo Vaticano.

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O conclave para a escolha do sucessor de Bento XVI foi bastante rápido. O 266º papa da Igreja Católica foi eleito depois de cinco votações.

Em séculos passados, os conclaves se arrastavam por semanas e meses, em alguns casos chegando a durar anos. No século 13, um dos cardeais mais cotados para assumir a Santa Sé faleceu durante o processo, que se estendeu por semanas.

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O conclave que elegeu Bento XVI teve quatro votações e durou dois dias. O conclave mais longo do último século durou cinco dias, teve 14 votações e resultou na eleição de Pio XI, em 1922. As informações são da Associated Press.

Alguns pais sentiriam-se honrados em ver seu filho se tornar Papa um dia, mas esse não é o caso de Eleonore Schönborn, mãe do cardeal austríaco Christoph Schönborn, de 68 anos, frequentemente citado entre os "papabili".

"Como Papa, Christoph ficaria sobrecarregado, seria muito difícil para ele", explicou esta austríaca de 92 anos, em uma entrevista concedida ao jornal popular Kronen Zeitung desta quarta-feira.

Ela afirmou que, atualmente, vinha conseguindo ver seu filho apenas uma vez por ano em Viena, mesmo vivendo em Schruns, no extremo-oeste da Áustria.

"Se ele realmente tiver que ir a Roma, nunca mais voltarei a vê-lo, porque estou velha demais para uma viagem como essa. Seria um adeus para sempre", lamentou Eleonore Schönborn.

"Contra a vontade de Deus, não posso fazer nada", considerou.

Christoph Schönborn está entre os pretendentes para suceder seu mentor Bento XVI. Ele seria também o segundo papa consecutivo de língua alemã.

Bento XVI, de 85 anos, anunciou a sua renúncia no dia 11 de fevereiro, explicando que não tinha mais "a força" necessária para se manter à frente da Igreja Católica. Sua saída se tornou efetiva no dia 28 de fevereiro às 19h00 GMT (16h00 de Brasília).

Reclusos no conclave durante longas horas dentro da Capela Sistina, os cardeais que têm a responsabilidade de eleger o próximo Papa podem se inspirar nas mensagens transmitidas pelos suntuosos afrescos de Michelângelo, obras-primas da pintura do Renascimento e autêntica ilustração da Bíblia. Para onde olharem, os 115 cardeais com direito a voto reunidos no conclave verão as mensagens e os valores transmitidos pelas Sagradas Escrituras, da Gênesis ao Apocalipse.

Ao entrar na capela, a primeira coisa que os "príncipes da Igreja" verão é um afresco que representa a "Entrega de chaves": em uma grande praça, Cristo entrega solenemente as chaves do Reino de Deus a São Pedro, de joelhos. Um símbolo potente, que lembra a figura de São Pedro aos que precisam eleger o sucessor de seu trono. "A imensa responsabilidade destes dias consiste em colocar estas chaves nas mãos adequadas", escreveu Joseph Ratzinger, o agora Papa Emérito Bento XVI, quando ainda era cardeal, no prefácio de "Tríptico Romano", um livro de poemas de João Paulo II, seu antecessor.

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Neste mesmo livro, o papa polonês assegurava que "os homens aos quais foi confiado o legado das chaves do reino (dos cardeais) se deixarão inundar pela sinfonia das cores da Sistina". Mas as pinturas desta capela, construída entre 1477 e 1491 por ordem do papa Sisto VI, são uma obra coletiva, na qual participaram Michelangelo Buonarotti (Michelangeo, 1475-1564) e outros grandes mestres do Renascimento, como Sandro Botticelli ou Perugino, autor da cena das chaves.

Talvez o afresco mais impressionante seja "O julgamento final", de Michelângelo, que ocupa toda a abside. No centro, um Cristo atlético e imberbe parece girar sobre si mesmo no centro de um céu intensamente azul. O espetáculo é surpreendente. Os corpos ressuscitam e se submetem ao julgamento implacável: o paraíso ou o inferno, cheio de monstros e de corpos torturados. Conta-se que em 1541, quando o afresco foi inaugurado, Paulo III, impressionado, caiu de joelhos e começou a chorar.

Para fugir deste espetáculo terrível, os cardeais do conclave só precisam olhar para a abóbada da Capela para descobrir a famosa cena do Gênesis e da criação do homem vista pelo talento de Michelangelo.  "Com uma intensidade expressiva única, o grande artista representa o Deus criador, sua ação, sua potência para expressar a evidência de que o mundo não é produto da escuridão, do azar, do absurdo, mas que vem da Inteligência, da Liberdade, de um ato supremo de Amor", afirmou entusiasmado Bento XVI, quando em 2012 ocorreu o 500º aniversário da criação desta obra-prima.

Partindo do Gênesis, a Capela Sistina e seus 2.000 metros quadrados de afrescos explicam os grandes episódios da Bíblia e exaltam a doutrina da Igreja, do Éden ao Apocalipse, passando pelo Inferno e pela história de Moisés ou de Cristo. Uma fonte de inspiração e reflexão permanente para os cardeais responsáveis por eleger o próximo Papa, que têm o privilégio de observar a obra de Michelangelo com toda a tranquilidade, ao contrário dos milhares de turistas que todos os anos fazem filas quilométricas para observar os afrescos por alguns poucos minutos.

O ex-jogador de basquete Dennis Rodman, que provocou polêmica ao visitar a Coreia do Norte, continua sua estranha viagem global, desta vez visitando Roma, supostamente para ajudar o cardeal Peter Turkson, de Gana, a se eleger papa.

Mas Rodman não parecia muito certo sobre quem ele deveria promover quando foi questionado sobre o assunto nesta quarta-feira. "Da África, certo?", perguntou ele.

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O ex-jogador disse ter certeza de que o próximo papa será negro e que ele gostaria de encontrá-lo na África, em sua missão, de estilo único, para promover a paz mundial, patrocinada por uma empresa de apostas irlandesa.

O plano de Rodman de entrar na praça São Pedro num veículo igual ao "papamóvel", nesta quarta-feira, corria o risco de não se concretizar, pois a chegada do carro foi atrasada pela neve no norte da Itália. As informações são da Associated Press.

Uma espessa coluna de fumaça negra saiu nesta quarta-feira às 11H40 de Roma (7H40 de Brasília) da chaminé da Capela Sistina no Vaticano, indicando pela segunda vez ao mundo e às milhares de pessoas reunidas na praça de São Pedro que os cardeais reunidos no conclave ainda não escolheram um novo Papa.

Os 115 cardeais eleitores organizaram duas votações inconclusas durante a manhã. Eles voltarão a se reunir pela tarde para mais duas votações.

Os cardeais já haviam votado pela primeira vez na tarde de terça-feira, sem que nenhum nome conquistasse os 77 votos necessários para virar o líder espiritual dos 1,2 bilhão de católicos do mundo, como sucessor de Bento XVI, o Papa que renunciou em 28 de fevereiro.

A primeira votação, cujo resultado era previsível, serviu para colocar sobre a mesa os nomes dos favoritos e medir forças.

Os vaticanistas apontam como favoritos um italiano, o arcebispo de Milão Angelo Scola, ou um nome do continente americano, o brasileiro Odilo Scherer, o canadense Marc Ouellet ou o americano Timothy Dolan.

Há oito anos, Bento XVI foi eleito no segundo dia do conclave, após a primeira votação da tarde.

O segundo dia do conclave para eleger o sucessor de Bento XVI começou e os 115 cardeais reunidos na Capela Sistina não conseguiram eleger o papa no primeiro dos quatro escrutínios que devem ocorrer nesta quarta-feira - duas votações pela manhã e duas à tarde.

A fumaça preta saiu por volta das 7h40 (horário de Brasília) da chaminé da Capela Sistina. Os milhares de fiéis que aguardavam na Praça de São Pedro, sob frio e chuva, deixaram rapidamente o local para o almoço.

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Os 115 cardeais reunidos desde terça-feira em um histórico conclave terão nesta quarta-feira o primeiro dia pleno de votações, duas pela manhã e duas à tarde, para a eleição do sucessor de Bento XVI.

Depois da fumaça negra de terça-feira, que anunciou ao mundo que nenhum cardeal havia obtido os votos necessários na primeira votação, os cardeais passaram a primeira noite na Casa Santa Marta, a cômoda mas sóbria residência do Vaticano onde permanecerão hospedados durante todo o conclave, que tem duração incerta.

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Eles seguiram, a pé ou de micro-ônibus, para a Capela Sistina, onde passarão o tempo necessário, ao ritmo de quatro votações por dia, para a escolha do novo líder dos quase 1,2 bilhão de católicos do mundo.

Ao fim de cada sessão, por volta das 12H00 (8H00 de Brasília) e das 18H00 (14H00 de Brasília), os olhos do mundo voltarão a observar a chaminé situada à direita da basílica de São Pedro para a nova fumaça, branca no caso de eleição do novo Papa e negra para um resultado indefinido.

Sem um favorito claro, analistas citam vários nomes, como o italiano Angelo Scola, o brasileiro Odilo Scherer, o canadense Marc Ouellet e o americano Timothy Dolan.

Mas também apontam que se o conclave levar mais tempo do que o estimado, existe a possibilidade de que algum nome que não figurou entre os favoritos acabe como o eleito, lembrando o ditado de Roma: "quem entra Papa no conclave sai cardeal".

Nos últimos 100 anos, no entanto, nenhum conclave superou cinco dias.

Há oito anos, Bento XVI, que renunciou inesperadamente em 28 de fevereiro por "falta de forças", foi eleito no segundo dia, após quatro votações.

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