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 O papa Francisco disse em um encontro com jesuítas durante sua recente viagem à Eslováquia que "algumas" pessoas gostariam de vê-lo morto.

Os detalhes da conversa de Jorge Bergoglio com integrantes da Companhia de Jesus, ordem à qual ele mesmo pertence, foram divulgados pela revista jesuíta italiana La Civiltà Cattolica nesta terça-feira (21), cerca de uma semana após o retorno do pontífice.

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"Ainda estou vivo, embora alguns me quisessem morto. Sei que houve até encontros entre prelados, os quais pensavam que o Papa estava em estado mais grave do que divulgavam. Preparavam o conclave. Paciência. Graças a Deus, estou bem", disse Francisco durante uma visita surpresa a jesuítas da cidade eslovaca de Presov, em 14 de setembro.

Naquela ocasião, o Vaticano não divulgou detalhes sobre o compromisso, que não estava na agenda. Durante a conversa, Bergoglio, primeiro papa jesuíta na história, também reconheceu que, "às vezes", perde a paciência com as críticas contra ele dentro da Igreja Católica.

"Eu, pessoalmente, posso merecer ataques e injúrias porque sou um pecador, mas a Igreja não merece isso. Isso é obra do diabo. Tem até alguns clérigos que fazem comentários maldosos sobre mim. Às vezes, eu perco a paciência, especialmente quando emitem juízos sem entrar em um verdadeiro diálogo", declarou.

Francisco é alvo de forte oposição em alas ultraconservadoras do clero, que criticam suas aberturas a homossexuais e divorciados e até mesmo sua preocupação com a crise climática no planeta. Um dos principais expoentes desse grupo, o cardeal americano Raymond Burke, já chegou até a insinuar que o Papa é "herege".

Há pouco mais de dois meses, o pontífice passou por uma cirurgia para remoção de divertículos no cólon e ficou 10 dias internado em um hospital de Roma, mas já retomou suas atividades normalmente.

Da Ansa

A Polícia Federal, que deflagrou na manhã desta quarta-feira (19) a Operação Conclave, cumpre um mandado de busca em apreensão na capital pernambucana. A ação acontece no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, no apartamento de um empresário. A identidade do homem, que não estava em casa no momento da chegada dos agentes, não foi divulgada pela polícia. 

O propósito da operação é investigar a aquisição fraudulenta de ações do Banco Panamericano pela Caixa. De acordo com informações da Polícia Federal, os acusados podem responder por gestão temerária ou fraudulenta e a pena pode chegar a 12 anos de reclusão. 

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Cruz peregrina e Imagem da Nossa Senhora foram recebidas neste domingo (19) em um evento em Niterói (RJ) por católicos. O "Bota Fé" conta com a recepção dos símbolos católicos pelas cidades do país que vão sediar a Jornada Mundial da Junventude. A missa realizada durante o evento contou com muitos católicos presentes no local. 

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O Bote Fé percorre várias cidades do Brasil desde o término da Jornada em Madrid. A Jornada Mundial no Brasil vai ter a presença do Papa Francisco I, que faz sua primeira viagem desde o conclave. Além da cidade do Rio de Janeiro, o Pontífice passa por Aparecida do Norte em São Paulo. 

O papa Francisco rezou diante da tumba de João Paulo II nesta terça-feira, no oitavo aniversário da morte do carismático pontífice polonês. Francisco esperou o fechamento da Basílica de São Pedro ao público antes de se dirigir ao túmulo de João Paulo II.

Em três semanas de pontificado, Francisco sacudiu a Igreja Católica com uma série de quebras de protocolo: renunciou a certas vestimentas litúrgicas e na Quinta-Feira Santa lavou os pés de uma muçulmana em um ritual que rememora Jesus lavando os pés de seus apóstolos.

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De acordo com o Vaticano, porém, o fato de Francisco ter visitado hoje as tumbas de João Paulo II e dos papas João XXIII e Pio X evidencia a "profunda continuidade espiritual" com os pontífices anteriores. As informações são da Associated Press.

O Papa Francisco decidiu ficar, até nova ordem, na residência de Santa Marta, no Vaticano, já que, segundo ele, precisa "estar junto a outros membros do clero", em vez de se mudar para o amplo apartamento pontifício, anunciou o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi.

"O apartamento pontifício está pronto (depois de sofrer pequenas reformas), mas o Papa permanecerá até nova ordem em Santa Marta", afirmou o porta-voz, que não especificou se o pontífice pensa instalar-se finalmente no apartamento oficial.

Por outra parte, a cidade de Roma, da qual o papa Francisco também é bispo, fez imprimir um milhão de bilhetes de ônibus com a imagem do pontífice, anunciou a sociedade de transportes da municipalidade Atac.

A imagem do novo papa, saudando de pé a multidão logo após sua eleição, está nestes bilhetes que serão vendidos por um tempo limitado nos ônibus e metrôs de Roma. Um milhão destes bilhetes será colocado à venda a partir de quarta-feira.

O objetivo da companhia é homenagear o papa, que é conhecido por usar os transportes públicos ao invés do carro oficial.

O Papa Francisco e seu predecessor, o Papa Emérito Bento XVI, mantiveram neste sábado, no palácio apostólico de Castel Gandolfo, uma conversa particular de 45 minutos, em um encontro inédito na história do catolicismo entre dois Papas. Bento XVI recebeu pessoalmente o novo Papa no heliporto da residência de veraneio papal e depois se reuniu com ele na biblioteca do palácio apostólico, segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

"O abraço no heliporto entre o Papa e o Papa emérito foi muito bonito", comentou Lombardi, confirmando que os dois usavam a batina papal branca.

Durante o encontro, o Papa emérito reiterou ao papa Francisco "sua reverência e obediência", e novo pontífice, por sua vez, manifestou seu "agradecimento próprio e de toda a Igreja pelo ministério desenvolvido por Bento XVI durante seu pontificado", informou o porta-voz.

No histórico encontro, os dois líderes religiosos rezaram na capela do palácio apostólico. "Papa Francisco quis que se sentassem juntos, no mesmo banco, para rezar. Ele disse: 'somos irmãos'", contou Lombardi, depois de explicar que o Papa emérito havia oferecido o posto de honra.

Na conversa privada na biblioteca, Francisco presenteou seu antecessor com uma imagem da "Virgem da humildade". "Francisco disse que escolheu esta virgem porque pensou nele e em todos os exemplos de humildade que deu durante seu pontificado", explicou Lombardi.

Inúmeras pessoas congregadas na pequena praça central do balneário aplaudiram quando o helicóptero trazendo o novo Pontífice sobrevoou a localidade. O objetivo era fazer com que os dois homens de branco - Ratzinger, Papa emérito desde 28 de fevereiro, continua a vestir uma batina branca - ficassem protegidos dos olhos da imprensa na tranquilidade da residência pontifícia de veraneio, mas algumas imagens foram divulgadas.

Os assuntos provavelmente discutidos são muitos em uma igreja de 1,2 bilhão de fiéis: a "nova evangelização", as perseguições contra os cristãos, a reforma da Cúria, as divisões internas, os escândalos envolvendo dinheiro e sexo, incluindo os terríveis casos de pedofilia.

Os dois sacerdotes devem falar do "Vatileaks", o caso dos vazamentos de documentos confidenciais, sobre o qual cardeais aposentados investigaram de forma paralela e prepararam um relatório que foi apresentado ao novo Papa.

Antes de renunciar, Bento XVI assegurou sua "obediência incondicional" ao futuro Papa e disse que iria se retirar do mundo. Anunciou que estaria ao lado do novo pontífice em oração e, segundo o Vaticano, estaria pronto para dar conselhos.

Os dois homens têm temperamentos completamente diferentes: enquanto Joseph Ratzinger se mostrava tímido diante da multidão, mesmo sendo caloroso em privado, Jorge Bergoglio é espontâneo, vai até as pessoas e as abraça.

O novo pontífice se distingue por um estilo informal e se mostra mais próximo dos pobres e da simplicidade. Ainda sim, é inflexível em sua doutrina. Sobre as questões da sociedade, Joseph Ratazinger e Jorge Bergoglio compartilham posições conservadoras, seja quanto ao casamento homossexual, o aborto ou a eutanásia.

Quanto aos sinais de simplicidade (anel de prata, etc) do novo Papa, sua importância não deve ser exagerada, segundo os vaticanistas. Bento XVI quis manter as tradições, mas viveu de forma simples.

Nos arredores do Vaticano, os cartazes e cartões postais com o retrato de Bento XVI tendem a perder espaço para os do sorridente Jorge Bergoglio e do midiático João Paulo II. Karol Wojtyla, beatificado em 2012, sete anos após sua morte, e que pode ser canonizado em breve, continua a ser o "gigante de Deus" aos olhos dos católicos.

A popularidade adquirida por Francisco em apenas uma semana e a insistência sobre seus gestos simbólicos de ruptura com as tradições podem ser vistas com maus olhos por uma parte do Vaticano, onde consideram injusto o aparente esquecimento do Papa alemão, indicam fontes informais, apesar de Francisco não perder a oportunidade de expressar seu "afeto" por seu predecessor.

"Este pontificado será enraizado nos ensinamentos de Bento XVI, que foi a principal força intelectual da Igreja nos últimos 25 anos. Sua herança continuará a influenciar este pontificado", considera Samuel Gregg, do instituto de pesquisa americano Aston.

Semelhanças podem ser traçadas entre os discursos dos dois papas, por exemplo sobre a necessidade de privilegiar aspectos positivos da doutrina ao invés das condenações.

De acordo com o jornalista alemão Peter Seewald, maior especialista de Joseph Ratzinger, "está claro desde o início que o novo Papa se inscreve nos passos de seu predecessor".

Ao jornal Corriere della Sera, Seewald afirmou que "Bento preparou o caminho (...) Ele é um grande admirador de São Francisco de Assis. Depois de São Bento (fundador do monaquismo ocidental), é Francisco de Assis que está em segundo lugar para ele: dois reformadores da Igreja, cada um em seu território, em seu caminho próprio".

"João Paulo II estabilizou o barco da Igreja na tempestade, Bento a purificou, deu instruções à tripulação e a recolocou no caminho certo. Agora Francisco irá ligar o motor para fazer a Igreja se mover", afirma Peter Seewald.

Quando se estabelecer em maio em um antigo monastério na colina do Vaticano, o Papa emérito estará a poucos passos do gabinete de Francisco. Uma coabitação inédita terá início, e os encontros serão possíveis nos jardins

O papa Francisco chegou hoje à residência papal no sul de Roma para um encontro extraordinário com o seu antecessor, o papa emérito Bento XVI, que o recebeu no heliporto e o conduziu até a sua biblioteca para uma conversa em particular e um almoço.

Do lado de fora, a praça principal de Castel Gandolfo estava repleta de pessoas que ansiavam por um vislumbre da história: dois papas partindo juntos o pão e supostamente discutindo o futuro da Igreja Católica. Elas gritavam "Francisco! Francisco!".

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Bento XVI está vivendo na casa de veraneio papal desde 28 de fevereiro, quando se tornou o primeiro papa a renunciar ao pontificado em 600 anos. Ele afirmou que planejava viver os seus últimos anos em oração e ficar "escondido do mundo." A dramática partida de Bento XVI naquele dia - deixando o heliporto nos jardins do Vaticano com o seu secretário chorando ao seu lado e circulando a Praça de São Pedro em um último adeus - é uma das imagens mais marcantes desta notável transição papal.

De modo a respeitar o desejo de Bento XVI, não há cobertura ao vivo do encontro pela televisão do Vaticano, apenas algumas fotos oficiais e talvez um vídeo seja divulgado depois da reunião. O porta-voz do Vaticano prometeu um comentário geral sobre o encontro, mas não um comunicado detalhado.

Tudo isso gerou especulações sobre o que os dois poderiam dizer um ao outro, depois de fazerem história juntos: a renúncia de Bento XVI abriu caminho para a eleição do primeiro papa latino-americano, o primeiro Jesuíta e o primeiro a escolher o nome Francisco, depois do frade do século 13 que se dedicou aos pobres, à natureza e à paz.

Depois de alguns meses em Castel Gandolfo, Bento XVI deve retornar ao Vaticano para viver em um monastério nos jardins do Vaticano, a uma curta distância da Basílica de São Pedro e ao santuário dedicado à Nossa Senhora, onde o papa Francisco rezou em um de seus primeiros passeios como papa. As informações são da Associated Press.

O Papa Francisco chegou neste sábado (23) a bordo de um helicóptero a Castelgandolfo, periferia de Roma, para visitar o Papa emérito Bento XVI, um encontro histórico e inédito na história do catolicismo entre dois Papas, um reinante e outro emérito. Os dois homens de branco - Ratzinger, Papa emérito desde 28 de fevereiro, continua a vestir uma batina branca - estarão protegidos dos olhos da imprensa na tranquilidade da residência pontifícia de Castel Gandolfo, perto de Roma.

Os assuntos a serem discutidos são muitos em uma igreja de 1,2 bilhão de fiéis: a "nova evangelização", as perseguições contra os cristãos, a reforma da Cúria, as divisões internas, os escândalos envolvendo dinheiro e sexo, incluindo os terríveis casos de pedofilia. os dois sacerdotes devem falar do "Vatileaks", o caso dos vazamentos de documentos confidenciais, sobre o qual cardeais aposentados investigaram de forma paralela e prepararam um relatório que foi apresentado ao novo Papa.

Antes de renunciar, Bento XVI assegurou sua "obediência incondicional" ao futuro Papa e disse que iria se retirar do mundo. Anunciou que estaria ao lado do novo pontífice em oração e, segundo o Vaticano, estaria pronto para dar conselhos.

Os dois homens têm temperamentos completamente diferentes: enquanto Joseph Ratzinger se mostrava tímido diante da multidão, mesmo sendo caloroso em privado, Jorge Bergoglio é espontâneo, vai até as pessoas e as abraça.

O novo pontífice se distingue por um estilo informal e se mostra mais próximo dos pobres e da simplicidade. Ainda sim, é inflexível em sua doutrina. Sobre as questões da sociedade, Joseph Ratazinger e Jorge Bergoglio compartilham posições conservadoras, seja quanto ao casamento homossexual, o aborto ou a eutanásia.

Quanto aos sinais de simplicidade (anel de prata, etc) do novo Papa, sua importância não deve ser exagerada, segundo os vaticanistas. Bento XVI quis manter as tradições, mas viveu de forma simples.

Nos arredores do Vaticano, os cartazes e cartões postais com o retrato de Bento XVI tendem a perder espaço para os do sorridente Jorge Bergoglio e do midiático João Paulo II. Karol Wojtyla, beatificado em 2012, sete anos após sua morte, e que pode ser canonizado em breve, continua a ser o "gigante de Deus" aos olhos dos católicos.

A popularidade adquirida por Francisco em apenas uma semana e a insistência sobre seus gestos simbólicos de ruptura com as tradições podem ser vistas com maus olhos por uma parte do Vaticano, onde consideram injusto o aparente esquecimento do Papa alemão, indicam fontes informais, apesar de Francisco não perder a oportunidade de expressar seu "afeto" por seu predecessor.

"Este pontificado será enraizado nos ensinamentos de Bento XVI, que foi a principal força intelectual da Igreja nos últimos 25 anos. Sua herança continuará a influenciar este pontificado", considera Samuel Gregg, do instituto de pesquisa americano Aston.

Semelhanças podem ser traçadas entre os discursos dos dois papas, por exemplo sobre a necessidade de privilegiar aspectos positivos da doutrina ao invés das condenações.

De acordo com o jornalista alemão Peter Seewald, maior especialista de Joseph Ratzinger, "está claro desde o início que o novo Papa se inscreve nos passos de seu predecessor".

Ao jornal Corriere della Sera, Seewald afirmou que "Bento preparou o caminho (...) Ele é um grande admirador de São Francisco de Assis. Depois de São Bento (fundador do monaquismo ocidental), é Francisco de Assis que está em segundo lugar para ele: dois reformadores da Igreja, cada um em seu território, em seu caminho próprio".

"João Paulo II estabilizou o barco da Igreja na tempestade, Bento a purificou, deu instruções à tripulação e a recolocou no caminho certo. Agora Francisco irá ligar o motor para fazer a Igreja se mover", afirma Peter Seewald.

Quando se estabelecer em maio em um antigo monastério na colina do Vaticano, o Papa emérito estará a poucos passos do gabinete de Francisco. Uma coabitação inédita terá início, e os encontros serão possíveis nos jardins

O Papa Francisco, quando esteve a cargo da ordem jesuíta na Argentina em 1975, salvou a vida do padre espanhol José Caravias, radicado atualmente no Paraguai, e a de outros dois religiosos, ameaçados de morte em Buenos Aires pelo grupo paramilitar "Triple A", revelou o padre à AFP. "Quando o responsável pela ordem, que era Bergoglio, me disse: 'Tenho notícias de que a Triple A decretou sua morte e a de (o húngaro Francisco) Jalics. Eu considerei que não valia a pena você dar uma de herói", disse Caravias em uma entrevista concedida em sua residência, a paróquia Cristo Rei de Assunção.

"Eu já tinha sido expulso do Paraguai em 1972. Conhecia a ferocidade da ditadura. O Jalics se fez de valente e ficou em Buenos Aires, e quase perdeu a vida. Não quis ir e passou por maus momentos. Foi muito torturado. Bergoglio o salvou. Se empenhou em averiguar onde estava. Se não tivesse ido em busca dele, o teriam matado. Também salvou o argentino Orlando Yorio", continuou.

Yorio faleceu em 2000.

"Posso dar meu testemunho da advertência que fez a mim e a Jalics, mas não o de Yorio", esclareceu Caravias. "Nós dois trabalhávamos nas favelas" da capital argentina.

O religioso relatou que eles tinham sido informados da violência a que tinham sido submetidos outros padres. "Por isso, digo que Bergoglio salvou a minha vida, porque conseguiu me avisar a tempo", afirmou.

"Eles haviam matado vários sacerdotes nos meses anteriores, um deles, o padre Mauricio Silva. Eles o mataram com tortura. A coisa não era brincadeira", disse.

Ao se referir ao caso de Silva, Caravias afirmou: "Eles o levaram de carro. Não conseguimos saber para onde tinha sido levado", contou.

"Depois de vários meses o soltaram na porta de um hospital, moribundo, fraco. E lá morreu. Foi muito torturado", relatou o sacerdote.

Caravias lembrou que quando estava na casa de seus familiares em Málaga (Espanha) recebeu a tarefa de viajar para o Equador, para onde Bergoglio de Roma o enviou para trabalhar com indígenas. "Fiquei no Equador por 14 anos".

No Paraguai, Caravias trabalhava para organizar os camponeses em cooperativas. "Um dia me colocaram em uma caminhonete da polícia e me deixaram em Clorinda (Argentina). Não esqueço a data. Era dia 5 de maio de 1972", disse.

"Lá fui trabalhar com operários da província do Chaco argentino. Formamos um sindicato de madeireiros, gente muito explorada, muito maltratada. De lá fui expulso com ameaças de morte e fui parar em Buenos Aires", declarou.

Ele disse que podia dar meu testemunho do que o então padre Bergoglio fez na época, considerando uma "calúnia terrível" a versão de que o antigo responsável pela ordem jesuíta argentina teria supostamente denunciado seus companheiros.

"Graças a Bergoglio estou vivo", disse Caravias com convicção.

O padre jesuíta, autor de cerca de 40 livros e ensaios ligados à área social, se disse socialista e atribuiu as "calúnias" contra o Papa ao "grande capitalismo internacional".

"Querem sujá-lo. É muito perigoso para eles que um Papa denuncie a pobreza mundial", enfatizou.

Caravias afirmou que o "capitalismo" considera uma afronta o fato de que o Sumo Pontífice tenha adotado o nome Francisco, em homenagem a São Francisco de Assis, "o rico que preferiu viver como pobre".

O Papa Francisco não foi cúmplice da ditadura argentina (1976-1983), assegurou nesta quinta-feira, em Roma, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz e renomado militante dos direitos humanos. "O Papa não teve nada a ver com a ditadura. Não foi cúmplice da ditadura, não colaborou com ela. Preferiu uma diplomacia silenciosa, de pedir pelos desaparecidos, pelos presos", afirmou Pérez Esquivel em coletiva de imprensa realizada ao final de uma reunião com o pontífice argentino no Vaticano. "Dentro da hierarquia católica argentina houve, sim, alguns bispos cúmplices com a ditadura, mas não Bergoglio", acrescentou o ativista.

"Houve poucos bispos que foram companheiros de luta contra a ditadura", reconheceu Pérez Esquivel, que foi recebido pelo Papa em sua biblioteca particular no palácio apostólico. "Foi um reencontro muito emotivo, apesar de já nos conhecermos", contou, depois de assegurar que conversou com o pontífice argentino diferentes temas e, em particular, sobre a defesa dos direitos humanos. "O Papa disse com clareza que é preciso buscar a verdade, a justiça e a reparação", assegurou o Nobel da Paz 1980.

Conhecido pela sistemática denúncia dos horrores da ditadura, que lhe valeram o Prêmio Nobel da Paz em 1980, Pérez Esquivel reiterou que "de nenhum ponto de vista se pode ligar o papa Francisco à ditadura".

Durante o encontro, Francisco e Pérez Esquivel também falaram sobre pobreza e meio ambiente, informou o conhecido defensor dos direitos humanos, que espera que o novo pontífice conte com uma equipe de colaboradores que o ajudem a encarar as grandes dificuldades da Igreja em todo o mundo.

Ele sugeriu que Francisco se inspire em teólogos da libertação, como o falecido bispo brasileiro Helder Câmara. "Esperamos que seja uma renovação positiva para toda a Igreja e não apenas para a América Latina", assegurou Pérez Esquivel.

--- Missionário descarta cumplicidade ---

Da Alemanha, outra voz importante também descartou nesta quina-feira qualquer vínculo do Papa com a detenção de padres jesuítas pelo regime militar.

Franz Jalics, um dos missionários jesuítas sequestrados pela junta militar argentina nos anos 1970, garantiu que o papa Francisco não o denunciou.

"O missionário Orlando Yorio e eu mesmo não fomos denunciados pelo padre Bergoglio", agora papa Francisco, afirmou Jalics em uma declaração publicada no site da ordem jesuíta alemã.

"É falso afirmar que nossa detenção foi provocada pelo padre Bergoglio", acrescentou Jalics.

O padre Franz Jalics, de origem húngara e que vive na Alemanha desde o fim dos anos 1970, também afirmou que, durante muito tempo pensou, de maneira injustificada, que havia sido denunciado.

"Antes, acreditava que havíamos sido vítimas de uma denúncia", continuou. "Mas, no fim dos anos 1990, após várias discussões, percebi que esta suspeita era injustificada", explicou Jalics.

O missionário jesuíta também contou que, após sua prisão, o oficial encarregado de interrogá-lo pensou que era um espião russo ao ver em seus documentos de identidade que havia nascido em Bucareste.

Os dois missionários jesuítas, sequestrados e presos no dia 23 de março de 1976, foram detidos e torturados na Escola Superior de Mecânica da Armada (ESMA), antes de serem liberados, cinco meses depois.

O Vaticano já chamou de caluniosas e difamatórias as acusações de que o então jesuíta Jorge Bergoglio não teria feito o suficiente para proteger os padres sequestrados e torturados pela ditadura.

O papa Francisco visitaria Aparecida (SP), além do Rio de Janeiro, em sua primeira viagem internacional, marcada para julho. A informação foi revelada pela presidente Dilma Rousseff, que nesta quarta-feira (20) esteve em uma reunião privada com o pontífice, no Vaticano. Mas o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, disse à reportagem que o Vaticano não tinha ainda nenhum anúncio oficial a fazer sobre a viagem.

Ao ser questionada por um jornalista argentino sobre o que achava de um papa argentino, Dilma respondeu: "vocês tem muita sorte. Mas, como dizemos no Brasil, o papa é argentino, mas Deus é brasileiro". Dilma contou que o papa conversou "em portunhol" e que confirmou sua presença na Jornada Mundial da Juventude, evento que deve atrair milhões de pessoas ao Rio de Janeiro em julho deste ano. Mas a viagem não se limitará à capital carioca. "O papa me informou que também irá para Aparecida", disse Dilma, ao deixar o encontro.

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Já Lombardi tinha uma versão diferente. "Não tenho nenhum detalhe a confirmar", disse. "A presidente está livre para dizer o que quiser. Mas de nossa parte não há nada ainda a ser anunciado", afirmou.

Lombardi reconheceu que a viagem ao Brasil deve de fato ocorrer. "Mas os planos ainda não estão feitos", disse. Quando ainda era cardeal, Jorge Bergoglio esteve em Aparecida em 2007 para a Conferência Episcopal Latino-americana. Na conversa de cerca de 30 minutos, o papa ainda teria demonstrado comoção diante da tragédia de Santa Maria - o incêndio que matou mais de 200 pessoas numa boate. Segundo ela, o papa ainda tratou do tema das drogas e principalmente em relação ao crack em sua conversa com a presidente. "Ele é um papa muito normal", completou a presidente, que nesta quarta retorna ao Brasil.

O Papa Francisco conversou nesta quarta-feira por meia hora no Vaticano com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, informou a secretaria de imprensa do Vaticano.

O encontro aconteceu na biblioteca privada do palácio apostólico. O Vaticano não informou os temas abordados.

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A presidente compareceu na terça-feira, na Praça de São Pedro, à missa de inauguração do pontificado do primeiro pontífice latino-americano.

Dilma Rousseff antecipou à imprensa que abordaria a visita prevista do novo pontífice ao Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho, para presidir a Jornada Mundial da Juventude.

"Acredito que será o maior evento que o Papa assistirá, esperamos uma multidão de católicos. Nós os receberemos da melhor maneira, como sempre. Este será o tema central de nosso encontro na quarta-feira", afirmou a presidente na terça-feira à imprensa.

"Este é um Papa que fala aos mais frágeis, aos jovens, aos idosos e aos que precisam de ajuda", completou.

O Papa deveria confirmar a Dilma Rousseff a viagem ao Brasil e não está descartado que aproveite a oportunidade para visitar também a Argentina, seu país natal.

O Brasil é o país com o maior número de católicos do mundo: 123 milhões.

O Papa Francisco recebe nesta quarta-feira na biblioteca privada do palácio apostólico a presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

A presidente compareceu na terça-feira, na Praça de São Pedro, à missa de inauguração do pontificado do primeiro pontífice latino-americano.

Dilma Rousseff deve abordar a visita prevista do novo pontífice ao Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho, para presidir a Jornada Mundial da Juventude, como fizeram seus antecessores João Paulo II e Bento XVI.

"Acredito que será o maior evento que o Papa assistirá, esperamos uma multidão de católicos. Nós os receberemos da melhor maneira, como sempre. Este será o tema central de nosso encontro na quarta-feira", afirmou a presidente na terça-feira à imprensa.

"Este é um Papa que fala aos mais frágeis, aos jovens, aos idosos e aos que precisam de ajuda. Acredito que é um pontífice capaz de comover, que vai dedicar-se aos pobres e que tem dito que este é seu maior objetivo. Isto é motivo de orgulho para nós brasileiros e para toda América Latina, mas sobretudo é um bem para todo o mundo", completou.

O Papa deve confirmar a Dilma Rousseff a viagem ao Brasil e não está descartado que aproveite a oportunidade para visitar também a Argentina, seu país natal.

O Brasil é o país com o maior número de católicos do mundo: 123 milhões.

A Casa Branca disse que o presidente Barack Obama enviou uma carta ao papa. Obama enviou o documento por meio da delegação dos EUA que viajou a Roma para a missa inaugural do Papa Francisco na terça-feira.

A delegação foi liderada pelo vice-presidente Joe Biden, o primeiro católico-romano a ser eleito vice-presidente. Um alto funcionário da embaixada dos EUA entregou a carta para um funcionário do Vaticano.

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Um porta-voz da Casa Branca disse que a carta é privada e não revelou qualquer detalhe sobre o seu conteúdo.

O ex-cardeal Jorge Bergoglio, da Argentina, foi eleito papa na semana passada. Obama disse na ocasião que espera trabalhar com o pontífice para promover a paz, segurança e dignidade para pessoas de todas as fés. Ele disse que a seleção do primeiro papa das Américas mostra a força da região e sua vitalidade. As informações são da Associated Press.

A espontaneidade do Papa Francisco, que quebra com frequência o protocolo para saudar os fiéis ou beijar crianças, representa um desafio e um quebra-cabeças para seu serviço de segurança.

"O papa Francisco não decepciona seus admiradores. Dirige-se a pé à multidão que o espera nas grades do Vaticano. Os serviços de segurança estão à beira de um ataque de nervos, mas a multidão está entusiasmada", explica o jornal italiano 'Il Fatto quotidiano', lembrando uma missa nos primeiros dias de seu pontificado.

A famosa Guarda Suíça e a Gendarmeria do Vaticano, que se ocupam da segurança dos pontífices, terão que se acostumar: o primeiro papa latino-americano da história reafirmou desde o primeiro dia a sua vontade de continuar sendo espontâneo e nega-se a se fechar entre seus guarda-costas para estar perto do povo.

Perguntado sobre sua segurança, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, explicou que não podem ser impostas medidas de segurança a um Papa.

"É preciso respeitar o estilo pessoal de cada Papa. Os responsáveis pela segurança sabem que não são eles que decidem, e sim o Papa, e que precisam se adaptar", explicou Lombardi, jesuíta como o novo pontífice.

A responsabilidade pela segurança dos Papas está nas mãos de cerca de 100 guardas suíços, o exército dos pontífices, com o apoio de 100 gendarmes do Vaticano e 140 policiais italianos.

A dificuldade para os serviços de segurança é encontrar um equilíbrio entre a proteção e a liberdade de movimentos para que o Papa possa estar em contato com o povo.

A dificuldade é ainda maior levando-se em conta que o Papa se desloca com frequência em locais abertos, a começar pela imensa Praça de São Pedro, com capacidade para 250.000 pessoas, onde ocorreram vários incidentes na história recente.

O mais grave foi o atentado cometido contra João Paulo II em 1981, quando o turco Mehmet Ali Agca, que havia se misturado à multidão, disparou contra ele e o feriu levemente.

O papa polonês, assim como Francisco, também gostava do contato com o povo, lembrou o porta-voz do Vaticano.

"Todos se lembram das diversas ocasiões nas quais João Paulo II quebrou as regras de segurança para poder estar com o povo, às vezes se colocando em situações arriscadas ou imprevisíveis", disse o porta-voz do Vaticano.

"Era seu estilo. Os responsáveis por sua segurança fizeram o que puderam", lembrou Lombardi.

No entanto, os serviços de segurança aprenderam a lição do ataque de 1982. A partir do atentado entrou em ação um papamóvel (o veículo do Papa) blindado com janelas à prova de balas, e os fiéis precisam passar por um detector de metais antes de entrar em São Pedro. Ainda assim, Francisco preferiu nesta terça-feira dar uma volta pela praça em um jipe totalmente descoberto.

Em junho de 2007, um alemão tentou subir no papamóvel de Bento XVI na praça de São Pedro, e em 2009, na missa de Natal, uma mulher se precipitou sobre o Papa e o derrubou na Basílica de São Pedro.

Esses incidentes levaram a um aumento do número de agentes de segurança nas grandes ocasiões, e a zona de segurança ao redor do pontífice passou a ser mais extensa.

Para a segurança da grande missa de entronização do Papa, nesta terça-feira no Vaticano, as autoridades italianas mobilizaram 3.000 membros das forças de ordem, incluindo policiais à paisana espalhados entre a multidão.

O aparato de segurança incluía atiradores de elite nos telhados, helicópteros sobre o Vaticano, embarcações da polícia no rio Tibre, assim como a proibição de sobrevoar a capital, fazendo de Roma por algumas horas uma cidade sitiada.

O diretor geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro Graziano da Silva, que esteve presente na missa inaugural do pontificado de Francisco, espera que o novo Papa se converta num aliado na luta contra a pobreza extrema e a fome no mundo. "Esperamos que o Papa Francisco defenda os direitos e necessidades das crianças, mulheres e homens mais vulneráveis em todo o mundo", declarou Graziano, depois de destacar que o pontífice escolheu o nome de São Francisco de Assis, "um amigo dos pobres".

O diretor da agência da ONU assistiu a missa na Praça de São Pedro em nome do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, junto com outros dignitários e uma multidão de fieis de inúmeras nacionalidades.

"O apoio do Vaticano e de outras religiões é indispensável em nossa tentativa de erradicar a fome, construir um futuro sustentável, e melhorar as vidas dos mais vulneráveis entre nós. Estes esforços não têm apenas um sentido político e econômico, como também moral", assegurou o diretor da FAO em uma nota divulgada pela unidade.

Depois da cerimônia, Graziano saudou o papa Francisco e aproveitou a ocasião para elogiar seu antecessor, o papa emérito Bento XVI, por seu apoio à luta contra a fome.

"O Papa me assegurou que vai prosseguir o firme apoio do Vaticano a favor dos pobres e à luta contra a fome, e que tem a intenção de dar continuidade a nossa conversa inicial para discutir a forma de avançar nesta questão", concluiu Graziano.

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Jorge Bergoglio, hoje Papa Francisco, tem uma amizade de décadas com o rabino Abraham Skorka. Amizade construída a partir de extensas conversas sobre religião, que resultaram na produção do livro "Sobre o céu e a terra". A partir dessa convivência, Skorka pode falar sobre a personalidade do Papa: "(Ele é) um homem íntegro, com uma fé muita profunda, que chega a se aborrecer com o superficial. Um homem de simplicidade honesta que busca a Deus constantemente".

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Além dessa parceria, os amigos também dividiram os microfones em um programa de TV, que terminou no ano passado. Eles partilham da concepção de ensinar a alma e o espírito dos fieis, baseados nas ideias de cada livro sagrado.

O Papa Francisco enviou nesta terça-feira, por ocasião de sua entronização na Praça de São Pedro, dois tweets nos quais pede aos fiéis que respeitem a criação e explica que sua missão como pontífice será a de "servir a todos".

"Guardemos Cristo na nossa vida, cuidemos uns dos outros, guardemos a criação com amor", escreveu o novo Papa em sua conta @Pontifex.

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"O verdadeiro poder é o serviço. O Papa deve servir a todos, especialmente aos mais pobres, aos mais fracos, aos mais pequeninos", afirma a mensagem de 140 caracteres.

A presidente Dilma Rousseff participou, nesta terça-feira (19), da missa inaugural do pontificado de Francisco. Os dois conversaram na fila de cumprimentos e Dilma elogiou a preocupação do papa com os pobres. 

Na entrevista coletiva realizada nessa segunda-feira (18), Dilma já havia adiantado que falaria com o líder da Igreja Católica sobre o combate à e pobreza. Na ocasião, a presidente elogiou a iniciativa do papa. "Acho que é um Papa preocupado com a questão dos pobres no mundo. Ele tem um papel especial e eu acho que ele cumpre aí, vamos dizer assim, os princípios básicos que inspiraram o Cristianismo", comentou. 

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Dilma Rousseff permanecerá na Itália, onde nesta quarta-feira (20) deverá ter um encontro reservado com o papa, de acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.

O Papa Francisco recebeu nesta terça-feira o anel do Pescador e o pálio, os dois símbolos da autoridade papal, no início de uma missa solene celebrada na Praça de São Pedro.

Dezenas de milhares de pessoas, incluindo 31 chefes de Estado, acompanham a missa de inauguração do primeiro Papa latino-americano e jesuíta da história.

O cardeal protodiácono, o francês Jean-Louis Tauran, foi o responsável por colocar sobre os ombros do novo Papa o pálio (longa estola) de lã branco com cruzes vermelhas que pertenceu ao antecessor Bento XVI até sua renúncia no mês passado.

Em segunda, o decano do colégio cardinalício, Angelo Sodano, colocou o anel do Pescador no dedo anular da mão direita.

Francisco, que em menos de uma semana conquistou os fiéis com sua simplicidade e espontaneidade, escolheu um anel de prata, e não de ouro.

Os dois símbolos estavam guardados junto ao túmulo de São Pedro, onde o novo Papa rezou antes da cerimônia pública de "início do ministério petrino de bispo de Roma".

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