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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, viu a aprovação a seu governo crescer dez pontos porcentuais em apenas duas semanas. O salto na popularidade de Cristina coincide com sua licença médica para drenar um coágulo no crânio depois de uma queda sofrida em agosto.

Na pesquisa Management & Fit divulgada em 6 de outubro, dois dias antes da cirurgia, a aprovação a Cristina era de 33,5%. Na sondagem apresentada hoje, 44,4% dos argentinos diziam aprovar Cristina. No mesmo período, a reprovação a Cristina caiu de 57,1% para 46,5%.

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O campo governista também melhorou nas pesquisas de intenção de voto com vistas às eleições legislativas de meio de mandato na Argentina, mas a oposição continua à frente e deve obter ganhos consideráveis nas urnas.

Segundo levantamento do mesmo instituto, a intenção de voto na oposição é de 37,9%, abaixo dos 39,3% registrados no início do mês. A intenção de voto nos governistas subiu de 28,7% para 31,2%.

A Management & Fit entrevistou 2 mil argentinos para compor a pesquisa. A margem de erro é de 2,3 pontos porcentuais para mais ou para menos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os médicos que tratam a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, recomendaram a ela que evite acompanhar as notícias durante o período em que se recupera de uma cirurgia para a drenagem de um coágulo no crânio.

Martin Insaurralde, candidato ao Congresso pelo campo kirchnerista, afirmou hoje a jornalistas que os médicos aconselharam Cristina a repousar e "evitar ler os jornais e acompanhar as notícias durante alguns dias". Segundo ele, a intenção dos médicos é evitar que Cristina passe por alguma situação estressante.

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Cristina foi submetida no dia 8 à drenagem do coágulo. O hematoma craniano aparentemente foi causado por uma queda sofrida por Cristina enquanto recolhia os brinquedos de seu neto em 12 de agosto.

O período de repouso coincidirá com a campanha para as eleições legislativas na Argentina, marcadas para 27 de outubro. As mais recentes pesquisas de opinião indicam que o campo governista perderá terreno para a oposição. Fonte: Associated Press.

A presidente argentina, Cristina Kirchner, se recupera favoravelmente da cirurgia para drenagem de um hematoma na cabeça, na última terça-feira (8), segundo informou o porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro. "A presidente está se recuperando muito bem. Tomou café da manhã. E, há pouco, almoçou verduras cozidas ao vapor", indicou ele sobre o terceiro boletim médico após a cirurgia, divulgado a pouco.

"A presidente manda um beijo a todos os argentinos", repetiu Scoccimarro, em meio aos aplausos de alguns seguidores de Cristina Kirchner que mantêm vigília em frente ao hospital, onde foi montado uma espécie de santuário com inúmeros cartazes de alento à presidente. A nota dos médicos distribuída após a declaração do porta-voz informou que Cristina continua internada na unidade de terapia intensiva e que os exames de controle foram satisfatórios.

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O boletim médico foi assinado pelos médicos Facundo Manes, diretor do Instituto de Neurociência, e Gerardo Bozovich, diretor do Hospital da Fundação Favaloro, e pelos dois responsáveis da unidade médica presidencial, Luis Buonomo e Marcelo Ballesteros. As visitas continuam permitidas somente para os familiares de Cristina, a mãe Ofelia Wilhelm, os filhos Florencia e Máximo e a irmã Giselle Fernández, além dos funcionários mais próximos, o porta-voz e os secretários de Assuntos Legais e Técnicos, Carlos Zannini, e da Presidência, Oscar Parrilli.

A satisfatória recuperação de Cristina leva a expectativas de que ela possa reassumir o cargo antes do prazo inicial estimado de 30 dias de repouso. Porém, a julgar pelas declarações de especialistas sobre a necessidade de um repouso estrito, pelo menos durante as primeiras duas semanas após a cirurgia, dificilmente a presidente apareceria em público antes das eleições parlamentares do dia 27 de outubro.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, passou bem a primeira noite após a cirurgia para drenar um coágulo no cérebro, realizada ontem, anunciou o porta-voz da Casa Rosada, Alfredo Scoccimarro, nesta quarta-feira.

"A presidente descansou muito bem à noite e está muito bem, mantendo o bom ânimo", disse Scocimarro, antecipando a o boletim médico da equipe do Hospital Fundação Favaloro e da unidade médica presidencial. "Hoje a presidente começa a comer normalmente e manda um beijo muito grande a todos os argentinos", disse o porta-voz.

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O boletim médico divulgado logo após a declaração de Scocimarro disse que a presidente evolui "favoravelmente, com os parâmetros vitais dentro do normal e continua com estrito controle médico". Ontem, o primeiro boletim médico indicou que "hematoma subdural foi retirado com sucesso e não houve complicações".

O boletim também havia descartado riscos cardíacos, o que era temido pela família, já que a presidente havia tido sintomas de arritmia. Embora Scoccimarro tenha dito que a presidente estava descansando em seu quarto, o primeiro boletim informou que ela permanece na unidade de terapia intensiva, onde deve ficar entre um e dois dias mais, segundo opinião de especialistas.

A presidente não pode receber visitas e a recomendação é de que permaneça assim pelo menos durante a primeira semana do pós-operatório para reduzir os riscos de infecção. Além dos médicos e do pessoal do hospital, somente os familiares têm acesso ao andar do hospital reservado para atender à presidente. Ela está acompanhada pelos filhos Máximo e Florência, a mãe Ofélia Wilhem e a irmã Giselle Fernández, que também é médica. Segundo o jornal La Nación, o secretário de Assuntos Legais e Técnicos, Carlos Alberto Zannini, tem acompanhado a presidente.

Enquanto Cristina se recupera da operação, a equipe dela mostrou-se unida em torno do enfraquecido vice-presidente Amado Boudou, que sofre uma séria crise de credibilidade interna e junto à opinião pública pelos vários processos judiciais que enfrenta por denúncias de corrupção e tráfico de influência, entre outros crimes. "É o vice-presidente que está no comando do governo", disse o chefe de Gabinete da Presidência, Juan Manuel Abal Medina, em entrevista hoje à rádio Del Plata. Boudou "encabeça a equipe de trabalho da presidente", reiterou.

Foi a primeira manifestação de apoio interno ao vice-presidente após a notícia de afastamento de Cristina, no sábado, quando ela foi internada pela primeira vez para realizar os exames que detectaram o "hematoma subdural crônico", ou seja, acumulação de sangue junto à meninge dura-máter, uma das membranas que se localiza entre o crânio e o cérebro. O coágulo foi provocado por uma batida na cabeça em consequência de um tombo que ainda não foi explicado pelo governo.

Boudou assumiu a Presidência interina na segunda-feira), após a decisão dos médicos de mudar a recomendação inicial de repouso por 30 dias para internação imediata e cirurgia no dia seguinte para drenagem do hematoma. Até então, a ideia do "núcleo duro do kirchnerismo" era ter Boudou somente para cumprir o protocolo. A cirurgia mudou o panorama para evitar questionamentos da oposição sobre um "vazio de poder".

A cirurgia à qual a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi submetida na manhã de hoje "foi satisfatória, foi muito bem", afirmou há pouco o porta-voz da Presidência da Argentina, Alfredo Scoccimarro. Ele disse que a presidente já se encontra em seu quarto e "está de muito bom ânimo".

Cristina, segundo Scoccimarro, cumprimentou a todos, agradeceu a equipe médica e a todos que estão rezando para ela.

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O próximo boletim médico será divulgado amanhã ao meio-dia. Cristina foi submetida à drenagem de um coágulo no crânio, que havia sido detectado no sábado passado, produto de um golpe na cabeça ocorrido no dia 12 de agosto, depois de um tombo.

A cirurgia da presidente argentina, Cristina Kirchner, terminou no fim da manhã de hoje e a imprensa aguarda o boletim médico, que não tem hora para ser divulgado. Aos 60 anos, a presidente submeteu-se à drenagem de um coágulo no cérebro.

A decisão sobre a cirurgia foi tomada 24 horas depois de médicos terem recomendado um repouso de 30 dias. Cristina havia passado o sábado internada no hospital da Fundação Favaloro porque sentia arritmia e fortes dores de cabeça.

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Na noite de sábado, a presidente regressou à residência oficial de Olivos, mas no domingo sentiu formigamento e perda temporária de força muscular no braço esquerdo. O hematoma foi resultado de um tombo ainda mal explicado pelo governo. Cristina teria caído no dia 12 de agosto, ocasião em que foi submetida a uma tomografia que teria apresentado resultado "normal".

A cirurgia teve início por volta das 8h30 e durou cerca de duas horas. A operação consistiu na abertura de um orifício para drenar o sangue acumulado abaixo da dura-máter, uma membrana entre o crânio e o cérebro.

Nas próximas 48 horas, a presidente ficará internada em uma sala de terapia intensiva e só poderá ser visitada pelos familiares diretos.

Segundo informações de fontes da Fundação Favaloro, Cristina teria que ficar hospitalizada durante uma semana para observação da evolução de seu estado clínico.

A decisão tomada hoje pelos médicos da Fundação Favaloro de operar a presidente Cristina Kirchner na manhã desta terça-feira (8) revelou que o caso de saúde da presidente é mais grave do que se pensava e definiu a modalidade pela qual o vice-presidente, Amado Boudou, assume a presidência interina. Boudou assumiu formalmente a presidência da Argentina, mediante assinatura de ata junto a um escrivão público.

A ideia inicial da presidente apontava Boudou somente para representá-la em atos públicos. Cristina pretendia manter o comando total do governo, sem passar o cargo formalmente a Boudou, durante o cumprimento do repouso de 30 dias.

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O repouso tinha sido recomendado pelos médicos que atenderam a presidente no sábado e diagnosticaram um "hematoma subdural crônico", ou seja: acumulação de sangue junto à meninge dura-máter, entre o crânio e o cérebro. Cristina procurou o hospital da Fundação Favaloro, o de maior prestígio em doenças do coração e neurológicas no país, porque sentia arritmia cardíaca e fortes dores de cabeça.

Apenas 24 horas depois do diagnóstico, a presidente foi internada novamente com novos sintomas que incluíram "formigamento e perda de força muscular no braço esquerdo". A cirurgia para drenagem do sangue acumulado foi marcada para amanhã às 8 horas. Em princípio, a intervenção será simples e deve durar cerca de 45 minutos. Porém, as dúvidas sobre o real estado de saúde da presidente persistem, especialmente sobre as circunstâncias em que ocorreu o golpe em sua cabeça.

Até o momento, a única nota da presidência sobre o assunto foi a que o porta-voz, Alfredo Scoccimarro, leu no sábado à noite, a qual revelou que a presidente caiu no dia 12 de agosto e bateu a cabeça. Na ocasião, ela submeteu-se a uma tomografia que deu normal, segundo a nota. Não há nenhum detalhe sobre como e onde a presidente teria caído. Muitos médicos especialistas na Argentina opinaram que o repouso de 30 dias foi um erro de cálculo e que o tratamento indicado para o caso, desde o início, é mesmo a cirurgia.

As dúvidas sobre a saúde da presidente são decorrentes de um caso anterior, em dezembro de 2011, quando o porta-voz anunciou, também em nota dos médicos da unidade presidencial, que Cristina Kirchner tinha um câncer na tireoide. Em janeiro, após a cirurgia que extraiu a glândula da presidente, os médicos disseram que não era câncer e que um exame de resultado "falso-positivo".

Campanha - O afastamento de Cristina faltando apenas 20 dias para as eleições parlamentares que vão decidir o futuro político dela pode beneficiar sua imagem, mas não necessariamente o seu candidato, segundo opinião do analista político Carlos Fara, da consultoria homônima.

As pesquisas apontam que o kirchnerismo sofrerá a pior derrota em dez anos. Afastada, ela teria uma desculpa para o fraco desempenho. "O episódio vai incidir positivamente sobre a imagem da presidente, a exemplo do que ocorreu por ocasião da cirurgia da tireoide e da morte de Néstor Kirchner", disse Fara. No entanto, "não há certeza de que isso possa ser traduzido em votos aos candidatos governistas", completou.

Para o analista político Rosendo Fraga, do Centro de Estudos Nueva Mayoria, "o novo problema de saúde da presidente Cristina Kirchner aparece como um imponderável na política argentina e, como tal, pode alterar o atual cenário". Trata-se, explicou ele, destes fatores ou situações imprevisíveis que surgem inesperadamente na política. Fraga lembrou que isso sucedeu, por exemplo, no primeiro mandato de Cristina, quando o conflito contra o setor agropecuário, em 2008, e a recessão precipitada pela crise global no ano seguinte, determinaram sua derrota nas eleições parlamentares de 2009.

Naquela ocasião, todos os analistas decretaram a "morte do kirchnerismo", como o fazem agora no atual pleito, cujas eleições primárias apontaram para uma derrota dos candidatos oficiais em 16 dos 24 distritos eleitorais. Posteriormente ao resultado negativo de 2009, Cristina recuperou-se politicamente com a morte do ex-presidente Raul Alfonsín, que desmobilizou a oposição, e com a morte do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner.

"Em princípio, a doença da presidente tem mais possibilidades de beneficiá-la do que prejudicá-la, mas o fato de o vice-presidente substituí-la é um ponto débil para o governo porque é uma figura desprestigiada", afirmou Fraga.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, chegou há pouco à Fundação Favaloro, clínica onde ficou internada no último sábado (5) e foi diagnosticada com hematoma no cérebro. O governo ainda não informou se a presidente vai realizar novos exames de controle ou uma cirurgia para drenagem do sangue acumulado na membrana que cobre o cérebro. A Fundação Favaloro preparou uma sala de cirurgia e uma ala especial para atender à presidente, que teria sentido novos sintomas de cefaleia nas últimas horas.

As imagens das emissoras de TV locais mostraram que a presidente chegou à clínica às 13 horas. No sábado à noite, depois de mais de seis horas internada na Fundação Favaloro, o porta-voz da presidência, Alfredo Scoccimarro, leu uma nota oficial assinada pela unidade médica presidencial, na qual revelou que a presidente foi diagnosticada com um hematoma no cérebro, resultado de um traumatismo craniano provocado por um tombo no dia 12 de agosto. A nota informou que, naquela ocasião, a presidente submeteu-se a uma tomografia e o resultado foi normal.

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A nota explicou ainda que Cristina sentia arritmia cardíaca e dores de cabeça. Por esta razão, decidiu fazer exames no sábado na principal instituição da Argentina que trata doenças cardíacas e neurológicas. No sábado, o governo informou que a presidente ficará 30 dias de repouso.

As presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner, vão se reunir nesta sexta-feira, 12, em Montevidéu, onde se encontram para participar da Cúpula do Mercosul. Será a segunda conversa entre as duas presidentes desde abril para tentar superar as barreiras comerciais impostas pela Argentina contra o Brasil. Por outro lado, a Argentina pede financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras de infraestrutura que serão construídas por consórcio de empresas brasileiras e argentinas. Cristina também quer um novo acordo que estabeleça uma política comum para o setor automobilístico que permita às indústrias argentinas receber benefícios fiscais do plano brasileiro Inovar-Auto e atrair investimentos do setor para seu país.

Devido à complexidade dos assuntos e à falta de avanços nas negociações técnicas durante os últimos meses, fontes de ambos os governos consideram difícil algum acordo nesta reunião, que representaria mais um gesto político de diálogo e aproximação. Porém, ontem à noite, o chanceler brasileiro Antonio Patriota afirmou que, "seguramente, haverá novidade sobre os assuntos". Para o analista de comércio internacional Raul Ochoa, "será difícil um acerto satisfatório para ambas as partes porque as pressões de suas respectivas políticas internas sobre as presidentes são fortes".

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No primeiro semestre, o superávit brasileiro com a Argentina recuou 64,5%, para US$ 523 milhões. O desempenho da balança brasileira com o principal sócio do Mercosul corre o risco de repetir o resultado de 2012, quando o superávit brasileiro retrocedeu 73%, para US$ 1,56 bilhão, de um volume de US$ 5,804 bilhões registrado em 2011, conforme análise comparativa da consultoria Abeceb.

A Associação de Fabricantes de Automóveis da Argentina (Adefa), anunciou na quarta-feira, 24, que o Brasil está absorvendo 87% das exportações argentinas de veículos. Segundo dados da Adefa, no primeiro trimestre deste ano a Argentina fabricou 176 mil unidades, 7,4% mais do que no mesmo período de 2012. Destas, 90 mil foram exportadas, a imensa maioria ao mercado brasileiro.

O volume exportado pela Argentina nos três primeiros meses representou 7% a mais do que no mesmo período do ano passado. Em março, as exportações cresceram 43,1%.

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Os analistas em Buenos Aires destacam que a saúde da indústria automotiva argentina depende em grande parte das compras brasileiras dos veículos fabricados no país. Segundo eles, a Argentina foi amplamente beneficiada com a decisão do governo brasileiro de prorrogar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até dezembro deste ano.

Regime

Na agenda do encontro entre Dilma Rousseff e Cristina Kirchner também estaria uma discussão urgente sobre o comércio de veículos entre os dois países, já que em julho vence o regime automotivo renovado pela última vez em 2008. Negociadores brasileiros e argentinos estão com reuniões pendentes desde o segundo semestre de 2012 para definir os parâmetros do novo regime automotivo Brasil-Argentina.

O regime estabelece um comércio administrado e impede o livro comércio automotivo, previsto originalmente pelo Mercosul para funcionar a partir de 2000. Os argentinos esperam mais uma vez tirar proveito e serem beneficiados pela renovação do acordo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que pediu ao papa Francisco que ajude na longa disputa entre Argentina e Reino Unido a respeito das ilhas Malvinas, chamadas de Falklands pelos britânicos.

Cristina disse aos jornalistas após o encontro nesta segunda-feira com o novo papa, no Vaticano, que pediu sua intercessão para "facilitar o diálogo" sobre as ilhas.

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Na semana passada, o primeiro-ministro britânico David Cameron disse que não concorda com a opinião de Francisco sobre as ilhas. Quando o papa, que nasceu na Argentina, ainda era arcebispo de Buenos Aires, ele foi citado declarando que o Reino Unido "usurpou" as ilhas.

Argentina e Reino Unido travaram uma guerra em 1982 por causa das ilhas. No início deste mês, os moradores locais, conhecidos como kelpers, participaram de um referendo no qual a grande maioria decidiu que o arquipélago deve permanecer como um território britânico ultramarino.

Não se sabe como o papa respondeu ao pedido de Cristina. As informações são da Associated Press.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, deixou Caracas com destino a Buenos Aires nesta sexta-feira antes dos funerais de Hugo Chávez por recomendação de seu médico.

Cristina embarcou para a Caracas assim que recebeu a notícia da morte de Chávez e foi uma das primeiras chefes de Estado estrangeiras a chegar à Venezuela, mas seu médico recomendou que a ela que voltasse a Buenos Aires porque ela provavelmente teria problemas com o calor dos trópicos durante a cerimônia fúnebre.

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Em uma série de mensagens publicada em sua conta no microblog Twitter assim que voltou para casa, Cristina qualificou Chávez como "o melhor amigo que a Argentina teve" e disse que sua ida a Caracas não foi meramente protocolar. "Eu não fui até lá dizer adeus a um presidente, mas a um camarada e a amigo", escreveu.

Na mesma série de mensagens, Cristina explicou que o médico recomendou a ela que evitasse o calor previsto para o horário da cerimônia fúnebre. As informações são da Associated Press.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, reiterou, nesta quarta-feira (28), que seu país vai continuar honrando os compromissos financeiros, apesar das decisões da Justiça dos Estados Unidos que coloca os títulos soberanos em risco de default técnico. "A Argentina reestruturou 93% de sua dívida em 2005 e em 2010. E, o mais importante é que temos pagado pontualmente desde 2005 com recursos próprios e vamos continuar pagando", afirmou Cristina em discurso no encerramento da 18ª conferência anual da União Industrial da Argentina (UIA), ao lado da presidente Dilma Rousseff, para uma plateia formada pelos principais industriais argentinos e brasileiros.

Cristina voltou a criticar os fundos beneficiados pela sentença do juiz Thomas Griesa, que determinou a Argentina pagar US$ 1,330 bilhão até o dia 15 de dezembro. "Esses fundos abutres (especulativos), sim, porque não podem ser denominados de outra forma porque nem mesmo tem domicílio fiscal nos Estados unidos, mas sim nos paraísos fiscais para sonegar impostos." Segundo ela, o capital financeiro se tornou "amo e senhor e quer castigar-nos".

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A presidente argentina distribuiu críticas também às montadoras de automóveis e outras empresas estrangeiras instaladas no país porque "remetem todos os seus lucros às suas casas matrizes". Cristina aproveitou o momento para anunciar aumento para o preço do gás natural para US$ 7,50 o BTU (unidade de medida de gás). E disse que tanto a Argentina quanto o Brasil fizeram um "verdadeiro milagre em matéria energética para sustentar o crescimento dos últimos anos".

Milhares de argentinos foram ontem às ruas em várias partes do país e em cidades do exterior para protestar contra o governo de Cristina Kirchner. Convocado pelas redes sociais, o panelaço exibiu demandas heterogêneas e um grande poder de mobilização. Sem a participação aparente dos partidos políticos, os manifestantes portaram inúmeros cartazes, e as bandeiras nacionais foram presença imponente. O hino nacional foi entoado em vários pontos do protesto nacional que reuniu dois milhões de pessoas em todo o país, conforme estimativas do governo da cidade de Buenos Aires. Somente na capital foram 700 mil manifestantes.

Os argentinos reivindicaram mais segurança, menos inflação, transparência das estatísticas oficiais, independência dos poderes, fim das barreiras contra as importações e pagamento aos aposentados, entre outros pedidos. Também se manifestaram contra a possibilidade de uma reforma constitucional que habilitaria Cristina a concorrer a um terceiro mandato. Esse foi o segundo panelaço contra a presidente nesse primeiro ano após sua reeleição esmagadora com 54% dos votos.

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As panelas soaram pelas ruas dos principais aglomerados urbanos do país em um contexto de queda da popularidade de Cristina e de medidas de forte intervenção na economia. Quando a presidente iniciou seu segundo mandato, em dezembro de 2011, desfrutava de 64% de imagem positiva. Agora, conta apenas com 31,6% de aprovação, conforme pesquisa realizada pela consultoria Management & Fit, em um universo de 2,1 mil pessoas, entre 18 e 29 de outubro.

Outra pesquisa, da consultoria Poliarquia, revelou que 66% da população acredita que a presidente perdeu o poder de iniciativa administrativa. Os manifestantes mobilizados pela capital federal, inclusive em frente à residência oficial de Olivos, onde a concentração foi enorme, também pediram liberdade de expressão, o fim do estilo bélico de Cristina, que divide a sociedade argentina, e que o governo não minta para a população.

A elevada inflação de 25%, conforme apuração dos institutos privados, corrói o poder aquisitivo dos argentinos em uma economia estancada, enquanto o governo afirma que a alta dos preços é de apenas 10%. Na quarta-feira, a capital enfrentou um apagão de quase três horas e vários bairros continuam sem eletricidade. Porém, em uma entrevista coletiva à imprensa, o ministro de Planejamento, Julio De Vido, negou uma crise energética que é apontada há anos por todos os especialistas do setor. De Vido também disse que não haveria mais interrupção do fornecimento de energia e anunciou que o governo vai denunciar a companhia de eletricidade. No entanto, desde 2005, cada vez que as temperaturas sobem acima de 30 graus, os apagões as acompanham.

Liberdade de imprensa

O protesto denominado de 8N (8 de novembro) foi precedido de outro panelaço, chamado de 13S (13 de setembro). Ambos fazem alusão à marca da última ofensiva do governo contra o Grupo Clarín: 7D (7 de dezembro). Nesta data, vence a medida cautelar que protege o grupo do cumprimento do artigo 161 da polêmica Lei de Mídia, aprovada no final de 2009, pelo qual o Clarín teria de vender vários ativos, especialmente o segmento mais rentável da holding multimídia, as emissoras de TV a cabo e outras concessões. A oposição denuncia que a lei é uma manobra para controlar o conteúdo dos meios de comunicação.

Após o massivo panelaço desta quinta-feira, o ritmo político da Argentina será marcado pela resposta do governo às reivindicações populares e ao que ocorrerá no dia 7 de dezembro. Há versões de que o governo vai decretar a intervenção no grupo que edita o jornal Clarín. Os advogados do grupo argumentam que não deverá acontecer nada, porque a empresa pode recorrer a um novo instrumento na Justiça para se proteger.

No último panelaço, o governo tentou deslegitimar o protesto, ao afirmar que se tratava de uma mobilização da classe média alta "lutando para manter privilégios" e de "grupos de monopólio". Desta vez, houve colunas inteiras de moradores da Zona Sul, a mais pobre de Buenos Aires, fazendo passeatas até a Praça de Maio.

Também houve panelaço em Lomas de Zamorra, reduto cativo dos planos sociais do governo. As passeatas e as concentrações nos cartões postais de Buenos Aires, o Obelisco e a Praça de Maio, além de locais de referência dos bairros portenhos, foram pacíficas. Apenas um incidente violento foi registrado pelas câmeras de TV, quando um jovem atacou um repórter que estava fazendo uma participação ao vivo em um programa do canal C5N, de tendência alinhada à Casa Rosada.

O patrimônio da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, voltou a ser manchete dos jornais locais. A última declaração de renda dela, apresentada na sexta-feira passada e divulgada nesta segunda-feira pela imprensa, mostra que Cristina recebeu uma herança de 31,6 milhões de pesos (US$ 6,8 milhões) e seu patrimônio total é de 39,6 milhões de pesos (US$ 8,6 milhões).

Embora ela não tenha declarado, outros 50% dos bens do marido foram distribuídos em partes iguais aos filhos Máximo e Florencia. Em maio de 2003, quando Néstor Kirchner assumiu a Presidência, o casal declarou um patrimônio de 6,8 milhões de pesos (cerca de US$ 2,5 milhões ao câmbio da época).

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No ano passado, um ano após a morte do marido, Cristina havia declarado bens no valor de 70,5 milhões de pesos, um crescimento de 27% em relação à declaração do ano anterior. A declaração presidencial esclarece que a aplicação em prazo fixo de US$ 3,2 milhões foi convertida em pesos e está depositada no banco estatal Nación, em uma poupança. O grosso do patrimônio de Cristina está em aplicado em imóveis localizados na Patagônia e em Buenos Aires.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, defendeu a unidade da América do Sul para rejeitar a destituição de Fernando Lugo da presidência do Paraguai. "Não nos une o amor, mas o espanto, porque na região já tivemos muitos anos de ditaduras e golpes", disse Cristina, citando uma frase famosa do escritor Jorge Luis Borges.

Cristina pediu que "não se instalem na região nem os golpes das ditaduras militares que tivemos no passado, nem os golpes suaves, disfarçados de atos em nome da pátria, mas que são usados para alterar a ordem institucional", disparou a presidente contra o processo de impeachment que destituiu Lugo e o substituiu por seu vice e rival, Federico Franco, na presidência do Paraguai.

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Cristina ressaltou que os 12 presidentes da União das Nações Sul-americanas (Unasul) se reunirão na tarde desta sexta-feira e que "esta não será a primeira vez que eles se reúnem quando há perigos às instituições democráticas". A presidente argentina disse que ainda está fresca na memória a ocasião em que a Unasul teve de se reunir "para tratar da tentativa de destituição do companheiro presidente da Bolívia, Evo Morales". Logo, continuou, "também tivemos a situação na qual se tentou derrocar Rafael Correa, no Equador, e nos reunimos em menos de 24 horas, em Buenos Aires".

"Embora tenhamos estilos diferentes, diante de situações que comprometeram a ordem democrática, todos os presidentes reagimos de forma unânime, rejeitando essas tentativas", ressaltou.

As capas dos jornais argentinos estampam hoje a comoção pela notícia de que a presidente Cristina Kirchner será submetida a uma cirurgia na quarta-feira (4), em consequência de um câncer na tireoide. O "Clarín", maior jornal do país e com relações espinhosas com a presidente, dedicou cinco páginas a Cristina. Já o "La Nación" abordou o tema em uma página inteira.

O câncer foi detectado no dia 22, durante exames de rotina. O anúncio foi feito ontem à noite pelo porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro. De acordo com o porta-voz, exames mostraram que não há comprometimento dos gânglios linfáticos nem metástase. Scoccimarro disse que a presidente será operada pelo maior especialista do país, Pedro Saco, chefe do Departamento de Cirurgia do Hospital Austral. Saco terá como assistente Angel Roffo, chefe do serviço de cabeça e pescoço do Instituto de Oncologia.

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Cristina ficará de licença médica até o dia 24. Um dos últimos atos públicos da presidente antes de submeter-se à cirurgia está marcado para hoje, na Casa Rosada, junto com governadores . Amanhã, a presidente viaja para Rio Gallegos, onde possui residência familiar, para passar o Ano-Novo.

O câncer de Cristina foi detectado apenas 12 dias após o início do seu segundo mandato e a cirurgia será realizada antes que ela complete o primeiro mês de governo. Durante a licença médica, assume o cargo o vice-presidente, Amado Boudou.

Aos 58 anos de idade, Cristina foi reeleita em outubro com 54% dos votos, um ano após a morte do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, por problemas cardíacos. A votação foi recorde após a volta do país à democracia, em 1983.

Chance de cura - Médicos especialistas argentinos disseram que o tipo de câncer de que padece Cristina, o carcinoma papilar, é o que tem melhor prognóstico entre os cânceres de tireoide - de 90% a 98% de chance de cura. Segundo o MedlinePlus, um serviço da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, é o câncer mais comum desta glândula. Cerca de 80% de todos os tipos de câncer de tireoide são carcinoma papilar e são mais comuns em mulheres que em homens.

Chávez - Durante a recente Cúpula dos Presidentes do Mercosul, em Montevidéu, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, brincou com os colegas da região que já enfrentaram câncer. "Só está faltando aqui nessa reunião o companheiro Lula para completar o clube dos presidentes com câncer", disse. Na ocasião, mencionou não só o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, recentemente diagnosticado com câncer de laringe e tratado com quimioterapia, mas também a presidente Dilma Rousseff, que superou um câncer no sistema linfático descoberto em 2009. Além deles, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, também passou por tratamento contra um câncer linfático. Chávez se trata de um câncer na região pélvica e já foi submetido a cirurgia em Cuba.

Quebrando o protocolo ao incluir no juramento uma citação ao ex-marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, morto em 2010, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, tomou posse de seu segundo mandato ontem, no Congresso Nacional. Diante dos convidados, entre eles a presidente brasileira, Dilma Rousseff, Cristina anunciou a criação de uma secretaria de governo para o Comércio Exterior.

Reeleita em outubro com 54% dos votos válidos, Cristina governará o país até 2015. No discurso de posse, a presidente fez um apelo aos tribunais para que acelerem os julgamentos de militares que cometeram violações aos Direitos Humanos durante a ditadura. Depois, concentrou-se em temas econômicos.

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Em seu novo mandato, Cristina contará com uma estrutura específica para importações e exportações. "Nestes tempos nos quais falamos de sintonia fina, vamos ter, no âmbito do Ministério de Economia, uma Secretaria de Comércio Exterior junto com a de Comércio Interior, como em todos os países", afirmou.

Para dirigir a entidade, foi designado o atual secretário do Comércio, Guillermo Moreno.

Cristina destacou a importância de receber turistas da região para recuperar o setor: "Especialmente os principais turistas, os brasileiros".

Antes de encerrar o discurso, Cristina ainda agradeceu o apoio do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que cancelou a viagem a Buenos Aires. O argumento do líder bolivariano foram "as fortes chuvas" que caem na Venezuela. Em Caracas, Chávez tenta dissipar boatos de que a ausência tenha sido por uma piora em seu estado de saúde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Cristina Kirchner, da Aliança Frente para a Vitória, foi reeleita na Argentina com 53,83% dos votos (com 97,53% de urnas apuradas), informou o Ministério do Interior, o que a torna a primeira mulher reeleita na América Latina. Seu 2º mandato vai até 2015, e ela tomará posse em 10 de dezembro. Cristina, além de obter a reeleição, conseguiu outro triunfo: a Aliança Frente para a Vitória, juntamente com seus aliados, terá maioria no Congresso, o que a ajudará a impor projetos importantes no próximo mandato. Além disso, Cristina ratificou sua liderança na Câmara de Senadores, onde, inclusive, aumentou sua participação. Com a vitória assegurada, Cristina citou a importância da base política deixada pelo marido, o ex-presidente Nestor Kirchner (2003 a 2007), morto em 2010. Ela agradeceu ainda a ligação solidária da presidente Dilma Rousseff e de outros líderes sul-americanos. Quase 80% dos 28,9 milhões de eleitores votaram ontem. Hermes Binner, da Frente Ampla Progressista, foi o segundo, com 16,94% dos votos, seguido por Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín (1983-1989), candidato da União Cívica Radical, que obteve 11,13% dos votos válidos. As informações são da Dow Jones.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi reeleita com uma proporção de votos que oscilaria entre 53% e 55% dos votos, segundo bocas de urna divulgadas na noite de hoje. Desta forma, Cristina, candidata da Frente pela Vitória, uma sublegenda do Partido Justicialista (Peronista), obteve um novo mandato presidencial que concluirá em 2015. "Nunca fui convencida nem serei", afirmou Cristina Kirchner, perante seus militantes e assessores, que bradavam seu nome no auditório do Hotel Intercontinental, quartel-general da campanha presidencial.

"Mas, devo agradecer a 'ele', que foi o fundador desta vitória", acrescentou em referência a seu marido e ex-presidente Nestor Kirchner (2003-2007), que morreu em outubro do ano passado. "Não falo dele como marido...falo dele como quadro político!", exclamou a presidente reeleita, que também afirmou que não possui "ambição alguma" e que somente age por "amor" aos argentinos.

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Cristina foi parabenizada pelos presidentes sul-americanos por sua vitória nas urnas. "Recebi um telefonema fraternal da companheira Dilma Rousseff", contou com voz embargada.

Cristina, respaldada por um heterogêneo grupo político que aglutina intelectuais de vanguarda e coronelismo do interior, junto com sindicalistas que estão no poder há décadas, economistas neoliberais recentemente conversos ao keynesianismo e organismos de defesa dos direitos humanos - todos amalgamados sob as figuras simbólicas de Juan Domingo Perón e Evita Perón - também ficaria com a maioria do Parlamento e dos governos provinciais.

Recorde - A proporção de votos obtidos por Cristina supera o recorde de Raúl Alfonsín reeleito com 51,7% em 1983, ano da volta da democracia. Em segundo lugar estaria o socialista Hermes Binner, um dos poucos governadores não envolvidos em escândalos de corrupção, com 16% dos votos.

O terceiro posto ficaria com Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín (1983-89), candidato da União Cívica Radical (UCR), com 10%. O quarto lugar seria do peronista dissidente Alberto Rodríguez Saá, que fez campanha prometendo internet wi-fi grátis em toda a Argentina, com 8%. Em quinto lugar estava o ex-presidente Eduardo Duhalde (2002-2003), candidato de outra facão do peronismo dissidente, com 6%.

Luto - Cristina votou na cidade de Rio Gallegos, capital da província de Santa Cruz, onde Kirchner foi enterrado no ano passado. Após votar, ostentando um vestido de luto e chorando, declarou que estava "emocionada", já que era "a mulher de um homem que marcou definitivamente a vida política da Argentina". Na quinta-feira a presidente participará, nessa cidade, do segundo funeral de Kirchner, cujo caixão sairá da modesta tumba familiar, onde esteve provisoriamente durante este ano, e será transferido com toda a pompa para um monumental mausoléu de mármore e granito de 11 metros de altura que pode ser visto a vários quarteirões de distância.

Escândalos - Os analistas destacam que, tal como ocorreu com o presidente Carlos Menem (1989-99), reeleito em 1995 em meio a uma série de casos de corrupção, a candidatura de Cristina não foi abalada pelas centenas de escândalos que envolvem integrantes de seu governo. Sua intenção de voto tampouco caiu apesar das suspeitas de enriquecimento ilícito da presidente, cuja fortuna teria aumentado 930% nos últimos oito anos.

Os analistas destacam que tanto em 1995 como em 2011 existia entusiasmo com as políticas econômicas dos governos que disputavam a reeleição.

Manuel Mora y Araújo, diretor da consultoria Ipsos-Mora y Araujo e professor da Universidade Torcuato Di Tella, sustenta que, ao contrário de 1995, a oposição atualmente está muito "fragmentada": "a maioria das pessoas pensam que a continuidade do governo em exercício é a melhor opção. E desta forma, quando predomina este sentimento, os eventuais aspectos negativos atribuídos ao governo e seus integrantes passam para um segundo plano".

Sylvina Walger, autora de "Cristina, de parlamentar combativa a presidente fashion", biografia não-autorizada da presidente que lhe valeu as portas fechadas nos meios de comunicação alinhados com o governo, resume ao Estado: "é a tal filosofia do 'rouba mas faz'. Infelizmente, é assim".

A Argentina está entre os países com mais corrupção no planeta, segundo o ranking da ONG Transparência Internacional. Neste ano o país ocupou o posto número 105, a mesma posição que tinha em 2007, ano da posse de Cristina.

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