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A Polícia Federal prendeu nessa sexta-feira (27) três brasileiros, procurados internacionais, que chegaram em voo de deportados dos Estados Unidos.

Um deles era foragido da Justiça de Santa Catarina pela prática do crime de estupro de vulnerável, possuindo mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Criciúma/SC.

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Outro possui contra ele mandado de prisão pela prática do crime de tráfico de drogas expedido pela 2ª Vara Criminal de Guajará do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.

Contra o último pesa mandado de prisão preventiva expedido pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Governador Valadares pela prática do crime de homicídio qualificado e para o qual a Interpol publicou alerta internacional (Difusão Vermelha). Investigações apontaram que ele é o mandante da execução de um traficante rival por vingança, podendo a condenação chegar a 30 anos de reclusão.

Eles foram detidos em solo americano pela ICE, U.S. Immigration and Customs Enforcement, a autoridade de Imigração dos EUA, em cumprimento aos mandados de busca internacional da Interpol, e por estarem em desacordo com as normas migratórias daquele país.

Ao chegarem em território brasileiro os três foram presos, submetidos ao exame de corpo de delito e encaminhados ao sistema prisional.

Da assessoria

Os primeiros 30 brasileiros deportados dos EUA pelo presidente Joe Biden desembarcaram ontem no Aeroporto Internacional de Confins, região metropolitana de Belo Horizonte. Todos viajaram algemados, por determinação dos americanos, a exemplo do que ocorreu em outros voos fretados pelo governo de Donald Trump, que tinha uma posição abertamente hostil aos imigrantes ilegais. A informação de que Biden retomaria os voos de deportação de brasileiros foi antecipada pelo Estadão.

Inicialmente, autoridades americanas e brasileiras chegaram a divulgar que 106 imigrantes presos nos EUA embarcariam de volta ao Brasil. Procurado para explicar a diferença nos números, o Itamaraty informou, em nota, que "a organização do voo é de responsabilidade do governo americano".

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"Segundo informações das autoridades migratórias americanas, alguns deportados obtiveram judicialmente a suspensão da ordem de deportação e outros teriam sido submetidos, nas instalações de detenção onde se encontravam, a testes de antígeno para detecção de covid, em vez dos testes RT-PCR exigidos pela legislação brasileira para ingresso em território nacional. A Embaixada dos EUA em Brasília poderá dispor de informações adicionais", dizia a nota do Itamaraty.

Uma fonte do governo americano confirmou ontem que o problema foram os exames de covid. A Polícia de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês), ligada ao Departamento de Segurança Interna dos EUA, não conseguiu ter os exames prontos 72 horas antes do embarque para todos os deportados, por isso despacharam apenas 30 pessoas. Um passageiro deportado, que não quis se identificar, disse que 18 pessoas foram retiradas de dentro do avião no Estado da Louisiana, de onde o voo partiu.

O sonho do mineiro Régis Paulo Pacheco de buscar uma vida melhor nos EUA durou apenas 75 dias. Na tarde de ontem, ele estava entre os deportados que desembarcaram em Belo Horizonte. Todos eles, que estavam detidos após entrarem ilegalmente em território americano, viajaram com mãos e pés acorrentados por determinação das autoridades dos EUA.

"É um sonho que ainda pretendo realizar um dia", disse Pacheco ao Estadão, visivelmente abatido, logo após desembarcar. Mesmo viajando algemado, o mineiro de São João do Manteninha, a 500 quilômetros de Belo Horizonte, não reclama do tratamento que recebeu da imigração.

"Foram muito educados", disse. Ele trabalhava em uma fábrica de roupas íntimas em Minas Gerais, antes de se arriscar na fronteira do México.

A jornada do carpinteiro e pedreiro Raulisson, de 44 anos, foi bem mais longa - e sofrida. Ele viveu ilegalmente 17 anos nos EUA até ser preso, 7 meses atrás, quando morava na rua. "Eu trabalhava na construção civil em Everest (Estado do Kansas) e sofri um acidente. Tive traumatismo craniano, várias fraturas e fiquei sem condições de trabalhar. Tive de morar na rua. Há sete meses, fui preso", conta o brasileiro, nascido em Belo Oriente, a 253 quilômetros da capital mineira.

Decepção

Com lágrimas nos olhos, ele parecia sem rumo ao desembarcar em Confins. "Eu estava em processo de legalização nos EUA quando fui preso. Quero tentar seguir com isso", sonha o carpinteiro. Logo após desembarcar, ele já perguntava onde poderia comprar passagem de ônibus para Belo Oriente. O alívio para tanto sofrimento seria reencontrar os pais e o filho.

Nem Raulisson nem Pacheco foram vacinados contra covid pelo governo americano, diferentemente de outros deportados. "Não sei qual foi o critério que adotaram", afirmou Pacheco. Os dois saíram de cidades que ficam no Vale do Rio Doce, próximo a Governador Valadares, conhecida por ser um centro de ação dos coiotes, criminosos que chegam a cobrar mais de R$ 20 mil para viabilizar a travessia ilegal para os EUA.

O cabeleireiro Sueverson Guimarães, de 22 anos, pagaria R$ 23 mil para os traficantes. No entanto, como foi preso ao cruzar a fronteira, não precisou desembolsar o valor. Ele ficou 91 dias detido e não hesita em dizer que voltará o mais rápido possível. "Na semana que vem, estou indo de novo. No Brasil, não há condições de ficar."

Guimarães é de Vale do Paraíso, em Rondônia. No voo com ele, a conterrânea Adailsa dos Santos, de 24 anos, criticou o tratamento recebido pelas autoridades migratórias dos EUA. "Fiquei 25 dias presa e fui cruelmente maltratada. Não entendi o porquê. Só queria trabalhar", lamentou.

Os 30 brasileiros que chegaram ontem a Belo Horizonte fazem parte do primeiro grupo de imigrantes ilegais deportados em voos fretados pelo governo Biden. A maioria é do leste mineiro, mas também havia pessoas do Espírito Santo, de Goiânia e de Rondônia. (Colaborou Beatriz Bulla)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Chega na tarde desta sexta-feira (21), no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, o voo fretado pelo governo dos Estados Unidos para trazer de volta ao Brasil 106 brasileiros deportados daquele país. Todos teriam sido detidos após entrarem de forma ilegal em território norte-americano. É o primeiro voo que deporta brasileiros desde que Joe Biden assumiu a presidência dos EUA.

A política de deportação dos EUA foi intensificada em 2019 pelo então presidente norte-americano Donald Trump que endureceu a legislação contra imigrantes ilegais. Segundo o Itamaraty, “o processo de deportação ocorre integralmente sob as leis e a jurisdição soberana dos Estados Unidos”.

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A deportação ocorre quatro meses após o presidente dos EUA, Joe Biden, assumir como chefe de governo e enviar, ao Congresso, uma proposta de reforma das leis de imigração que, se aprovada, permitirá ao governo, futuramente, implementar ações de regularização da condição de milhões de imigrantes que vivem sem documentos no país.

Mais um voo com deportados brasileiros, vindos dos Estados Unidos, aterrissou às 22h40 desta sexta-feira, 14, no aeroporto de Confins, na região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com informações da BH Airport, empresa que administra o aeroporto, 40 adultos e 40 crianças e adolescentes, desembarcaram na capital mineira.

É o terceiro voo neste ano e o quarto em menos de quatro meses a mandar de volta ao Brasil imigrantes brasileiros que tentaram entrar ilegalmente nos EUA pela fronteira com o México. Nexta-feira, ninguém chegou algemado, ao contrário do que ocorreu em viagens anteriores.

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"Você é tratado igual a um cachorro. Me senti humilhado. Você fica embaixo de uma lona, com frio. Te dão um cobertor que é uma folha de alumínio", disse Breno Silva Coelho, de 33 anos, que foi tentar a sorte nos Estados Unidos com a mulher e o filho pequeno. A família é da cidade mineira de Ipatinga, no Vale do Rio Doce. "Adultos aguentam, mas essa situação, para crianças, é uma covardia. Não volto lá nem se o Trump me buscar", disse.

A falta de informações é a principal reclamação de parentes de imigrantes que tentam entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Entre os próprios deportados, o protesto é em relação ao tratamento que recebem nos centros específicos de imigrantes.

No primeiro voo, em 26 de outubro de 2019, chegaram 70 pessoas, no segundo, em 24 de janeiro de 2020, 50, no terceiro, em 7 de fevereiro, 130. As deportações atuais fazem parte de novo entendimento entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, que facilita o procedimento de saída daquele país de imigrantes ilegais.

Antes do voo de 26 de outubro do ano passado, outra deportação de número mais elevado de imigrantes brasileiros detidos nos EUA só havia ocorrido em 28 de janeiro de 2004, quando 278 pessoas detidas no presídio de Florence, no Arizona, desembarcaram no aeroporto de Confins.

Os voos chegam pela cidade mineira por ser do Estado o maior número de deportados. Em nota, a Polícia Federal disse que caberá à corporação "realizar os procedimentos de controle migratório, uma de suas competências definidas pela Constituição da República".

Recepção

Uma mesa com café, sucos, bolos e pão de queijo foi montada pela administração do aeroporto para a chegada dos deportados.A maior parte dos deportados chega com a roupa do corpo e uma sacola plástica com documentos. No desembarque desta noite, muitos calçavam sapatos emborrachados alaranjados, distribuídos nos centros de imigração. O próximo avião com brasileiros que tentam chegar ilegalmente nos Estados Unidos está previsto para chegar em Confins no próximo dia 19.

Cinco dos seis turistas detidos pelas autoridades peruanas no último domingo (12) por danificar a cidade inca de Machu Picchu serão deportados, e outro responderá judicialmente pela retirada de uma pedra do santuário arqueológico. Entre os presos, há dois brasileiros.

Os turistas detidos são os argentinos Nahuel Gómez, de 28 anos, e Leandro Sactiva, de 32 anos; a francesa Marion Lucie Martínez, de 26 anos, o chileno Favián Eduardo Vera, de 30 anos, e os brasileiros Cristiano Da Silva Ribeiro, de 30 anos e Magdalena Abril, de 20 anos.

Segundo as autoridades, Gómez revelou ter tirado uma pedra do muro do Templo do Sol, que ao cair de uma altura de seis metros causou uma fissura no piso do local histórico. Ele foi intimado a comparecer em uma audiência ainda nesta terça-feira. A lei peruana estabelece penas de ao menos quatro anos para quem causa danos ao patrimônio cultural.

Os demais turistas detidos foram levados para a Unidade de Segurança de Cusco, a 80 quilômetros de Machu Picchu, onde será decidido o procedimento de deportação - como informou um funcionário à AFP - por meio das autoridades migratórias e o poder judicial. No entanto, não há previsão para que isso ocorra.

De acordo com as autoridades, os seis turistas entraram em Macchu Pichu no último sábado, onde ficaram escondidos para conseguir passar a noite no local, algo que é proibido.

O local danificado foi o Templo do Sol, espaço sagrado construído há seis séculos com blocos de granito para o culto ao deus Sol, a maior divindade inca. Além dos danos materiais, o chefe de polícia relatou ter encontrado material fecal no templo, que considera como prova de que os turistas defecaram no espaço.

Pouco mais de 680 cubanos foram deportados desde que os Estados Unidos colocaram fim, em 12 de janeiro, às vantagens migratórias que estimulavam a migração irregular, segundo a imprensa oficial de Cuba.

Os meios de comunicação estatais disseram que 683 pessoas foram devolvidas à ilha a partir dos Estados Unidos ou quando tentavam entrar de forma irregular neste território pelo México, pelas Bahamas ou pelas Ilhas Cayman.

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Apenas dos Estados Unidos foram deportados 40 cubanos em voos comerciais e 75 por via marítima. Outros dois chegaram em um voo charter na sexta-feira, de acordo com o jornal Granma e o site Cubadebate.

Nesse sentido, o México deportou 264 cubanos e recusou 144 que tentavam entrar ilegalmente pelos aeroportos, enquanto das Bahamas e Ilhas Cayman foram devolvidos 156.

Dias antes de deixar o poder, Barack Obama derrubou a chamada política "pés secos, pés molhados", vigente desde 1995, que permitia aos cubanos que chegassem irregularmente a obtenção de residência nos Estados Unidos.

Os cubanos eram os únicos cidadãos do mundo que desfrutavam deste benefício, o que, aos olhos do governo da ilha, estimulava a migração ilegal e o tráfico de pessoas.

O fim das vantagens migratórias foi a última medida que Obama tomou no âmbito de sua histórica aproximação com a ilha socialista, depois de meio século de hostilidades, e que agora promete ser revisada pelo presidente Donald Trump.

Segundo o Gabinete de Operações no Terreno do Serviço Alfandegário e Proteção de Fronteiras, 50.082 cubanos entraram nos Estados Unidos no ano fiscal de 2016. Desses, 38.310 o fizeram ilegalmente, e apenas 11.772 com visto.

Essa cifra supera os 36.700 que emigraram em embarcações precárias em 1994 na chamada "Crise dos Balseiros", o segundo grande êxodo cubano para os Estados Unidos, após o de Mariel, em 1980, que envolveu 125.000 pessoas.

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