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A desembargadora Marília Castro Neves, que ficou conhecida ao afirmar que a vereadora assassinada Marielle Franco era “engajada com bandidos”, por meio do seu facebook pediu desculpas “em memória da vereadora”. “Por ter reproduzido, sem checar a veracidade, informações que circulavam na internet”, disse.

O texto no qual a magistrada pediu desculpas a Marielle foi direcionado a uma professora portadora de Síndrome de Down chamada Débora com outro pedido de perdão. Castro Neves, em um grupo privado no facebook, teria questionado em referência à professora: “O que será que essa professora ensina a quem? Esperam um momento que eu fui ali me matar e já volto”, escreveu.

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“Perdão, Débora, por ter julgado, há três anos atrás, ao ouvir de relance, no rádio do carro, uma notícia na Voz do Brasil, que uma professora portadora de Síndrome de Down seria incapaz de ensinar. Você me provou o contrário”, ressaltou.

A desembargadora contou que tem sofrido muito, refletido e que aprendeu a maior lição. “A de que precisamos ser mais tolerantes e duvidar de pré-conceitos. Minhas posições pessoais jamais interferiram nas minhas decisões, conhecidas por serem técnicas (...) hoje, contudo, percebi que mesmo quando meu corpo despe a toga, a mesma me acompanha aonde eu for”.

Ela ainda pediu desculpas ao deputado federal Jean Wyllys (PSOL) por ter pedido, em 2015, o “fuzilamento” do psolista. “Sempre me oporei às suas ideias e as do PSOL, nada mudará isso, mas é evidente que não desejo mal a ninguém”, afirmou.

Educação e respeito

Antes mesmo do pedido de desculpas, a professora Débora Araújo mandou uma carta para a magistrada falando um pouco de sua rotina diária. “Eu ensino muitas coisas para as crianças. A principal é que elas sejam educadas, tenham respeito pelas outras, aceitem as diferenças de casa uma e ajudem a quem precisar mais”, destacou.

 

A docente continuou: “O que eu acho mais importante de tudo isso é ensinar a incluir as crianças e todo mundo para acabar com o preconceito porque é crime. Quem discrimina é criminoso”, ressaltou Débora, no final da carta.

 

 

 

A desembargadora Marília Castro Neves, que ficou conhecida por ter afirmado que a vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL) era “engajada com bandidos” e que teria sido “eleita pelo Comando Vermelho”, tem o seu nome envolvido com mais uma polêmica. De acordo com o deputado federal Jean Wyllys (PSOL), a mesma desembargadora já teria usado a sua rede social para defender que ele fosse “fuzilado” em um “paredão profilático”. “Isso mesmo, uma desembargadora propôs publicamente a minha morte”, denunciou o Jean, neste sábado (24), em seu facebook. 

De acordo com a publicação do parlamentar, as postagens vieram à tona depois da repercussão do caso Marielle. A desembargadora teria escrito: “Eu, particularmente, sou a favor de um paredão profilático para determinados entes… O Jean Willis (sic), por exemplo, embora não valha a bala que o mate e o pano que limpe a lambança, não escaparia do paredão...'', escreveu Castro Neves na rede social em 29 de dezembro de 2015.

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Jean Wyllys contou que seus advogados irão representar uma queixa-crime contra a magistrada por, segundo ele, cometer incitação ao crime de homicídio. O PSOL do Rio de Janeiro também vai representar contra Castro com a finalidade de que ela seja afastada do cargo. “Esqueçam por um segundo que eu sou deputado federal. Eu sou um cidadão, uma pessoa, um ser humano. E uma desembargadora defendeu o meu assassinato. Assim, literalmente, entre risos. E nada acontece. Cadê o Ministério Público? Cadê os tribunais superiores? Ninguém vai fazer nada?”, indagou em um artigo publicado em um portal. 

A Executiva Estadual do PSOL do Rio de Janeiro também se pronunciou sobre o assunto. “O PSOL não vai cessar em suas denúncias até que a desembargadora seja responsabilizada por seus crimes. Castro Neves não pode permanecer um minuto mais como desembargadora”.

O PSOL entrou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com representação contra a desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Na última sexta-feira (16), a magistrada acusou a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada na última quarta-feira (14), de estar "engajada com bandidos", ter sido "eleita pelo Comando Vermelho" e ter descumprido "'compromissos' assumidos com seus apoiadores". O partido e familiares da parlamentar repudiam as acusações. A reportagem procurou a desembargadora, que não retornou o contato.

"Representamos contra a desembargadora no CNJ e esperamos que o Judiciário mostre que essa mulher é uma exceção nesse Poder, para o bem da democracia", afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). Neste domingo, ele participou de ato em homenagem à vereadora no complexo de favelas da Maré, na zona norte do Rio, onde Marielle viveu.

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Na sexta-feira, a desembargadora escreveu que "a questão é que a tal Marielle não era apenas uma 'lutadora', ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho (facção criminosa carioca) e descumpriu 'compromissos' assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa 'longe da favela' sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava. Até nós sabemos disso".

O texto continua: "A verdade é que jamais saberemos ao certo o que determinou a morte da vereadora, mas temos certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro".

Freixo criticou quem tenta atingir a imagem de Marielle: "Esses imbecis, togados ou não, que tentam de alguma maneira matá-la de novo, não vão conseguir. A Marielle está sofrendo um duplo homicídio. Não basta o covarde que apertou o gatilho, ainda tem covarde de plantão que não está preparado para julgar, mas para prejulgar, dizendo que a Marielle foi casada com bandido, com traficante, que sua filha é isso... é um nível de perversidade que a gente não está disposto a aturar. A Marielle não teve a filha, a Luyara, com um traficante. Mas e se fosse? Isso condena a Marielle a quê? O pai da Luyara é um rapaz que trabalha no Luta pela Paz, dentro da favela da Maré. A Marielle foi eleita com 7 mil votos (recebidos) no Jardim Botânico. Depois foi Barra (da Tijuca), Copacabana e Laranjeiras. Como assim dizer que Marielle foi eleita por Comando tal ou Comando tal?"

Após constatar o volume de calúnias de que Marielle passou a ser vítima, um grupo de advogadas começou na última quinta-feira (15) a rastrear as postagens mentirosas contra a vereadora. Todos os casos, com seus respectivos autores, serão encaminhados à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), da Polícia Civil, ou à Justiça para pedido de retratação pública. Até domingo (18) já haviam sido recebidas mais de 2.000 denúncias. Elas podem ser enviadas para o e-mail contato@ejsadvogadas.com.br.

Manifestação

Milhares de pessoas participaram de caminhada em homenagem a Marielle no início da tarde deste domingo no complexo de favelas da Maré. Além de moradores, havia políticos como Freixo, o vereador Tarcísio Motta, o deputado estadual Flavio Serafini e o deputado federal Chico Alencar, todos do PSOL, e os deputados federais Benedita da Silva (PT), Jandira Feghali (PCdoB) e Alessandro Molon (PSB), todos eleitos pelo Rio. Também havia artistas, como Débora Bloch, Camila Pitanga, Marcelo Adnet e Bruna Linzmeyer.

"Quando a questão é ideológica, eu acho saudável haver debate. Quando uma vereadora é executada, nós temos que esclarecer, porque é um crime contra a democracia", afirmou Adnet.

Durante a manifestação, da qual participaram vários familiares de Marielle, mulheres da comunidade discursaram: "Pensam que o lugar de gente preta e pobre é no cemitério ou na cadeia, mas não vamos deixar. Vamos continuar na política", afirmou uma delas. Até este domingo, o Disque Denúncia já recebeu 23 denúncias envolvendo o assassinato da vereadora.

Na próxima terça-feira (20), a partir das 19h, haverá um ato ecumênico na Cinelândia (região central) em homenagem adiantada ao sétimo dia da morte de Marielle. O plano do PSOL e de entidades de direitos humanos é que o ato seja repetido nesse horário em outras cidades do País e do mundo. Antes, às 17h, manifestantes vão se reunir ao redor da igreja da Candelária, de onde partirão em passeata rumo à Cinelândia. O ato, convocado pela internet, já havia recebido a adesão virtual de mais de 40 mil pessoas até as 18h de domingo.

Em um comentário no Facebook, a desembergadora Marilia Castro Neves, que atua no Rio de Janeiro, afirmou que a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros na última quarta-geita (14), era 'engajada com bandidas', teria sido 'eleita pelo Comando Vermelho' e que seu 'comportamento' foi o culpado por sua morte. Ainda de acordo com Marilia, o cadáver de Marielle é 'tão comum quanto o de qualquer outro'. 

O comentário da desembargadora foi feito em resposta a uma publicação do advogado Paulo Nader, em que afirmava que toda a comoção gerada se deve pelo fato dela ter sido uma 'lutadora dos direitos humanos e líder de uma população sofrida'. Embaixo da postagem, Marilia Castro Neves escreveu: "A questão é que a tal Marielle não era apenas uma “lutadora”; ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu “compromissos” assumidos com seus apoiadores", escreveu.

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"Ela, mais do que qualquer outra pessoa “longe da favela” sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava. Até nós sabemos disso. A verdade é que jamais saberemos ao certo o que determinou a morte da vereadora mas temos certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro", completou.

Confira a publicação:

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A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira, 22, o empresário Breno Solon Borges, filho da desembargadora Tânia Borges, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, por suspeita de ligação com o tráfico de drogas.

Breno foi localizado pela PF em uma clínica médica na cidade paulista de Atibaia, onde estava internado desde julho, diagnosticado com Síndrome de Borderline.

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A ordem de prisão de Breno foi dada pela Justiça de Três Lagoas (MS).

No dia 8 de abril, Breno foi preso pela primeira vez, em flagrante, no município de Água Clara, a cerca de 200 quilômetros de Campo Grande, na posse de 129 quilos de maconha e 199 projéteis 7.62 e mais 71 munições 9 milímetros.

Duas semanas depois, o plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Estado decidiu substituir o regime de prisão preventiva em que Breno se encontrava por internação provisória em uma clínica médica.

Laudos anexados pela defesa ao pedido indicaram que o filho da desembargadora sofre de Síndrome de Borderlin - doença marcada por 'desvios dos padrões de comportamento', com alterações de afetividade e controle de impulsos.

Cerca de dez dias antes de ser preso com drogas e munições pesadas, Breno caiu no grampo da Polícia Federal ajustando por mensagens de texto os pontos finais de uma ação espetacular.

Seu interlocutor, na ocasião, era Tiago Vinícius Vieira, apontado como o líder da organização montada para assassinatos, corrupção de servidores públicos, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Tiago, que chama Breno de 'mano', é interno do presídio de segurança média de Três Lagoas.

Segundo a PF, o filho da desembargadora atuava como 'agente operacional' de Tiago.

Em junho, a Operação Cerberus, da Polícia Federal, desmontou um grupo envolvido com tráfico de armas pesadas que estaria tramando a fuga de Tiago Vieira. Segundo a PF, o filho da desembargadora estaria ligado ao plano.

A desembargadora Denise Castelo Bonfim, do Tribunal de Justiça do Acre, que analisa o inquérito da operação G7 sobre o suposto cartel de empresários que teria fraudado contratos públicos com a participação de integrantes do primeiro escalão, do governo Tião Viana (PT), enviou um comunicado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma ameaça sofrida por ela e um suposto plano para matá-la, relatado por um preso do Estado. A desembargadora solicitou segurança pessoal e pediu que os pedidos de liberdade dos acusados sejam julgados em Brasília.

No documento, a desembargadora relata que na tarde de segunda-feira, 27, foi comunicada pela juíza Luana Campos, da Vara de Execuções Penais do Acre, sobre um "possível planejamento" para matá-la. Um criminoso detido no presídio da Papudinha, onde estão 13 dos 15 presos do inquérito da G7, afirmou à juíza Luana Campos ter ouvido comentários sobre um suposto atentado.

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A desembargadora também comunicou ao STF e ao CNJ uma ameaça anônima feita por telefone há 15 dias. "Esta Desembargadora também recebeu uma ligação sem sinal de identificação dizendo os seguintes imperativos: 'Cuidado! Tenha cuidado com a sua vida!'", escreveu a magistrada.

"Em razão da reiteração das informações e ainda, achando por cautela ser comunicado aos setores públicos necessários, comunico a Vossa Excelência para conhecimento e providências", relata Denise Bonfim.

"Nós queremos deixar bem claro que esse tipo de intimidação, em nenhum momento, vai fazer qualquer juiz recuar ou deixar de cumprir o seu dever", afirmou o presidente da Associação dos Magistrados do Acre, Raimundo Nonato da Costa.

O CNJ vai pediu ao TJ informações sobre quais medidas de segurança foram adotadas para preservar a vida da desembargadora e que passou a monitorar o caso.

Caso G7

A desembargadora vai analisar o inquérito da Operação G7 concluído nesta segunda-feira, 27, que indiciou 22 pessoas, entre elas dois secretários do governo do Estado e um sobrinho do governador, Tiago Viana - funcionário da Secretaria da Saúde. Caberá a ela também decidir se pede novas investigações para apurar suposto envolvimento do governador em crimes.

Um relatório complementar feito pela PF relaciona citações, conversas e indícios ligando o nome do governador Tião Viana aos indiciados por formarem um suposto esquema de fraudes que teriam desviado em apenas seis contratos analisados R$ 4 milhões. O secretário de Comunicação, Leonildo Rosas, disse que o governo está tranquilo e que não há atos ilícitos praticados por agentes públicos.

Nesta quarta-feira, o Tribunal de Justiça levou para sessão do Pleno os pedidos de relaxamento de prisão de 14 dos 22 indiciados que estão presos desde o dia 10, preventivamente. Dos nove desembargadores presentes, cinco tinham alguma relação de parentesco com os indiciados, inclusive o presidente do TJ, desembargador Roberto Barros.

A desembargadora alertou os magistrados que se colocassem em votação os pedidos de relaxamento de prisão estariam descumprindo a lei. A votação acabou suspensa, mas mesmo assim, a magistrada pediu cópias da sessão para enviar ao STF e ao CNJ comunicando "usurpação de competência" por parte do TJ do Acre. Segundo ela, cabe ao STF analisar os pedidos, mediante a suspeição da maioria dos magistrados.

São Paulo, 12 - A desembargadora Yara Ramires da Silva de Castro, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2), de São Paulo, e a filha dela, Roberta Sanches de Castro, foram encaminhadas, no final da noite de quarta-feira, para a sede da Corregedoria da Polícia Militar, na região central da capital paulista, ao se envolverem em uma discussão com policiais militares da Companhia Tática do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) na Avenida Paulista.

Eram 23h45 quando o Chery vermelho, conduzido por Roberta e ocupado também pela desembargadora e outras duas passageiras, uma delas, segundo a PM, tia da motorista, foi parado pelos policiais numa blitz na pista sentido centro em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero. Segundo os PMs, a soldado Cláudia se aproximou do carro e solicitou a carteira de motorista e o documento de identidade de Roberta. Após entregar os documentos, a condutora ficou indignada ao ser convidada pela policial a realizar o teste do bafômetro. "Isso é uma palhaçada. Mãe, mostra para ele quem nós somos", disse Roberta à desembargadora, segundo os policiais.

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A magistrada, de acordo com a PM, então desceu do carro, pegou o documento de identificação dele e jogou contra a policial. Após pegar o documento de volta, a desembargadora tentou deixar o local com a filha, mas os documentos de Roberta já estavam com os policiais.

A filha da magistrada, segundo os policiais, na tentativa de recuperar o documento, tentou agredir a policial, mas acabou atingindo o 3º sargento Edmilson, que se posicionou na frente da soldado. Os policiais afirmaram que as duas passageiras que estavam no banco traseiro, ao testemunharam o incidente, deram razão aos policiais. "Eles estão realizando o serviço deles, foram educados. Parem vocês com essa palhaçada", disse uma delas.

Segundo ainda um dos policiais, as duas passageiras então resolveram desistir da carona e pegaram um táxi. Mãe e filha foram encaminhadas para a Corregedoria da PM para prestar depoimento e de lá seriam levadas para o plantão do 78º Distrito Policial, dos Jardins.

Segundo os policiais, Roberta e Iara responderão por desacato. Contra Roberta também será feito um auto de infração de averiguação de embriaguez, pois ela se recusou a passar pelo bafômetro. Neste caso, a condutora é multada em R$ 957,70, mas não fica impedida de dirigir até a conclusão do inquérito. A motorista, segundo os policiais, após deixar a Corregedoria, seria encaminhada para o IML para realizar teste clínico de embriaguez ou, então, teste por meio de coleta de sangue, caso concorde e retirá-lo.

 

O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estão apurando um suposto caso de atentado sofrido pela família da desembargadora Sérgia Miranda. Os dois órgãos investigam se o episódio foi alguma retaliação ao fato da magistrada ter decretado ilegais as greves dos policiais militares e dos civis.

A informação foi dada pelo coronel do Exército, Medeiros Filho. De acordo com ele, os tios-avós da juíza passaram por uma sessão de tortura, quarta-feira (04/01), na casa onde moram, em Horizonte, na região metropolitana de Fortaleza. Os idosos foram amordaçados e agredidos. A tia-avó da juíza teve os cabelos molhados com álcool. Os torturadores ameaçaram tocar fogo nela.

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O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, está em Fortaleza acompanhando as investigações. Ele acionou as forças de segurança pública do Ceará. Segundo a AMB, a apuração será também acompanhada pela Diretoria de Prerrogativas de Segurança.

Calandra se encontrou, à tarde, com o governador do Ceará, Cid Gomes.

Pela manhã, ele esteve com a desembargadora Sérgia Miranda. Segundo ele, foram utilizadas armas de grosso calibre, e os idosos foram feridos com objetos cortantes. Demonstrando indignação com o ocorrido, Calandra disse esperar por uma pena alta para os envolvidos.

Na opinião dele, o episódio foi um atentado contra a democracia. "Não se pode aplicar a mesma punição da década de 1940, que penalizava esse crime do mesmo modo de quem roubasse o cavalo do meu avô", acrescentou.

Sérgia Miranda havia determinado a suspensão da greve dos policiais militares e bombeiros, na segunda-feira (02/01), dois dias antes do suposto atentado. Antes, em dezembro, ela havia considerado ilegal a greve dos policiais civis, que decidiram radicalizar a paralisação depois que os militares e bombeiros tiveram a metade de suas reivindicações atendidas pelo governo cearense. A greve da polícia civil segue sem acordo. O Exército e a Força Nacional de Segurança continuam em ação no Ceará.

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