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Na véspera do conjunto de julgamentos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), xerife do mercado de capitais, que nesta quarta-feira (18) condenou o empresário Eike Batista a valor milionário em multas, surgiu na internet o portal Eike Tudo Pelo Brasil (www.eiketudopelobrasil.com.br). O canal lista "realizações imprescindíveis para o Brasil" creditadas ao ex-bilionário e conta com o aval do empresário. Os responsáveis negam que a criação do site tenha sido encomendada.

O projeto vem sendo concebido há dois meses, contou o empresário Raphael Paim, proprietário da Origgami Soluções Multimídia, que trabalha com a concepção de sites e já prestou serviço para Flávia Sampaio, esposa do ex-bilionário.

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Segundo Paim, entre 15 e 20 voluntários estão envolvidos na produção de conteúdo do portal, com fotos, textos e depoimentos de amigos de Eike. São citadas desde a construção do Porto do Açu, no litoral norte do Estado do Rio, até doações para iniciativas sociais, como a conclusão do Hospital Pró Criança, no Rio de Janeiro.

A criação do canal "não envolve dinheiro", disse Paim. "Há uma série de pessoas que não estão satisfeitas com a repercussão negativa de algumas notícias envolvendo Eike, como isso está sendo falado", completou.

De acordo com o empresário, funcionários e ex-funcionários das empresas do Grupo X se engajaram na produção do portal, que traz uma lista dos projetos de Eike, vídeos e depoimentos de pessoas próximas ao ex-bilionário, como seu pai, o empresário Eliezer Batista.

Paim já se encontrou pessoalmente com Eike, descrito por ele como "muito simpático", para discutir projetos. Nenhum deles saiu do papel ainda, nem se trata do recém-lançado Eike Tudo Pelo Brasil. "Apenas avisei para ele que estava sendo criado, pedi autorização. Ele disse `se é para falar de fatos, de realizações, então está liberado'", contou.

Uma fonte próxima a Eike confirmou que o empresário deu apoio à criação do site. Oficialmente, porém, a EBX não se posicionou sobre o assunto. A relação da Origgami com Flávia, esposa do empresário, data de outubro passado. A empresa multimídia colocou no ar um blog de moda produzido pela advogada.

Com um patrimônio negativo em US$ 1 bilhão, o empresário Eike Batista sofreu mais um baque nesta quarta-feira (18) com a aplicação de duas multas no valor de total de R$ 800 mil em dois julgamentos realizados na manhã de hoje pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O fundador do grupo X foi condenado em casos referentes a falhas na divulgação de informações das empresas LLX e MPX, mas ainda pode recorrer para evitar as multas.

O advogado André Cantidiano, responsável pela defesa de Eike no caso da LLX, afirmou que pretende entrar com recurso no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN), em Brasília. Cantidiano considerou a multa de R$ 500 mil, valor máximo aplicável pela CVM, desproporcional à conduta de Eike e ao histórico de decisões da CVM em casos semelhantes.

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A xerife do mercado de capitais ainda julga nesta tarde, a partir das 15h, outros dois processos envolvendo as empresas X e em que Eike é acusado por irregularidades na OGX e na CCX. A autarquia ainda terá outros dez casos pendentes envolvendo o grupo após esses julgamentos.

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com um procedimento judicial criminal contra o juiz federal Flávio Roberto de Souza, titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, informou nesta segunda-feira, 9, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). O magistrado foi afastado, no último dia 26, dos processos contra o empresário Eike Batista pela corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi.

Nos autos, o MPF pediu medidas cautelares, que foram aceitas pela Justiça. Entre as medidas estaria a apreensão do passaporte, segundo o site da coluna do jornalista Ancelmo Góis, do jornal O Globo. Como o procedimento se encontra sob sigilo, nem o TRF2 nem o MPF confirmaram a apreensão do passaporte. Procurada, a Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio tampouco confirmou a retenção do documento até o fechamento deste texto.

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Segundo o TRF2, o procedimento foi iniciado a partir de indícios apresentados ao Órgão Especial do tribunal pela Corregedoria Regional da Justiça Federal da 2ª Região, na última quinta-feira.

No fim de semana, a revista Veja revelou que uma junta de juízes designada pela Corregedoria do TRF2 detectou o sumiço, na vara comandada por Souza, de uma parte dos R$ 116 mil apreendidos na casa de Eike, além de R$ 600 mil recolhidos do traficante espanhol Oliver Ortiz de Zarate Martin, preso no Rio em junho de 2013.

O TRF2 informou também que, ainda nesta segunda-feira, divulgará publicamente o resultado da inspeção feita na 3ª Vara Criminal.

Uma junta de juízes designada pela Corregedoria do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região (Rio e Espírito Santo) detectou o sumiço na 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro de R$ 116 mil apreendidos na casa do empresário Eike Batista, além de R$ 600 mil recolhidos do traficante espanhol Oliver Ortiz de Zarate Martin, preso no Rio em junho de 2013, aos 35 anos, de acordo com informações da revista Veja na edição que chega às bancas neste final de semana. Os recursos estavam sob a guarda do juiz federal Flávio Roberto de Souza, que foi responsável pelo caso Eike Batista. O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, tentou contato com o TRF e com o juiz Souza na manhã deste sábado, 7, mas não obteve resposta até o momento.

Souza foi afastado das funções do cargo pelo Órgão Especial do TRF na última quinta-feira, 5, e foi aberto um processo administrativo disciplinar contra o magistrado. O titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio já havia sido retirado do caso Eike, após ser flagrado dirigindo o Porsche Cayenne apreendido na casa do empresário carioca.

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O tribunal também iniciou investigação para apurar indícios de irregularidades na atuação do juiz. Os fatos que embasaram as medidas foram colhidos pela Corregedoria Regional durante uma correição extraordinária realizada na vara, nesta semana. Os fatos investigados envolvem atos relacionados aos processos criminais que têm Eike Batista como réu, mas também a outras ações judiciais.

No caso do sumiço do dinheiro, está sendo feita uma investigação, uma vez que Souza não era o único a ter acesso aos cofres, informou a revista. De acordo com a reportagem, rumores sobre o desaparecimento foram oficialmente levados pelo corregedor Guilherme Couto ao magistrado, que teria informado que o dinheiro estava em um armário. Ao contarem o dinheiro, no entanto, foi detectado que faltava uma parte, que ainda não teria sido localizada, segundo matéria da revista.

Processos suspensos

No último dia 3, os processos contra o empresário Eike Batista foram suspensos por decisão da 2ª Turma Especializada do TRF, até que se defina qual vara e juiz serão responsáveis pelo caso - foi feita uma consulta ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, Souza foi afastado de todos os processos penais contra o empresário e os seus atos no processo foram anulados, exceto os bloqueios de bens já efetuados. A medida deve ser apreciada pelo juiz que assumir o caso a partir de agora.

O afastamento foi resultado do acolhimento da exceção de suspeição, pedida pela defesa do empresário. O advogado Ary Bergher, que representa o empresário Eike Batista, afirmou ao Broadcast que a defesa irá apresentar no início da próxima semana um pedido ao TRF para que seja designado o novo juiz, uma vez que os bens de Eike seguem apreendidos.

A respeito da suspeita de sumiço do dinheiro, Bergher chamou o fato de "gravíssimo". "Prestamos um serviço à sociedade e ao judiciário fazendo a exceção de suspeição do juiz Flávio Roberto de Souza". Na semana passada, o magistrado pediu afastamento por problemas de saúde e ficará de licença até 8 de abril.

O Órgão Especial do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região decidiu na quinta-feira, 5, por unanimidade, afastar o juiz federal Flávio Roberto de Souza das funções do cargo. Titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro o magistrado já havia sido retirado do caso Eike Batista, após ser flagrado dirigindo o Porsche Cayenne apreendido na casa do empresário carioca.

A decisão foi tomada em função da abertura de um processo administrativo disciplinar contra ele. O tribunal decidiu abrir investigação para apurar indícios de irregularidades na atuação do juiz.

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De acordo com a assessoria do TRF, os fatos que embasaram as medidas foram colhidos pela Corregedoria Regional durante uma correição extraordinária realizada na vara esta semana. Os fatos investigados envolvem atos relacionados aos processos criminais que têm Eike Batista como réu, mas também a outras ações judiciais.

O juiz terá um prazo para apresentar sua defesa prévia no processo, que deve ser concluído em 140 dias. Souza está de licença médica até 8 de abril, mas poderá continuar afastado de suas atividades por mais tempo. As punições disciplinares estão previstas na Resolução 135 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e incluem advertência, remoção forçada, aposentadoria compulsória e demissão do serviço público.

Na quarta-feira, 4, após afastar definitivamente por decisão unânime o juiz Flávio Roberto de Souza dos processos penais movidos contra Eike, o TRF manteve o bloqueio de bens e valores já efetuado. A medida deve ser apreciada pelo juiz que assumir o caso. Os demais atos praticados foram anulados.

A 2ª Turma Especializada do TRF decidiu ainda suspender a tramitação do processo até que se decida como será a redistribuição para a vara que ficará responsável pelo caso. Será feita uma consulta ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a respeito do tema.

Pelas regras da Justiça Federal da 2ª Região, os processos deveriam ser entregues ao juiz substituto da 3ª Vara Federal Criminal. No entanto, as ações foram redistribuídas nesta semana para a 10ª Vara Criminal Federal do Rio, que não é especializada em crimes financeiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após o juiz Flávio Roberto de Souza ter sido afastado do julgamento de Eike Batista, o advogado Sergio Bermudes, que representa o empresário, afirmou nesta terça-feira (3)que o magistrado "andou longe de ser imparcial". A defesa pediu o seu afastamento após Souza ter chamado Eike de "megalomaníaco" e ter feito outras declarações à imprensa.

Bermudes afirmou ainda que o afastamento é uma "punição suficiente". "Não há punição maior para um juiz do que ser afastado do processo porque é parcial. A imparcialidade do juiz é, no que se diz em linguagem técnica, o pressuposto processual subjetivo", afirmou após a decisão da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, na tarde de hoje.

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O advogado disse ainda que não se conhece na história recente do Judiciário o caso em que "um juiz apreende um bem, um automóvel, e saia dirigindo". Souza foi flagrado ao volante do Porsche Cayenne apreendido na casa de Eike pela Polícia Federal como parte das medidas cautelares do processo.

Para Bermudes, a questão fica definitivamente decidida. "O doutor Flávio Roberto de Souza não pode ser juiz em nenhum dos processos do senhor Eike Batista. Esta decisão ficou muito clara."

Ainda está pendente a decisão sobre qual vara irá julgar o caso, após o afastamento do magistrado. Nesta segunda-feira, o TRF informou que o caso está na 10ª Vara Criminal, mas que não é especializada em crimes financeiros. Eike é réu em duas ações penais na Justiça Federal do Rio. O empresário é acusado de uso de informação privilegiada e manipulação de mercado na negociação de ações da petroleira OGX e da empresa de construção naval OSX.

O advogado Ary Bergher, que também representa Eike, acrescentou que entre esta terça e quarta-feira se saberá qual será o juízo competente. "Após a consulta ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que deverá julgar hoje o afastamento do magistrado Flávio Roberto de Souza, é que se definirá a competência".

Segundo Bergher, depois disso, o novo juiz terá que decidir todos os atos novamente e as decisões terão que ser reapreciadas. "Em suma, o processo terá que recomeçar. O bloqueio terá que ser reavaliado pelo novo juiz".

Depois de uma semana de polêmicas envolvendo a guarda dos bens do empresário Eike Batista, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região redistribuiu nesta segunda-feira, 2, os processos criminais contra o empresário.

Os autos foram transferidos da 3ª Vara Federal Criminal e agora tramitam na 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, cujo titular é o juiz Marcelo Luzio Marques Araújo.

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A medida atendeu a determinação da ministra Nancy Andrighi, corregedora nacional de justiça, que na quinta-feira passada ordenou o afastamento do juiz titular da 3ª Vara Criminal, Flávio Roberto de Souza, do caso.

A determinação da ministra foi motivada pelo fato de o juiz ter sido flagrado ao volante do Porsche Cayenne turbo apreendido na casa de Eike pela Polícia Federal como parte das medidas cautelares do processo.

A polêmica envolveu também a posse de outros bens, como um piano levado para a casa de um vizinho do magistrado, na zona oeste do Rio. A ministra considerou um risco o "juiz manter em sua posse patrimônio particular".

O fundador do grupo X é réu em duas ações penais na Justiça Federal do Rio. Eike é acusado de uso de informação privilegiada e manipulação de mercado na negociação de ações da petroleira OGX e da empresa de construção naval OSX.

Outras duas denúncias do Ministério Público Federal (MPF) contra o empresário e ex-executivos da OGX estão pendentes de análise. Caberá agora ao juiz da 10ª Vara Criminal decidir se aceita ou não as acusações, abrindo novos processos.

Na tarde desta segunda-feira, a 2ª Turma Especializada do TRF julgará o pedido de exceção de suspeição de Flávio Roberto de Souza apresentado pela defesa do ex-bilionário. Apesar do afastamento de Souza já ter sido determinado pelo CNJ em âmbito administrativo, o caso tem que ter também uma definição processual.

Na Sexta-feira passada, Souza encaminhou à Corregedoria Nacional um pedido de licença médica para se afastar do cargo por 15 dias. Ele será examinado nesta terça-feira pela junta médica do tribunal.

Os bens apreendidos e levados para o condomínio do juiz federal foram devolvidos aos seus proprietários, que permanecerão como fiéis depositários dos pertences até posterior decisão da Justiça Federal.

Além do piano, que voltou para a casa de Eike, uma Range Rover teve a guarda devolvida a um dos filhos do empresário, Thor Batista. Os bens foram entregues na sexta-feira à noite.

O TRF informou que os demais automóveis apreendidos, como o Lamborghini Aventador, permanecerão no pátio da Justiça Federal, no centro do Rio, até uma nova decisão. Outros bens como dinheiro em espécie, joias e outros objetos, foram destinados à guarda do Banco Central e da Caixa Econômica Federal.

A Justiça Federal devolveu ao empresário Eike Batista um piano e um carro Range Rover apreendidos pela Polícia Federal no início de fevereiro. O instrumento e o automóvel estavam no condomínio onde mora o juiz titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, Flávio Roberto de Souza.

O carro, que permanecia estacionado na garagem do edifício do juiz, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, teve a guarda devolvida ao filho de Eike, Thor Batista. Já o piano, que estava na casa de um vizinho de Souza no mesmo condomínio, voltou para a casa do empresário. Mas, segundo Sérgio Bermudes, advogado do ex-bilionário, o instrumento chegou com parte da tampa danificada. Os bens foram entregues na noite de sexta-feira. O piano danificado foi levado por uma transportadora, enquanto o Range Rover chegou guiado por agentes da Polícia Federal. A decisão de tornar o empresário fiel depositário dos bens apreendidos foi do juiz substituto da 3ª Vara Federal, Vítor Barbosa Valpuesta

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Encarregado de dois processos que Eike responde na Justiça, o juiz Flávio Roberto de Souza foi flagrado no último dia 24 ao volante do Porsche Cayenne turbo placa DBB 0002 que pertencia ao empresário. Após uma intensa polêmica sobre o uso dos bens apreendidos, a corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, determinou na última quinta-feira, 26, que Souza deixasse os processos ligados ao empresário por considerar um risco o "juiz manter em sua posse patrimônio particular". No dia seguinte, Souza encaminhou à Corregedoria Nacional um pedido de licença médica para se afastar do cargo por 15 dias. O juiz substituto Vitor Valpuesta assumiu em seu lugar as atividades da 3ª Vara Criminal.

Apesar da licença médica e da determinação da ministra, o julgamento sobre o pedido de afastamento do juiz feito pela defesa de Eike está mantido na pauta da próxima terça-feira da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal. Na sessão, os desembargadores definirão se anulam os atos praticados por Souza na ação, incluindo a apreensão dos bens do empresário.

Afastado do caso Eike Batista, o juiz titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, Flávio Roberto de Souza, informou à Corregedoria Regional que vai pedir licença médica. O magistrado apresentará um atestado para se afastar do cargo por motivo de saúde. A corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, determinou na quinta-feira, 26, que Souza deixasse os processos ligados ao empresário por considerar um risco o "juiz manter em sua posse patrimônio particular". O juiz foi flagrado dirigindo, na terça-feira, 24, o Porsche Cayenne Turbo de Eike Batista.

Com o pedido, o juiz substituto Vitor Valpuesta já está à frente das atividades da 3ª Vara Criminal. Sua primeira ação à frente do caso será corrigir os atos de seu colega em relação à guarda dos bens, como determinou o desembargador Guilherme Couto de Castro. Ainda nesta sexta-feira, 27, ele deverá definir os fiéis depositários para os bens, que podem ser uma instituição ou ficar sob a guarda do próprio dono, mas com restrição de uso.

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A lista inclui os veículos que Flávio Roberto de Souza levou para seu condomínio, na zona oeste do Rio: um Porsche Cayenne, uma Range Rover e um Toyota Hilux. O piano de Eike Batista, que estaria na casa de um vizinho, também pode voltar para a casa do ex-bilionário. Mesmo os bens que não foram vistos no prédio do magistrado, como o Lamborghini que seria leiloado, joias e o ovo Fabergé de Eike ganharão agora um destino certo, caso Valpuesta considere que não estão em local adequado.

De acordo com uma fonte próxima ao juiz, que preferiu não se identificar, Souza tem a saúde frágil e precisou se afastar diversas vezes nos últimos meses. O magistrado, segundo a fonte, teria uma doença chamada esteatose hepática, no grau 8. Trata-se de um acúmulo de gordura nas células do fígado, também chamada de infiltração gordurosa do fígado ou doença gordurosa do fígado. Além disso, Souza teria problemas de pressão alta e seria diabético.

A corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, determinou o afastamento do juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, de todos os processos relativos ao empresário Eike Batista.

Nesta semana, o magistrado foi flagrado dirigindo um Porshe Cayenne do empresário. O veículo havia sido apreendido pela Polícia Federal junto com outros bens de Eike, por ordem do próprio juiz. Foi a defesa de Eike que denunciou que o automóvel estava estacionado no condomínio do juiz.

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A ministra já havia determinado a apuração dos fatos, mas diante do "risco" de que a situação continuasse ocorrendo no caso concreto, decidiu afastar o magistrado do caso. Para Nancy Andrighi, "não há e nem pode haver" risco de um "um juiz manter em sua posse patrimônio de particular".

Os processos deverão ser redistribuídos aleatoriamente a outras Varas Criminais. Além do afastamento, a ministra determinou ao juiz o "dever de comportar-se de forma prudente, abstendo-se inclusive de emitir opinião sobre processo pendente de julgamento" e solicitou a instauração de uma reclamação disciplinar.

Os advogados de Eike Batista trabalham em três novas frentes contra o juiz titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, Flávio Roberto de Souza, flagrado na terça-feira, 24, dirigindo o Porsche Cayenne do empresário. O escritório de advocacia Sergio Bermudes deverá apresentar duas representações contra o magistrado: ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao próprio Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio. Além disso, pretende entrar com um processo por danos morais, alegando que Souza extrapolou o exercício de sua profissão ao dirigir o carro do empresário.

A defesa do ex-bilionário manterá a estratégia de questionar a competência da Justiça Federal para julgar a ação movida contra Eike por crimes contra o mercado de capitais, ainda que o juiz seja afastado do caso pelos desembargadores do TRF. A decisão será tomada na próxima terça-feira.

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A tese dos advogados é que os crimes de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada não podem ser equiparados a crimes financeiros, esses sim passíveis de julgamento pela Justiça Federal. Além disso, a União não teria sido lesada. A discussão processual está no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Na semana passada, o ministro Rogerio Schietti Cruz negou uma liminar pedindo a suspensão da ação penal, mas ainda não existe decisão definitiva. Caso percam, os advogados pretendem levar o ponto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Se for para a Justiça comum, o caso recomeça do zero.

Outro ponto levantado pela defesa é que a 3ª Vara Criminal, especializada em crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, não tem competência para julgar o processo. Assim, se o processo continuar na esfera federal, o pleito é que fique com um juiz criminal comum.

No dia seguinte ao polêmico episódio com o Porsche, o advogado Marcelo Fontes, sócio do escritório, conversou com jornalistas. Ao explicar os próximos passos do processo, Fontes se mostrou confiante no acolhimento da figura da exceção de suspeição, com o afastamento de Souza. O entendimento dos advogados é que, se isso ocorrer, todas as medidas autorizadas por ele devem ser anuladas.

"Um novo juiz, isento, deveria analisar tudo de novo, inclusive o bloqueio de bens. O Código de Processo Penal diz que os atos do juiz suspeito são nulos", defende Fontes.

A ideia dos advogados é pedir também que Souza seja afastado de todos os processos criminais em cursos contra Eike: as ações por crimes contra o mercado na OGX e na OSX. Ao comentar o episódio de ontem, Fontes disse que a conduta do juiz foi uma surpresa ruim. "É um estrago muito grande quando a gente se depara com um juiz sensacionalista. A falta de serenidade compromete a Justiça como um todo", afirmou.

O advogado esmiuçou a tese de defesa de Eike Batista contra as acusações por uso de informação privilegiada e manipulação de mercado na negociação de ações da OGX e da OSX. Em linhas gerais, afirma que Eike Batista não obteve ganhos com a venda das ações, que teriam sido feitas apenas para cobrir dívidas com o fundo soberano de Abu Dhabi Mubadala e para reenquadrar as companhias nos requisitos de free float (ações em circulação no mercado) da BM&FBovespa. A movimentação dos recursos para esses fins está em um laudo técnico da consultoria independente ICTS, que descreve as vendas feitas de 24 de maio de 2013 a 10 de junho de 2013 e de 27 de agosto a 3 de setembro de 2013. A defesa pede que seja aceita uma perícia técnica, que por enquanto foi negada.

Os representantes de Eike argumentam que o empresário foi o maior investidor das companhias, tendo investido pelo menos R$ 2,6 bilhões na OGX e R$ 1,6 bilhão de seu patrimônio na OSX. E que manteve participações vultosas nas empresas e que investiu US$ 700 milhões na OGX entre outubro de 2012 e junho de 2013, quando, segundo a acusação, já saberia da inviabilidade dos campos de petróleo da OGX. Para os advogados, se fosse um insider (pessoa que faz uso de informação privilegiada), Eike teria vendido suas participações nas companhias, que chegaram a valer US$ 36 bilhões. "A gente espera que um juiz imparcial analise esses fatos. Ele afundou junto com o navio, mesmo tendo a oportunidade de desembarcar antes", disse.

O corregedor regional da Justiça Federal da 2ª Região, desembargador federal Guilherme Couto de Castro, intimou o juiz titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Flávio Roberto de Souza, por ter guardado no estacionamento do prédio de sua residência bens apreendidos do empresário Eike Batista. A medida foi tomada em decisão preliminar desta quarta-feira (25) para apurar o suposto uso do carro Porsche de Eike.

Segundo o desembargador, nenhum carro apreendido pode ser mantido na garagem de juízes. "Não há qualquer cabimento em depositar bens no edifício particular do próprio magistrado, fato embaraçoso, apto a gerar confusão e manchar a imagem do Poder Judiciário", afirmou o corregedor, segundo comunicado oficial do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

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Castro afirma ainda que "caberá ao magistrado (titular da 3ª Vara Federal Criminal) escolher o melhor caminho, como a nomeação de depositário, que poderá ser entidade idônea ou o próprio proprietário do bem, com restrição de uso". O corregedor destacou também que não há precedente no uso de bens apreendidos na Justiça Federal da 2ª Região, que abrange os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Na última terça-feira, a Corregedoria Regional da Justiça Federal da 2ª Região já havia instaurado processo de sindicância para apurar a conduta de Souza. Foi dado prazo de cinco dias para o juiz prestar informações. Concluído esse procedimento preliminar, o trabalho será submetido ao plenário, que decidirá se abrirá processo administrativo disciplinar.

Se o processo administrativo for aberto, será conduzido segundo as normas da Resolução 135 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O documento estabelece, entre outras medidas, que a apuração e a eventual aplicação de sanções são de competência do tribunal ao qual o magistrado é subordinado. A norma determina ainda que os trabalhos sejam concluídos em até 140 dias, prazo que pode ser prorrogado se houver justificativa.

A briga entre os advogados que defendem o empresário Eike Batista e o juiz federal Flávio Roberto de Souza, responsável pela ação em que o ex-bilionário é acusado de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada, começou em dezembro, quando a defesa pediu o afastamento do magistrado do caso. A alegação é que o juiz estaria sendo parcial.

Entre os argumentos usados pelos advogados está o fato de que, após a primeira audiência, o juiz concedeu entrevista à imprensa, "antes mesmo do fim da instrução criminal", na qual teria revelado "seu comprometimento com a hipótese acusatória e quebra da garantia de parcialidade do juiz".

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No dia seguinte ao pedido de afastamento, Souza afirmou que a tática da defesa de Eike é criar "embaraços". "A tática da defesa é ir criando embaraços para que o processo não ande. São manobras", disse o juiz na ocasião, dois meses antes de, no último dia 4, ordenar o bloqueio de R$ 3 bilhões de Eike e seus familiares. O juiz tem criticado o estilo de vida de Eike e seus familiares que considera "incompatível com quem tem dívidas bilionárias."

Será concluído, na próxima terça-feira (3), o julgamento do pedido de afastamento do juiz Flávio Roberto de Souza, titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, da ação penal em que Eike Batista é acusado de crimes contra o mercado de capitais.

Tecnicamente, o pedido feito pela defesa do empresário é chamado de pedido de exceção de suspeição. Segundo o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, o desembargador federal Marcello Granado, que havia pedido vistas dos autos, levará o processo em pauta. Outros dois desembargadores que analisam o caso já votaram favoravelmente à substituição do juiz no caso.

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Souza está à frente de duas ações criminais contra o empresário. A defesa de Eike pede seu afastamento no processo referente às acusações de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada (insider trading) na OGX.

A Justiça suspendeu nesta terça-feira, 24, o leilão de cinco carros do empresário Eike Batista marcado para quarta-feira, 25. O item mais caro a ser oferecido era uma Lamborghini Aventador, ano de fabricação 2011/2012, avaliada em R$ 1,6 2 milhão. Os veículos foram apreendidos pela Polícia Federal como consequência do bloqueio de bens do empresário determinado pelo juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, em meio à ação penal em que Eike é réu sob acusação de crimes contra o mercado de capitais.

A liminar suspendendo o leilão foi concedida pelo desembargador federal Messod Azulay, da segunda turma especializada do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, após a defesa de Eike ter entrado com mandado de segurança.

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No documento, obtido pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, é citado que o sequestro dos bens foi determinado para garantir eventual reparação do dano e custas processuais, "não se tratando de bens ilícitos ou utilizados para a prática de infração penal, pelo que se descarta a possibilidade de perdimento dos bens".

Além disso, é informado que a venda antecipada de bens apreendidos para garantir ressarcimento de dano, antes da sentença, é admitida para garantir a preservação do valor dos bens. No entanto, a avaliação é de que por se tratarem de automóveis, bens não perecíveis, a "deterioração não é iminente".

"A apreensão dos bens se deu há menos de 30 dias, não se justificando a designação de data para o leilão sem que o réu ou terceiros proprietários tenham tido a oportunidade da interposição dos recursos cabíveis quanto à medida constritiva que recaiu sobre seu patrimônio", diz o desembargador.

Além dos cinco veículos, a Polícia Federal (PF) apreendeu outros bens do empresário, como o Porsche Cayenne branco que o juiz da 3ª Vara Federal dirigiu na manhã de hoje. Ainda não há data prevista para o leilão dos demais itens.

Além do item mais valioso, a Lamborghini Aventador, estava prevista a oferta de outros quatro carros. O automóvel mais em conta era um Smart Fortwo (2009), de R$ 30 mil. Havia ainda três Toyota Hilux blindadas, avaliadas entre R$ 45 mil e R$ 50 mil. Os lances mínimos deveriam superar o valor de avaliação.

O juiz determinou os bloqueios com objetivo de reter até R$ 3 bilhões em ativos financeiros e imóveis de Eike, dos dois filhos mais velhos do empresário (Olin e Thor), da mãe deles e ex-mulher de Eike, Luma de Oliveira, e de sua atual mulher, Flávia Sampaio. Isso para garantir o pagamento de indenizações e multas, no caso de condenação do empresário.

A lista de bens retidos na casa do empresário, no Rio, inclui ainda 16 relógios, dois motores de lancha, um computador, um piano, uma escultura e o telefone celular de Eike, além de R$ 127 mil em espécie (R$ 37 mil em moedas estrangeiras). Em sua casa em Angra dos Reis, litoral sul do Estado do Rio, foram levados um iate, três motos aquáticas e um jetboard.

Na casa de Luma de Oliveira, a Polícia Federal apreendeu, no último dia 12, três carros. Do imóvel, localizado no bairro do Jardim Botânico, zona sul do Rio, foram levados dois Toyota Hilux e um BMW X5.

Flagrado dirigindo o carro Porsche de Eike Batista, apreendido pela Polícia Federal na casa do empresário, o juiz titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Flávio Roberto de Souza, será alvo de uma sindicância. O processo foi instaurado pela Corregedoria Regional da Justiça Federal da 2ª Região, por determinação do corregedor regional em exercício, desembargador federal José Antonio Lisbôa Neiva. O procedimento vai investigar a conduta do juiz.

Souza, que determinou a apreensão dos bens de Eike Batista, foi visto nesta terça-feira (24), pela manhã pela reportagem do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, dirigindo o automóvel, um Porsche Cayenne turbo placa DBB 0002, no centro do Rio, próximo à sede do Tribunal Regional Federal. Ele afirma, porém, que levou o veículo para a garagem do seu prédio, na Barra da Tijuca, zona Oeste da cidade, por falta de vagas no pátio da Justiça Federal e por causa da lotação do depósito da Polícia Federal.

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Além do Porsche, um Toyota também levado da casa de Eike, estava no prédio de residência do juiz. Ele explicou, no entanto, que enviou um ofício ao Detran pedindo que os carros blindados do empresário ficassem à disposição da 3ª Vara enquanto não vão a leilão. Segundo o juiz, não há irregularidade nisso, já que o Detran foi informado.

Flagrado dirigindo o Porsche de Eike Batista, apreendido pela Polícia Federal na casa do empresário, o juiz titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Flávio Roberto de Souza, afirma que levou o veículo para a garagem do seu prédio, na Barra da Tijuca, zona Oeste da cidade, por falta de vagas no pátio da Justiça Federal e por causa da lotação do depósito da Polícia Federal.

Na manha desta terça-feira (24), tanto o Porsche como o Lamborghini de Eike já estavam estacionados no pátio da Justiça, na zona portuário do Rio. O Lamborghini irá a leilão na próxima quinta-feira, dia 26. Mas não há data ainda para o leilão do Porsche e de um terceiro carro de Eike, o Toyota Hilux SW4.

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Segundo o juiz, o objetivo era evitar que o carro fosse danificado ao ficar exposto aos efeitos do sol e da chuva. Apesar de ter chegado para dar expediente dirigindo o Porsche branco hoje, por volta das 10h30, o magistrado negou ter utilizado o veículo em proveito próprio.

"O carro estava em depósito na garagem fechada desde o dia em que foi apreendido até hoje. Ele nunca foi usado e só veio hoje para o pátio da Justiça porque entrará no próximo leilão e ficará exposto para os interessados", afirmou Souza.

Além do Porsche, um Toyota também levado da casa de Eike estava no prédio de residência do juiz. Ele explicou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, no entanto, que enviou um ofício ao Detran pedindo que os carros blindados do empresário ficassem à disposição da 3ª Vara enquanto não vão a leilão. Segundo o juiz, não há irregularidade nisso, já que o Detran foi informado.

Souza justificou um eventual uso do carro blindado pelo fato de sofrer ameaças por sua atuação no caso e disse que é comum que a Justiça peça a utilização de um carro apreendido para o próprio juízo ao para a Polícia Federal.

"Já recebi várias mensagens de pessoas do meio jurídico me avisando para tomar cuidado", disse, sem citar nomes. Neste mês, o juiz pediu autorização à Polícia Federal para comprar uma arma do tipo Glock 40. Desde então, vem andando armado e diz que está sendo seguido.

Acusado de parcialidade no julgamento do caso pela defesa de Eike, que já pediu o seu afastamento, Souza diz que não teme qualquer medida tomada pelos advogados do empresário. Ele acusa a defesa de Eike de partir para um confronto pessoal diante da falta de argumento jurídico.

"Não tem como me afastarem da magistratura. Só com uma sentença transitada em julgado (última instância). O que vão fazer não importa. Não tenho interesse em condenar ou absolver (o Eike)", afirmou.

O juiz que determinou a apreensão dos bens do empresário Eike Batista estaria de posse de um Porsche e um piano que pertenciam ao empresário, afirma o advogado Sergio Bermudes, que representa o ex-bilionário.

O automóvel de luxo teria sido levado à casa do juiz titular da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Flávio Roberto de Souza, após ter sido apreendido por agentes da Polícia Federal.

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O automóvel, um Porsche Cayenne turbo placa DBB 0002, segundo o advogado, estaria estacionado na vaga do edifício onde mora o juiz, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Nesta terça-feira, 24, pela manhã o juiz foi visto pela reportagem do Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, dirigindo o carro no centro do Rio, próximo à sede do Tribunal Regional Federal.

"Isso não é só suficiente para afastar o juiz como é um ilícito. Esse ato é gravíssimo", afirma Bermudes.

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão no último dia 6 na casa de Eike Batista, no Jardim Botânico, zona sul do Rio, após um pedido da Justiça de bloqueio de R$ 3 bilhões do empresário e seus familiares.

A lista de bens retidos inclui seis carros, 16 relógios, um piano, uma escultura e R$ 127 mil em espécie (R$ 37 mil em moedas estrangeiras). A intenção era garantir o pagamento de indenizações e multas, no caso de condenação do empresário por crimes contra o mercado financeiro.

A Justiça Federal marcou para esta quinta-feira, 26, o leilão de cinco veículos retidos, com valor de avaliação total de R$ 1,795 milhão. Somente o carro mais valioso, uma Lamborghini Aventador, ano de fabricação 2011/2012, foi estimado em R$ 1,62 milhão - o veículo enfeitava a sala da casa do empresário. Procurado pela reportagem, o juiz não foi encontrado.

O empresário Eike Batista se tornou réu em uma nova ação penal na Justiça Federal do Rio. Dessa vez o fundador do grupo X é acusado de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada na negociação de ações da OSX, sua empresa de construção naval. A denúncia, feita em 2014 pela procuradora da República em São Paulo, Karen Kahn, foi aceita pelo juiz titular da 3ª Vara Federal Criminal, Flávio Roberto de Souza, após ratificação do Ministério Público Federal (MPF) fluminense.

O processo envolve supostas irregularidades na venda de ações da companhia em abril de 2013. Segundo o MPF o empresário se desfez dos papéis poucos dias após uma reunião que definiu um novo plano de negócios para a companhia, prevendo uma série de cortes de custos e investimentos. As informações causaram queda significativa do valor das ações da empresa mas só foram comunicadas ao mercado em maio. Eike Batista já responde a uma outra acusação pelos mesmos crimes, mas em relação à petroleira OGX.

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De acordo com o magistrado a decisão foi publicada na quinta-feira, 19, e a defesa do empresário tem um prazo de dez dias para se manifestar. Flávio Roberto de Souza sofre um processo de suspeição, em que os advogados pedem seu afastamento da ação penal referente a crimes financeiros na OGX. O recurso está sendo analisado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, que já deu dois votos a favor da substituição. Diante disso, o juiz optou por abrir um novo processo e não unir as duas ações.

"A suspeição atinge apenas um processo. Mesmo que acolhida o caso (da OGX) continua na 3ª Vara Criminal, mas com o juiz substituto Vitor Valpuesta", explicou Souza. Todas as medidas cautelares assinadas por ele, como o bloqueio e apreensão de bens de Eike Batista, de seus filhos e da ex-mulher, Luma de Oliveira, continuam mantidas. Já a nova ação penal continuaria sendo conduzida pelo juiz titular.

Além da denúncia por uso de informação privilegiada e manipulação de mercado na OSX, há duas denúncias relativas ao caso X encaminhadas à Justiça do Rio pelo MPF de São Paulo e ainda pendentes de análise por Souza. Em uma delas Eike e outros sete executivos são acusados por três crimes: formação de quadrilha, falsidade ideológica e indução do investidor a erro - crime financeiro previsto no artigo 6 da lei 7249/86 (lei do colarinho branco). Segundo o MPF, os crimes foram praticados entre 2009 e 2013, "desde a abertura da OGX na Bolsa de Valores de São Paulo". Na outra, três ex-gestores da OGX são acusados por crimes contra o mercado de capitais.

Corre ainda em segredo de Justiça um inquérito da Polícia Federal que investiga a possível prática de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por Eike Batista. Houve quebra de sigilos fiscal e bancário em busca de provas, mas ainda não há uma ação penal aberta. Segundo Souza, a Polícia Federal apurou que foi realizada uma remessa de R$ 1 bilhão ao exterior pelo empresário. "Os advogados alegam que a remessa foi feita para pagar uma dívida, mas isso ainda precisa ser comprovado", informou o juiz.

Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, foi absolvido na tarde desta quinta-feira (19) pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) no processo em que é acusado pela morte do ajudante de caminhoneiro Wanderson dos Santos, de 30 anos, num acidente ocorrido na noite de 17 de março de 2012, numa rodovia que liga o Rio a Petrópolis. O Ministério Público ainda pode recorrer da decisão.

Em junho de 2013 ele havia sido condenado pela juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, a pagar R$ 1 milhão a entidades assistenciais, prestar serviços comunitários durante dois anos e não dirigir automóvel nesse período.

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A defesa, representada pelos advogados Ary Bergher e Raphael Mattos, recorreu da sentença e o caso foi julgado nesta quinta-feira pela 5ª Câmara Criminal do TJ-RJ. O relator do recurso votou pela manutenção da condenação, mas os outros dois magistrados defenderam a absolvição de Thor, o que prevaleceu, portanto, por 2 votos a 1.

O acidente ocorreu quando Thor voltava de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, com um amigo, dirigindo um carro Mercedes-Benz SLR McLaren prata. Ele seguia pela rodovia Washington Luís (BR-040) quando, na altura de Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, atingiu Wanderson, que tentava cruzar a pista de bicicleta. Ele morreu na hora.

Um laudo pericial concluiu que Thor trafegava acima da velocidade permitida para o local, que é de 110 km/h. No entanto, um segundo exame concluiu que o filho de Eike corria menos que isso. Com base nesse segundo laudo, Thor foi absolvido. "Foi feita justiça", afirmou Ary Bergher, que dedicou o resultado ao ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, que era colega de Ary nesse processo e morreu em novembro passado.

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