Tópicos | Eike Batista

Sob suspeita de comprar o apoio do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), o ex-bilionário Eike Batista, investigado na Operação Lava Jato, também tem antigos empreendimentos questionados em ao menos seis ações judiciais que acusam supostos favorecimentos de órgãos públicos e de servidores para agilizar liberação de obras de grande impacto ambiental.

As ações correm nas Justiças de Minas e Rio e questionam os licenciamentos ambientais de mineração no Sistema Serra Azul, do Mineroduto Minas-Rio e do Porto do Açu, as maiores obras concebidas pelo ex-bilionário. O Ministério Público questiona fatos que ocorreram na época em que os empreendimentos ainda pertenciam a Eike - hoje, as obras estão sob responsabilidade de empresas sem ligação com ele.

##RECOMENDA##

Das seis ações, três acabaram encerradas após a homologação de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) e de Acordo Judicial, nos quais as empresas prometem mitigar impactos ambientais e se adequar à legislação. As outras ainda tramitam na Justiça.

Duas dessas dizem respeito à mineração da Serra Azul - em uma, o ex-secretário do Meio Ambiente de Minas Adriano Magalhães Chaves e outros quatro ex-servidores da pasta são réus por prevaricação, acusados de deixarem de embargar em 2012 e 2013 as obras do sistema.

Apesar de citada na acusação, nesta ação penal a MMX não é investigada. A companhia, contudo, é alvo de uma ação civil que apura os danos causados pela empresa no patrimônio da serra.

No caso do Porto do Açu, a investida judicial começou em 2009, quando os procuradores Eduardo Santos de Oliveira e Carmem Sant’Anna entraram com ação civil questionando o licenciamento ambiental para o empreendimento dado pela gestão Cabral.

A ação foi julgada improcedente em primeira instância e agora tramita em segunda instância. Outras duas ações movidas no Rio e uma terceira em Minas questionaram o licenciamento de outros trechos do empreendimento, mas as empresas já firmaram acordos com os promotores estaduais.

À reportagem, Santos disse que a forma em que as obra foram licitada e a atuação do governo do Estado no caso chamaram a atenção.

"Esfacelaram o licenciamento, a nosso ver exatamente com o intuito de burlar a investigação. O Estado de Minas licenciou uma parte (a mina), o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) licenciou somente o mineroduto e o Inea (Instituto Estadual do Ambiente, do Rio) licenciou o porto", afirmou.

Outra frente de investigação do Ministério Público de Minas apura os protocolos de intenções/compromissos do governo de Minas com mineradoras, incluindo a MMX, durante a gestão Aécio Neves (PSDB). Há um inquérito civil público reaberto em 2015 sobre o caso, que segue em tramitação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A imagem do empresário Eike Batista com o cabelo raspado, já considerado um dos homens mais ricos do mundo, chocou até os mais céticos em relação às punições previstas aos que transgridem a legislação brasileira. O ex-bilionário, sem curso superior, está preso em Bangu 9, no Complexo Penintenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A princípio, Eike ficaria no Presídio Ary Franco, conhecido por suas condições de superlotação e insalubridade, onde apenas passou cerca de duas horas. 

Em Bangu 9, ele divide uma cela de 15 metros quadrados com outros seis presos. O local possui um buraco no chão que chamam de “boi”, que serve como vaso sanitário. Na cela, existem quatro beliches e o chuveiro é um cano de água fria. 

##RECOMENDA##

Segundo informado pelo Estadão, funcionários que não se identificaram relataram que a unidade onde o ex-marido de Luma de Oliveira está sofre com problemas de abastecimento de água e entupimento no sistema de esgotos, o que foi negado pela Secretaria de Administração Penintenciária. Cada preso pode levar um ventilador e uma televisão de 14 polegadas. 

Dias difíceis para o fundador das empresas X, que mora em uma mansão, no Jardim Botânico, com 3,5 mil metros quadrados segundo reportagem já feita pela revista Época. Eike terá direito, no café da manhã, a pão com manteiga e café com leite e a duas horas de banho de sol.

Os presidiários também têm direito, no almoço, a arroz ou macarrão, feijão, uma porção de proteína (carne, frango ou peixe), além de refresco, salada, e gelatina ou fruta de sobremesa. 

A defesa de Eike já solicitou à Justiça prisão domiciliar ou que ele seja encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal. Eike Batista se entregou nessa segunda (30), no Aeroporto Internacional do Rio, à polícia brasileira. Ele estava em Nova York quando foi deflagrada a Operação Eficiência, na última quinta-feira (26). 

O empresário Eike Batista, que está preso desde essa segunda (30) no Rio de Janeiro, deverá depor na tarde desta terça (31) na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), no centro da cidade. Ele deverá deixar o Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu) no início da tarde e iniciar seu depoimento por volta das 15h.

O empresário, que está preso preventivamente acusado de pagar propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral para se beneficiar com contratos públicos, será ouvido pela Delegacia de Combate a Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor).

##RECOMENDA##

A operação para prender Eike Batista e mais oito pessoas foi desencadeada no último dia 26, mas como o empresário estava em Nova York, ele foi considerado foragido. Eike retornou ao Brasil ontem e foi preso ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão.

O empresário foi inicialmente encaminhado para o presídio Ary Franco e, depois de duas horas, transferido para a penitenciária Bandeira Stampa (Bangu 9), no complexo de Bangu.

Suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa, Eike Batista chegou ao Rio de Janeiro e já foi encaminhado ao presídio Ary Franco, na Zona Norte do Rio, onde ficará à disposição da Justiça. Diante do cenário vivido pelo empresário, filho e esposa se expressaram através das redes sociais e lançam apoio ao suspeito.

Em postagem feita por Olin Batista em seu perfil do Twitter, ele diz que “Está na hora de passar as coisas a limpo. Estamos com você pai. #ForçaEikeEstamosComVoce”, em referência aos esclarecimentos a serem prestados sobre os crimes cometidos pelo pai e esquema investigado durante a Operação Eficiência, desdobramento da Calicute, fase da Lava Jato.

##RECOMENDA##

A nora de Eike também utilizou uma rede social para prestar apoio ao sogro. A namorada de Thor Batista, Lunara Campos, fez postagem em seu Instagram. Ela se mostra religiosa durante a situação e diz “Se Deus permitiu, confia!”.

A esposa do empresário, Flávia Sampaio, julga como sendo “dias difíceis” os enfrentados por Eike e sua família. No seu instagram postou uma imagem com a frase “Deus tem um propósito até nos dias mais difíceis”, seguida da hashtag #ForçaEikeEstamosComVocê. 

A prisão do empresário foi decretada pelo Juiz Marcelo Bretas pelo pagamento de propina no valor de US$ 16,5 milhões - equivalente a R$ 52 milhões - a Sérgio Cabral. 

[@#galeria#@]

O colunista Lauro Jardim, do O Globo, informou que o empresário Eike Batista desembarca, na próxima segunda-feira (30), no Rio de Janeiro para se entregar à Justiça. Segundo o jornalista, a garantia foi feita por escrito. 

Ele ainda disse que “não foi feito qualquer acordo para que Eike seja levado a uma prisão especial". "Ficará, portanto, num presídio designado a presos que não têm formação universitária”, completou.

##RECOMENDA##

O nome do ex-bilionário foi incluído na difusão vermelha da Interpol. Ele já esteve na lista dos oito homens mais ricos do mundo e, agora, é investigado na Operação Eficiência. 

“Tanto a PF quanto o MPF estão aguardando que Eike cumpra o prometido — embora, seguro morreu de velho, a Interpol mantenha o alerta vermelho sobre o paradeiro de Eike. Afinal, Eike pode estar querendo ganhar tempo para fugir para a Europa”, comentou Lauro Jardim. 

 

De acordo com as investigações da Operação Eficiência, apenas 10% dos US$ 16,5 milhões pagos como propina pelo empresário Eike Batista ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foram recuperados. Os valores foram repassados em ações da Vale, da Petrobras e da Ambev.

O procurador da República Sérgio Pinel explicou que “por opção de Cabral, os US$ 16,5 milhões foram investidos em ações". "O que se conseguiu recuperar dessa conta da Arcadia [empresa] no Winterbotham [banco] é um valor muito pequeno porque boa parte do que foi aplicado nas ações evaporou”, completou. 

##RECOMENDA##

A Arcadia, segundo as informações, teria sido usada para dar aparência de legalidade ao repasses do empresário, que continua foragido. O advogado de Eike, Fernando Martins, foi até a Superintendência da Polícia Federal e no Ministério Público Federal, no Rio de Janeiro, nessa sexta (27), ratificando a disposição do ex-bilionário se entregar. Sobre o encontro, o MPF disse que “não há esse canal com a defesa”.

Sérgio Cabral está preso, em Bangu, no Rio de Janeiro, desde novembro de 2016. Cabral foi alvo da Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato. Ele é suspeito de comandar uma quadrilha que desviou verba pública. A sua esposa, Adriana Ancelmo, também está presa.

O procurador Leonardo Cardoso definiu o patrimônio dos membros da quadrilha como um “oceano”. “O patrimônio dos membros da organização criminosa chefiada pelo senhor Sérgio Cabral é um oceano ainda não completamente mapeado. Eu já diria que, esses US$ 100 milhões (R$ 340 milhões), é além do imaginável”, já chegou a dizer. 

O senador Magno Malta (PR) utilizou, nesta sexta-feira (27), sua página no Facebook, para criticar o empresário Eike Batista, considerado foragido da Justiça e procurado pela Interpol. Ele publicou um vídeo falando do assunto. “Essa polêmica envolvendo Eike Batista não é nem polêmica, eu me lembro da bíblia, a palavra de Deus diz de que vale o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma. Hoje, vemos que essa riqueza veio toda das entranhas do poder. Ficar rico roubando dinheiro público é fácil, pagando corrupção, pagando caixinha para Lula e para o PT. Agora está fugido, está na lista da Interpol. Para o povo entender, a lista que está Eike é a lista que estava Bin Laden”, disparou.

Malta disse que o ex-bilionário terá tempo para jogar baralho atrás das grades. “Ele que fez tanto lobby para aprovar a jogatina no Brasil, a jogatina que vai fazer deste país o paraíso da contravenção, o país sem fronteiras, o país de fronteiras abertas com os portos e aeroportos que nós temos. Os contraventores do mundo vão vir morar aqui para lavar dinheiro da corrupção, o dinheiro de sangue, do tráfico, do assassinato e ele estava fazendo um lobby danado no Senado e também na Câmara para poder aprovar a jogatina. Já tinha comprado áreas por aí para fazer cassinos. Sabe o que eu acho graça? Deus é tão bom que agora, Eike Batista, você tem tempo para aprender a jogar. Quando a polícia botar a mão em você, você vai ter o dia inteiro para poder jogar dominó, dama, baralho, jogar porrinha. Amigo, se a cabeça não pensa, o corpo paga”.

##RECOMENDA##

O republicano também declarou que uma delação premiada do empresário pode ajudar muito o Brasil. “Eu não sei se vai se apresentar ou não. Eu sei que está decretada a prisão. Então, eu espero que ele se apresente, que faça uma bela delação premiada, que fale das relações com o senhor Lula, com a senhora Dilma e com o PT. Não desejo mal para ninguém, o drama é que ele desejou o mal para ele mesmo. Então, estamos esperando agora o seu Eike voltar ao Brasil”.

Magno Malta ainda falou do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso desde novembro de 2016, em Bangu 8, na capital fluminense. “Eu nem preciso falar mais de Sérgio Cabral. Guardando as devidas proporções sobre o que aconteceu de corrupção e de roubo, o Rio de Janeiro foi destruído só por Sérgio Cabral e a mulher dele. Eu penso que, no Brasil, nós precisamos caminhar pela palavra de Ulysses Guimarães, que disse que só o povo pode ajudar o povo”, concluiu.

O nome do empresário Eike Batista foi incluído na difusão vermelha da Interpol (Polícia Internacional) - índex dos mais procurados em todo o mundo. A Polícia Federal não encontrou Eike na manhã desta quinta-feira, 26, em sua residência, no Rio. O empresário é formalmente declarado foragido.

A Interpol funciona, na prática, como uma rede que mantém conexão com as polícias de quase 200 países. Os nomes dos procurados abastecem o cadastro da Interpol.

##RECOMENDA##

A ordem de prisão contra Eike foi decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, no âmbito da Operação Eficiência - desdobramento da Calicute e da Lava Jato que mira o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

Com base nas delações premiadas de dois operadores do mercado financeiro, Renato e Marcelo Chebar, a Polícia Federal e a Procuradoria da República descobriram remessas de US$ 100 milhões para o exterior em favor do peemedebista. Eike foi o 'autor intelectual' da transferência de US$ 16,5 milhões, transação que envolveu conta do empresário no Panamá e remessa final para o Uruguai.

A prisão de Eike foi decretada no dia 13. A PF acredita que o empresário pode ter saído do País usando passaporte alemão. O delegado Tacio Muzzi, da PF, disse que não trabalha com a hipótese de que houve vazamento da Operação Eficiência, abrindo caminho para a fuga de Eike.

A defesa do empresário informou que ele ficou 'surpreso' com a ordem de prisão. O advogado disse que Eike vai se apresentar, mas não disse quando isso vai ocorrer.

O advogado do empresário Eike Batista afirmou hoje (26) que seu cliente pretende se entregar à Justiça o mais breve possível. Fernando Martins informou que o empresário está em Nova York, nos Estados Unidos, onde participa de reuniões de negócio.

"Estamos em contato com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, e a intenção dele é cooperar com esses órgãos, como sempre cooperou, e retornar o mais rápido possível", disse o advogado.

##RECOMENDA##

A Justiça expediu mandado de prisão preventiva contra Eike e mais oito pessoas acusadas de desvio de dinheiro de obras públicas, corrupção ativa, passiva e organização criminosa. Entre as prisões, está a do ex-governador Sérgio Cabral, que já está detido no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio. Policiais federais também cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do empresário.

A defesa de Eike ainda não se posicionou sobre as acusações do MPF, que motivaram o pedido de prisão. O advogado também afirmou que os documentos estão sendo analisados e que um posicionamento deve ser emitido por meio de nota à imprensa, até o fim do dia.

O mandado de prisão está incluído na Operação Eficiência, que é desdobramento da Operação Calicute. As investigações fazem parte da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

A Polícia Federal suspeita que o empresário Eike Batista, alvo da Operação Eficiência, pode ter saído do Brasil usando um passaporte alemão. A informação foi dada pelo delegado Tacio Muzzi, da Polícia Federal.

Alvo de mandado de prisão preventiva por suspeita de envolvimento com organização criminosa liderada pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o empresário está foragido.

##RECOMENDA##

A PF foi à residência de Eike, no Rio, às seis horas da manhã desta quinta-feira, 26, mas ele não foi localizado. A defesa de Eike informou que ele está em viagem, fora do País. Ele estaria em Nova York.

O empresário pode ter viajado na noite de 24 de janeiro. A PF ainda não trabalha com a hipótese de vazamento da operação.

O delegado Tacio Muzzi informou que o nome de Eike poderá ser incluído na difusão vermelha da Interpol - índex dos mais procurados em todo o mundo. O delegado disse que "não se pode afirmar categoricamente que Eike teve intenção de fugir do País".

O empresário Eike Batista entregou documentos ao Ministério Público Federal para comprovar o que disse em depoimento, em 20 de maio, sobre o pedido de R$ 5 milhões para o PT que teria sido feito pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e sobre o repasse para o marqueteiro do PT João Santana em conta secreta na Suíça. O depoimento do empresário baseou a 34.ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Arquivo X, deflagrada quinta-fera (22)e que prendeu temporariamente o ex-ministro. A prisão foi revogada na tarde do mesmo dia.

Ex-controlador da empresa de construção naval OSX, o empresário entregou documentos como a agenda oficial com o ex-ministro, em Brasília, o registro de voo, contratos falsos firmados com empresas de Santana e os comprovantes de transferência de uma conta sua no exterior para a conta do casal João Santana e Mônica Moura em nome da offshore Shell Bill Finance - de US$ 2,3 milhões, em 2013.

##RECOMENDA##

Além da agenda com o registro do encontro oficial com Mantega no dia 1.º de novembro de 2012, o empresário entregou o registro do voo usado por ele para se deslocar até Brasília.

Eike procurou o MPF depois de um delator da Lava Jato ter apontado propinas e fraudes na licitação das plataformas P-67 e P-70, vencidas pelo Consórcio Integra Offshore (formado pela Mendes Júnior e OSX Construção Naval) - negócios de US$ 922 milhões, assinado em 2012. O delator era Eduardo Musa, ex-gerente da Diretoria de Internacional da Petrobrás, área responsável pelo contrato, até 2009, e diretor da OSX na época do fato.

Em maio deste ano, outro ex-executivo da OSX confirmou aos investigadores da força-tarefa as fraudes, deu o caminho do dinheiro da propina e citou que Eike Batista sabia e discutiu o assunto.

O empresário negou a propina, mas, no entanto, a versão não convenceu o juiz federal Sérgio Moro. Em seu despacho que autorizou a deflagração da 34.ª fase da Lava Jato, Moro ressaltou que "Eike Batista negou que o depósito de USD 2.350.000,00 tivesse relação com o contrato obtido pelo Consórcio Integra, tratando-se de doação eleitoral".

"O problema é que a transferência de recurso foi feita por meio subreptício, através de contas secretas mantidas no exterior e com simulação de contratos de prestação de serviço, meio bem mais sofisticado do que o usual mesmo para uma doação eleitoral não contabilizada", observou Moro. "Além disso, seu interlocutor teria sido o então Ministro da Fazenda, a quem não cabe solicitar doações eleitorais ao partido do governo, ainda mais doações subreptícias."

O magistrado ressaltou ainda que o repasse foi feito a Santana em 16 de abril de 2013, "ano no qual não houve eleições". "E mesmo considerando a data da solicitação, 1.º de dezembro de 2012, igualmente após as eleições municipais daquele ano."

A reportagem não conseguiu localizar ontem o advogado José Roberto Batochio, que defende Mantega. Anteontem, Batochio afirmou que seu cliente "jamais pediu propinas ou recursos para partido político". Ainda segundo o advogado, o ex-ministro disse a ele que "nunca conversou" com o empresário Eike Batista.

A Justiça do Rio rejeitou em primeira instância uma ação civil pública contra o empresário e ex-bilionário Eike Batista por prejuízos causados aos acionistas da petroleira OGX (atual OGPar). A ação, movida pela Associação dos Investidores Minoritários do Brasil, citava perdas de mais de 80 acionistas provocadas por informações fraudulentas da companhia e em decorrência de insider trading praticada pelo empresário. Na decisão, o juiz avaliou que a ação não demonstrou "relevante repercussão social" dos atos de Eike Batista.

A decisão foi tomada pelo juiz titular Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio, no último dia 15. A associação de minoritários informou que vai recorrer em até dez dias, prazo estabelecido pelo magistrado na sentença.

##RECOMENDA##

Viana avalia que a ação "demonstra que efetivamente houve a descrição das condutas lesivas praticadas pelo réu", em referência à prática de insider trading. O juiz lembra que Eike já é réu em duas ações do Ministério Público Federal acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e contra o sistema financeiro. Viana ainda pondera que os acionistas têm legitimidade para buscar ressarcimento uma vez que foram "os únicos a experimentar prejuízo".

Entretanto, na sentença, o magistrado acolhe argumentação da defesa de Eike Batista ao considerar que a Ação Civil Pública não é o instrumento adequado para julgar os direitos dos acionistas. O juiz esclarece que não julga se há ou não "relevância social" dos atos praticados pelo ex-bilionário. Para ele, os atos são restritos "à seara de acionistas que, embora minoritários, conhecem os riscos do mercado de ações". "Prevalece a heterogeneidade do interesse posto em Juízo, bem como a predominância de questões individuais sobre questões comuns", avalia Viana.

Para Aurélio Valporto, vice-presidente da Associação de Investidores Minoritários do Brasil, a decisão "contraria o espírito da ação civil pública e a inviabiliza como ação de classe", a exemplo do que acontece nos Estados Unidos, em ação contra os prejuízos causados a acionistas pelo escândalo de corrupção na Petrobras. O acionista avalia que a decisão vai protelar uma análise do mérito, mas será revertida em instâncias superiores.

"Segundo o raciocínio do juiz, o direito somente seria homogêneo se todos tivessem sido vitimados no mesmo montante. A homogeneidade é do direito ao ressarcimento, uma vez que todos foram vítimas dos mesmos atos!", pontua Valporto. "Toda a economia nacional foi atingida pelo desvio de sua poupança e que todo o sistema financeiro nacional foi lesado em sua credibilidade", completa.

A ação, aberta em março do último ano, argumenta que Eike Batista induziu os acionistas a ampliar investimentos na empresa com informações falsas de reservas de óleo da OGX, o que gerou prejuízos patrimoniais aos acionistas. A associação também denuncia que Eike se valeu de insider trading para obter benefícios individuais com a valorização de suas ações e pede indenização.

Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga denúncias de irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o empresário Eike Batista negou ilegalidades nos investimentos e acusou a imprensa de estar divulgando “inverdades”.

Aos parlamentares, ele disse que investiu R$ 150 bilhões em diversos projetos no país e que cerca de R$ 10 bilhões é que foram feitos através dos recursos disponibilizados pelo banco. Outros R$ 30 bilhões provenientes de outras fontes de financiamentos eram administrados por ele. “Qualquer empresário vai atrás de várias fontes para baratear seus custos”, frisou.

##RECOMENDA##

Ele deu o exemplo do porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. O projeto do grupo EBX contou com R$ 70 bilhões em recursos, sendo apenas R$ 3 bilhões financiados pelo BNDES.

[@#video#@]

Segundo ele, o banco não teve qualquer prejuízo com os financiamentos ao grupo EBX. “Eu arrisquei demais em um negócio altamente arriscado, que é a produção de petróleo. Os campos renderam um terço do esperado, depois que a empresa captou 11 bilhões de reais no exterior”, disse ele, quando explicou sobre a queda em 90% do valor de mercado de suas empresas.

Ainda durante o depoimento na comissão, ele negou que as empresas dele tenham obtido vantagens nos empréstimos junto ao banco. “Os empréstimos foram importantes e foram pagos com juros, como todo mundo paga, tudo lastreado em garantias, até mesmo meus bens pessoais”, disse.

Para ele, o BNDES viu na MPX - empresa de energia do grupo – uma boa oportunidade de investimento. “Eu acho que o BNDES enxergou na MPX uma tremenda geradora de energia para o Nordeste. Talvez não precisasse ter entrado. Não entrou como socorro”, disse.

A CPI do BNDES, da Câmara dos Deputados, irá se reunir na próxima terça-feira (17) para ouvir o empresário Eike Batista, fundador do Grupo EBX. O colegiado investiga supostas irregularidades na gestão do Banco. Sessão será às 9h30, no plenário 14.

A convocação atende aos pedidos dos deputados Miguel Haddad (PSDB-SP), Carlos Melles (DEM-MG), Sérgio Vidigal (PDT-ES) e Arnaldo Jordy (PPS-PA). Eles querem informações sobre os investimentos feitos pelo BNDES nas empresas de Eike Batista, que enfrentam uma crise financeira.

##RECOMENDA##

A CPI do BNDES, da Câmara dos Deputados, irá se reunir na próxima terça-feira (17) para ouvir o empresário Eike Batista, fundador do Grupo EBX. O colegiado investiga supostas irregularidades na gestão do Banco. Sessão será às 9h30, no plenário 14.

A convocação atende aos pedidos dos deputados Miguel Haddad (PSDB-SP), Carlos Melles (DEM-MG), Sérgio Vidigal (PDT-ES) e Arnaldo Jordy (PPS-PA). Eles querem informações sobre os investimentos feitos pelo BNDES nas empresas de Eike Batista, que enfrentam uma crise financeira.

##RECOMENDA##

Em sessão marcada por tumulto e divergências, a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que apura denúncias sobre irregularidades em empréstimos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta quarta-feira (9), por votação simbólica, a convocação dos empresários Eike Batista, do Grupo EBX, e Taiguara Rodrigues dos Santos, do Exergia Brasil.

Os depoimentos devem ocorrer apenas depois do dia 27, já que, até esta data, a comissão já tem uma série de audiências marcadas para ouvir diretores e ex-presidentes da instituição.

##RECOMENDA##

A aprovação do requerimento para ouvir Taiguara Rodrigues provocou bate-boca e questionamentos por parte de deputados base aliada. Petistas reclamaram que não tiveram tempo para se manifestar. “Não foi correto com a gente”, reclamou Carlos Zarattini (PT-SP).

O presidente da CPI, Marcos Rotta (PMDB-AM), porém, manteve o resultado. “Se vocês dormiram no ponto, não é problema do presidente. Aguardei segundos para que Vossas Excelências se manifestassem”, disse o deputado.

A convocação ocorreu minutos depois de a CPI ter decidido, por 15 votos a 9, derrubar outro requerimento para ouvir os empresários Wesley Batista e Joesley Batista, da JBS. Nesse caso, os votos foram contados depois que a oposição pediu verificação e iniciou, em tom de apelo, discursos pela convocação dos empresários, que receberam grandes volumes de financiamento do BNDES. “Se tiver que ter fato concreto, crime julgado, para podermos convocar, não precisamos ter essa CPI, que é uma comissão de investigação. Há elemento suspeito e indício? Então é dever da CPI apurar. A JBS está entre as empresas que receberam um grande volume de financiamento do BNDES”, afirmou o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA).

Para o deputado Edio Lopes (PMDB-RR), a CPI precisa ter mais elementos para a convocação. “Convocar diretores e presidentes sem fato consistente é colocar empresas em risco. Eles têm acionistas, crédito e interesses, e uma simples convocação pode estabelecer prejuízos”, disse Lopes. Na mesma linha, o deputado Delegado Edson Moreira (PTN-MG) pediu cautela. “Vamos trazer para cá e perguntar o quê? Chamar só para fazer espetáculo, não. Não é hora de chamar estas pessoas.”

Tais apelos não surtiram, porém, efeito: Eike Batista foi convocado para explicar os empréstimos de mais de R$ 10 bilhões feitos à EBX, que atualmente está falida. e Taiguara Rodrigues teve a convocação aprovada em votação simbólica. Os autores do pedido justificaram a convocação pelo fato de Taiguara ter recebido, por meio da Odebrecht, recursos para complementação de obras em Angola e por suspeita de favorecimento do empresário, que é filho de um irmão da primeira mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante a sessão, alguns parlamentares questionaram o fato de alguns documentos enviado pelo BNDES terem sido entregues com carimbos de sigilo. Betinho Gomes (PSDB-PE) reclamou que sequer as atas de reuniões dos conselhos do banco foram disponibilizadas e a instituição só informou a lista de presença destes encontros. “As informações que nos mandaram não acrescentam nada. Não têm utilidade alguma”, disse o deputado.

Marcos Rotta antecipou para o colegiado que o BNDES reconheceu “que tomou uma cautela demasiada”. A CPI tem uma reunião reservada com representantes do BNDES que, segundo Rotta, o procuraram para rever a classificação de alguns dos documentos enviados e apresentar propostas sobre quais poderiam ser abertos.

O deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) protocolou nesta sexta-feira (7), um requerimento convidando o empresário Eike Batista do Grupo EBX a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Recém-instalada, a CPI vai investigar os contratos de financiamento do banco.

Para o pedetista, a convocação do empresário é importante, uma vez que Eike Batista, através do grupo EBX, recebeu mais de R$ 10,4 bilhões. “Precisamos investigar se mesmo com o prejuízo causado pela falência das empresas de Eike Batista, os compromissos financeiros junto ao BNDES foram honrados. Para provar isso, queremos provas concretas, como extratos e comprovantes correspondentes ao pagamento do total da dívida, deste dinheiro que é público”, exigiu.

##RECOMENDA##

Além do financiamento ao empresário Eike Batista, o foco da CPI do BNDES são os empréstimos concedidos a empreiteiras e demais empresas investigadas na Operação Lava Jato. Segundo Vidigal, de 2003 a junho de 2014, o banco concedeu financiamentos de R$ 2,4 bilhões a essas empresas. Também serão investigados os empréstimos para empresas frigoríficas do grupo JBS, além de empréstimos concedidos a outros países, como Angola e Cuba, cujas operações foram classificadas de secretas.

O empresário Eike Batista é alvo de nova denúncia por crime contra o mercado financeiro no Ministério Público Federal do Rio, pelo vazamento de informações que teriam beneficiado sua ex-mulher, Luma de Oliveira, em operações de compra e venda de ações. De acordo com denúncia, em novembro de 2011, Luma investiu R$ 20,6 milhões em ações da MPX, às vésperas de a companhia firmar sociedade com a alemã E. ON, atual controladora da empresa rebatizada de Eneva. À época, Eike já negociava a parceria que seria formalizada em janeiro. Um mês após o acordo, Luma vendeu parte de suas ações, obtendo lucro de 27%.

De acordo com a denúncia, entre 22 e 28 de novembro de 2011, Luma se tornou a "principal compradora individual" de ações da empresa de geração de energia do grupo EBX. Ela adquiriu no total 508 mil ações da companhia. Naquele momento, Eike estava "para fechar" o negócio com a E.ON e apenas "poucos diretores da MPX e da holding sabiam que o grupo estava muito próximo de fechar o acordo", conforme a denúncia.

##RECOMENDA##

"É mais do que evidente que Luma de Oliveira somente fez esta operação com base nas informações privilegiadas detidas por Eike Batista", alega a Associação Nacional de Proteção dos Acionistas Minoritários (ANA) na notícia crime protocolada na quinta-feira, 4, no MPF. "Esta é, notoriamente, incapaz de fazer análises negociais. Entretanto, foi tomada, subitamente, por uma especial motivação para compras de ações da empresa", diz outro trecho.

Em 11 de janeiro de 2012, a MPX divulgou Fato Relevante formalizando a criação de uma "joint venture" com a E.ON, que previa aporte de R$ 850 milhões da empresa alemã para aquisição de 10% em ações, que registraram forte valorização nos dias seguintes à operação. Menos de um mês depois, em 9 de fevereiro, a ex-mulher de Eike vendeu um terço de suas ações na empresa e, até maio, Luma já havia liquidado toda sua participação na MPX, conseguindo um lucro estimado em 27% com as operações, nos cálculos da denúncia.

"É uma situação gravíssima, uma operação claramente criminosa que lesa os outros investidores. Eike estava dando dinheiro para a ex-mulher à custa dos acionistas, que venderam ações por não terem as informações", avalia Aurélio Valporto, conselheiro da associação de minoritários responsável pela ação.

A denúncia foi protocolada contra Eike e Luma de Oliveira, classificando as operações como crime de "insider trading", a negociação com uso de informações privilegiadas. Agora cabe ao Ministério Público avaliar se abrirá ou não inquérito. A pena para o crime é de prisão de até cinco anos e multa de até três vezes o valor da "vantagem ilícita". O documento também cita a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para apresentar relatórios sobre as negociações.

Procurada, Luma não comentou as denúncias. O advogado de Eike Batista informou "não ter nenhum registro de compra de ações" por parte de Luma, de quem o empresário é separado desde 2002. "Se ela comprou, há de ter sido uma compra legítima, como qualquer pessoa", afirmou Sérgio Bermudes. Segundo ele, "há ações mentirosas" contra o empresário. "Se o MPF encontrar consistência, quando abrir inquérito receberá os esclarecimentos devidos", completou.

A Eneva não quis se posicionar sobre "questões relativas a seus acionistas". A MPX foi criada em 2001, com foco na geração e comercialização de energia. Em 2007, angariou R$ 2,2 bilhões com a primeira oferta pública de ações, para construir oito usinas térmicas. Era o auge dos negócios de Eike, controlador da empresa. Em 2012, o empresário passou a buscar parceiros estrangeiros para financiar seus projetos, e associou-se à E.ON.

Antes dos investimentos de Luma, as ações da MPX eram negociadas por R$ 38. Com a entrada da sócia alemã, as ações chegaram a R$ 50. A ex-modelo vendeu parte de suas ações por R$ 48. Em março de 2013, quando Eike repassou mais 24,5% das ações aos sócios, as ações foram negociadas a R$ 10. Cinco meses depois, Eike deixou o comando da empresa, rebatizada de Eneva. Hoje, o empresário possui 20% do capital e a E.ON, 42,9%. Em fevereiro, a empresa pediu recuperação judicial com dívidas de R$ 2 bilhões e ações cotadas a R$ 0,15.

O juiz Vitor Barbosa Valpuesta, da 3ª Vara Federal Criminal, decidiu desbloquear bens e ativos do empresário Eike Batista, exceto R$ 162,6 milhões, que permanecerão retidos pela Justiça. Também foram liberados os bens da sua ex-mulher Luma de Oliveira, seus filhos, Thor Batista e Olin Batista, além da atual mulher do empresário, Flávia Sampaio.

Com a decisão, serão liberados os bens do empresário que foram apreendidos pela Polícia Federal em fevereiro, entre eles seis carros, 16 relógios, um piano e R$ 127 mil em espécie (R$ 37 mil em moedas estrangeiras).

##RECOMENDA##

O desbloqueio ocorreu a pedido dos advogados do empresário, Ary Bergher e Raphael Mattos. "Estamos diante de um juiz técnico, que parece que irá atuar de forma imparcial", afirmou Bergher.

Após ter sido flagrado dirigindo o Porsche Cayenne apreendido, a seu pedido, na casa de Eike, o juiz responsável inicialmente pelo julgamento de Eike, Flávio Roberto de Souza, foi afastado da 3ª Vara e do processo contra Eike, além de ter sido denunciado à Justiça pela Procuradoria Regional da República da 2ª Região, unidade do Ministério Público Federal (MPF).

Após a 4ª Delegacia de Polícia Civil do Rio ter instaurado inquérito para apurar suposto crime de estelionato pelo empresário Eike Batista no ano passado, o Ministério Público (MP) Estadual do Rio remeteu o caso ao Ministério Público Federal (MPF) por entender que a atribuição no caso cabe ao órgão federal. Além disso, entendeu que não se trata de suposto crime de estelionato.

De acordo com documento do MP, investidores da petroleira fundada por Eike, a OGX, apresentaram a denúncia por se sentirem lesados patrimonialmente e ludibriados por Eike, que era acionista controlador e presidente do conselho de administração da empresa.

##RECOMENDA##

A notícia-crime foi elaborada em abril do ano passado e o inquérito policial foi instaurado no mesmo mês. "O grupo de minoritários noticiou o crime e trouxe as provas, entre elas comentários de Eike em redes sociais. Após fazer a análise, entendi que se tratava de crime de estelionato", afirmou o delegado titular da 4ª DP, Cláudio Vieira de Campos.

O delegado afirmou ainda que intimou Eike a prestar depoimentos "duas ou três vezes", mas ele não atendeu aos pedidos. "Remeti o caso ao Ministério Público Estadual e fui informado há cerca de dez dias que o caso foi para o MPF", disse o delegado. O MP confirmou que remeteu o caso ao MPF.

Segundo a notícia-crime, os minoritários disseram que foram induzidos a erro por Eike ao comprarem ações da companhia. "Em determinado período de tempo, no mínimo entre 2012 e 2013, o referido acionista controlador (Eike) supostamente passou a iludir seus investidores, induzindo-os em erro, na medida em que distanciou-se da observância de regras de governança corporativa, deixando de esclarecer de forma transparente que os campos de petróleo de responsabilidade da referida sociedade anônima não teriam o aviamento desejado e propalado quando da atração dos investidores", diz o documento. Entre os campos de petróleo citados estão Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, na Bacia de Campos.

O MP informou que, apesar de numa análise preliminar se fazer presente a justa causa, não parece ter havido crime de estelionato. "Até porque, apesar de ter havido uma conduta ardilosa, fraudulenta, tendo causado prejuízos patrimoniais, verifica-se que há tipos penais mais específicos, relacionados com o mercado de capitais", afirma o promotor de Justiça Cláudio Calo Sousa, no documento em que rejeita a atribuição estadual.

De acordo com o promotor, os delitos que teriam sido praticados, ao lesarem o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira, acabam sendo da esfera federal e não da esfera estadual.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando