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Na próxima sexta-feira (19), Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, o Facebook, em parceria com a Preta Hub, abrirá inscrições para a Aceleração de Negócios de Empreendedoras Negras. O objetivo é contemplar empresas em regiões periféricas ou comunidades de baixa renda no Nordeste, Norte, Centro Oeste, Sul e Sudeste do Brasil. 

Com a iniciativa, serão investidos um total de R$ 1,6 milhão entre as 50 empreendedoras selecionadas, em que cada uma receberá um valor de R$ 32 mil. O objetivo é acelerar negócios presentes nas cinco macrorregiões do país, em diversas áreas de produtos e serviços, como moda, audiovisual, educação, saúde e tecnologia. 

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Para participar é preciso ter seus empreendimentos formalizados, com CNPJ ou MEI. As candidatas serão submetidas a uma banca de avaliação, composta pelo Instituto Feira Preta e rede de aliados, e seus negócios serão avaliados a partir de critérios pré-estabelecidos. Ao todo, serão seis meses de aceleração, que incluirá ciclo de materiais para cada negócio.

A iniciativa busca além de disponibilizar recursos financeiros, também oferecer capacitação, consultorias, mentoria, serviços e produtos customizados de acordo com a demanda de cada negócio. No programa serão contemplados  temas de grande relevância para o sucesso de uma empresa, como controle administrativo e financeiro, ferramentas tecnológicas para automatização de processos, comunicação e marketing, além de uma trilha de conteúdo sobre finanças.

As inscrições estarão disponíveis no dia 19 de novembro por meio de preenchimento do formulário disponibilizado pelo programa Aceleração de Negócios de Empreendedoras Negras.

Por Thaynara Andrade

Uma pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que as mulheres negras integram o grupo empreendedor mais afetado pela pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Foram ouvidos 6.470 donos de pequenos negócios de todos os estados do país e Distrito Federal, entre os dias 25 e 30 de junho.

Os dados apontam que as empresas chefiadas por negras têm mais dificuldades de se manter funcionando funcionando: 36% das empreendedoras negras estão com a atividade interrompida temporariamente, frente a 29% entre as empresárias brancas e 24% entre os homens brancos e 30% de homens negros. Isso se deve em grande parte ao fato de seus negócios só poderem funcionar presencialmente: essa é uma realidade para 27% das empresárias negras e 21% das brancas.

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As dificuldades também são sentidas na busca por recursos para manter as empresas funcionando durante a pandemia. De acordo com o levantamento, as empreendedoras negras são uma fatia expressiva entre donos de empreendimentos que tiveram empréstimos bancários negados devido a CPF’s negativados, representando 58% desse grupo. O percentual só é menor que o de homens negros, com 64%.

Comparadas às empreendedoras brancas, as mulheres negras também apresentaram um aumento nas dívidas em atraso: 45% delas enfrentam essa situação, frente a  36% das mulheres brancas. A informalidade nos negócios e os índices de demissão também são problemas que atingem as empreendedoras negras com mais força. São elas as com o menor percentual de funcionários registrados no regime de CLT (29%) e demitiram um número médio maior de empregados (em média 3, quem demitiu). 

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