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O movimento de redução da demanda energética por parte da indústria brasileira iniciado no final do ano passado, principalmente em setores eletrointensivos, começa a atingir um leque mais amplo de setores industriais, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De acordo com o diretor de Estudos Econômicos Energéticos e Ambientais da EPE, Amilcar Guerreiro, o movimento iniciado entre grandes produtores de commodities globais, estes afetados pela queda dos preços desses insumos, já chega a outras áreas, como o setor automotivo e de eletroeletrônicos. "Hoje vemos um movimento mais generalizado na indústria", destacou Guerreiro, referindo-se ao consumo de energia nos últimos meses.

O diretor da EPE revelou que o ritmo de consumo da indústria durante o segundo trimestre deste ano veio "um pouco" abaixo das expectativas. Apesar disso, ele não revelou se a EPE pode reduzir a projeção de consumo por parte desse setor para 2014. Tradicionalmente, a revisão acontece duas vezes ao ano, sendo a segunda no mês de agosto. No boletim referente a abril, a EPE reduziu a projeção de consumo de energia pela indústria de 3,7% para 1,3% em 2014. O consumo das categorias residencial e comercial, por sua vez, mantém ritmo mais acelerado, destacou Guerreiro.

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Armazenamento

Perguntado sobre o futuro do setor energético no Brasil, Guerreiro destacou que o desenvolvimento de sistemas de armazenamento de energia é importante para o Pais. A utilização de baterias poderia amenizar a decisão brasileira de priorizar grandes projetos hídricos sem reservatórios. O desenvolvimento tecnológico desses sistemas de armazenamento poderá, inclusive, contribuir para a evolução da energia solar no Brasil, na visão do executivo. "No longo prazo, vemos grande espaço para a energia solar", afirmou.

Guerreiro participou hoje do 11º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (Cobee), realizado pela Abesco em São Paulo.

A Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) divulgou, no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (27), o resultado final do concurso público aberto em janeiro deste ano. O certame ofereceu vagas de nível médio e superior em diversas áreas, aém de formação de cadastro de reserva. 

A lista dos aprovados pode ser obtida no Diário Oficial. No mesmo documento é possível encontrar outras informações sobre a seleção.

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Em meio à preocupação com o nível dos reservatórios de água no Sudeste e a crise no setor energético, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nesta quinta-feira (1°) que o consumo de energia elétrica no País cresceu 4,6% em março, ante o mesmo período do último ano, superando a marca de 40.250 GWh. A alta foi registrada em todos os segmentos, com destaque para a indústria, que começa a reverter os sinais de queda na produção, com alta no consumo de 1,3%. No acumulado do trimestre, o setor teve elevação de 0,7%.

O crescimento no consumo industrial, segundo a EPE, retomou o patamar de dois anos atrás, com alta acumulada de 1,3% em 12 meses. "Já é possível observar que começam a cessar os efeitos estatísticos da redução das atividades da indústria eletrointensiva, notadamente a metalurgia do alumínio", diz a Resenha Mensal de consumo, publicada pela instituição.

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No consumo doméstico, a alta foi de 10% no trimestre. A empresa destaca ainda que a elevação no consumo residencial é a maior já registrada no período desde o início da pesquisa, em 2004. Na comparação mensal de março de 2014 com o mesmo período do ano passado, a expansão foi de 8,8%.

"Esse resultado reflete o expressivo aumento do consumo verificado nos meses de janeiro e fevereiro ocasionado pelo calor atípico nas regiões Sul e Sudeste", informa a EPE. O destaque ficou com a região sul, que teve alta de 17,5% no consumo do trimestre. Já o Sudeste, que representa metade do consumo residencial do País, a alta foi de 7,8%. Segundo o estudo, a forte elevação também se deve a uma maior posse de aparelhos de ar condicionado pelas famílias.

No comércio, a expansão registrada no trimestre foi de 10,8%, também influenciada pelo forte calor durante o período. Nas regiões Sul e Sudeste, a alta no trimestre foi superior a 12%. Em março, o consumo no setor cresceu 8,3%.

"O consumo de eletricidade apurado naquele mês foi influenciado por dois fatores conjunturais: ainda as temperaturas excepcionalmente elevadas do verão que se encerrou no mês e o calendário, com a incidência do Carnaval no início daquele mês", explica o documento.

O País passa pelo pior evento climático da história, se forem consideradas em conjunto as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-oeste, afirmou nesta quarta-feira (2) o presidente da Empresa de Planejamento Energético (EPE), Maurício Tolmasquim, em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

Ele afirmou que o volume de chuvas registrado nesse início de ano é o terceiro pior desde 1931 e que a água que chegou aos reservatórios do Norte, Nordeste e Centro-oeste é metade do que costuma ocorrer historicamente no período.

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"Apesar disso, não estamos apavorados", disse. "É um quadro que merece atenção, mas não desespero." Isso porque, justificou, o País conta hoje com uma capacidade instalada maior do que a de 2001 e uma matriz energética mais diversificada.

Tolmasquim atribuiu essa segurança à mudança do marco regulatório de 2004, conduzido pela então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Segundo explicou, as novas regras reduziram o risco ao setor privado.

"Isso quer dizer que estamos blindados para qualquer evento climático? Não. Mas estamos em situação que permite a gente poder dizer que o risco do racionamento é muito baixo", comentou. "É claro que tem de ficar acompanhando, ver o que acontece no período daqui em diante. Pode ter um evento continuado de pouca hidrologia."

Termina nesta terça-feira (11) o prazo para inscrições no processo seletivo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). São contempladas vagas de nível médio (60) e superior (279), para formação de cadastro de reserva, para atuar nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e de Brasília (DF). Há vagas para deficientes. 

Estão previstas, para nível superior, as oportunidades para os cargos de advogado (8); analista de gestão corporativa, com atuação em administração geral (10), contabilidade (15), finanças e orçamento (15), recursos humanos (10), tecnologia da informação (30); e analista de pesquisa energética, nas áreas de economia de energia (20), gás e bioenergia (20), meio ambiente – análises ambientais (12), meio ambiente – desenvolvimento regional – socioeconomia (12), meio ambiente – ecologia (10), meio ambiente – geoprocessamento físico (10), meio ambiente – recursos hídricos (12), petróleo – abastecimento (10), petróleo – exploração e produção (15), planejamento da geração de energia (15), projetos da geração de energia (20), recursos energéticos (15), e transmissão de energia (20). Para os cargos de nível médio, estão previstas 60 vagas para analista administrativo.  

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O concurso é organizado pela Fundação Cesgranrio e os interessados deverão fazer a inscrição no site da instituição. Os candidatos farão provas objetivas (para todos os cargos), discursiva (para advogados), de redação e de avaliação de títulos (ambas para todos os cargos de nível superior). As taxas de inscrição serão nos valores de R$ 45 para o cargo de nível médio e de R$ 90 para os cargos de nível superior.

Os candidatos deverão verificar o Cartão de Confirmação de Inscrição a partir do dia 2 de abril, pelo site da Cesgranrio. A obtenção desse documento é de responsabilidade do candidato. As provas objetivas e discursiva serão aplicadas no dia 6 de abril. 

Os aprovados receberam remuneração básica no valor de R$ 8.445,75 (nível superior) e de R$ 2.345,15 (nível médio). 

A partir de hoje (21), estão abertas as inscrições para o processo seletivo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). São contempladas vagas de nível médio (60) e superior (279), para formação de cadastro de reserva, para atuar nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e de Brasília (DF). 

Estão previstas, para nível superior, as oportunidades para os cargos de advogado (8); analista de gestão corporativa, com atuação em administração geral (10), contabilidade (15), finanças e orçamento (15), recursos humanos (10), tecnologia da informação (30); e analista de pesquisa energética, nas áreas de economia de energia (20), gás e bioenergia (20), meio ambiente – análises ambientais (12), meio ambiente – desenvolvimento regional – socioeconomia (12), meio ambiente – ecologia (10), meio ambiente – geoprocessamento físico (10), meio ambiente – recursos hídricos (12), petróleo – abastecimento (10), petróleo – exploração e produção (15), planejamento da geração de energia (15), projetos da geração de energia (20), recursos energéticos (15), e transmissão de energia (20). Para os cargos de nível médio, estão previstas 60 vagas para analista administrativo.  

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O concurso será organizado pela Fundação Cesgranrio e os interessados deverão fazer a inscrição no site da instituição. Os candidatos farão provas objetivas (para todos os cargos), discursiva (para advogados), de redação e de avaliação de títulos (ambas para todos os cargos de nível superior). As taxas de inscrição serão nos valores de R$ 45 para o cargo de nível médio e de R$ 90 para os cargos de nível superior.

Os aprovados receberam remuneração básica no valor de  R$ 8.445,75 (nível superior) e de R$ 2.345,15 (nível médio).

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que o leilão de linha de transmissão da hidrelétrica Belo Monte, do Rio Xingu (PA), será realizado ainda no primeiro trimestre de 2014. "O linhão deve ser no início do ano que vem", afirmou o executivo, que participou de seminário promovido pelo Grupo de Economia de Energia (GEE/UFRJ).

Inicialmente, a intenção do governo federal era licitar o linhão de Belo Monte ainda em 2013. Mas a única licitação de transmissão prevista até o fim do ano, marcada para novembro, não ofertará o tronco principal de escoamento da energia da usina. "Porém, está garantido que dá tempo para a linha entrar em operação em janeiro de 2018, quando é o momento que o sistema precisa", afirmou Tolmasquim. O linhão irá trazer a energia da usina para o Sudeste.

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Caso a data seja cumprida, a linha de transmissão irá entrar em operação comercial dois anos depois da entrada da primeira turbina de Belo Monte, que é a maior hidrelétrica em construção no País com 11 mil MW de capacidade. A expectativa da Norte Energia, concessionária que está construindo e operará Belo Monte, é de colocar a primeira máquina em funcionamento em 2016.

Isso, no entanto, não significa que a hidrelétrica não conseguirá escoar a sua energia. Por estar próxima da hidrelétrica de Tucuruí, também no Pará, Belo Monte poderá utilizar a infraestrutura de transmissão existente para escoar a sua produção inicial de energia. Além disso, o governo federal vem licitando alguns projetos nos últimos leilões de transmissão conhecidos no setor como o sistema "pré-Belo Monte", os quais permitirão antecipar o escoamento da energia.

Leilão de energia

Tolmasquim ainda se mostrou confiante sobre a participação da hidrelétrica São Manoel, de 700 MW de capacidade, no leilão de energia nova A-5 que será realizado em dezembro, que tem por objetivo contratar a demanda do mercado cativo em 2018. "Fizemos as audiências públicas e foram muito boas. Está tudo ocorrendo para que o projeto seja licitado. Estamos muito otimistas. A parte mais complicada, que eram as audiências públicas, foram feitas com sucesso", afirmou.

O projeto da hidrelétrica São Manoel, do Rio Teles Pires (PA/MT), ainda não dispõe da licença prévia ambiental (LP). Sem este documento, o projeto não poderá ser licitado pelo governo federal no leilão A-5.

O consumo nacional de energia elétrica cresceu 5,1% em julho na comparação com o mesmo período de 2012, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, 30, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O consumo no mês ficou em 37.760 gigawatts-hora (GWh), impulsionado pelas categorias residencial e comercial.

Na classe residencial, a alta do indicador ficou em 8,2%, para um consumo total de 10.032 GWh. A EPE atribui o resultado ao baixo consumo apurado em julho de 2012, além das condições do mercado de trabalho, "sobretudo pelo baixo nível de desemprego e pelo ganho real sobre o rendimento do trabalhador", e da "aquisição e intensificação de uso de eletrodomésticos nos lares".

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O consumo na classe comercial alcançou 6.460 GWh, com alta de 7,1% em relação a julho de 2012. "Desde janeiro, a classe comercial não apresentava taxa tão elevada", destacou a EPE. Na categoria Outros, o consumo também apresentou resultado expressivo, com alta de 6,9%. O consumo elétrico foi de 5.761 GWh.

Indústria

O consumo de energia na indústria apresentou recuperação em julho. Após crescer 1,1% em junho, o indicador teve alta de 1,9% em julho, na comparação com o mesmo período de 2012. O consumo de 15.507 GWh foi impulsionado pelas altas apuradas nas Regiões Sul (4,9%) e Nordeste (3,1%). A maior elevação porcentual, porém, foi registrada no Centro-Oeste, com alta de 12,6%.

Região que mais consome energia do País, o Sudeste amargou retração de 0,2% em julho. "Em Minas Gerais, onde o consumo caiu 2,5%, nota-se influência, principalmente, do segmento de ferroligas. Já no Espírito Santo, houve parada de produção não programada no setor de extração mineral, levando à queda de 3,5% no mês", justificou a EPE. O consumo de energia em São Paulo cresceu 0,2% e no Rio, 2,6%.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) acelera o desenvolvimento dos estudos da primeira linha de transmissão de Belo Monte (PA) para licitar o projeto em dezembro. "A expectativa é de concluirmos os estudos em agosto", afirmou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, que esteve no Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico (Enase), promovido pelo Canal Energia.

O projeto de escoamento de Belo Monte prevê a construção de uma grande linha de transmissão partindo de Xingu (PA) até a divisa entre São Paulo e Minas Gerais. De acordo com Tolmasquim, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a EPE discutem a possibilidade de se construir uma segunda linha de transmissão para a Usina Belo Monte.

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A segunda de linha, de 2,37 mil quilômetros de extensão e 800 kV, partiria também de Xingu, mas chegaria ao Rio. "A opinião da EPE é de que essa linha é necessária", afirmou. Além de escoar a produção de Belo Monte, Tolmasquim afirmou que o segundo tronco de transmissão também permitiria transportar a energia do Complexo Hidrelétrico do Rio Tapajós (PA) - a primeira usina do complexo, São Luís do Tapajós, está prevista para ser licitada pelo governo em 2014. "A linha também reforçaria o intercâmbio de energia entre o Norte e o Sudeste do País", acrescentou.

Durante a apresentação, ele afirmou que os novos leilões de transmissão de 2013 devem ofertar ao mercado mais 5,2 mil quilômetros de novas linhas. A intenção do governo é licitar 2,3 mil km de rede para expansão da interligação, que é o primeiro tronco de Belo Monte, 2,04 mil km em reforços do sistema, 600 km em interligação dos sistemas isolados (linha Rio Branco-Cruzeiro do Sul, no Acre) e 200 km de rede para o escoamento dos projetos eólicos no Nordeste. Dentre os projetos a serem licitados ainda este ano, estão os empreendimentos dos quatro lotes que não tiveram ofertas no primeiro leilão de transmissão, realizado no início de maio. Segundo Tolmasquim, o governo já licitou 4 mil quilômetros de novas de linhas este ano.

O consumo de energia no País avançou 2,5% no primeiro trimestre em relação a igual período do ano passado, atingindo 114,6 mil gigawatts-hora (GWh), informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta quinta-feira, 25. Na comparação dos meses de março de 2013 e 2012, o consumo caiu 0,5%, passando de 38,6 mil GWh para 38,39 mil GWh.

Apesar do crescimento no trimestre, o segmento industrial, particularmente, apresentou queda de consumo de energia de 2,4%, passando de 45,2 mil GWh, no primeiro trimestre do ano passado, para 44,1 mil GWh, de janeiro a março de 2013. Na comparação dos meses de março de 2013 e 2012, a queda foi de 1,1%.

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O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse nesta sexta-feira que o custo do uso de energia proveniente de termelétricas em momentos emergenciais passará a ser repartido a partir de agora. Até então, ele ficava a cargo das distribuidoras, que poderiam repassar os valores para as tarifas dos consumidores. Agora, 50% desse custo ficará com o agente que estiver exposto no mercado de curto prazo. A outra metade será rateada entre os demais elos da cadeia: consumidores, produtores e comercializadores.

Nessa contabilização, a parte do consumidor será de 25% do total. "Vai se reduzir para o consumidor a conta relativa às termelétricas", disse. "Hoje, por segurança, as contas vão todas para o consumidor e estamos corrigindo isso", continuou.

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O importante, segundo Tolmasquim, é reduzir o impacto financeiro sobre as distribuidoras. Isso será feito por meio da CDE, que passará a cobrir os impactos sobre essas empresas. Os dois principais impactos são o uso maior de termelétricas por escassez de chuvas e a não adesão de três empresas de grande porte (Cesp, Cemig e Copel) à proposta do governo de renovar antecipadamente contratos que venceriam entre 2015 e 2017.

O presidente da EPE salientou que a não adesão à proposta levou as cotas a ficarem menores do que o governo estava esperando. "Aí, as distribuidoras ficaram com menos contrato do que era necessário. Elas ficam expostas ao mercado de curto prazo", disse.

O segundo impacto decorre da operação das termelétricas. Segundo Tolmasquim, quando opera, a distribuidora paga a termelétrica pelo combustível no momento em que tem necessidade do produto, mas só recebe o repasse feito a seus clientes na data do aniversário de reajuste da conta. "Então, tinha uma defasagem no momento que ela paga a termelétrica e na hora que o consumidor paga. Esse custo financeiro está sendo compensado pela CDE."

O consumo total de energia elétrica no Brasil cresceu 5,4% em janeiro sobre igual mês de 2012, alcançando 38.311 gigawatts-hora (GWh) frente aos 36.354 GWh anteriores. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o resultado foi impulsionado pelo consumo residencial (+11,4%) e do setor de comércio e serviços (+11,1%).

No acumulado de 12 meses, o consumo ultrapassou 450 mil GWh, com crescimento de 3,9% ante o mesmo intervalo anterior, quando foram registrados 433 mil GWh.

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O consumo residencial teve o maior crescimento da classe desde 2005. Com expansão de 11,4%, passou de 9.794 GWh para 10.912 GWh na mesma base de comparação. A EPE atribuiu a alta às temperaturas elevadas por vários dias, neste início de ano. Segundo a empresa, o período do verão só agora foi percebido nas estatísticas, devido à composição dos lotes de medição das distribuidoras.

Pelo mesmo motivo, o consumo comercial também avançou, de 6.477 GWh para 7.195 GWh, conforme a EPE. A empresa destacou que essa classe manteve o ritmo do final de 2012, em especial do quarto trimestre, quando o crescimento havia sido de 10% sobre o mesmo período do ano anterior.

O consumo industrial, por sua vez, teve queda de 2% no mês passado na comparação com um ano antes, de 14.599 GWh para 14.306 GWh. Em relatório, a EPE explicou que "a queda no consumo está em linha com as estatísticas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a atividade industrial: emprego, número de horas trabalhadas e utilização da capacidade instalada ainda estão em níveis inferiores aos do ano anterior".

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse na manhã desta quinta-feira que o governo não vai deixar a Eletrobras falir ou perecer. "Não passa pela nossa cabeça não ter a Eletrobras com condições de atuar no setor elétrico", afirmou. "A gente nunca vai deixar a Eletrobras perecer", acrescentou.

Tolmasquim evitou antecipar eventuais medidas que a direção da empresa estatal terá de tomar para se adaptar a uma nova realidade após a renovação das concessões de geração e transmissão do setor elétrico. "Não vale a pena antecipar nada. Mas a Eletrobras terá de ter ações para se adaptar aos custos."

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Ele enfatizou que a companhia é importante para o governo. "A Eletrobras é necessária e o governo não vai deixar ela perecer. Consideramos ela uma empresa importante. Sem dúvida alguma, o governo conta com a Eletrobras", completou. As declarações de Tolmasquim foram feitas ao chegar à sede do Ministério de Minas e Energia para participar da reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) não acredita que a falta de investimentos no setor elétrico esteja por trás dos últimos apagões no País. Segundo o diretor de Estudos Econômicos e Energéticos da EPE, Amilcar Guerreiro, não há um padrão nas falhas ocorridas.

"Eu não acho que seja falta de investimento não. Cada uma dessas ocorrências teve motivação diferente. Você não pode nem dizer que teve um padrão, que aí poderia dizer que foi falta de investimento", declarou Guerreiro, antes de participar de um evento sobre energia na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

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O diretor da EPE afirmou que não há risco de desabastecimento e que as chances de um novo apagão são muito pequenas. "Não vai acontecer de novo", afirmou. "As falhas são até esse momento episódios independentes. Já estão sendo tomadas as providências para aumentar a segurança. No caso de Brasília, vão trabalhar ainda mais apertados. Não há desabastecimento de forma nenhuma", acrescentou ele.

Guerreiro explicou que o sistema de abastecimento é preparado para funcionar mesmo com a perda de um elemento, como um transformador ou uma linha de transmissão. No caso de Brasília, o sistema suportaria a perda de até dois elementos, o que aumenta a segurança do sistema.

De acordo com o executivo da EPE, a situação da rede de hoje não se assemelha à de 2001, quando houve falta de geração. "Agora, em alguns pontos do sistema, tem havido acidentes e por isso tem havido apagão."

Mas a energia tem sido restabelecida em um prazo até relativamente curto, o que, segundo ele, mostra a capacidade de recuperação do sistema.

A EPE tem ouvido propostas de realização de leilões regionais ou por fonte, mas afirma que a mudança de modelo é uma questão que ainda precisa ser melhor discutida.

"Várias pessoas têm proposto isso, o leilão regional e leilão por fonte. Essa é uma questão que tem que ser examinada, porque tem vantagens, assim como tem desvantagens. O leilão do jeito que está sendo feito também tem vantagens e desvantagens", contou Guerreiro. "A intervenção que se faz, a presença do Estado, pode ser maior em um caso que no outro. Então, isso precisa ser amplamente discutido", alertou.

A expectativa do diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) José Carlos de Miranda é de que os preços da energia eólica recuem nos próximos leilões, previstos para serem realizados em outubro. "É esperado que os preços da eólica continuem caindo ou se estabilizem. A perspectiva é de que em alguns locais os preços caiam ainda". Em 2011, a energia eólica chegou a ser contratada a R$ 99 por Mwh.

Questionado sobre se o governo também sinalizaria para uma redução, com a diminuição do preço-teto do leilão, Miranda disse que a decisão é do ministro de Minas e Energia e que a EPE faz o trabalho de levantamento junto ao mercado e leva em consideração também o resultado dos últimos leilões. Mas admitiu que a tendência é de que os preços sejam mantidos. "A redução é proporcionada pela própria competição", afirmou.

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O diretor da EPE também comentou a respeito do preço da energia de PCH. Projetos dessa fonte não têm sido contratados nos leilões porque empreendedores consideram que os preços-teto já são baixos demais. Mas Miranda argumentou que, em recentes conversas, representantes dessa área teriam dito que já conseguiram reduzir preços de equipamentos.

"Claro que se contrata primeiro as usinas mais baratas e depois as mais caras, mas num processo em que os preços vêm caindo (para algumas fontes), estas vão ser contratadas antes de outras e as que ficaram mais caras vão ser contratadas no futuro", disse.

A oferta de energia gerada por meio de produtos da cana-de-açúcar recuou 9,2% em 2011 ante 2010, somando um total de 42,7 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep). O dado é da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que divulgou nesta segunda-feira os resultados preliminares do Balanço Energético Nacional - BEN 2012.

Dentro da oferta total de energia no País, o volume gerado por fontes renováveis recuou 0,9%, para 120,1 milhões de tep entre 2010 e 2011. Segundo a EPE, essa variação negativa reflete as restrições na oferta da biomassa da cana, muito em função do decréscimo de 9,8% na safra.

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De acordo com a empresa, a participação das energias renováveis na matriz energética brasileira como um todo permaneceu praticamente estável em 2011 em comparação com 2010, em 44,1%, acima da média mundial, que é de 13,3%, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Já na matriz elétrica a fatia das renováveis ficou em 88,8% em 2011.

O consumo de energia elétrica na rede somou 38,575 mil gigawatts-hora (GWh) em março, o que significa um aumento de 6,1% em relação ao registrado em igual mês do ano passado. O crescimento foi puxado pela baixa tensão, que corresponde ao conjunto agregado das residências e do setor de comércio e serviços, com alta de 9%, a maior desde dezembro de 2009. Os dados constam da mais recente edição da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta quinta-feira.

Somente as residências consumiram 8% mais energia, ou um total de 10,273 mil GWh, enquanto o segmento comercial apresentou expansão de 10,6%, para 7,049 mil GWh. Segundo a EPE, o "efeito calendário" e das condições climáticas favoreceram o desempenho, mas o impulso do consumo, particularmente no comércio, refletiu também o ritmo da atividade setorial. O órgão destacou que a forte expansão da demanda na classe comercial foi observada em todas as regiões do País, com destaque para o Sudeste.

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Já o consumo de eletricidade das indústrias manteve a mesma dinâmica dos dois primeiros meses do ano e apresentou expansão mais tímida, de 2,1% em março. Em termos regionais, a EPE ressalta a desaceleração do crescimento das indústrias do Nordeste, que após aumentos de 3,6% e 10% em janeiro e fevereiro, respectivamente, evoluiu apenas 0,1% em março. Este resultado foi influenciado pela redução na produção de alumínio no Maranhão e pelo menor nível de atividade das indústrias baianas dos segmentos de metalurgia básica (ferroligas e cobre) e químico.

Já as indústrias do Sudeste, embora tenham mantido um crescimento relativamente baixo, registraram a maior alta do ano, de 0,8%. O Centro-Oeste foi a região que liderou o aumento do consumo industrial, com expansão de 15,8% em março, refletindo a incorporação de novas cargas, ligadas à expansão da produção de ferro-níquel.

No mercado livre, a expansão do consumo no País em março foi de 6,6%, para 9,8 mil GWh. Em 12 meses, a alta acumulada neste segmento é de 5,7%, para 114,4 mil GWh.

Trimestre

No primeiro trimestre de 2012, a demanda cresceu 3,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a resenha, o menor ritmo de crescimento neste ano reflete o comportamento dos consumidores industriais e residenciais, que apresentaram taxas inferiores às do ano passado. O consumo total de energia na rede elétrica alcançou, nos primeiros três meses deste ano, 111,820 mil GWh, o que significa uma variação absoluta de aproximadamente 4,1 mil GWh.

O governo estuda a criação de uma taxa de compensação a ser paga aos povos indígenas que serão afetados direta ou indiretamente pelas novas usinas hidrelétricas, ainda a serem licitadas. A informação é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim.

Segundo ele, a proposta visa compensar financeiramente os índios por impactos diretos ou indiretos em seu território. "As usinas são importantes para o País, mas devem trazer um benefício para a população local", disse, comentando que atualmente os empreendimentos já preveem investimentos nos municípios próximos e no caso dos índios, eles que deveriam decidir o que é melhor.

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Tolmasquim salientou que um movimento nesse sentido precisaria ainda ser discutido no Congresso Nacional e por isso preferiu não comentar sobre para quais projetos se prevê essa compensação. Ele citou o estudo, porém, ao comentar sobre a dificuldade que o governo vem enfrentando para obter licenciamento de novos projetos. E citou o projeto São Manoel, no rio Teles Pires, cujo processo ambiental vem enfrentando dificuldades até mesmo devido ao impacto em áreas indígenas.

Além das usinas no Rio Teles Pires, a EPE planeja licitar nas proximidades de áreas indígenas no médio prazo as usinas do Complexo Tapajós, prevista para ir a leilão entre o final de 2013 e 2014.

Mesmo que as termoelétricas à gás fiquem de fora do leilão que o governo promoverá em dezembro, o atendimento da demanda por eletricidade no País não ficará comprometido. Segundo avaliação do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, o estoque de energia das usinas já em operação é suficiente para atender o mercado. "Tem estoque de térmicas de leilões passados que dá uma tranquilidade", disse ele hoje.

Tolmasquim deixou claro que gostaria de contar com térmicas no leilão marcado para o próximo dia 20, mas ponderou que a falta delas "não será fatal". As usinas termoelétricas funcionam como uma espécie de backup da matriz energética brasileira, que é predominantemente de fonte hídrica.

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Em época de baixo volume de chuvas, o governo pode acionar as usinas térmicas para manter o nível dos reservatórios e atender o mercado consumidor.

Na semana passada, a Petrobras afirmou que não vai fornecer gás natural para as termoelétricas que se cadastraram no leilão de energia de dezembro, nem no que ocorrerá em março do ano que vem. Sem a garantia de fornecimento, nenhuma termoelétrica pode participar da disputa, uma vez que o contrato é obrigatório para habilitar a usina para o leilão.

Como nos leilões de compra de energia realizados nos últimos anos foi contratado um volume considerável de usinas movidas a gás, Tolmasquim garante que não existe risco de a demanda de energia no País não ser atendida, pois há uma "folga" de 5% a 6% entre oferta e demanda no mercado.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou 377 empreendimentos para o leilão de energia nova que contratará a demanda do mercado cativo em 2016 (A-5), que será realizado pelo governo federal em 20 de dezembro deste ano. Esses projetos somam uma capacidade de 24,25 mil megawatts (MW), entre térmicas a gás e a biomassa, projetos eólicos, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), novas hidrelétricas e ampliações de hidrelétricas existentes.

De acordo com a EPE, as térmicas a gás natural representam 53% da oferta cadastrada para o leilão, totalizando 12,86 mil MW a partir de 34 projetos. A fonte eólica detém a maior quantidade de usinas inscritas, 296, totalizando 7,48 mil MW. Entre os Estados, o Rio Grande do Sul teve o maior número de projetos cadastrados, 87, enquanto o Rio de Janeiro registrou a maior oferta de energia, 3,009 mil MW. Quatorze usinas a biomassa foram inscritas, sendo 12 termelétricas movidas a bagaço de cana-de-açúcar (696 MW) e duas a cavaco de madeira (159,8 MW).

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Entre os 14 projetos hidrelétricos, 10 usinas são novas concessões, que totalizam 2,16 mil MW. As hidrelétricas são: Cachoeira (63 MW), Castelhano (64 MW), Estreito Parnaíba (56 MW), Ribeiro Gonçalves (113 MW), Uruçuí (134 MW), Cachoeira Caldeirão (219 MW), São Roque (135 MW), São Manoel (700 MW), Sinop (400 MW) e Riacho Seco (276 MW). Esses projetos estão localizados nos rios Parnaíba (PI/MA), Araguari (AP), Canoas (SC), Teles Pires (MT/PA) e São Francisco (BA/PE). Dos 10 projetos, apenas Riacho Seco e Uruçuí não têm previsão de obter a licença ambiental prévia a tempo de participar do leilão A-5.

Já outros quatro projetos são expansões de hidrelétricas existentes e somam 584,3 MW. Entre as usinas, destaque para a expansão de um projeto entre os Estados do Amapá e do Pará, que provavelmente deve ser a hidrelétrica Santo Antônio do Jari, adquirida recentemente pela EDP. A companhia tem planos de expandir em cerca de 70 MW a capacidade dessa usina, volume que é exatamente o valor cadastrado no leilão A-5 do projeto entre o Amapá e o Pará.

A EPE também informou que está cadastrada no leilão a expansão de uma hidrelétrica em Rondônia, totalizando 450 MW de capacidade.

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