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Circulam nas redes sociais imagens de alunos de uma escola pré-militar do Recife, gravadas no último sábado (24), no qual os jovens são vistos repetindo palavras de ordem ditadas por um professor da instituição. O teor violento e antidemocrático do canto chamou a atenção de quem passava por perto e pessoas foram vistas fazendo o registro do momento. Pelo vídeo, é possível notar que o grupo estava em treino na Rua da Imperatriz, no Centro ca capital pernambucana.

A escola foi identificada como Unibe-Asprem, uma instituição privada e de foco preparatório para a carreira militar. Com unidades em todas as regiões do País, a única localizada em Pernambuco fica na capital, também na Rua da Imperatriz. As outras duas unidades no Nordeste estão em Maceió-AL e São Luís-MA.

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O vídeo foi publicado com exclusividade pelo site Jornalistas Livres e enviado por uma pessoa anônima. Nele, podem ser ouvidas mensagens como "Eu causarei destruição, matarei pela cidade. Seja aleijado ou criança, menininho ou mulher".  

No site da escola, lê-se que se trata de “Preparatório Militar focado no desenvolvimento do aluno em todas as frentes importantes para aprovação”. Esses estudantes recebem treinamento intensivo para fazer as provas militares, e assim entrar na carreira militar. Acampamentos “preparados para mostrar aos nossos alunos o desafio e a glória de ser um militar”, treinamento físico e “apoio psicológico” são oferecidos.

O LeiaJá tentou entrar em contato com a Unibe-Asprem, que disponibiliza contatos por telefone e WhatsApp em seus canais de comunicação, mas as tentativas foram sem sucesso até o momento da publicação.

O governador Paulo Câmara se reuniu, na manhã desta terça-feira (20), na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), com o comandante do Exército, o general Paulo Sérgio Nogueira, o comandante militar do Nordeste, o general Marco Antônio Freire Gomes, e mais três oficiais-generais do alto comando, para discutir a possibilidade de instalação da nova Escola de Sargentos do Exército em Pernambuco.

O Estado está competindo com as cidades de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e de Ponta Grossa, no Paraná, que também estão sendo cotadas para receber a instituição. Caso a parceria se concretize, a nova escola militar terá o investimento inicial de R$ 1 bilhão e será localizada no Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti (CIMNC), entre os municípios de Abreu e Lima, Paudalho, Tracunhaém,  Araçoiaba, Camaragibe, São Lourenço da Mata e Igarassu. O empreendimento terá 840 mil metros quadrados e terá incluso, além da escola, vila olímpica, vila militar e estande de tiro.

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Em Pernambuco, a instalação da nova Escola de Sargentos deve atrair cerca de 10 mil pessoas e gerar novos empregos diretos e indiretos, como também expandir as redes de escolas públicas e privadas e fomentar o setor de serviços e da rede hoteleira. 

Para tentar garantir a implantação do novo empreendimento, o Governo do Estado listou algumas vantagens que Pernambuco possui. São elas: a localização estratégica do Nordeste; aeroporto internacional; destaque em tecnologia e inovação; maior polo médico do Nordeste e segundo maior do Brasil; destaque na Educação com o ranking nacional do IDEB - maior rede de escolas públicas em tempo integral no ensino médio no País; e o complexo industrial e portuário de Suape.

“Foi apresentado tudo o que Pernambuco pensou, junto com o Exército, para receber essa escola e eu espero que tenha êxito. O general tem agora as informações tanto do Estado de Pernambuco quanto do Rio Grande do Sul e Paraná. Estamos numa expectativa positiva diante de tudo o que foi apresentado. Eu tenho certeza que Pernambuco fez um bom dever de casa para receber essa escola”, disse o governador Paulo Câmara.

O governo de Pernambuco ainda está disposto a doar um terreno de mais de 150 hectares, com valor estimado em R$ 79 milhões, na área da Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, para que o Exército construa um complexo logístico. Também serão investidos R$ 3,2 milhões na aquisição e disponibilização de uma área de cinco hectares, destinada à construção do Centro de Convivência e Bem-Estar, que servirá à nova Escola de Sargentos.

Se concretizado em Pernambuco, o curso de Sargento terá duração de dois anos e prevê formar 2.400 alunos. De acordo com o governador, mais de 1.800 militares trabalharão na formação dos alunos. “Vai ser uma grande referência essa Escola aqui em Pernambuco para a formação de sargento de todo o Brasil e sendo um fator, também, de desenvolvimento social numa área que o Estado preza tanto que é a Educação", comenta.

Após a reunião, Paulo Câmara comentou suas expectativas: “Estamos otimistas e esperamos, diante do que foi apresentado, que Pernambuco seja selecionado”. O general Paulo Sérgio afirma que tecnicamente as três sedes são muito boas, mas Recife tem se destacado e que saiu da reunião muito satisfeito com o que foi apresentado. “Saímos dessa reunião muito otimistas”, disse. Ele complementa: “[Estou] Muito satisfeito com o que vi, com a segurança e o engajamento do poder público e com o empresariado. Recebi a bancada federal do Estado em Brasília, na semana passada, se comprometendo, em parceria, a termos esse objetivo atingido”, finalizou.

Pais de alunos do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás João Augusto Perillo procuraram o Conselho Tutelar, na última sexta-feira (18), para relatar uma conduta de inspeção íntima que teria sido feita por policiais militares em cerca de 40 alunos com idade média de 14 anos. As denúncias foram encaminhadas ao Ministério Público de Goiás (MPGO) que agora está apurando o caso.

De acordo com o MPGO, a promotoria recebeu o relatório do conselho tutelar nesta terça-feira (22) e já ouviu os pais dos alunos. A próxima etapa será composta pelos depoimentos dos estudantes, assim como os dos profissionais da escola que estão envolvidos.

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Em entrevista à Rede Globo, uma aluna que não quis ser identificada disse ter se sentido invadida com a ação. “A gente tinha que tirar a roupa, abaixar cinco vezes. Eu mesmo sou uma das alunas que não quer ir para a escola pela vergonha que eu passei. Me senti invadida”, conta. Ainda segundo a emissora, a inspeção íntima foi realizada após um aluno ter sido encontrado portando drogas.

Até a publicação desta matéria, a Polícia Militar de Goiás, que é responsável pela escola, não divulgou um posicionamento.

Encerra nesta sexta-feira (11) o prazo para municípios manifestaram interesse em aderir ao projeto de escolas cívico-militares do Ministério da Educação (MEC). Anunciada no início de setembro, a proposta do MEC prevê a implementação de duas escolas-cívico militares em cada um dos estados da federação, incluindo o Distrito Federal (DF). A iniciativa teve o apoio de quinze estados e do DF. 

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--> Pernambuco não vai aderir às escolas cívico militares

Para os municípios localizados em estados que não aderiram ao programa, os prefeitos têm até amanhã para indicar o desejo de receber uma escola cívico-militar, através de ofício assinado e enviado para o e-mail mail pecim@mec.gov.br. Cada escola vai receber montante de R$ 1 milhão para promover melhorias e adequação ao projeto.

Os municípios serão escolhidos segundo a possibilidade de mobilização de profissionais da reserva das Forças Armadas na cidade. Caso não haja número suficiente, a solução se dará por meio de membros das corporações estaduais - policiais e bombeiros militares. O modelo prevê a atuação dos militares em áreas didático-pedagógica e administrativa, para aprimoração da infraestrutura e a organização da escola, sengundo o MEC. 

Dentre os requisitos para ser selecionada, a escola precisa ofertar ensino fundamental 2, ter entre 500 e mil alunos que estejam em situação de vulnerabilidade social e Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) abaixo da média estadual. Um dos requisitos é que a comunidade aprove o modelo, por meio de votação ou consulta pública. 

A primeira semana de aula nas escolas públicas cívico-militares do Distrito Federal será de adaptação. O chamado modelo de gestão compartilhada será adotado em quatro escolas a partir desta segunda (11):  Centro Educacional (CED) 308 do Recanto das Emas, CED 7 de Ceilândia, CED 1 da Estrutural e CED 3 de Sobradinho.

A proposta é que militares atuem na administração escolar e na disciplina de estudantes, enquanto os professores serão responsáveis pela parte pedagógica. O modelo é inspirado no estado de Goiás, que conta com 50 escolas como essas.

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Os estudantes receberão orientações sobre a nova dinâmica da escola. Por três meses, eles não usarão farda, o uniforme das escolas militares, mas calça jeans, camiseta branca e tênis preto, de acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

“Depois, aí sim, haverá uma formatura da entrega da boina, onde os estudantes recebem o enxoval deles, o uniforme militar, e passarão a usar esse uniforme”, disse a capitão da PMDF Cristiane Caldeira, uma das responsáveis pela implantação do modelo de gestão cívico-militar nas escolas.

Em Goiás, onde estão 50 das 120 escolas cívico-militares do país, o custo médio do uniforme completo, incluindo o calçado, fica em torno de R$ 600.

Adaptação

Segundo a capitão, haverá um período para adaptação. “Eles [estudantes] passarão por um período de adaptação à mudança de rotina. Período para que os adolescentes possam entender a dinâmica pela qual a escola está passando e o corpo docente também”.

A rotina dos estudantes vai incluir hasteamento de bandeira todos os dias cerca de 10 minutos antes do início da aula. Haverá aulas no contraturno, que serão opcionais, como  atividades esportivas, musicais e aulas de ética e cidadania, na qual os alunos terão conceitos de direito, regras da escola, entre outras questões ligadas à vivência em sociedade e disciplina.

Em cada sala de aula, estará um responsável por fazer a chamada e apresentar a turma. Também anunciará o início e o final de cada disciplina, sempre pedindo permissão aos professores.

Aparência

Para as meninas, o coque será obrigatório na rotina diária, exceto paras as atividades esportivas, quando o penteado vai ser o rabo de cavalo. Os meninos terão de usar o chamado “cabelo no padrão baixo”, cortado com máquina dois.

“No momento de adaptação, vamos orientá-los quanto a brincos, piercings, cor de unha e batom, maquiagem. Tudo será orientado para que não haja traumas”, afirmou Cristiane Caldeira.

Gestão

A gestão das quatro escolas será compartilhada entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública. Os professores cuidarão da parte pedagógica e os militares, que serão da PMDF e do Corpo de Bombeiros Militar, ficarão responsáveis por questões administrativas e disciplinares. Inicialmente, o projeto será implantado nas quatro escolas, mas a intenção é que chegue a mais 36.

O projeto incluirá estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Neste ano, os uniformes serão entregues gratuitamente. O governo do Distrito Federal se baseou no modelo de Goiás - onde estão 50 das 120 escolas cívico-militares do país.

Desempenho

O modelo de gestão compartilhada entre militares e professores em escolas no DF é estudado há mais de dois anos, segundo a PMDF. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou em 11 de janeiro a implementação da proposta para este ano letivo.

“A relação direta do desempenho escolar está calcada na disciplina. A presença do policial dentro da escola visa a aumentar o grau de disciplina desses alunos e reduzir a violência e as transgressões escolares”, disse a capitão da PMDF.  “Quanto mais tempo dentro da sala de aula assimilando conhecimento, melhor desempenho em provas e concursos.”

O assessor especial da Secretaria de Educação do DF, Mauro Oliveira, disse que professores e estudantes permanecerão na escola. A partir do próximo ano, as vagas remanescentes serão sorteadas para quem desejar estudar nesses centros de ensino.

“Os professores são os mesmos. Não se mudam alunos. Os alunos são os mesmos. Trabalha-se com a escola. Os alunos que estão lá são os que ficam. Somente posteriormente é que se cria processo por sorteio para que novos alunos entrem na escola”, ressaltou Cristiane Caldeira.

A proposta é envolver a família no processo educacional, pois a escola passa a contar com uma associação de pais e mestres. Segundo os responsáveis pela implementação do projeto, os pais poderão contribuir financeiramente com a escola de forma espontânea.

“A contribuição é voluntária. Há um incentivo para que isso aconteça. Queremos trazer os pais para próximo. A comunidade percebe a diferença e os próprios pais começam a contribuir com a PM, pois veem que estão doando e que tem sala com ar condicionado, que passa a ter datashow e que a escola está pintada.”

Alerta

A professora Miriam Fábia Alves, da Faculdade de Educação da Universidade de Goiás, que pesquisa o sistema das escolas militares, alerta sobre os riscos sociais existentes. “A exclusão ocorre de diferentes formas. A negativa do direito à educação acontece dentro da escola porque os pais que são mais pobres não têm condições efetivas para bancar o uniforme na dinâmica escolar”, disse. “Além disso, o aluno que não se adapta às regras da escola acaba sendo expulso.”

Segundo Miriam Alves, é importante observar que a disciplina militar deve ser associada à socialização. “Eu acho que isso é nocivo do ponto de vista das novas gerações, se entendemos que a escola é lugar de socialização do conhecimento, que promove a formação humana de gente, mas gente capaz de se entender nessa realidade.”

A primeira semana de aula nas escolas públicas cívico-militares do Distrito Federal será de adaptação. O chamado modelo de gestão compartilhada será adotado em quatro escolas a partir de hoje (11):  Centro Educacional (CED) 308 do Recanto das Emas, CED 7 de Ceilândia, CED 1 da Estrutural e CED 3 de Sobradinho.

A proposta é que militares atuem na administração escolar e na disciplina de estudantes, enquanto os professores serão responsáveis pela parte pedagógica. O modelo é inspirado no estado de Goiás, que conta com 50 escolas como essas.

Os estudantes receberão orientações sobre a nova dinâmica da escola. Por três meses, eles não usarão farda, o uniforme das escolas militares, mas calça jeans, camiseta branca e tênis preto, de acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

“Depois, aí sim, haverá uma formatura da entrega da boina, onde os estudantes recebem o enxoval deles, o uniforme militar, e passarão a usar esse uniforme”, disse a capitão da PMDF Cristiane Caldeira, uma das responsáveis pela implantação do modelo de gestão cívico-militar nas escolas.

Em Goiás, onde estão 50 das 120 escolas cívico-militares do país, o custo médio do uniforme completo, incluindo o calçado, fica em torno de R$ 600.

Adaptação

Segundo a capitão, haverá um período para adaptação. “Eles [estudantes] passarão por um período de adaptação à mudança de rotina. Período para que os adolescentes possam entender a dinâmica pela qual a escola está passando e o corpo docente também”.

A rotina dos estudantes vai incluir hasteamento de bandeira todos os dias cerca de 10 minutos antes do início da aula. Haverá aulas no contraturno, que serão opcionais, como  atividades esportivas, musicais e aulas de ética e cidadania, na qual os alunos terão conceitos de direito, regras da escola, entre outras questões ligadas à vivência em sociedade e disciplina.

Em cada sala de aula, estará um responsável por fazer a chamada e apresentar a turma. Também anunciará o início e o final de cada disciplina, sempre pedindo permissão aos professores.

Aparência

Para as meninas, o coque será obrigatório na rotina diária, exceto paras as atividades esportivas, quando o penteado vai ser o rabo de cavalo. Os meninos terão de usar o chamado “cabelo no padrão baixo”, cortado com máquina dois.

“No momento de adaptação, vamos orientá-los quanto a brincos, piercings, cor de unha e batom, maquiagem. Tudo será orientado para que não haja traumas”, afirmou Cristiane Caldeira.

Gestão

A gestão das quatro escolas será compartilhada entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública. Os professores cuidarão da parte pedagógica e os militares, que serão da PMDF e do Corpo de Bombeiros Militar, ficarão responsáveis por questões administrativas e disciplinares. Inicialmente, o projeto será implantado nas quatro escolas, mas a intenção é que chegue a mais 36.

O projeto incluirá estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Neste ano, os uniformes serão entregues gratuitamente. O governo do Distrito Federal se baseou no modelo de Goiás - onde estão 50 das 120 escolas cívico-militares do país.

Desempenho

O modelo de gestão compartilhada entre militares e professores em escolas no DF é estudado há mais de dois anos, segundo a PMDF. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou em 11 de janeiro a implementação da proposta para este ano letivo.

“A relação direta do desempenho escolar está calcada na disciplina. A presença do policial dentro da escola visa a aumentar o grau de disciplina desses alunos e reduzir a violência e as transgressões escolares”, disse a capitão da PMDF.  “Quanto mais tempo dentro da sala de aula assimilando conhecimento, melhor desempenho em provas e concursos.”

O assessor especial da Secretaria de Educação do DF, Mauro Oliveira, disse que professores e estudantes permanecerão na escola. A partir do próximo ano, as vagas remanescentes serão sorteadas para quem desejar estudar nesses centros de ensino.

“Os professores são os mesmos. Não se mudam alunos. Os alunos são os mesmos. Trabalha-se com a escola. Os alunos que estão lá são os que ficam. Somente posteriormente é que se cria processo por sorteio para que novos alunos entrem na escola”, ressaltou Cristiane Caldeira.

A proposta é envolver a família no processo educacional, pois a escola passa a contar com uma associação de pais e mestres. Segundo os responsáveis pela implementação do projeto, os pais poderão contribuir financeiramente com a escola de forma espontânea.

“A contribuição é voluntária. Há um incentivo para que isso aconteça. Queremos trazer os pais para próximo. A comunidade percebe a diferença e os próprios pais começam a contribuir com a PM, pois veem que estão doando e que tem sala com ar condicionado, que passa a ter datashow e que a escola está pintada.”

Alerta

A professora Miriam Fábia Alves, da Faculdade de Educação da Universidade de Goiás, que pesquisa o sistema das escolas militares, alerta sobre os riscos sociais existentes. “A exclusão ocorre de diferentes formas. A negativa do direito à educação acontece dentro da escola porque os pais que são mais pobres não têm condições efetivas para bancar o uniforme na dinâmica escolar”, disse. “Além disso, o aluno que não se adapta às regras da escola acaba sendo expulso.”

Segundo Miriam Alves, é importante observar que a disciplina militar deve ser associada à socialização. “Eu acho que isso é nocivo do ponto de vista das novas gerações, se entendemos que a escola é lugar de socialização do conhecimento, que promove a formação humana de gente, mas gente capaz de se entender nessa realidade.”

O fortalecimento das relações e o interesse de cooperação entre o Brasil e os Emirados Árabes, no aspecto da segurança nacional, foi assunto de uma reunião na última quinta-feira (16). O encontro ocorreu entre o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes, Xeique Abdullah Bin Zayed Al Nahyan, com o intuito de discutir assuntos de defesa para o país, além do interesse de abertura de um escritório referente à área pelo país do oriente médio no Brasil. 

Na ocasião, foi exposta, inclusive, a possibilidade de parceria estratégica entre os países. Isto significa que o Brasil possui interesse em contar com a experiência dos militares dos Emirados Árabes para atuarem em escolas de formação militar no país, com isso, adquirir ainda mais conhecimento com esses profissionais. 

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Jungmann relembrou já haver parceria em andamento entre os dois países, atuando na área aeronáutica, porém, o intuito é que essa união seja ampliada, como a construção de uma agenda comum nas áreas de tecnologia e segurança. Esta ideia consiste em provocar uma relação entre as bases da indústria de defesa e de serviços.

O ministro dos Emirados Árabes ainda foi convidado a participar da feira de segurança e defesa da América Latina, LAAD Defence & Security, que será realizada entre os dias 4 e 7 de abril, no Rio de Janeiro, além de uma próxima visita também em maio. 

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