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A tranquilidade que reinava na noite dessa quinta-feira (26) no Palácio do Planalto foi interrompida por uma ameaça de bomba. Por volta das 20h, a Polícia Militar foi acionada para verificar uma mala que havia sido abandonada próximo a uma parada de ônibus, em frente ao Planalto. Ao final, tudo não passou de alarme falso. O presidente Temer está fora de Brasília, em viagem oficial à África do Sul.

O Esquadrão de Bombas do Batalhão de Operações Especiais (Bope), com auxílio de um robô e um agente com traje especial, examinaram a mala com aparelho de raio X e verificaram que não havia nenhuma ameaça na bagagem. Para a realização da operação, o trânsito em frente ao Palácio do Planalto foi desviado e a área próxima ao local onde estava a mala foi isolado.

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“Após a verificação por intermédio do raio X, descartamos qualquer possibilidade de explosivos. Aí pudemos fazer uma verificação manual e percebemos que tinha apenas roupas mesmo, nada perigoso”, disse o sargento do Esquadrão de Bombas, Pedro Henrique Fernandez.

A operação durou cerca de uma hora, até que se constatasse o alarme falso. Segundo policiais que trabalharam na operação, o dono da mala foi identificado. Ele havia pedido um transporte por aplicativo, entrou no carro e esqueceu a mala na parada de ônibus. O motorista chegou a voltar, sem o cliente, para pegar o objeto esquecido, mas foi impedido pelos populares, que alertaram a equipe de segurança do Palácio do Planalto. Foi ela a responsável por chamar a polícia.

Fernandez orienta a população a não manusear um objeto abandonado na rua. “O que torna o objeto suspeito não é a aparência dele e sim a estranheza dele ao local. No caso, uma mala abandonada no meio da calçada próxima ao Palácio do Planalto se torna um objeto suspeito. A gente orienta a jamais se mexer em objetos abandonados. É uma orientação que a gente passa para a população”.

O presidente Michel Temer não está no Brasil. Ele participa do 10º Encontro do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e volta ao Brasil nesta sexta-feira (27) à noite. A presidente da República interina, Carmem Lúcia, já havia deixado o Palácio do Planalto quando o Esquadrão de Bombas foi acionado.

A redação do Exame Nacional do Ensino Médico (Enem) costuma ser uma das etapas mais esperadas pelos candidatos. Diferentemente das outras áreas de conhecimento, em que o valor da nota varia de acordo com a Teoria de Resposta ao Item (TRI), método que dá pesos diferentes para as questões de acordo com o número de erros e acertos, a redação tem um grande peso no Enem; vale mil pontos.

Em 2017, a redação será no próximo domingo (5). E para ajudar os candidatos nessa etapa, o LeiaJá procurou alguns professores de redação e linguagens para saber quais os possíveis temas que podem cair este ano.

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Segundo a professora de redação Fernanda Bérgamo, normalmente os temas são mais sociais, ou seja, procuram abordar problemas que incomodam a sociedade nas áreas de saúde, segurança e moradia. "Os últimos temas das redações provam o quanto o Enem é sócio-problemático. A intolerância religiosa, a persistência da violência contra a mulher, os efeitos da Lei Seca são exemplos de que os temas são retirados da realidade atual do nosso país para saber quais as sugestões e propostas de intervenção dos feras", explica a professora.

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A exemplo dos últimos anos, a redação do Enem em 2017 deve continuar tratando de temas sociais. "Eu acredito que a prova continue tratando de algum tema de grande abrangência e polêmica social, como tem sido nos últimos anos”, avalia o professor de linguagens e redação Luiz Fernando, do pré-vestibular 'Os Caras de Pau'. 

Entre as apostas do professor estão os direitos indígenas e o combate à exploração infantil. "Eu aposto muito nesses dois. Como os temas das últimas provas vêm falando de questões bastantes sociais e polêmicas, acredito que esses têm uma maior relevância e podem sim cair na prova", detalha. Outros temas possíveis que o professor relaciona são os seguintes: 

Combate ao Bullying nas escolas; 

Novo conceito de família no Século XXI; 

Doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios; 

O direito à cultura em uma sociedade democrática; 

Mobilidade Urbana: as deficiências do transporte público brasileiro; 

Crise hídrica; 

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Já o professor Diogo Xavier acredita que na área ambiental/tecnológica, as fontes de energia limpas e renováveis para o Brasil são bem possíveis como tema. "Nos últimos anos, os aumentos na conta de energia elétrica se devem especialmente ao uso de termoelétricas para suprir a demanda crescente, geralmente à base de carvão, o que não é bom para o ambiente, além do custo maior. Construir novas hidroelétricas provoca impactos socioambientais. Apesar de não ser um tipo de temática comum nos últimos anos, com as várias mudanças no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na organização da prova e nas bancas, não é impossível", completa.  

No âmbito social, a sugestão de Diogo é a reforma agrária e a assim como Luiz, ele aposta na situação dos índios. "São fortes possibilidades esses dois temas, já que os conflitos por terra em ambos continuam ocorrendo, mas pouco são noticiados, tipo de situação que costuma virar tema", alerta o professor Diogo Xavier.

Um outro tema sugerido é o combate ao suicídio. "Por mais que seja considerado um tabu e pouco discutido, acredito eu que após a série "13 Reasons Why" ganhar notoriedade entre os jovens e principalmente após o jogo da Baleia Azul, somando a isso o fato de doenças como depressão serem subestimadas e frequentemente não tratadas, podendo chegar ao suicídio, pode sim ser também mais um tema. É uma forte possibilidade", enaltece Diogo. 

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Candidatos devem estar preparados para qualquer assunto 

"Professores, revistas especializadas, cursinhos e colégios sempre preparam uma lista de temas prováveis com sugestões muito boas. Mas apesar de passar o ano sugerindo a meus alunos temáticas semanais para as produções, eu costumo dizer que tentar adivinhar o tema é uma perda de tempo; o importante é estar preparado para qualquer um", alerta a professora Fernanda Bérgamo. 

Segundo Fernanda, os feras precisam ter conhecimento sobre todas as questões sociais para poder emitir uma opinião e saber defendê-la. "Uma boa dica é prestar atenção aos problemas que incomodam a sociedade, exemplo: como está o acesso à água, como anda a coleta de lixo, o que você acha do desperdício dos alimentos? E a violência contra os animais, os idosos, os negros, os homossexuais? Qual a sua opinião sobre as drogas, o bullying, a mobilidade urbana e a acessibilidade? Quando refletir sobre esses temas, faça anotações e busque soluções mentais", aconselha. 

Para ela, o aluno deve se preparar exercitando muito e se mantendo atualizado. "Quem deseja alcançar boas notas na redação do Enem deve conhecer detalhadamente as cinco competências que vão avaliar o seu texto. O melhor texto tem o estilo do candidato e ele se destaca porque não segue fórmulas prontas e respeita o gênero solicitado: o dissertativo argumentativo", finaliza Bérgamo. 

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