Tópicos | ex-assessoras

Seis moradoras da periferia do Distrito Federal denunciaram que o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), atual chefe da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), montou um esquema de ‘rachadinhas’ em seu gabinete. A informação foi divulgada pela Revista Veja. Segundo a publicação, elas foram contratadas como assessoras, com salários entre R$ 4 mil e R$ 14 mil, mas eram obrigadas a devolver a maior parte da quantia e nunca chegaram a trabalhar com o ex-presidente do Senado.

No já conhecido esquema de desvio de recursos públicos sustentado por diversos políticos, as contratadas eram pessoas humildes, que precisavam abrir conta no banco, entregar a senha e o cartão a uma pessoa ligada ao senador e, na maioria das vezes, ganhavam menos de um salário mínimo sem sequer ir ao Congresso, apontou a Veja.

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Nem os benefícios, nem as verbas rescisórias eram repassadas a elas no esquema que desviou, de acordo com a publicação, pelo menos R$ 2 milhões entre janeiro de 2016 e março de 2021.

Cada senador pode gastar R$ 280 mil por mês com seus assessores para auxiliar nas atividades do mandato. As escolhidas para qualificar o gabinete de Alcolumbre foram uma diarista, uma estudante, uma desempregada e três donas de casa. Todas sem curso superior ou alguma experiência legislativa.

Elas admitem que toparam participar do esquema, porém se sentem envergonhadas pelo período ligado ao senador. A única exigência para trabalho era que não contasse sobre a contratação a ninguém, nem frequentasse o gabinete, apenas para deixar os documentos necessários.

Sem receber até mesmo a gratificação natalina, embora ocupassem cargos de assessor sênior e júnior, uma das funcionárias fantasma chegou a ser solicitada a recrutar mais cinco mulheres, preferencialmente com filhos pequenos, já que o valor da bolsa para cada criança em fase pré-escolar é de R$ 830.

Demitidas sem aviso prévio no fim da gravidez, após perder os R$ 800 mensais, três contratadas movem um processo contra Davi Alcolumbre por ter o contrato interrompido na gestação e requerendo seus direitos trabalhistas.

O senador afirmou à reportagem que não se lembra das funcionárias e garantiu que ninguém estava autorizado a ficar com os respectivos salários. Ele pontuou que a contratações eram de responsabilidade do então chefe de gabinete, Paulo Boudens, que foi exonerado em 2020.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, reiterou neste domingo (7) sua negativa de renunciar, apesar dos pedidos para que o faça de parte de influentes colegas democratas por causa de um escândalo de assédio sexual.

"Não vou renunciar por causa de acusações", disse o governador depois que Andrea Stewart-Cousins, líder do Senado no estado de Nova York, disse que ele deveria deixar o cargo "pelo bem do estado".

"Não há forma de que eu renuncie", repetiu Cuomo.

Stewart-Cousins disse em um comunicado que as acusações de assédio contra Cuomo por parte de ex-auxiliares ocorreram em um momento crítico, quando o estado luta contra a Covid-19 e em meio a acusações de que o governo Cuomo gerenciou mal a resposta inicial à pandemia.

"Precisamos governar sem distrações diárias. O governador Cuomo deve se demitir", afirmou.

Carl Heastie, o líder democrata da Câmara Baixa, emitiu um comunicado pouco depois. "Acho que é hora de que o governador considere seriamente se pode satisfazer de forma efetiva as necessidades do povo de Nova York", diz o texto, divulgado pelo The New York Times.

Cuomo, inicialmente elogiado pela gestão da pandemia em seu estado, sofreu uma queda espetacular da opinião pública, e os republicanos também pediram sua renúncia.

Sua ex-assistente Lindsey Boylan alega que o governador lhe deu um beijo na boca impulsivamente, uma acusação que ele negou.

"Nunca toquei ninguém de forma inapropriada", disse Cuomo na quarta-feira. "Não foi intencional, e me desculpo sincera e profundamente", disse.

A procuradora-geral do estado, Letitia James, chefia uma investigação sobre as acusações.

O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, foi acusado de assédio sexual por uma segunda ex-assessora neste domingo (28) e a procuradora-geral estadual, Letitia James, informou que deve abrir uma investigação formal e independente contra o democrata - sem a indicação de investigadores pelo político.

Segundo as acusações de Charlotte Bennett, 25 anos, publicadas no jornal "The New York Times", o governador de 63 anos falou para ela por diversas vezes que estava "aberto" a ter relações sexuais com mulheres mais jovens e ficava fazendo perguntas sobre como era sua vida sexual.

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Em uma nota, Cuomo reconheceu que fez comentários que "podem ter sido insensíveis ou muito pessoais" e que eles foram "mal interpretados" não sendo uma "tentativa de sedução" das mulheres que trabalharam com ele.

"Eu entendo agora que a minha maneira de agir e que meus comentários podem ter sido insensíveis e muito pessoais. Eu sinto muito", disse ainda o governador, negando, no entanto, as acusações de Bennett.

As acusações contra Cuomo foram consideradas graves por diversos democratas muito influentes, como a líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, que classificou as denúncias de "muito críveis".

"As mulheres que fizeram as acusações sérias e críveis contra o governador Cuomo merecem ser ouvidas e tratadas com dignidade", acrescentou Pelosi, defendendo uma investigação independente.

Quem também adotou a mesma linha foi a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, que afirmou que as denúncias devem passar "por uma revisão séria" e que foi "muito difícil ler" as afirmações de Bennett ao jornal.

Além de enfrentar as denúncias por assédio sexual, o democrata também está no meio de outra polêmica, dessa vez, sobre a pandemia de Covid-19.

De acordo com as denúncias, que já são alvo de investigação, o governador determinou uma alteração no registro das mortes pela doença em asilos para que só fossem contadas aquelas que, de fato, ocorreram na clínica e não dos idosos que foram levados para os centros médicos. Cerca de oito mil dos 15 mil óbitos nos asilos teriam sido camuflados. 

Da Ansa

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