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Márcia Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, que está foragida da polícia desde o dia 18 de junho, foi agraciada nesta quinta-feira (9), com a prisão domiciliar concedida pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Na decisão liminar, o STJ aponta que a foragida precisará "dispensar as atenções" para o seu marido, que também deve cumprir a prisão em casa.

O presidente do STJ, ministro João Otávio de Noronha, explica que as condições pessoais de saúde do Queiroz se enquadram naquelas que a recomendação (nº 62/2020) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sugere o não recolhimento para o presídio por conta da situação pandêmica do Brasil. 

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Se confirmada a saída de Queiroz para cumprir a prisão em casa, ele e sua esposa deverão indicar o endereço onde cumprirão a detenção, permitir a visita e a guarda de policiais no local, desligar as linhas telefônicas e, o principal, não sair sem autorização.

Rachadinha

Fabrício Queiroz é investigado nas "rachadinhas" que, segundo a investigação, seriam praticadas no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Na conta bancária de Queiroz, a movimentação ‘atípica’ de R$ 1,2 milhão levantou a suspeita do Conselho de Atividades Financeira (Coaf). O relatório ainda destacou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

No esquema investigado, os assessores, segundo as autoridades, devolviam parte do salário, pago com recurso público, aos próprios deputados. Queiroz seria responsável por recolher, depositar e sacar os valores.

O investigador da Polícia Civil Adinei Brochi, de 50 anos, seguiu durante 21 anos uma condenada de ter mandado matar o marido até voltar a prendê-la no último dia 5, em Ponta Grossa, no Paraná. Ele não esquece o momento em que foi reconhecido pela foragida, mesmo após tanto tempo. "O semblante dela desabou e ela me disse: ‘O senhor está um pouco diferente daquele policial que me atormenta em todos os meus pesadelos’."

A foragida Lúcia de Fátima Dutra Weisz, de 61 anos, que mandou matar o marido, o banqueiro Gavril Weisz, em março de 1995, em Americana, interior de São Paulo, é considerada pela Polícia Civil paulista a mulher que há mais tempo estava fugindo da polícia no País.

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Na época, quem a prendeu e entregou à Justiça foi o próprio Brochi, então um jovem investigador em início de carreira. Oito meses depois, houve um resgate de presos na Cadeia de Sumaré, no interior, e Lúcia fugiu. Ela nunca mais foi achada. Desde a fuga, Brochi passou a buscar a foragida.

"Não poderia esquecer este caso, não só porque ela matou o marido e destruiu a vida do filho. É que, ao simular um assalto em sua casa, uma viatura da Guarda Municipal que seguia para o local acabou batendo em um caminhão."

Segundo Brochi, o acidente aconteceu próximo da casa supostamente assaltada - o roubo foi simulado para encobrir o assassinato de Wiesz pela mulher. "O GM Antunes - nunca me esqueci do nome - morreu nesse acidente e deixou três filhos pequenos. Ela foi a causa indireta da destruição também dessa família. Jurei a mim mesmo fazer de tudo para prendê-la outra vez", diz o investigador.

O policial explica por que demorou tanto para conseguir a nova prisão. "Normalmente, depois de algum tempo, o fugitivo tenta se reaproximar da família e vai relaxando, fica menos cuidadoso. Com ela foi diferente, pois conseguiu ficar esse tempo todo quase sem deixar rastros, como um fantasma. Era como se ela não existisse."

Lúcia se isolou por completo, distanciando-se até do próprio filho que, na época do crime, tinha apenas 11 anos e foi criado por uma tia. O agente conta que, inicialmente, foram feitas buscas nos possíveis esconderijos, casas de parentes e amigos, e nada. Depois, com intervalos de um a três meses, em razão das outras atividades policiais, ele procurava fotos ou sinais da mulher em bancos de dados. "Vi que não seria uma tarefa fácil. Ela não tinha telefone fixo, celular, computador, conta em rede social, nada que pudesse ser rastreado. A única coisa que a ligava ao passado, o que só soubemos depois, era a conta bancária em que recebia a pensão de viúva deixada pelo marido morto."

Apesar de considerar a mulher "quase irrastreável", Brochi nunca pensou em desistir. Nos últimos seis meses, as pistas esquentaram e o paradeiro de Lúcia foi descoberto. Após tanto tempo, Bochi não quis correr riscos. "Não tivemos pressa, pedimos o apoio à polícia de Maringá e fomos monitorando seus movimentos. No dia da prisão, sabíamos que ela ia até a agência sacar a pensão. Foi só um tempo de espera até ela surgir."

Ao ver a mulher de pele clara e olhos azuis, bastante envelhecida, não teve dúvida de que estava frente a frente com a viúva. "Ela me conheceu muito jovem e hoje sou um policial velho, com barba grisalha. Mas acho que ela envelheceu mais do que eu." Ela não reagiu.

"Quando disse que ela tinha uma conta a pagar com a Justiça, ela falou que estava à disposição. Pareceu até aliviada, pois em todos esses anos, teve uma vida de reclusa. Uma pessoa pode fugir da polícia por um longo tempo, mas não pode se esconder para sempre. Um dia o pesadelo se torna real."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presa Izabela Maria Pereira de Souza se apresentou à Justiça, nesta quarta-feira (4), com a sua filha de um mês. Na última segunda-feira (2), o pai da criança, Romildo Souza, havia registrado o sumiço das duas após a detenta ganhar o direito de cumprir a pena em prisão domiciliar.

De acordo com o promotor da vara de execuções penais, Marcellus Ugiette, Izabela disse que retirou a tornozeleira e fugiu porque o marido estava com outra mulher na residência e ele ainda estaria fazendo ameaças. “Eu sempre disse que estava estranha a versão do pai da criança”, avaliou o promotor, que já havia mencionando anteriormente que estava preocupado com a possibilidade dela ter se sentido forçada a desaparecer. 

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Izabela foi encaminhada à Colônia Penal Feminina, no Recife, juntamente com a sua filha. Lá, ela deverá justificar oficialmente o porquê de sua fuga. Ela cumpre pena desde o ano de 2011 por matar a mãe. 

Nesta sexta-feira (26), a Polícia Civil, através de operações da DINTEL, juntamente com investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam Janaína Alves Amaral, procurada pela polícia por tráfico de drogas. A abordagem aconteceu na Estação Central do Metrô do Recife, após a mulher ter solicitado a expedição de nova carteira de identidade, no Expresso Cidadão, na Rua Sete de Setembro.

A foragida estava sendo procurada pela polícia porque havia um mandado de prisão por tráfico de drogas, expedido pela Primeira Vara Criminal de Entorpecentes do Recife, que fazia parte da operação SAMPA. Sem reagir, Janaina Alves foi presa e encaminhada à Penitenciária Feminina do Recife.

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Operação SAMPA - Resultou no cumprimento de 18 mandados de prisão expedidos pelo Juiz da 1ª Vara Criminal de Entorpecentes da Capital, todos por crimes de homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico.  

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