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A chegada tardia de uma garrafa de Champagne denunciou a surpresa no estande da editora canadense McClelland & Stewart Doubleday com o prêmio Nobel de Literatura para Alice Munro, autora publicada pela casa editorial desde o início da carreira. "Ela vinha figurando na lista fazia um certo tempo, por isso acreditávamos que talvez ganhasse em algum momento", comentou Kristin Cochrane, diretora executiva da editora que, desde o ano passado, pertence à Random House, maior grupo do ramo do mundo.

Os motivos para tal esperança são literários - Kristin define a ganhadora do Nobel como dona de um estilo simples, mas arguto. "Seu olhar para os pequenos detalhes é especial e isso a torna universal", comentou a editora, que não conseguiu falar com Alice por conta da diferença de fuso horário - era muito cedo no Canadá quando foi divulgado o prêmio.

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Kristin Cochrane lembrou da surpresa provocada pela presença da autora em um prêmio pelo conjunto da obra oferecido em maio pela associação canadense dos livreiros - aos 82 anos, ela praticamente não comparece mais a compromissos como esse. "Ela fez um curto discurso, como era de se esperar, mas foi precisa", disse a editora, que não sabe se Munro vai cumprir a promessa de parar de escrever. "Muitos dizem isso, mas acabam voltando atrás. Não estamos pressionando, mas gostaríamos muito que ela continuasse."

Em uma nota distribuída pela Randon House, Doug Gibson, o mais antigo editor de Munro, disse: "Sua carreira permitiu que o Canadá ganhasse seu primeiro Nobel de literatura, o que deve ser celebrado". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Começou nesta última quarta-feira (9), a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha. O maior evento de literatura do planeta realizado há mais de 60 anos, tem mais de 7 mil expositores e deve acolher cerca 300 mil visitantes até o próximo domingo (13). O Brasil foi um dos convidados de honra, mas ao contrário dos vizinhos latino-americanos, lá fora a nação brasileira não é normalmente associada à literatura. Por isso os organizadores da Mostra querem ir além dos clichês do samba e do futebol.

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A seleção dos autores no entanto, foi motivo de polêmica. A imprensa alemã não deixou de destacar o fato de que apenas um escritor negro foi chamado. O carioca Paulo Lins, autor de Cidade de Deus, que inspirou o filme de Fernando Meireles, sucesso internacional de público e de crítica. "A nossa cultura é muito conhecida, mas a realidade do Brasil é outra", disse o escritor.

De 9 a 13 de outubro, a Alemanha vai sediar mais uma Feira do Livro de Frankfurt que tem este ano como homenageado o Brasil. E para marcar esta comemoração, uma extensa agenda cultural brasileira está programada para acontecer em diversos espaços da Alemanha - com início no dia 23 de agosto, no Museumferfest (Festa dos Museus), com show do músico Criolo. 

O cantor, arranjador, letrista e, também, escritor recifense Lenine, se apresenta no dia 24 de agosto, às 20h. O músico, que comemora 30 anos de carreira estará acompanhado, no palco, pelo maestro holandês Martin Fondse, outro ganhador de prêmios importantes, como o Edison 2012/Jazz Nacional.

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O grupo de percussão corporal paulista Barbatuques, que se apresentará no dia 25 de agosto, às 19h30, encerra as apresentações brasileiras do fim de semana. Criado pelo músico paulistano Fernando Barba, em 1995, é formado por 15 integrantes e tido como referência internacional em percussão corporal, produzindo música a partir do batuque do próprio corpo, sobretudo assobios, palmas e sapateado, resultando ritmos que vão do samba ao rap. 

Além dos shows, a programação cultural brasileira na Feira do Livro de Frankfurt faz um mapeamento da criação artística atual, por meio de trabalhos que mostram a diversidade regional, de linguagens, gêneros e pesquisas estéticas presentes no País. Ao todo serão nove exposições de artes visuais/plásticas, que vão da arte contemporânea ao graffiti, da arquitetura ao designer; 10 shows musicais, que apresentam do instrumental ao rap; e 10 projetos de artes cênicas, mostrando experimentais e pesquisas nas áreas do teatro, dança, performance, vídeo arte, instalações e um ciclo de leitura de dramaturgia.

 

O Brasil será o convidado de honra da edição 2013 da Feira do Livro de Frankfurt, principal encontro internacional de editores, anunciaram os organizadores nesta terça-feira (25). "Queremos mostrar como a cultura alimenta a vida brasileira, especialmente quando vemos o que está acontecendo atualmente no Brasil", declarou Juergen Boos, diretor da Feira, referindo-se aos acontecimentos que abalam o país, em uma coletiva de imprensa.

O salão "tentará cobrir todos os aspectos da cultura brasileira durante todos o dias" de evento, acrescentou. A 65ª Feira do Livro de Frankfurt acontecerá entre os dias 9 a 13 de outubro, e deve atrair cerca de 300.000 visitantes.

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Nesta ocasião, o Brasil vai apresentar 70 autores e também organizará concertos, exposições, manifestações de arte de rua, projeções de cinema e performances teatrais. "O Brasil é fonte de grandes esperanças neste evento", disse à AFP Renato Lessa, diretor do comitê brasileiro.

"Acreditamos que precisamos mostrar a criatividade do Brasil (...) e queremos posicionar o português como uma das principais línguas" a nível internacional, acrescentou.

"O grupo selecionado representa um excelente e vivo exemplo da literatura brasileira. A seleção evitou a tendência comum de apresentar a cultura brasileira como exótica, étnica e regional", explicou.

"Essa seleção tem como objetivo mostrar a relação entre as tendências literárias contemporâneas no Brasil e aquelas no exterior", disse.

No ano passado, a Feira do Livro de Frankfurt recebeu 7.307 expositores de 97 países e cerca de 280 mil visitantes, sendo a Nova Zelândia o convidado de honra.

O jovem grupo pernambucano de pintura, Mosaico, formado por 11 artistas, estreia com tudo e abre, na próxima terça-feira (31), uma exposição em Frankfurt, na Alemanha. A mostra apresenta ao público 44 trabalhos sob o mote "Pernambuco do litoral ao sertão".

As obras que participam da mostra são feitas com óleo sobre tela e expressam traços da cultura do estado, explorando praias, religiosidade e manifestações populares típicas da região. A exposição fica em cartaz na galeria Eulengasse até 12 de agosto. 

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O grupo Mosaico surgiu em 2011 e é formado por alunos do espaço Antônio Vitrúvio, no Poço da Panela. Atualmente fazem parte da equipe os artistas Fabíola Pimentel, Lena Costa Rêgo, Luiz Rangel Moreira, M.C. Araujo, Marise Cirne, Nadja Oliveira, Plínio Santos Filho, Rita Heráclio, Sheyla Camargo, Tereza Perman e Zete Mota.

Apesar de contarem com um mercado ainda restrito na Europa, os e-books, representando o futuro do livro digital, não ficaram de fora das mesas de debate da Feira do Livro de Frankfurt, a maior do mundo, realizada na última semana.

Dentro dessa temática, palestrantes falaram sobre “gameficação”, utilizado para atrair um público fiel para os sites tradicionais, além de “hybrid books” e os livros em nuvens. Assuntos esses que, cedo ou tarde, irão fazer parte, com mais frequência, do nosso cotidiano real e virtual.

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