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O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília, determinou nesta sexta-feira (2) que a Polícia Federal (PF) envie para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes cópia da investigação sobre as invasões aos telefones celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e de outras autoridades.

O magistrado, que preside a investigação, cumpriu decisão proferida por Alexandre de Moraes, relator do inquérito aberto pelo STF para apurar a divulgação de notícias falsas contra integrantes da Corte.

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Moraes determinou na quinta-feira (1º) que todo material da investigação, incluindo mensagens de celulares, devem ser remetidos ao seu gabinete no prazo de 48 horas.

Ontem, o juiz Ricardo Leite atendeu pedido da PF e decretou a prisão preventiva dos quatro investigados presos na Operação Spoofing, que investiga os ataques de hackers.

Com a decisão, os investigados Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira e Walter Delgatti Neto vão continuar presos, mas por tempo indeterminado. Dessa forma, eles deverão ser transferidos para um presídio no Distrito Federal. De acordo com a PF, os acusados devem ser mantidos na prisão para não atrapalhar as investigações.

 

A informação de que um dos suspeitos de hackear o celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, tinha a intenção de vender o conteúdo das mensagens para o PT foi repudiada pelo partido. Em nota, a legenda afirma que o ex-juiz tenta “produzir mais uma armação” contra a legenda.  

“Acuado, o ex-juiz repete seus conhecidos métodos: prisões espetaculares e vazamentos direcionados contra seus adversários. É criminosa a tentativa de envolver o PT num caso em que é Moro que tem de se explicar e em que o maior implicado é filiado ao DEM”, ressalta o texto. 

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“O PT tomará as medidas judiciais cabíveis contra os agentes e os responsáveis por mais esta farsa. Quem deve explicações ao país e à Justiça é Sergio Moro, não quem denuncia seus crimes”, acrescenta. 

Em depoimento, de acordo com o advogado de defesa Ariovaldo Moreira, Gustavo Henrique Elias Santos confirmou que Walter Delgatti Neto hackeou Sergio Moro e disse que queria vender as mensagens para o PT.  

"Ele confirma que o Walter tinha realmente, ao menos, informações acerca da conta do Telegram do juiz Sergio Moro. Ele tinha essas informações. A única coisa que ele acrescentou a mais do que eu disse para vocês, é que a intenção dele era vender essas informações para o PT. Essa informação, isso daí está nos autos, é oficial", declarou Ariovaldo Moreira em entrevista. 

Veja a nota na íntegra: 

“O ministro Sergio Moro, responsável pela farsa judicial contra o ex-presidente Lula, comanda agora um inquérito da Polícia Federal com o claro objetivo de produzir mais uma armação contra o PT. 

As investigações da PF sobre as pessoas presas em São Paulo confirmam a autenticidade das conversas ilegais e escandalosas que Moro tentou desqualificar nas últimas semanas. 

Acuado, o ex-juiz repete seus conhecidos métodos: prisões espetaculares e vazamentos direcionados contra seus adversários. É criminosa a tentativa de envolver o PT num caso em que é Moro que tem de se explicar e em que o maior implicado é filiado ao DEM. 

O PT sempre foi alvo desse tipo de farsa, como ocorreu na véspera da eleição presidencial de 1989, quando a polícia vestiu camisetas do partido nos sequestradores do empresário Abílio Diniz antes de apresentá-los à imprensa. 

O PT tomará as medidas judiciais cabíveis contra os agentes e os responsáveis por mais esta farsa. Quem deve explicações ao país e à Justiça é Sergio Moro, não quem denuncia seus crimes. 

Brasília, 24 de julho de 2019

Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT

Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados

Humberto Costa, líder do PT no Senado Federal”

 O advogado Ariovaldo Moreira que é responsável pela defesa de Gustavo Henrique Elias Santos e de sua mulher, Suelen Oliveira, presos temporariamente no âmbito da Operação Spoofing, que investiga o ataque hacker ao celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que a intenção de um dos suspeitos era vender o conteúdo das conversas interceptadas para o Partido dos Trabalhadores (PT). 

O defensor disse que, segundo seu cliente, o objetivo de Walter Delgatti Neto, outro preso na última terça-feira (23), era repassar as informações obtidas do celular de Moro.  

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"Ele confirma que o Walter tinha realmente, ao menos, informações acerca da conta do Telegram do juiz Sergio Moro. Ele tinha essas informações. A única coisa que ele acrescentou a mais do que eu disse para vocês, é que a intenção dele era vender essas informações para o PT. Essa informação, isso daí está nos autos, é oficial", declarou aos jornalistas, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília na noite dessa quarta-feira (24), depois de acompanhar os depoimentos. 

Questionado sobre detalhes da intenção, o advogado reforçou: “Walter disse para ele que a intenção seria, na hora que ele mostrou as informações para o meu cliente, meu cliente falou para ele mais de uma vez: ‘Rapaz, isso é um pouco perigoso, toma cuidado’. E ele falou: ‘A minha intenção é vender para o Partido dos Trabalhadores’.”  

“E o meu cliente narrou que o Walter é um sujeito bem propenso ao Partido dos Trabalhadores. É uma pessoa que tem uma certa simpatia ao Partido dos Trabalhadores”, acrescentou. 

Indagado se a venda se confirmou, Ariovaldo Moreira não soube confirmar. “Meu cliente não tem essa informação. A única coisa que meu cliente narrou é que o Walter disse para ele a intenção de vender isso para o Partido dos Trabalhadores. Se ele vendeu, se ele não vendeu, se ele entregou esse material gratuitamente para alguém, isso nós não sabemos”, disse. 

Apesar dessa propensão exposta pelo advogado, Walter Delgatti Neto é filiado ao DEM pelo menos desde 2007, com situação regular, de acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ao autorizar a Polícia Federal (PF) a prender, em caráter temporário, quatro dos suspeitos de acessar, sem autorização, os telefones celulares de autoridades públicas como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal de Brasília, afirmou enxergar “fortes indícios de que os investigados integram organização criminosa”.

Em sua decisão, o magistrado escreveu que, ao pedir a prisão temporária de Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira e Walter Delgatti Neto, a PF apresentou “um histórico de possíveis crimes” que os investigados praticaram em conjunto” para “violar o sigilo telefônico de diversas autoridades públicas brasileiras via invasão do aplicativo Telegram”.

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Para o juiz, as prisões temporárias dos investigados pelo prazo de cinco dias são essenciais para a obtenção de provas. Inclusive, “sendo o caso, provas contra outros [possíveis] membros da organização”. Além das detenções temporárias, Oliveira autorizou também a realização de buscas e apreensões em sete endereços ligados aos suspeitos, nas cidades de Araraquara, Ribeirão Preto e São Paulo.

O magistrado também autorizou a quebra do sigilo das mensagens eletrônicas dos investigados, determinando às empresas Apple, Google, Uol/Bol e Microsoft que forneçam os dados cadastrais, os registros IP de acesso e todos os dados e arquivos em nuvem relativos às contas de e-mail dos suspeitos que tenham sido armazenados nos últimos seis meses.

Por fim, o juiz deferiu o pedido de quebra do sigilo bancário de Danilo, Gustavo, Suelen e de Walter, determinando ao Banco Central comunicar a decisão judicial às instituições bancárias com quem os quatro tenham se relacionado entre primeiro de janeiro deste ano e 17 de julho. Valores superiores a R$ 1 mil disponíveis nas contas dos suspeitos deverão ser bloqueados.

De acordo com a PF, Gustavo movimentou em sua conta bancária R$ 424 mil entre 18 de abril e 29 de junho deste ano. Sua companheira, Suelen, movimentou pouco mais de R$ 203 mil entre sete de março e 29 de maio últimos. Ainda segundo a PF, Gustavo, um dj de 28 anos, informou ao banco em que tem conta que seu rendimento mensal é da ordem de R$ 2.866. Suelen informou ganhar, mensalmente, cerca de R$ 2.192.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, ontem (23), os policiais federais apreenderam R$ 100 mil na casa de Gustavo. De acordo com o advogado Ariovaldo Moreira, defensor do casal Gustavo e Suellen, a quantia apreendida seria usada para a compra de bitcoins (criptomoeda). “Ele garante ter como comprovar a origem do dinheiro apreendido”, afirmou, hoje, Moreira.

 

Um dos quatro suspeitos de estar envolvido no ataque hacker contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, preso pela Polícia Federal (PF) nessa terça-feira (23) é filiado ao DEM. A informação é do site O Antagonista. De acordo com a publicação, Walter Delgatti Neto, como foi identificado, é do mesmo partido do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.   

A PF, contudo, não confirmou o nome do suspeito e as investigações correm em segredo. O Democratas não se posicionou sobre o assunto até o momento. 

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Delgatti Neto foi preso em Araraquara. Ainda de acordo com O Antagonista, ele já foi preso e condenado por receptação, falsificação de documentos e porte ilegal de arma. O suspeito também é investigado por crimes de estelionato e foi detido, em 2015, com uma carteira falsa de delegado de polícia. 

Além dele, outro preso identificado é Gustavo Henrique Elias Santos, de 28 anos, preso em São Paulo. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Gustavo é DJ e já foi condenado por porte ilegal de arma. O advogado Ariovaldo Moreira, que defende Santos, disse desconhecer o envolvimento de seu cliente com atividades de hackers. A companheira dele, Suelen, também teria sido presa. 

No total foram detidas quatro pessoas na operação foi batizada de Spoofing. A ação foi determinada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal de Brasília. As prisões aconteceram em Araraquara, São Paulo e Ribeirão Preto. 

De acordo com as investigações, os quatro fariam parte uma organização criminosa que pratica crimes cibernéticos.

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