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A entrada crescente de produtos siderúrgicos importados no Brasil e a assinatura, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de um memorando que autoriza a investigação comercial sobre importação de aço no país poderão pressionar ainda mais o governo brasileiro a colocar em pauta a discussão de medidas protecionistas, como uma ação antidumping para o aço chinês e russo. A medida já está há algum tempo em discussão no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

"Estamos vivendo em um cenário conturbado na siderurgia, com um excesso de capacidade de 770 milhões de toneladas de aço globalmente. Com isso, estamos observando diversos países se movimentando para defender seus mercados", diz o presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes. Segundo ele, essa é uma estratégia que está sendo realizada por todos os países, e o Brasil deveria ficar atento a esse movimento, no sentido de proteger seu mercado interno.

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De um lado, Lopes defende que o governo trabalhe no sentido de elevar a competitividade das siderúrgicas na exportação, ampliando, por exemplo, a alíquota do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) para 3%. De outro, o executivo diz que o governo precisa aprimorar seu sistema de defesa.

O Brasil é o nono produtor mundial de aço, segundo dados da Associação Mundial do Aço (WSA, na sigla em inglês), com 30,2 milhões de toneladas em 2016, ou 1,9% do total produzido mundialmente. Os Estados Unidos ocupam a quarta colocação, com 78,6 milhões de toneladas e 10% do mercado global. A China é o maior fabricante global, com 808,4 milhões de toneladas produzidas em 2016, ou 49,6% do mercado.

Na prática, a adoção de uma eventual barreira dos Estados Unidos ao aço de origem de outros países não deve afetar de forma mais relevante o Brasil, visto que o País já foi afetado, no ano passado, por uma medida antidumping americana. Hoje, essa medida afeta a exportação de chapas grossas, laminados a quente e laminados a frio do Brasil para os Estados Unidos. Está liberada apenas a venda de aço revestido. No ano passado, o Brasil exportou 13,4 milhões de toneladas de aço, o que representou queda de 17% em relação ao ano anterior. Desse total, 34% foram destinados aos Estados Unidos.

"Já estamos praticamente fora do mercado americano", diz o presidente da Usiminas, Sergio Leite. Segundo ele, o impacto será colateral, visto que o aço chinês que deixar de ser vendido nos Estados Unidos será desviado a outros países, com o Brasil podendo estar nessa rota. A Usiminas exportou, em 2016, 477 mil toneladas, queda de 64% ante o visto em 2015. Os Estados Unidos foram o destino de 14% desse total.

Em julho do ano passado, a Secretaria de Comércio Exterior, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), iniciou uma investigação para averiguar suposta existência da prática de dumping nas exportações de aço plano laminado a quente da Rússia e da China para o Brasil. O processo foi aberto após denúncias enviadas pelas usinas. O presidente da Usiminas acredita que essas medidas antidumping saiam no início do segundo semestre deste ano.

Fluxo

As importações de aço no Brasil têm crescido neste ano e a preocupação aumentou ainda mais com a diferença do preço do aço nacional em relação ao importado subindo para cerca de 30%. Em março, por exemplo, as importações de aço pela rede de distribuição alcançaram 110,1 mil toneladas, alta de 118% na comparação anual e de 85,3% frente ao mês imediatamente anterior, de acordo com dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante da maior crise de sua história, a indústria siderúrgica brasileira precisa de soluções de curto prazo e a única porta de saída visível são as exportações, na visão de Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), que congrega as companhias do setor.

Para que a saída dê certo, porém, a recente desvalorização da taxa de câmbio não é suficiente. A entidade cobra outras medidas, como a recomposição da alíquota de 3% do Reintegra, e tem buscado líderes do PMDB para sensibilizar o partido para a agenda do comércio exterior.

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Com a redução da alíquota do Reintegra de 3% para 1%, a indústria siderúrgica perdeu US$ 160 milhões ao ano, informou Lopes. "Não faz o menor sentido, na hora em que o governo lança o Plano Nacional de Exportações, que se retire o instrumento que poderia incentivar as exportações, que é o Reintegra. O Reintegra não deveria ser de 3%, deveria ser de 7% ou 8%. Na China, é 17%. Nesse momento, o Brasil reduz de 3% para 1%", disse Lopes após participar de debate no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex 2015), ocorrido quinta-feira, 20, no Rio.

Segundo Lopes, o IABr tem mantido contato com líderes do PMDB, visando a incluir o comércio exterior como pauta política do partido, na esperança de tentar influenciar por mudanças no Reintegra. "Do lado do Executivo, não há nenhuma receptividade por parte da Fazenda de mexer em qualquer coisa que interfira no ajuste fiscal, mas o PMDB, que tem tido um papel importante nas discussões de agenda, entendendo que a saída é o mercado internacional, pode colocar na sua pauta política o Reintegra como um fator importante", disse Lopes.

O IABr já se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o vice-presidente Michel Temer e com o governador e o prefeito do Rio, Luiz Fernando Pezão e Eduardo Paes, respectivamente. "A recepção tem sido excelente", comentou Lopes.

O executivo reconheceu a importância do ajuste fiscal, mas destacou que ele precisa focar nas prioridades. "O ajuste fiscal deveria ter também uma vertente de redução das despesas do governo. Tudo é uma questão de medição de prioridade", afirmou Lopes. "Se você retira da indústria a capacidade de produzir, nunca vai fechar o ajuste porque a receita cai", completou.

Sobre a cotação do dólar, Lopes ressaltou que a desvalorização melhora o quadro para as exportações, mas é preciso olhar para as cotações das moedas de outros países com os quais o Brasil compete. Segundo uma comparação feita pelo IABr com base no Índice BigMac, calculado pela revista britânica "The Economist", a indústria siderúrgica brasileira já fica competitiva em relação aos EUA com o câmbio na casa de R$ 2,60, mas, perante a China, o câmbio necessário fica na casa de R$ 4,50.

"A relação não é dólar-real. É real em relação a seus concorrentes e eles ganharam mais competitividade. Melhorou? Melhorou. É suficiente? Não é suficiente", concluiu Lopes.

A comparação com a China sinaliza que as importações vindas do país asiático seguem como ameaça. A participação de mercado do aço chinês no Brasil passou de 1%, em 2000, para 52%, no ano passado. O IABr defende a adoção de salvaguardas comerciais contra a China, mas Lopes reconhece que tais medidas são inviáveis politicamente.

Na visão do executivo, as exportações têm que ser a saída da indústria porque não há sinal de recuperação da demanda externa. As indústrias da construção, automotiva e de máquinas e equipamentos estão em crise e, juntas, respondem por 80% do consumo nacional de aço. Segundo Lopes, a indústria siderúrgica está com 20 unidades paradas, opera com baixa utilização de capacidade e já demitiu 12 mil trabalhadores este ano.

A produção brasileira de aço bruto em abril cresceu 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado, para 2,912 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (15), pelo Instituto Aço Brasil (IABr).

A produção de laminados recuou 2,7% na mesma comparação, para 2,15 milhões de toneladas. A de planos, por sua vez, subiu 0,9% em abril na relação anual, para 1,284 milhão de toneladas. O volume produzido de aço longo despencou 7,6% em abril ante abril de 2014, para 865,6 mil toneladas.

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De janeiro a abril o volume produzido de aço bruto ficou em 11,332 milhões de toneladas, alta de 1,6% na relação anual. O volume de laminados subiu 2,5% nos quatro primeiros meses do ano; planos subiu 11,7% e a de longos, na contramão, caiu 9,2%.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em abril foi de 2 milhões de toneladas, totalizando 8,1 milhões de toneladas no período de janeiro a abril de 2015, queda de 8,5% e 4,2%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos do ano anterior.

Importação

A importação de aço somou 436 mil toneladas em abril, aumento de 45,8% em relação ao observado em março. Em relação ao mesmo intervalo do ano passado a alta foi de 19,4%.

A produção brasileira de aço bruto caiu 1% em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2013, para 2,6 milhões de toneladas. Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Aço Brasil (IABR), o acumulado do ano totalizou 33,9 milhões de toneladas, resultado que representa uma queda de 0,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A fabricação de laminados, por sua vez, recuou 13,4% em dezembro na comparação anual, para 1,8 milhão de toneladas. Nos 12 meses de 2014, a produção caiu 5,5%, para 24,8 milhões de toneladas.

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As vendas internas de aço bruto e laminados somaram 1,5 milhão de toneladas em dezembro, uma queda de 9% em relação ao mesmo mês de 2013. As vendas acumuladas de 2014, de 20,7 milhões de toneladas, representaram um recuo de 9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Mesmo com as condições adversas do mercado internacional, as exportações de produtos siderúrgicos atingiram um milhão de toneladas em dezembro, no valor de US$ 648 milhões. Segundo o IABR, o resultado reflete, entre outros fatores, o religamento de um alto forno cuja produção foi direcionada à exportação.

Com esse resultado, as exportações até dezembro de 2014 totalizaram 9,8 milhões de toneladas e US$ 6,8 bilhões de dólares. Na comparação com o mesmo período de 2013, houve uma alta de 20,9% em volume e um aumento de 22,3% em valor.

Já as importações somaram 214 mil toneladas em dezembro, com valor de US$ 238 milhões. Desse modo, foram importados 4 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos no ano, alta de 7,4% ante 2013.

O consumo aparente nacional do mês passado foi de 1,7 milhão de toneladas, totalizando 24,6 milhões de toneladas no período de janeiro a dezembro de 2014. Esses valores representaram queda de 8,5% e 6,8%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos do ano anterior.

A produção brasileira de aço bruto em novembro de 2014 foi de 2,8 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 2,4% na comparação com 2013. Em relação aos laminados, a produção de novembro, de 2 milhões de toneladas, apresentou redução de 8,5%. No acumulado de 2014, até o penúltimo mês do ano, a produção totalizou 31,4 milhões de toneladas de aço bruto e 23 milhões de toneladas de laminados, quedas de 0,4% e 4,9%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2013. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Aço Brasil (IABr).

No que se refere às vendas internas, o resultado de novembro de 2014 foi de 1,6 milhão de toneladas de produtos, queda de 12,2% em relação ao ano passado. As vendas acumuladas em 2014, de 19,3 milhões de toneladas, mostraram queda de 9,0% com relação ao mesmo período do ano anterior.

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Segundo o IABr, apesar das condições adversas do mercado internacional, as exportações de produtos siderúrgicos em novembro atingiram 953 mil toneladas no valor de US$ 628 milhões, devido, entre outros fatores, ao religamento do alto forno da ArcelorMittal Tubarão e suas exportações de placas. As exportações até novembro de 2014 totalizaram 8,8 milhões de toneladas e US$ 6,2 bilhões, crescimento de 16,9% em volume e de 19,8% em valor, quando comparados ao mesmo período do ano anterior.

Já as importações somaram 289 mil toneladas, US$ 303 milhões. No ano, as importações somam 3,8 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos, alta de 8,1% ante 2013.

O IABr também informou que o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em novembro foi de 1,9 milhão de toneladas, totalizando 23,0 milhões de toneladas no período de janeiro a novembro de 2014. Esses valores representaram queda de 11,2% e 6,6%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos do ano anterior.

A pouco mais de um mês do fim do ano, o Instituto Aço Brasil (IABr) ainda não tem uma estimativa de produção de aço bruto para 2015. Segundo os executivos da entidade, o cenário macroeconômico nebuloso impede que se faça projeções. Nesta quarta-feira, 26, o IABr anunciou previsões apenas para as vendas internas no ano que vem, com alta de 4% sobre 2014, e para o consumo aparente, com crescimento de 4,7% na mesma base de comparação. "Não temos um cenário claro para fazer previsão de produção de aço bruto para 2015", afirmou o presidente-executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes.

"O Brasil precisa resgatar confiança dos agentes econômicos nacionais e internacionais. É difícil fazer previsão clara do que vai ser economia no ano que vem", comentou o presidente do Conselho Diretor do IABr, Benjamin Mário Baptista Filho.

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O olhar atento ao crescimento econômico se justifica pela ligação direta que o consumo de aço tem com a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), como os investimentos são medidos do Produto Interno Bruto (PIB). Estudos feitos pelo próprio instituto mostram que, com crescimento do PIB total na faixa de 1% a 2% ao ano, o reflexo no consumo aparente de aço é irregular e baixo.

"É possível notar indexação maior quando o PIB varia 3%, 4%, 5%. Nessa faixa, o consumo de aço aumenta 1,5% a cada ponto porcentual do PIB. Ou seja, se PIB mantiver faixa de 3%, expectativa é de que consumo de aço melhore 4,5% ao ano", explicou Baptista Filho.

"Tudo depende do desempenho e da eficiência da economia nos próximos anos. De qualquer forma, a indicação de crescimento do PIB não está trazendo nenhum alívio para consumo do aço, nem para este ano nem para o ano que vem. À medida que a presidente Dilma confirmar a nova equipe econômica, pode ser que isso traga uma luz no fim do túnel", acrescentou o presidente do Conselho Diretor.

Reivindicações

Mesmo diante de dificuldades como o excedente de aço no mercado internacional e de um câmbio desfavorável às exportações, executivos do IABr avaliam que o governo não se mostrou muito receptivo às reivindicações do setor siderúrgico. "O grau de sensibilidade o governo em ouvir nossas prioridades foi muito baixo", afirmou Lopes. "Entendo que, num ano eleitoral, a prioridade do governo passou a ser outra."

Há uma sinalização positiva para o futuro, ponderou Lopes, citando a provável indicação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e de Nelson Barbosa para o Ministério do Planejamento. "Nova equipe econômica traz expectativa muito positiva pela representatividade de seus membros. Há uma expectativa favorável de que se abra um diálogo", afirmou o presidente-executivo do IABr.

A competitividade não só da siderurgia, mas da indústria de transformação brasileira como um todo, depende da redução da acumulação de impostos, de uma infraestrutura "razoável", da alteração na taxação de impostos sobre investimentos (hoje colocados antes que eles se tornem produtivos, segundo o Instituto), além de juros em padrões internacionais, listou Lopes. "Não podemos falar em juros em padrões internacionais se não tiver ajuste fiscal. Precisamos ter uma política que assegure, por meio da política fiscal, os juros em condições internacionais", disse.

A desvalorização do câmbio seria outro fator importante para dar competitividade à indústria local. Hoje, o IABr estima que o real está 22% sobrevalorizado, tendo como referência do índice Big Mac. A China, maior produtor de aço do mundo, tem sua moeda desvalorizada em 43% de acordo com a mesma medida.

A defesa comercial também é uma reivindicação das siderúrgicas. Segundo o IABr, a expansão da produção chinesa foi predatória, e a evolução da demanda brasileira vazou para o exterior. A aplicação da regra de conteúdo local, especialmente na indústria de óleo e gás, contribuiria positivamente nesse sentido, disse Lopes. Hoje, grande parte do aço consumido pela Petrobras é importado, estimam os executivos.

Lava Jato

De acordo com Lopes, as denúncias de corrupção na Petrobras, trazidas à tona pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, podem prejudicar a estatal petrolífera e o Brasil como um todo. A atividade das siderúrgicas, no entanto, não deve ser impactada diretamente, a não ser que haja uma paralisação de obras e encomendas de máquinas e equipamentos.

"Vários investimentos são demandadores de aço. Se esses investimentos pararem, certamente afeta, embora grande parte da Petrobras seja aço importado. Mas a Petrobras é uma empresa muito grande para não afetar a indústria como um todo", disse Lopes. "O caso da Petrobras não é preocupação apenas do setor aço, mas do Brasil. (O caso) Tem que ser apurado, investigado. Outras empresas têm de estar capacitadas, pois o País não pode parar", acrescentou.

A produção de aço bruto no Brasil deverá subir 0,1% neste ano em relação a 2013, para 34,206 milhões de toneladas, de acordo com expectativa divulgada nesta quarta-feira (26), pelo Instituto Aço Brasil (IABr). Em estimativa divulgada em agosto, a entidade aguardava redução de 2,5% ante 2013. As vendas internas, por sua vez, deverão atingir 20,769 milhões de toneladas, recuo de 8,9% na comparação anual.

O IABr estima que o consumo aparente de aço deverá ficar em 24,741 milhões de toneladas, queda de 6,4% ante 2013. As exportações deverão somar 9,755 milhões de toneladas neste ano, crescimento de 20,6%. Já as importações devem subir 9,7%, para 4,064 milhões de toneladas, na mesma base de comparação.

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O aumento das exportações projetado para o ano, segundo o IABr, deverá ocorrer não por melhora do mercado internacional, mas por conta do religamento do alto forno número 3 da ArcelorMittal Tubarão, em julho passado.

Para 2015, o IABr espera, "num processo ainda modesto de recuperação", aumento de 4,0% nas vendas internas, para 21,6 milhões de toneladas. Ainda assim, o montante representará perda de 5,6% em relação a 2013.

O consumo aparente também deve aumentar em 2015, para 25,2 milhões de toneladas. O volume deve ser 2,0% maior do que neste ano, mas manterá perda de 4,7% em relação a 2013.

Capacidade instalada

Além do excedente de oferta de aço no mundo, a falta de competitividade da indústria brasileira tem contribuído negativamente para a atividade do setor, afirmou o presidente-executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes. "O resultado é que, em vez de estar operando com 80% da capacidade, estamos com média de 69% da capacidade instalada, obviamente trazendo reflexos bastante ruins para a indústria", afirmou.

Segundo Lopes, não só a siderurgia, mas a indústria de transformação como um todo tem enfrentado obstáculos. "A razão disso é a chamada perda de competitividade sistêmica, ou seja, fatores externos ao controle das empresas, que retiram do aço e de toda a cadeia a capacidade de competir com o mercado", disse o executivo. O câmbio foi mencionado como um dos principais vilões da competitividade.

Caso não haja mudanças ou correções de assimetrias no mercado e o ritmo de vendas e produção se mantenha nos próximos anos, o IABr estima que, em 2023, 53% do consumo de aço brasileiro virá de importações. "Se não fizermos nada, este país se transformará em importador de aço, com reflexo em geração de empregos e na indústria", afirmou o presidente do Conselho Diretor do IABr, Benjamin Mário Baptista Filho. Segundo ele, cada emprego gerado na siderurgia é responsável por outros 23 postos de trabalho abertos na cadeia produtiva.

A produção brasileira de aço bruto em agosto teve queda de 1,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, para 2,9 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (15) pelo Instituto Aço Brasil (IABr). Considerando a produção de laminados (2,1 milhões de toneladas) a queda foi de 9,1% no período.

No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a produção soma 22,6 milhões de toneladas de aço bruto e 16,6 milhões de toneladas de laminados, quedas de 1% e 5,3%, respectivamente, sobre o mesmo período do ano passado.

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De acordo com o IABr, as vendas internas foram de 1,7 milhão de toneladas de produtos em agosto, recuo de 21% na comparação com agosto de 2013. Em 2014 as vendas acumuladas chegam a 14,1 milhões de toneladas, uma queda de 8% com relação ao mesmo período do ano anterior.

As exportações de produtos siderúrgicos atingiram 776 mil toneladas no mês passado, o equivalente a US$ 587 milhões. Com esse resultado, as exportações até agosto totalizam 5,6 milhões de toneladas e US$ 4,2 bilhões, representando um crescimento de 2,1% em volume e uma alta de 10% em valor, quando comparados ao mesmo período de 2013.

Já as importações de agosto foram de 373 mil toneladas, com valor de US$ 367 milhões. Ao todo foram importadas de janeiro a agosto 2,8 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos, alta de 15,2% em relação aos primeiros oito meses de 2013.

O IABr informa que o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em agosto foi de 2 milhões de toneladas e, no ano, de 16,8 milhões de toneladas. Esses porcentuais representaram quedas de 16,6% e 4,9%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos do ano anterior.

O presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, disse nesta segunda-feira (11) durante coletiva de imprensa que, se persistir o atual cenário de ausência de competitividade do setor, as importações, considerando a direta e a indireta, serão responsáveis por 53,2% do consumo aparente de aço no Brasil em 2023. No ano passado essa fatia foi de 32,1%.

"Consumo de aço no Brasil tem relação direta com o crescimento econômico, que tem sido aquém das expectativas", disse o presidente do Conselho Diretor do IABr, Benjamin Mário Baptista.

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O cenário de dificuldade é visto pela redução das expectativas para o ano realizada pela entidade. Para a produção, por exemplo, era esperada alta de 5,2%, sendo que agora a projeção aponta para uma queda de 2,5%. As vendas internas eram previstas para subir 4,1%, número revisado para queda de 4,9%. O consumo aparente de aço, por sua vez, era projetado pelo IABr para crescer 3% em 2014 em relação ao ano anterior, porcentual agora estimado para cair 4,1%.

A produção brasileira de aço bruto em junho caiu 4,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, para 2,687 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, 18, pelo Instituto Aço Brasil (IABr). Em relação a maio a produção caiu 6,6%. No acumulado dos seis primeiros meses do ano a produção de aço bruto chegou em 16,697 milhões de toneladas, queda de 1,5% na relação anual.

Se considerada a produção de laminados, aço plano e longo, a queda foi de 16,4% em junho ante junho de 2013, para 1,913 milhão de toneladas. A de planos caiu 13% na mesma base comparativa, para 1,112 milhão de toneladas. A de longos, por sua vez, recuou 20,9%, para 790,5 mil toneladas. No semestre as quedas foram de 4,5%, 6,3% e 2%, respectivamente.

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No sentido oposto, a produção de semiacabados, planos e lingotes, blocos e tarugos, o indicador aponta alta no comparativo mensal. Houve alta de 93,4%, 109,1% e 28,7%, respectivamente.

A importação de aço em junho ficou em 325 mil toneladas, crescimento de 34,8% na relação anual. Ante maio, por outro lado, houve recuo de 21,8%.

Ainda de acordo com o IABr, o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos no mês passado foi de 1,9 milhões de toneladas, queda de 14,9% ante junho de 2013. No semestre o consumo totalizou 12,7 milhões de toneladas, recuo de 2,3%.

A produção brasileira de aço bruto atingiu 8,3 milhões de toneladas no primeiro trimestre do ano, alta de 1,5% em relação ao mesmo período de 2013, informou o Instituto Aço Brasil (IABr), nesta segunda-feira, 28. O destaque foi a produção de laminados longos, que apresentou crescimento de 7,9% no período, devido principalmente à retomada do setor de construção civil predial.

De acordo com o instituto, caso a construção industrializada fosse mais disseminada no Brasil, o consumo de aço seria ainda maior nas edificações. Já a produção de laminados planos teve queda de 2,4% de janeiro a março, tendo sido impactada, sobretudo pela queda das exportações, que se reduziram em 27,3%.

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Foi divulgado ainda que as vendas internas de produtos siderúrgicos totalizaram 5,5 milhões de toneladas no acumulado de 2014, crescimento de 1,8% na comparação com os três primeiros meses de 2013.

Já o consumo aparente de produtos siderúrgicos chegou a 6,3 milhões de toneladas, aumento de 2,5% no período de janeiro a março frente aos três primeiros meses do ano passado. Houve destaque para os produtos planos, com alta de 4,6%. No entanto, a alta foi impactada principalmente pela elevação de 22,9% das importações de planos, "uma vez que as vendas destes produtos apresentaram modesto crescimento de 2,3% no mesmo período", diz o instituto em nota.

A produção de aço no Brasil deverá retomar a trajetória de crescimento em 2014, disse, nesta segunda-feira (4), o presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes. De janeiro a setembro deste ano, a produção do produto apresentou leve queda, de 0,6%.

Segundo o executivo, depois de um ano ruim em relação à produção de aço, as eleições, programas de utilização de conteúdo nacional e renovação de frota de veículos devem estimular o aumento da produção. Mello Lopes disse que a solução para as siderúrgicas está no mercado interno e por isso o País precisa se proteger da importação predatória.

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Hoje a ociosidade da indústria siderúrgica mundial chega a 600 milhões de toneladas. No Brasil, o presidente do IABr disse que a utilização da capacidade está em 70%. No início do segundo semestre o Instituto cortou sua expectativa de crescimento na produção de aço bruto para este ano, de alta de 5,8% para um volume praticamente estável em relação a 2012, em aproximadamente 34,5 milhões de toneladas.

A produção de aço bruto no Brasil no mês de setembro atingiu 3,028 milhões de toneladas, aumento de 5,7% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do Instituto Aço Brasil (IABr). No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a produção chegou a 25,917 milhões de toneladas, queda de 0,6% em relação a igual período do ano anterior.

Já a produção de laminados no mês passado somou 2,247 milhões de toneladas, crescimento de 5,3% ante agosto. De janeiro a setembro a produção desse produto chegou a 19,868 milhões de toneladas, alta de 2,4% ante igual intervalo de 2012.

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O volume de aços planos produzidos alcançou 1,295 milhão de toneladas, alta de 6,3% ante o mês imediatamente anterior. No acumulado de 2013 o volume chegou a 11,304 milhões de toneladas, aumento de 2,2% ante os nove primeiros meses do ano passado.

A produção de aços longos chegou a 951,9 mil toneladas, alta de 3,8% ante agosto. No ano a produção foi de 8,564 milhões de toneladas, crescimento de 2,7%. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos no mês passado foi de 2,3 milhões de toneladas, chegando a 20 milhões de toneladas em 2013, alta de 11,3% e 4,0%, respectivamente. A importação de aço em setembro foi de 364 mil toneladas, aumento de 8% ante o mês imediatamente anterior. Ante o mesmo mês de 2012 o crescimento foi de 6,7%.

As importações de aço devem apresentar tendência de alta diante da não renovação da lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), anunciada na quinta-feira, 1, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo o presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, o setor foi pego de surpresa com o anúncio e considera que o cenário exige preocupação para as siderúrgicas brasileiras.

"Sem nenhuma proteção, com o patamar anterior da alíquota, a tendência é de que haja elevação das importações", disse o executivo ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Mello Lopes disse que as importações de aço neste ano registraram queda em relação ao ano passado por dois principais motivos: um deles foi o fim da chamada guerra fiscal dos portos, como a unificação do ICMS dos portos com a aprovação da Resolução 72, que entrou em vigor neste ano. A outra razão foi exatamente o aumento das alíquotas de importação para alguns produtos siderúrgicos.

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"Se eu tiver minha competitividade de volta, com um processo de desoneração, dá para trabalhar com uma alíquota mais baixa", afirmou. Segundo ele, o setor siderúrgico brasileiro trabalha hoje com uma utilização de capacidade instalada de 70%, enquanto no mundo está em 77%. Hoje, segundo ele, o excedente de capacidade instalada no mundo gira em torno de 580 milhões de toneladas.

Segundo o presidente do IABr, a situação do setor não está diferente do que aquela vivenciada em outubro do ano passado, quando essas alíquotas foram elevadas pelo governo. "O mundo não diminuiu o seu excedente de capacidade e ainda há novas capacidades entrando em operação", disse.

Mello Lopes disse ainda que a entrada de aço no país, medida pela importação sobre o consumo aparente, ficava historicamente entre 5% e 6%, mas passou para 20% nos últimos anos, chegando em 2013, com a recente queda das importações, em torno de 13%. O executivo destacou também que a recente desvalorização em relação ao dólar não se deu apenas no Brasil e que isso diminui a vantagem competitiva brasileira.

As importações de aço plano no Brasil somaram em junho 239,8 mil toneladas, queda de 32,2% em relação ao mesmo mês de 2012. No acumulado dos seis primeiros meses do ano houve uma queda de 14,6%.

Na quinta-feira, 1, ao anunciar o fim da renovação da lista de exceção à Tarifa Externa Comum, Mantega afirmou que, diante da desvalorização do real em relação ao dólar, essas alíquotas diferenciadas não seriam mais necessárias. Na ocasião, o ministro disse que a indústria siderúrgica está indo bem.

A produção brasileira de aço bruto subiu 2,7% em junho em relação ao mesmo período de 2012, para 2,831 milhões de toneladas, de acordo com dados do Instituto Aço Brasil (IABr). Já a produção de laminados atingiu 2,257 milhões de toneladas em junho, o que representou um aumento de 5% ante o mesmo mês de 2012.

A produção de aço plano cresceu 3,3% em junho, para 1,270 milhão de toneladas. O de longos avançou 7,3%, para 986,4 mil toneladas. A IABr anunciou ainda que as importações de aço atingiram um volume de 240 mil toneladas em junho, o que significou uma queda de 32% em relação ao mesmo mês de 2012. Na comparação com maio, houve um recuo de 9,7%. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em junho foi de 2,2 milhões de toneladas, queda de 1,2% ante igual período do ano anterior.

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Acumulado

No acumulado de 2013, a produção de aço bruto caiu 2,2% ante o mesmo intervalo de 2012, para 16,974 milhões de toneladas. A de laminados atingiu 12,932 milhões de toneladas no período (+0,9%); a de planos, 7,38 milhões de toneladas (+0,7%); e por fim, a de longos somou 5,552 milhões de toneladas (+1,1%).

A produção de aço bruto recuou 2,6% em fevereiro de 2013 ante o mesmo mês de 2012, para 2,6 milhões de toneladas, informou nesta terça-feira o Instituto Aço Brasil (IABr). Com isso, a produção acumulada nos dois primeiros meses de 2013 totalizou 5,45 milhões de toneladas de aço bruto, o que representa uma queda de 2,5% na comparação com igual período do ano anterior.

Já a produção de laminados teve queda de 7% em fevereiro de 2013 ante igual mês de 2012, atingindo 1,9 milhão de toneladas. No acumulado de janeiro e fevereiro de 2013, houve queda de 2,8% ante o ano anterior, com uma produção de laminados de 4 milhões de toneladas.

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Com relação às vendas internas, fevereiro de 2013 fechou com 1,674 milhão de toneladas de produtos, retração de 1,7% ante fevereiro de 2012. As vendas acumuladas em 2013, de 3,45 milhões de toneladas, tiveram alta de 1,3% ante o primeiro bimestre de 2012.

Exportações

Em fevereiro de 2013, as exportações de produtos siderúrgicos atingiram 815 mil toneladas, o equivalente a US$ 510 milhões. Com o resultado, as exportações em 2013 totalizaram 1,748 milhão de toneladas (-4,8% ante janeiro/fevereiro 2012) e US$ 1 bilhão (-16,9%).

Quanto às importações, fevereiro de 2013 registrou volume de 293,8 mil toneladas (US$ 293,8 milhões), totalizando 571,8 mil toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano.

Ainda segundo o IABr, o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em fevereiro de 2013 foi de 2 milhões de toneladas, totalizando 4 milhões de toneladas no ano. Esses valores representaram queda de 3,3% no mês e aumento 1,4% em relação aos mesmos períodos do ano anterior.

A produção brasileira de aço bruto no mês de abril somou 3 milhões de toneladas, queda de 1,2% na comparação com abril de 2011. A produção de laminados foi de 2,2 milhões de toneladas no mês, crescimento de 0,1% sobre abril do ano passado. Os números são do Instituto Aço Brasil (IABr), divulgados nesta sexta-feira.

A produção acumulada em 2012 até abril foi de 11,8 milhões de toneladas de aço bruto e 8,7 milhões de toneladas de laminados, representando alta de 1,7% e de 2,2%, respectivamente, sobre os quatro primeiros meses de 2011.

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As vendas internas em abril recuaram 2,1% em relação a um ano antes, chegando a 1,8 milhão de toneladas. No ano, foram registradas vendas de 7,2 milhões de toneladas de aço, leve alta de 0,4% sobre igual período de 2011.

As exportações de produtos siderúrgicos em abril chegaram a 826 mil toneladas, o equivalente a US$ 612 milhões. Com esse resultado, as exportações em 2012 totalizaram 3,4 milhões de toneladas, queda de 7,3%, em volume. Em valor, as exportações somaram US$ 2,4 bilhões, um expressivo recuo de 9%.

O Brasil importou 317 mil toneladas de aço (US$ 362 milhões) no mês passado, chegando a 1,3 milhão de toneladas de produtos siderúrgicos importados em 2012. A alta foi de 16,5% nas importações em relação ao período de janeiro a abril de 2011. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em abril caiu 0,8%, para 2,1 milhões de toneladas. No primeiro quadrimestre o consumo foi de 8,4 milhões de toneladas, um incremento de 2% sobre igual período do ano anterior.

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