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Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou ao menos 19.219 novos casos de hanseníase. Mesmo que preliminar, o resultado já é 5% superior ao total de notificações registradas no mesmo período de 2022.

Segundo as informações do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase, do Ministério da Saúde, o estado de Mato Grosso segue liderando o ranking das unidades federativas com maiores taxas de detecção da doença.

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Até o fim de novembro, o total de 3.927 novos casos no estado já superava em 76% as 2.229 ocorrências do mesmo período de 2022. Em seguida vem o Maranhão, com 2.028 notificações, resultado quase 8% inferior aos 2.196 registros anteriores.

Consultada pela Agência Brasil, a Secretaria de Saúde de Mato Grosso informou que nos últimos anos os diagnósticos da doença vêm aumentando gradualmente, resultado de uma “política ativa de detecção” que, entre outras medidas, inclui a “capacitação dos profissionais da saúde”. 

A pasta também atualizou os dados estaduais. Somados os diagnósticos de dezembro e outros ainda não reportados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o total de novos casos notificados em 2022 já chega a 4.212.

“Para nós, o aumento [dos diagnósticos] nacional do último ano não é novidade, pois há uma grande subnotificação de casos no país”, disse o coordenador Nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Faustino Pinto, explicando que, paradoxalmente, o aumento de diagnósticos é, em um primeiro momento, algo positivo.

De acordo com Faustino, até 2019, o número de novos casos identificados vinha aumentando ano a ano, sem, com isso, representar a real gravidade da situação. “Como há muitos anos não há uma campanha nacional de esclarecimento e estímulo para as pessoas procurarem o serviço de saúde em caso de suspeita da doença, os diagnósticos são resultado de uma busca espontânea. As pessoas procuraram o serviço de saúde por iniciativa própria, buscando as causas de uma mancha na pele; área dormente ou dores nos nervos”, explicou Pinto, acrescentando que a situação piorou de 2020 a 2021, devido à pandemia da covid-19.

A Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, no boletim epidemiológico divulgado em janeiro de 2023, com os dados da doença relativos a 2022, admite que a pandemia impôs um desafio extra, exigindo estratégias direcionadas ao fortalecimento das ações de controle da hanseníase.

“A pandemia de covid-19 criou dificuldades para novos diagnósticos e para o tratamento de pacientes com hanseníase, contribuindo para a subnotificação e o pior prognóstico dos casos”, disse a secretaria ao demonstrar que, de 2019 a 2020, o total de casos diagnosticados caiu de 27.864 para 17.979. Além disso, em 2021, 11,2% dos 18.318 novos pacientes identificados já apresentavam lesões graves nos olhos, mãos e pés quando foram diagnosticados.

Fonte: Sinan/SVS/MS

“Ou seja, hoje não retornamos sequer aos números pré-pandemia, quando já acusávamos a subnotificação. O que significa que a situação atual é ainda mais grave, porque se estamos identificando apenas os pacientes que chegam por demanda espontânea, muitas pessoas estão deixando de ser tratadas a tempo de evitar sequelas neurológicas. Também estamos falhando nos esforços para interromper o ciclo de transmissão da doença”, comentou Pinto, destacando que, uma vez iniciado o tratamento, a pessoa infectada deixa de transmitir a bactéria causadora da hanseníase para outras pessoas susceptíveis a desenvolver a doença.

Janeiro Roxo

Considerada uma das mais antigas doenças a afligir o ser humano, a hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa que atinge a pele, mucosas e o sistema nervoso periférico, ou seja, nervos e gânglios. Embora tenha cura, pode causar lesões e danos neurais irreversíveis se não for diagnosticada a tempo e tratada de forma adequada.

Entre os sinais e sintomas mais frequentes estão o aparecimento de manchas, que podem ser brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas, e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade e o comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com engrossamento da pele, associado a alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.

Também podem ser indícios da doença o surgimento de áreas com diminuição dos pelos e do suor; sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés; diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés, bem como a ocorrência de caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

A maioria das pessoas expostas à bactéria Mycobacterium leprae não desenvolve a doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase é identificada por meio de exame físico geral, dermatológico e neurológico. Realizado com o uso de medicamentos antimicrobianos, o tratamento é feito gratuitamente, no Sistema Único de Saúde (SUS), não exigindo internação. A duração do tratamento varia conforme a forma clínica da doença

Casos onde haja suspeita de comprometimento neural, mas sem lesão cutânea, e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente, devem ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade aptas a avaliar o quadro geral do paciente. Em crianças, o diagnóstico exige uma avaliação mais criteriosa, devido à dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade. Além disso, é bom estar atento, pois casos infantis são indicadores de transmissão ativa da doença, especialmente entre parentes. Pessoas que convivem com quem tem a hanseníase transmissível têm três vezes mais risco de desenvolver a doença, devido ao contato próximo e prolongado.

Para conscientizar a população em geral e as autoridades públicas em particular sobre a importância do diagnóstico precoce e do enfrentamento ao preconceito contra a hanseníase, no Brasil, desde 2016, o mês de janeiro é dedicado à campanha Janeiro Roxo. Oficializada pelo Ministério da Saúde, a iniciativa busca disseminar informações sobre os principais sinais, sintomas, tratamento e prevenção da doença.

Embora conste do calendário do Ministério da Saúde, a iniciativa, na prática, é realizada por estados e municípios. A Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), por exemplo, anunciou que, durante todo o mês, realizará um ciclo de capacitações para servidores estaduais e municipais.

“Vamos abranger 13 centros regionais e os 144 municípios, já preparando para um trabalho em que os municípios protagonizarão o combate à hanseníase durante todo o ano de 2024 e não apenas em janeiro. Posteriormente, vamos incentivar os municípios a trabalhar a sua própria campanha, porque eles são executores e lidam diretamente com a população”, informou em nota o coordenador do Programa de Controle de Hanseníase da Sespa, Luís Augusto Costa de Oliveira.

De acordo com ele, em 2023, o estado registrou 1.349 novos casos da doença,  100 a mais do que as notificações já lançadas no sistema do Ministério da Saúde. Do total, 92 casos envolvem crianças e adolescentes com menos de 15 anos de idade.

“A cada mês de janeiro vemos iniciativas como esta. A meu ver, são tímidas e não simbolizam uma campanha nacional que, se ocorresse, resultaria na notificação de muitos mais casos do que os que temos visto todos os anos. Houvesse busca ativa [de pessoas infectadas], em vez de 20 mil casos, teríamos 30 mil. Trinta mil pessoas diagnosticadas, tratadas e curadas, com a devida interrupção da transmissão. Só com isso poderíamos, daqui a alguns anos, pensar em reduzir e até quem sabe erradicar a doença”, disse o coordenador do Morhan, Faustino Pinto.

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro fechou o mês de outubro em 47,6%, menor do que em setembro (47,7%). O recorde da série histórica do Banco Central ocorreu em julho de 2022 (50,1%). Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,2% no décimo mês de 2023, mesma taxa de setembro.

Outubro foi o quarto mês de operação do programa federal de renegociação de dívidas Desenrola. Na fase do programa iniciada no dia 17 de julho foi possível renegociar dívidas bancárias de consumidores que ganham até R$ 20 mil mensais, sem garantia do Tesouro Nacional. Além disso, o nome de pessoas que tinham dívidas de até R$ 100 nos bancos foi "desnegativado" automaticamente, sem o perdão dos compromissos. A segunda fase, para quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.640,00), começou no fim de setembro e tem garantia do Tesouro.

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Segundo os dados do BC para o mês de outubro, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) terminou o mês em 27,2%. Em setembro, o porcentual era de 27,3%. O recorde da série foi registrado em junho de 2023, com 28,4%. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda passou de 25,2% no nono mês do ano para 25,1% em outubro.

O setor de bares e restaurantes dá sinais de recuperação, mas ainda sofre para operar no lucro, revela pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Apesar de ter crescido o número de empresas trabalhando no azul, a maioria ainda tem de lidar com problemas como dívidas acumuladas e empréstimos a pagar, diz a pesquisa, que ouviu 1.647 empreendedores de todo o Brasil entre os dias 20 e 27 de dezembro.

Em novembro, o número de empresas operando no prejuízo, 23%, manteve-se estável em relação ao levantamento de outubro e 34% ficaram em equilíbrio, mostrando que a maioria (57%) tem problemas para trabalhar com lucro. Para 43%, foi possível operar com margem positiva, um aumento de 7% em relação ao mês anterior, quando 36% alcançaram essa marca. 

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Segundo o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, o ano termina com um resgate do faturamento, mas com muitas empresas ainda endividadas, com impostos em atraso e tendo de pagar os empréstimos tomados no período da pandemia de covid-19, o que fez com que a maioria não tivesse lucro em novembro.

De acordo com a Abrasel, o desafio das dívidas persiste, com 38% das empresas relatando pagamentos em atraso. As principais áreas de inadimplência incluem impostos federais (69%), impostos estaduais (45%), dívidas bancárias (40%), encargos trabalhistas (29%), serviços públicos (água, gás e energia elétrica - 22%), fornecedores (21%) e aluguel do imóvel (18%).

“Também é preciso dar destaque ao desafio dos bares e restaurantes para repor a inflação, com 53% das empresas afirmando que não conseguiram reajustar seus preços em linha com a inflação média - 22% delas tiveram reajustes abaixo do índice geral e 31% não alteraram seus preços. Apenas 10% afirmaram ter conseguido fazer reajustes acima da inflação e 36% ajustaram seus preços de acordo com o índice geral”, informa a Abrasel.

Empregos

No mês passado, 21% das empresas do setor contrataram novos funcionários, o que significa um sinal positivo de crescimento. O percentual é superior ao de empresas que relataram demissões, que ficou em 14%. A maioria das empresas (64%) manteve seu quadro de empregados estável.

De acordo com a Abrasel, as perspectivas para o resultado de contratações em dezembro também são animadoras, com 27% das empresas planejando contratar mais funcionários e apenas 6% indicando intenção de demitir.

O Brasil registrou uma geração de 853 mil vagas no mercado de trabalho no trimestre até novembro em relação ao trimestre encerrado em agosto, um aumento de 0,9% na ocupação. A população ocupada alcançou um recorde de 100,508 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro. Em um ano, mais 815 mil pessoas encontraram uma ocupação.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).

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A população desocupada recuou em 209 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,202 milhões de desempregados no trimestre até novembro. Em um ano, 539 mil pessoas deixaram o desemprego. A população desempregada desceu ao menor patamar desde o trimestre até abril de 2015.

A população inativa somou 66,519 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro, 274 mil a menos que no trimestre anterior. Em um ano, esse contingente aumentou em 1,238 milhão de pessoas.

O nível da ocupação - porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - ficou em 57,4% no trimestre até novembro, ante 57,0% no trimestre até agosto. No trimestre terminado em novembro de 2022, o nível da ocupação era de 57,4%.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,5% no trimestre encerrado em novembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio igual a mediana de 7,5% das expectativas na pesquisa feita pelo Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 7,4% e 7,7%.

Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8,1%. No trimestre encerrado em outubro de 2023, a taxa de desocupação estava em 7,6%.

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A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.034 no trimestre encerrado em novembro. O resultado representa expansão de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 300,164 bilhões no trimestre até novembro, alta de 4,8% ante igual período do ano anterior.

Após a criação de 188.409 vagas em outubro (número revisado nesta quinta-feira, 28), o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 130.097 carteiras assinadas em novembro, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O resultado do mês passado decorreu de 1.866.752 admissões e 1.736.655 demissões. Em novembro de 2022, houve abertura de 127.832 vagas com carteira assinada, na série ajustada.

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O mercado financeiro esperava um novo avanço no emprego no mês, mas o resultado veio abaixo da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que indicava abertura de 150 mil postos de trabalho. As estimativas variavam entre abertura de 100.586 a 190.000 vagas em novembro.

No acumulado de 2023 até novembro, o saldo do Caged já é positivo em 1.914.467 milhões de vagas. Em igual período do ano passado, houve criação líquida de 2.468.884 postos formais.

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 2,48% em novembro e fechou o mês em R$ 6,325 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 27, pelo Tesouro Nacional. Em outubro, o estoque estava em R$ 6,172 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 43,84 bilhões no mês passado, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 109,26 bilhões.

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A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve alta de 2,49% em novembro e fechou o mês em R$ 6,075 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,34% maior no mês, somando R$ 250,05 bilhões ao fim de novembro.

Parcela de títulos

Mesmo com o ciclo de queda da taxa básica de juros, atualmente em 11,75% ao ano, a parcela de títulos da DPF atrelados à Selic subiu em novembro, para 39,38%. Em outubro, estava em 39,19%. Já os papéis prefixados ampliaram a fatia de 25,98% para 26,20%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 30,27% do estoque da DPF em outubro, ante 30,65% em outubro. Os papéis cambiais oscilaram a participação de 4,18% para 4,16% no mês passado.

O Tesouro informou ainda que a parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou baixa, passando de 20,81% em outubro para 20,48% em novembro.

O prazo médio da dívida teve recuo de 4,09 anos para 4,04 anos na mesma comparação.

Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF caiu de 10,86% ao ano para 10,65% a.a. no mês passado.

Participações

De acordo com o Tesouro, a participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública caiu em novembro. A parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 10,18% em outubro para 9,94% no mês passado.

No fim de 2022, a fatia estava em 9,36%. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 603,96 bilhões em novembro, ante R$ 603,23 bilhões em outubro.

A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 28,89% em novembro, ante 28,28% em outubro.

A parcela dos fundos de investimentos se manteve em 23,45%.

Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 23,29% para 23,08% de um mês para o outro.

Já as seguradoras passaram de 4,08% para 4,11% na mesma comparação.

'Colchão da dívida'

O Tesouro Nacional encerrou novembro com R$ 908,86 bilhões no chamado "colchão da dívida", a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros.

O valor observado é 11,43% maior em termos nominais que os R$ 815,6 bilhões que estavam na reserva em outubro.

O montante ainda é 20,41% menor que o observado em novembro de 2022 (R$ 1,142 trilhão).

O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.

O montante de novembro era suficiente para cobrir 8,34 meses de pagamentos de títulos, ante 8,7 meses em outubro.

O Tesouro trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos.

Em desempenho prejudicado pelo tombo das exportações, a produção da indústria de veículos teve no mês passado queda de 6,1% frente a novembro de 2022. No total, 202,7 mil unidades foram montadas, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

Na comparação com outubro de 2023, novembro do mesmo ano mostrou crescimento de 1,5%.

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O balanço foi divulgado nesta quinta-feira, 7, pela Anfavea, a entidade que representa as montadoras.

A produção de veículos passa a mostrar queda de 1,1% no acumulado desde o início do ano, somando 2,15 milhões de unidades até novembro.

Vendas

As vendas de veículos subiram 4,2% no mês passado no comparativo interanual, num total de 212,6 mil unidades.

Na margem - ou seja, de outubro para novembro -, houve queda de 2,4% nos licenciamentos, porém a variação negativa é explicada pelo calendário comercial mais curto em razão de dois feriados nacionais: Finados, no dia 2, e Proclamação da República, 15 de novembro.

O ritmo diário de novembro, assim como no mês anterior, continuou acima de 10 mil veículos.

Exportações

As exportações seguiram em queda no mês passado, recuando 44,6% frente ao número de um ano antes e 23% em relação a outubro. No total, 24,1 mil veículos foram embarcados em novembro.

Acumulado no mercado doméstico e externo

No acumulado desde o início do ano, as vendas no mercado doméstico agora mostram crescimento de 9,1%, somando 2,06 milhões de veículos em onze meses, enquanto as exportações, na direção oposta, recuam 15,9%, com 378,2 mil unidades embarcadas no mesmo período.

México, Argentina, Chile e Colômbia são os principais destinos dos carros exportados pelo Brasil.

Emprego

O levantamento da Anfavea mostra ainda que as montadoras abriram 530 vagas de trabalho em novembro, empregando no fim do mês 101,2 mil pessoas.

A melhora no mercado de trabalho e o programa de renegociação de dívidas do governo federal ajudaram a reduzir a proporção de brasileiros endividados e inadimplentes, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em novembro, cerca de 76,6% das famílias tinham dívidas a vencer, ante uma fatia de 76,9% em outubro, queda de 0,3 ponto porcentual, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Com o resultado, o volume de endividados desceu ao menor nível desde janeiro de 2022. Em relação a novembro de 2022, quando 78,9% das famílias estavam endividadas, a proporção de brasileiros com dívidas encolheu 2,3 pontos porcentuais.

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A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.

A proporção de famílias inadimplentes também registrou redução, passando de 29,7% em outubro para 29,0% em novembro, queda de 0,7 ponto porcentual, para o menor patamar desde junho de 2022. Em relação a novembro de 2022, houve recuo de 1,3 ponto porcentual na fatia de inadimplentes.

Segundo a CNC, os consumidores exibem mais segurança financeira graças "à melhora das condições econômicas do País". O mercado de trabalho mostrou contratação maior que a esperada para o período de fim de ano, aumentando a renda disponível das famílias, acrescentou.

A proporção de pessoas que afirmaram não ter condições de pagar as dívidas em atraso - permanecendo assim inadimplentes - recuou de 13,0% em outubro para 12,5% em novembro.

"A queda, embora ainda pequena, traz um importante indício de eficácia do programa Desenrola", avaliou o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, em nota oficial.

Endividamento por faixa de renda

Na passagem de outubro para novembro, a melhora no endividamento foi puxada pelas classes de renda mais baixas. No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de endividados caiu de 78,7% em outubro para 77,5% em novembro.

Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de endividados recuou de 77,2% para 76,9%. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve elevação de 74,9% para 77,7%. No grupo com renda acima de 10 salários mínimos mensais, essa fatia ficou estável em 74,9%.

Quanto à inadimplência, no grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de famílias com dívidas em atraso recuou de 37,7% em outubro para 36,6% em novembro. Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de inadimplentes caiu de 26,8% para 26,0%.

No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve aumento de 23,2% para 24,2%. No grupo que recebe acima de 10 salários mínimos mensais, a fatia de inadimplentes desceu de 14,8% para 14,6%.

O cartão de crédito manteve a liderança como modalidade de dívida mais utilizada, citada por 87,7% dos entrevistados, seguida por carnês (16,7%), crédito pessoal (9,2%), financiamento de carro (8,1%) e financiamento de casa (8,0%).

De acordo com os dados da Dataprev divulgados neste mês, ao longo de 2023, a Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) registrou 40 óbitos por acidente de trabalho, índice que comprova um aumento de quase 50% em relação ao ano anterior, de 27 mortes. Somente no mês de novembro foram registrados dois óbitos. 

O primeiro registrado no dia 9 de novembro, em Votorantim, São Paulo, cuja vítima foi um homem de 59 anos, que caiu de uma altura de quatro metros ao sofrer uma descarga elétrica; e a outra fatalidade ocorreu no dia 15, quando um homem de 39 anos perdeu a vida ao ser atingido por uma caixa d’água, em Boituva. Segundo o Ministério da Previdência Social, os acidentes mais comuns são quedas; choques contra objetos; e choques elétricos. O uso de EPIs e treinamentos para direcionar os colaboradores podem ser a solução para que este número diminua. 

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“É notório que o número de acidentes de trabalho nos últimos anos vem crescendo, dentre as atividades com maior relevância estão os trabalhadores dos serviços em saúde, construção civil, prestadores de serviços de manutenção e conservação.  Dentre as partes do corpo mais frequentemente atingidas segundo as notificações de acidentes de trabalho são dedo, pé, mão e joelho”, afirma o engenheiro de segurança do trabalho na Trabt Medicina e Segurança do Trabalho, Rodrigo Soravassi. O engenheiro complementa que a prevenção de acidentes está apoiada em vários pilares e depende de uma série de fatores. 

Como prevenir acidentes de trabalho  

As medidas de prevenção devem ser desenvolvidas com base nos trabalhos exercidos pelos colaboradores, priorizando sempre a melhor condição para que não cause danos à saúde, como explica Rodrigo Soravassi. “De modo geral, o empregador deve implementar medidas de prevenção antes do início das atividades e reavaliar as exposições periodicamente, dentre as principais ações do empregador encontra-se a elaboração e implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que nortearão as medidas a serem implementadas”, finaliza.  

 

Em 1º de novembro, a temperatura média da superfície dos oceanos bateu recorde, com uma marca de 20,79ºC, segundo o Copernicus, programa de observação da Terra conduzido pela União Europeia.
A temperatura medida entre os paralelos 60 Sul e Norte no primeiro dia do mês foi 0,4ºC superior à média do período, em meio ao avanço de El Niño, caracterizado pelo aquecimento da superfície do Oceano Pacífico na região equatorial.
No entanto, segundo Bernardo Gozzini, diretor do Laboratório de Monitoramento e Modelagem Ambiental do Conselho Nacional de Pesquisas da Itália (Consorzio Lamma-CNR), o fenômeno não é suficiente para explicar o recorde.
"Valores fora da escala também foram registrados no Pacífico setentrional, no Atlântico e no Mar Mediterrâneo", disse.
Segundo ele, o aquecimento da superfície dos oceanos eleva a taxa de umidade na atmosfera e pode aumentar a ocorrência de eventos climáticos extremos.
E esse não é o único recorde de calor registrado pela Terra em novembro: no dia 17, a temperatura média do planeta superou pela primeira vez em mais de 2ºC a média do período pré-industrial, utilizado como referência para metas climáticas, com aquecimento de 2,07ºC.
A expectativa da comunidade científica é de que 2023 seja o ano mais quente já registrado pela humanidade. 

*Da Ansa

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Candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio 2023 (Enem) que tiveram problemas logísticos ou estavam acometidos de doenças infectocontagiosas, e não puderam participar do certame, poderão solicitar de 13 a 17 de novembro, via Página do Participante, uma nova oportunidade para fazer as provas. A reaplicação do exame será nos dias 12 e 13 de dezembro.

O Ministério da Educação informa que “o mesmo vale para as pessoas que não compareceram porque foram alocadas a uma distância superior a 30 quilômetros da residência informada na inscrição”.

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Entre os problemas logísticos que possibilitam a reaplicação das provas para candidatos prejudicados estão alguns ligados a comprometimento da infraestrutura (como desastres naturais); falta de energia elétrica no local de prova (caso comprometa a visibilidade da prova); falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante; e erro no procedimento de aplicação da prova, caso incorra em comprovado prejuízo ao participante.

Doenças

As doenças infectocontagiosas que possibilitam a reaplicação da prova são covid-19; tuberculose; coqueluche; difteria; doença invasiva por Haemophilus influenza; doença meningocócica e outras meningites; varíola; Influenza humana A e B; poliomielite por poliovírus selvagem; sarampo; rubéola e varicela.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) explica que, “nos casos de doenças infectocontagiosas, os pedidos de reaplicação devem ser acompanhados por documentos comprobatórios, que serão analisados pelo Inep individualmente”.

Já nos casos de ausência devido a problemas logísticos, o Inep avaliará as solicitações, de acordo com as intercorrências registradas.

Para solicitar a reaplicação do exame, o candidato deve acessar Página do Participante e apresentar um documento que comprove a necessidade. Os dados inseridos no pedido não podem ser alterados após envio.

As ruas do Recife foram ocupadas, nesta quarta-feira (1º), por nações e terreiros de religiões de matriz africana para a celebração sagrada da 17ª Caminha de Terreiros de Pernambuco. O evento, que acontece em todo início de novembro, marca a abertura do mês da consciência negra, e levanta como tema principal a luta contra a discriminação religiosa e o racismo. A concentração acontece na Avenida Alfredo Lisboa, no Marco Zero, localizado no bairro do Recife, e a caminhada segue até o Pátio de São Pedro, no bairro de São José, também no centro da cidade, onde é celebrada a Jurema, tradição religiosa que faz parte de várias religiões afroameríndias do nordeste brasileiro. 

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A caminhada chega na sua 17ª edição contando com o apoio dos poderes executivo e legislativo, e levando uma multidão de fiéis às ruas, como explica o coordenador de cerimonial, Demir da Hora. “[A celebração serve para] abrir o mês da consciência negra, e sempre naquela luta contra o racismo, contra a intolerância religiosa, e dando mais atenção à cultura afro em geral, à religiosidade afro. A gente vive em um país laico onde a cultura negra é a mais escanteada, por causa de preconceito, discriminação, e a caminha de terreiro veio justamente pra isso, para abrir espaço com a cultura afro, com a religiosidade afro. Você vê um mar de gente de branco passeando pela cidade do Recife, essa é a marca principal da caminhada de terreiros, para mostrar a força que tem a religião afro-brasileira", comenta da Hora. 

Demir da Hora. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

O trajeto tradicional da caminhada perpassa ruas importantes do centro da cidade, mesmo havendo alguns bloqueios atuais determinados pela Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), devido às obras na ponte 12 de setembro, conhecida como Ponte Giratória. A caminhada, no entanto, deverá passar pelas avenidas Guararapes e Dantas Barreto, no bairro de Santo Antônio, para terminar no Pátio de São Pedro. 

Dedicação e fé na caminhada 

Há 17 anos que a Caminhada de Terreiros de Pernambuco é coordenada por Mãe Elza de Yemanjá, que é a responsável pela articulação e realização das celebrações no Recife, concentrando terreiros e nações de maracatu de todo o estado. “Nós vamos hoje comemorar as datas votivas exatamente a questão antirracista. A caminha é isso, é combater racismo, é trazer cultura de paz, é falar com outros credos. Muita gente envolvida, os budistas, os batistas, os Fé Bahá'í, os espíritas, candomblé, Jurema e Umbanda, as religiões estão todas muito ‘linkadas’ a esse combate. Existe um fórum, chamado Diálogos, que traz esse recorte de viabilizar políticas públicas que combatam realmente o racismo, que tragam recortes pra população negra e de terreiro. A caminha é esse misto de emoção”, comentou. 

Mãe Elza de Yeamanjá. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Ela contou a origem da caminhada, e de onde veio a necessidade de reafirmar as religiões de matriz africana na cidade. “A prefeitura [do Recife] tinha esse movimento com a igualdade racial, os governos tinham, e falaram aos terreiros da necessidade de celebrar religiosamente a questão da abertura do mês da consciência negra. E aí, nós estávamos na reunião, e eles perguntaram ‘como a gente faria isso?’, e eu disse ‘por que não ir às ruas? Por que não fazer uma caminhada?’. E aí a ideia pegou todo mundo, congelou todo mundo. Hoje nós temos um decreto, uma lei, que diz que a gente celebra o mês da consciência negra, ou seja, os terreiros celebram, sempre com um tema primordial, que é contra o racismo e contra a discriminação religiosa”, relatou a Ialorixá. 

Conquistas das religiões 

Mãe Elza ainda falou das conquistas alcançadas pelas religiões de matrizes africanas por meio de leis e estatutos criados e sancionados pelo governo do estado. “Estamos esperando essa política começar a compreender todo o entorno. Muito importante que agora temos o estatuto de igualdade racial no estado, sancionado por Raquel Lyra (PSDB). E é isso, é batalhar, correr atrás das políticas voltadas à população de terreiro”, afirmou. 

Caminhada tomou as ruas do Recife. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

A caminhada concentra cerca de 40 a 45 mil pessoas, com a participação de milhares de terreiros de todo o estado. “A cada ano se compreende melhor o processo. É importante frisar que estamos falando de racismo, e os terreiros desacreditaram no governo. Então esses terreiros se fecharam em copas, até compreender que de fato é preciso estar na rua, reclamando seus direitos, para poderem ser ouvidos pelos governos. Agora eles estão chegando mais, se aproximando mais”, disse Mãe Elza. 

A passeata reúne representações de terreiros de Caruaru, Petrolina, Gravatá, Goiana, Limoeiro, Carpina, Catende, além dos municípios da Região Metropolitana do Recife. 

Homenageados 

A cerimônia de início da caminhada contou ainda com homenagens feitas a personalidades de terreiros e de outros poderes, como o judiciário, além de políticos que estão à frente dos debates pela causa racial no legislativo. Estiveram presentes na celebração as deputadas estaduais Dani Portela (PSOL), Rosa Amorim (PT), e o deputado estadual João Paulo (PT). 

Dani Portela (PSOL). Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

São 11 pessoas homenageadas, entre elas três pessoas de terreiro que foram escolhidos no momento da cerimônia. Ainda foram nomeados: o advogado Évio Silva Junior; o senador Humberto Costa (PT-PE); duas juízas, entre elas Luciana Maranhão; o deputado federal Carlos Veras (PT-PE); o professor da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Tomas; Fábio Sotero, da Associação dos Maracatus Nação de Pernambuco (AMANPE); entre outros. 

 

Os trabalhadores da iniciativa privada nascidos em novembro e dezembro recebem nesta segunda-feira (17) o abono salarial ano-base 2021. A Caixa Econômica Federal iniciou o pagamento em 15 de fevereiro, baseado no mês de nascimento do beneficiário.

O abono salarial de até um salário mínimo é pago aos trabalhadores inscritos no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos. Recebe o abono agora quem trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias em 2021, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos.

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Para servidores públicos, militares e empregados de estatais, inscritos no Pasep, a liberação ocorre pelo Banco do Brasil, nas mesmas datas do PIS. Nos dois casos, no PIS e no Pasep, o dinheiro estará disponível até 28 de dezembro. Após esse prazo, os recursos voltam para o caixa do governo.

Neste lote, 4.202.121 trabalhadores receberão R$ 4,25 bilhões. Desse total, 3.659.893 têm direito ao PIS; e 544.228, ao Pasep.


Os valores pagos a cada trabalhador variam de acordo com a quantidade de dias trabalhados durante o ano-base 2021.

Devem receber o benefício cerca de 22 milhões de trabalhadores, com valor total de mais de R$ 20 bilhões. Os recursos vêm do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

A Caixa informou que o crédito será depositado automaticamente para quem tem conta no banco. Os demais beneficiários receberão os valores por meio da Poupança Social Digital, podendo ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem.

Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, sempre de acordo com o calendário de pagamento.

Abonos esquecidos

Desde 15 de fevereiro, cerca de 400 mil trabalhadores que esqueceram de retirar o abono do PIS/Pasep -referente a 2020 - podem pedir o dinheiro ao Ministério do Trabalho. Os valores ficaram disponíveis até 29 de dezembro do ano passado, mas quem perdeu o prazo tem até cinco anos para retirar os recursos, desde que entre com recurso administrativo.

A abertura do recurso administrativo ao Ministério do Trabalho pode ser feita de três formas: presencialmente, por telefone ou pela internet. O pedido presencial pode ser feito em qualquer unidade do Ministério do Trabalho, o que inclui Superintendências Regionais de Trabalho e Emprego, Gerências Regionais do Trabalho e Emprego, agências regionais, agências do Sistema Nacional do Emprego (Sine) e unidades móveis do trabalhador.

O endereço mais próximo pode ser encontrado na página da pasta na internet.

Os pedidos por telefone devem ser feitos por meio da Central Alô Trabalhador, no número 158. As ligações podem ser feitas das 7h às 19h e são gratuitas para telefones fixos e cobradas para celulares. Pela internet, o trabalhador pode fazer o pedido no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital ou por e-mail. Os e-mails devem ser escritos para trabalho.uf@mte.gov.br, trocando uf pela sigla da unidade da Federação onde o trabalhador mora.

Já vai aquecendo o gogó - e a conta bancária - que 2023 promete uma agenda apertada de shows. Afinal, os artistas ficaram dois anos sem pisarem em terras brasileiras por conta da pandemia de Covid-19 e as energias estão acumuladas.

Paul McCartney, o eterno integrante dos Beatles, vai fazer uma visitinha no final de novembro. De acordo com o jornalista José Norberto Flesch, ainda não se sabe em quais cidades ele vai passar, mas a apresentação do cantor está mais do que confirmada.

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A última vez que ele passou pelo Brasil foi em 2019, quando subiu ao palco em São Paulo e Curitiba.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,1% no trimestre encerrado em novembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou levemente acima da mediana de 8,0% das estimativas na pesquisa Projeções Broadcast (intervalo de 7,8% e 8,4%).

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Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,6%. No trimestre encerrado em outubro de 2022, a taxa de desocupação estava em 8,3%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 272,99 no trimestre encerrado em novembro. O resultado representa alta de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 2.787 bilhões no trimestre até novembro, alta de 7,1% ante igual período do ano anterior, de acordo com o IBGE.

O volume de vendas do comércio varejista no país registrou uma queda de 0,6% na passagem de outubro para novembro de 2022, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (11). No acumulado de janeiro a novembro, o varejo avançou 1,1% e, nos últimos 12 meses, 0,6%. Segundo a pesquisa da Reuters, o mercado esperava recuo de 0,3% no mês e alta de 1,9% na comparação anual.

Na comparação mensal, é a primeira vez que o setor fica no campo negativo desde julho de 2022 (-0,2%), destacou o IBGE. Com isso, o setor se encontra 3,6% abaixo do maior nível da série (registrado em novembro de 2020) e 2,6% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro do mesmo ano. Seis das oito atividades registradas tiveram resultados negativos em novembro. As principais influências sobre o índice geral vieram de combustíveis e lubrificantes (-5,4%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,4%). Confira abaixo, a variação mensal do volume de vendas do comércio: 

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A inflação é um dos fatores que explicam o resultado negativo do setor de combustíveis, de acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. “Novembro foi o primeiro mês em que os preços dos combustíveis voltaram a crescer após uma sequência de deflação que se iniciou em julho do ano passado. Isso impactou as receitas das empresas.

Outro ponto é que novembro não é um mês de grandes movimentos nos transportes, já que as famílias costumam esperar para viajar em dezembro”, disse em nota. O especialista também destacou que o resultado abaixo do esperado das vendas da Black Friday, que ocorreu no fim de novembro.  

Outros destaques do campo negativo foram: livros, jornais, revistas e papelaria (-2,7%); tecidos, vestuário e calçados (-0,8%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,3%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%). As únicas atividades que avançaram na comparação com outubro foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, (1,7%) e móveis e eletrodomésticos (2,2%). 

 

O preço da alface, da batata, da cebola e do tomate no atacado em novembro registrou movimento preponderante de alta. A exceção é a cenoura, que apresentou queda de preço na maioria das Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas, repetindo a tendência dos meses anteriores, constata o 12º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) 2022, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira, 16.

A Conab explica que o estudo é realizado para as hortaliças e as frutas com maior representatividade na comercialização nas Ceasas do País e que têm maior peso no cálculo do índice de inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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As maiores aumentos foram para a cebola (+37,18%) e para o tomate (+18,79%). No caso da cebola, afirma a Conab em comunicado, a tendência de alta vem sendo observada desde novembro de 2021, culminando com o maior nível de preços da série em novembro de 2022.

Para o tomate, deve-se considerar que, desde setembro, a oferta está estável (tendo o pico da oferta ocorrido em agosto deste ano). O quadro de chuvas nas regiões produtoras dificulta a colheita e retarda a maturação do fruto, afetando negativamente a oferta, esclarecem os técnicos da companhia.

No caso da batata, apesar da estabilidade na oferta, os preços continuam em alta. Isso porque as chuvas constantes e, muitas vezes intensas, comprometem a colheita e puxam os preços para cima, relata a Conab no boletim.

As chuvas na maioria das regiões produtoras também têm comprometido a produção de alface, reduzindo a oferta e elevando a cotação da verdura. "No primeiro decêndio de dezembro não se observa uniformidade no movimento de preços", comentou.

A Conab diz, ainda, que, em novembro, apesar da redução de 2% na oferta de cenoura em relação a outubro, os níveis estão em torno de 25% superiores às quantidades registradas em fevereiro e Março. Com isso, registra-se "continuidade no movimento de queda de preços em quase todos os mercados Atacadistas analisados.

Frutas

A banana e o mamão apresentaram queda de preços em alguns mercados, apesar da alta na média ponderada. O preço da banana chegou a cair 10,45% na Ceasa de São José (SC), na grande Florianópolis, e 7,97% em Brasília DF. Contudo, na média ponderada entre todas as Centrais de Abastecimento (Ceasa) analisadas, a fruta teve alta de 5,34%, fechando o período com cotação de R$3,70/kg.

No caso do mamão, o preço chegou a cair 26,54% em Rio Branco (AC) e 11,3% em Goiânia (GO), porém, a média ponderada indicou alta de 0,83%, com cotação de R$5,19/kg. A queda em alguns entrepostos justifica-se principalmente pela demanda fraca, pelos altos preços cobrados nos períodos anteriores e pela presença de frutas mais baratas no mercado após a normalização do abastecimento com o desbloqueio das estradas.

Quanto às demais frutas, foi observado um aumento geral de preços, em especial para laranja (+4,41%) e melancia (+8,13%). Quanto à laranja, a alta das cotações e oferta controlada pela grande demanda industrial foram a tônica mensal.

Já a melancia teve a alta de preços justificada pelo declínio da colheita em Ceres (GO) e início da safra em diversas microrregiões de São Paulo e no sul baiano, em meio a uma demanda regular. Parte da safra baiana foi antecipada para minimizar o efeito das intensas chuvas nas regiões produtoras.

Natal

O aumento nos custos relacionados ao frete e a outros insumos provocou a alta de preços e a queda da comercialização das frutas tipicamente consumidas nas Festas de fim de ano. Outro fator relevante é a inflação mundial, que impactou especialmente o preço das frutas importadas, disse a Conab, que nesta edição trouxe um capítulo especial com a avaliação da comercialização das frutas natalinas.

Frutas de caroço, como o pêssego e a ameixa, mantiveram preços com poucas oscilações no ano, mas com crescimento consistente em relação ao ano de 2021.

Outra fruta muito consumida nesta época do ano é a cereja, que o Brasil compra principalmente da Argentina e do Chile. Com a desvalorização do real e consequente absorção da inflação internacional, o produto chegou com preços elevados no atacado.

Já a romã, cultivada no Brasil em São Paulo, Bahia e Pernambuco, observou queda próxima de 90% nas importações em relação a 2020, o que mostra a redução da comercialização no País na esteira das instabilidades econômicas e da contenção da renda da população.

No caso do damasco, fruta que há tempos tem valor de comercialização alto e que tende a permanecer assim, as vendas nos entrepostos atacadistas tiveram queda de 31% até novembro de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado, e as importações tiveram pequena queda de 3,85%.

Por fim, na contramão das demais espécies, a uva deve chegar nos mercados de atacado e varejo com preços acessíveis, apesar da queda de 7% na comercialização considerando o agregado das Ceasas analisadas.

As vendas no varejo cresceram 1,1% em novembro de 2022, ante igual mês do ano passado, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o índice subiu 10,3% - com postos de combustíveis, supermercados e hipermercados e turismo e transporte ajudando a impulsionar as vendas, em alta por 13 meses seguidos.

Na avaliação do Superintendente de Dados e Inovação da Cielo, Vitor Levi, o comércio continua em recuperação e a Copa do Mundo beneficiou em especial o segmento de bares, que chegou a faturar até 60,9% a mais em dias de jogos da seleção brasileira. "Novembro marcou o 13 mês seguido de alta nas vendas. O mês foi ajudado pela Black Friday, quando varejistas fizeram promoções e os consumidores anteciparam compras. Do início do mês até a véspera da data comemorativa, houve um crescimento de 15,6% ante o período comparável do ano anterior", afirma.

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De maneira geral, efeitos de calendário beneficiaram o índice. Houve uma quarta-feira, dia de comércio mais ativo, a mais e uma segunda-feira a menos que em novembro de 2021. Além disso o feriado de 15 de novembro caiu em uma terça-feira, o que provocou um prolongamento de quatro dias; enquanto no ano passado o feriado caiu numa segunda-feira.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, apontou alta de 5,90% no acumulado dos últimos 12 meses, com alta de 0,41% em novembro. Os grupos de Transportes e Alimentação e Bebidas foram os que mais pressionaram a inflação. Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado foi de 9,03% em novembro, desacelerando na comparação com o mês anterior.

Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, os macrossetores de Bens Não Duráveis e Serviços avançaram ante base anual, com destaque para Postos de Gasolina e Turismo e Transporte. Já Bens Duráveis e Semiduráveis sofreu queda, impactado pelo segmento de Vestuário.

Somente a região Sudeste apresentou queda nas vendas, a -0,1%. De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, região Sul registrou alta de 3,2%, seguida de região Norte (+1,8%), Nordeste (+1,6%), e Centro-Oeste (+0,4%).

A gasolina foi o item de maior pressão sobre a inflação oficial no País em novembro. O combustível aumentou 2,99%, uma contribuição de 0,14 ponto porcentual para a taxa de 0,41% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no último mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Pedro Kislanov, a alta da gasolina foi puxada por um aumento no etanol, que subiu 7,57% em novembro.

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"A gasolina subiu porque o preço do etanol subiu bastante também. O etanol foi bastante afetado pelo período de entressafra da cana-de-açúcar. Não só isso: como o preço do açúcar está elevado, o produtor tem preferido produzir mais açúcar que etanol", disse Kislanov.

Com gasolina e etanol mais caros, os combustíveis subiram 3,29% em novembro, após terem recuado 1,27% em outubro. O óleo diesel aumentou 0,11%, enquanto o gás veicular teve queda de 1,77%.

"A gasolina tem queda acumulada no ano de 25% nos preços", lembrou Kislanov.

O grupo Transportes encerrou novembro com uma elevação de 0,83%, o equivalente a uma contribuição de 0,17 ponto porcentual para o IPCA do mês.

Além dos combustíveis, destacaram-se as altas de emplacamento e licença (1,72%), automóvel novo (0,50%) e seguro voluntário de veículo (0,97%), que contribuíram conjuntamente com 0,07 ponto porcentual para a inflação.

Na direção oposta, os preços das passagens aéreas recuaram 9,80%, após as altas de 8,22% em setembro e 27,38% em outubro. As passagens aéreas ainda acumulam uma alta de 22,44% no ano.

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